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Disciplina de LIBRAS

Professora: Edileuza de A. Cardoso


Cultura e Identidade Surda
 Cultura Surda é o jeito de o sujeito surdo entender o mundo e modificá-lo a fim de torná-lo
acessível e habitável ajustando- o com as suas percepções visuais, que contribuem para a
definição das Identidades Surdas (Strobel,2002,p.24).

 Os surdos participam da Cultura Surda identificam-se e constroem uma identidade cultural


pautada em suas experiências visuais.

 Artefatos culturais do povo Surdo: poesia surda, Literatura, livros adaptados, legendas,
intérpretes, vibrações, campainha de luz etc.

 Quando falamos em Cultura Surda lembramos das lutas da Comunidade Surda no decorrer da
sua História, a busca pelo reconhecimento linguístico e o direito de ser.

 Comunidade Surda é um espaço de trocas simbólicas em que as línguas de sinais, a


experiência visual e os artefatos culturais são partilhados entre surdos e ouvintes.
Artefatos culturais:
Identidade é construída individualmente e também de forma coletiva. As identidades estão
vinculadas ao fato de pertencer a uma cultura e estas podem ser étnico, raciais, linguísticos,
religiosa etc.

 IDENTIDADE SURDA HÍBRIDA: São surdos que nasceram ouvintes e com o tempo por
alguma doença, acidente etc. os deixaram surdos. Tiveram a oportunidade de conhecer
a estrutura do português na sua modalidade oral e a da língua de sinais.
 IDENTIDADE SURDA OU IDENTIDADE POLÍTICA: são pessoas que nascem surdas e não
tem vergonha da sua surdez, faz uso da LIBRAS. Geralmente são líderes de movimentos
surdos. Geralmente são filhos de pais surdos.
 IDENTIDADE SURDA FLUTUANTE: São surdos que tem ou não consciência da própria
surdez, são conformados com situações impostas pelos ouvintes, não interagem pela
causa surda e migram entre a comunidade surda e ouvinte sem se definir. Concebem a
surdez como preconceito, não faz uso da LIBRAS se comunicam por meio da oralização.
 IDENTIDADE SURDA INCOMPLETA: São surdos dominados pela ideologia ouvintista, não
conseguem quebrar o poder dos ouvintes que fazem de tudo para medicalizar o surdo, negam a
identidade surda como uma diferença. São surdos estereotipados, acham os ouvintes como
superiores a eles e não conseguem se socializar com os surdos e nem com os ouvintes.
 IDENTIDADE SURDA TRANSIÇÃO: São surdos oralizados, mantidos numa comunicação auditiva, filhos
de pais ouvintes, e tardiamente descobrem a comunidade surda, e nesta transição, os surdos passam pela
“desouvintização”, isto é, passam do mundo auditivo para o mundo visual, surdos que não tiveram um
contato com outro surdo anteriormente. São filhos surdos de pais ouvintes.
IDENTIDADE SURDA DIÁSPORA: Consiste na migração de uma comunidade surda para outra ou de um estado
para o outro interagindo e influenciando a língua nos lugares em que vive.
 IDENTIDADE EMBAÇADA OU EMBARAÇADA: Sua comunicação é por alguns sinais
incompreensíveis às vezes, não tem condições de dizer onde moram, seu nome, sua
idade etc. Não tem condições de usar língua de sinais, não lhe foi ensinada, nem teve
contato com a mesma.
BIBLIOGRAFIA

HONORA, Marcia, livro ilustrado de figura brasileira de sinais, Ciranda cultural, 2009

ALBRES, Neiva de Aquino. Surdos & Inclusão Educacional. Rio de Janeiro: Arara Azul, 2010

DIAS, Rafael. Língua brasileira de sinais: Libras. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015.

QUADROS, Ronice Müller. Educação de Surdos: a aquisição da linguagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 2008

QUADROS, Ronice Müller; PERLIN, Gladis (Orgs). Estudos Surdos II. Petrópolis, RJ: Arara Azul, 2007

SKLIAR, Carlos (Org). A surdez: um olhar sobre as diferenças. Porto Alegre: Mediação. 1998

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