UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO – UPE – PARFOR – CAPES.

COMPONENTE CURRICULAR: LIBRAS

DOCENTE: CARLA NAVARRO

DISCENTE: ADRIANA EVANGELISTA DA SILVA

A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DO SURDO.

O presente relatório tem o objetivo de relatar um pouco da história da

educação do surdo, no componente curricular Libras, da docente Carla
Navarro.

A história das pessoas surdas não é uma história difícil de ser analisada
e compreendida. Suas evoluções vão evoluindo com a própria história humana.

Na Idade Antiga os surdos não recebiam educação, por não falarem.

Acreditava-se que os surdos não teriam condições de viver em sociedade.
Proibições de casar, herdar bens, conviver com pessoas.

Em algumas sociedades, eles eram abandonados, sacrificados. No Egito

e na Pérsia os surdos eram adorados, na China eram sacrificados, na Grécia
Antiga, não eram considerados humanos. Os Romanos confundiam os surdos
como deficientes mentais. Na Idade Média, a igreja católica, perseguiam os
surdos, século XVI.

A partir do século XV no final da Idade Média, começou a melhorar a

respeito da surdez.

Juan Pablo Bonet (1579-1633) um padre espanhol, criou o alfabeto

manual.

Na Idade Moderna, conhecemos um pouco sobre Charles - Michel de

L'Epée (1712 - 1789), foi educador francês conhecido até hoje como “pai dos
surdos”. L’Epée foi um dos primeiros educadores que defendeu o uso da
Língua de Sinais, estudou e viu que era uma língua, tinha a sua estrutura e
servia para comunicação entre pessoas surdas e ouvintes, ele foi o homem
mais importante que surgiu nessa época.

No ano de 1864, foi criada a primeira faculdade para surdos em

Washington nos Estados Unidos, ainda hoje existe e tem como nome de
Universidade de Gallaudet, tendo como a sua primeira língua, a Língua de
Sinais, e foi fundada por Edward Gallaudet.
 No Brasil temos o Instituto Nacional de Educação do Surdo – INES –
localizado no Rio de Janeiro, foi fundado pelo professor Ernest Huet a convite
do seu amigo D. Pedro II para trabalhar com os surdos, assim deu início em 26
de setembro de 1857.

Em 1878, aconteceu o I Congresso Internacional Mundial de Surdos -

Mudos em Paris, que tinha o objetivo de discutir sobre qual seria o melhor
método de ensino para a educação dos surdos. Neste congresso, foi resolvido
que nas instituições teriam dois métodos: o da leitura labial e o uso de gestos
nas séries iniciais, mas isso não durou muito tempo. O método escolhido a
partir de agora seria o oral puro, o uso da Língua de Sinais foi excluído da
educação dos surdos. Fizeram um congresso, chamaram vários especialistas
da área, mas apenas um surdo participou e ele não teve direito ao voto. Ele foi
excluído de algo que fazia parte da vida dele. A decisão tomada nesse
Congresso foi um retrocesso enorme para os surdos, chegaram à educação
com a Língua de Sinais com tanto suor, uma caminhada muito difícil e que em
um dia foi interrompida por pessoas que não tinham o mínimo de conhecimento
na área. A partir dessa data, os surdos frequentavam as escolas eram
obrigados a se comunicar apenas com a oralização e quando tentavam
sinalizar, eles tinham suas mãos amarradas e recebiam palmatórias. Uma
crueldade. Exclusão, mas nem por isso eles deixavam de se comunicar através
da Língua de Sinais, fazendo isso, escondidos para não serem pegos. Foi uma
fase muito difícil e complicada para eles.

Devemos evitar: mudo(a), deficiente e gestos.

CODA é uma sigla em inglês, que quer dizer filho ouvinte de pais
surdos.

A professora Carla Navarro relata sua experiência de vida, filha de pais

surdos, ela e seu irmão foram alfabetizados depois dos 6 anos de idade, pela
sua avó em Maceió, onde aprenderam a falar. História de vida muito
emocionante.

LIBRAS significa Língua Brasileira de Sinais não é plural. Libras não é

uma linguagem, e sim uma língua, pois é falada por um povo.

E, também não é universal, pois cada país possui sua própria Língua de
Sinais, sem falar dos regionalismos, que são as diferenças de linguagem que
mudam de acordo com a cultura de cada região.

Ao contrário do que muitos pensam, a comunicação da Libras não é

somente mímica, pois é composta por um alfabeto, e estrutura linguística e
gramatical própria, permitindo a quem faz o uso da língua, discutir sobre
qualquer assunto. Desta forma, é perceptível que a Libras seja complexa,
assim como qualquer outra língua. Essa língua é considerada tão importante
para a comunidade surda e para a população em geral, pois quebra as
barreiras do silêncio que limitam a comunicação entre ambos, de forma que
ocorra a inclusão social. São pessoas autônomas.

A professora Carla Navarro mostrou a turma de Pedagogia, um vídeo de

uma pessoa surda o Leo. Os surdos tem voz com Leonardo Castilho. Deixou
uma atividade para a turma: ”Tem gente que escuta, mas não pensa”. E falou
de vários filmes e deixou as sugestões no Google Classroom.

Libras trabalha a expressão facial é um elemento fundamental (como se

fosse a entonação da voz).