Você está na página 1de 23

LITERATURA

AUSTRALIANA E
NEOZELANDESA 

PROSA
Contexto histórico:
Austrália
Colonização

Antes da invasão
inglesa, a região James Cook,
1788 - Inglaterra faz
australiana era capitão inglês, foi
da região uma
habitada por enviado para
colônia penal e
aborígenes nativos investigar a região A corrida do ouro e
envia seus presos
da região, que do Pacífico Sul e indústrias agrícolas
com penas
viviam lá a mais chegou às terras foram o que mais
superiores a 7
caçadores-coletores australianas em impulsionaram a
anos. No mesmo
e divididos em 1770, ano em que região. 
ano, os colonos
diversos clãs nomeou a terra
fundam a cidade de
(aproximadamente como New South
Sydney.
500 tribos com 300 Wales.
dialetos diferentes). 
• 1880 - Movimentos para a criação de uma federação existiam
por conta de um nacionalismo crescente nas colônias e
misturado com o sentimento de “ser australiano” dentro de
canções e de poemas.
• Influenciada pelos movimentos de independência das
outras colônias inglesas (Estados Unidos e Canadá)
• 1833 - Henry Parkes, Premier da Nova Gales, propõe a
formação do Conselho Federal da Australasia.

Processo de • 1891 - Rascunho da primeira constituição, enviado para o


Reino Unido aprovar.
independência • 1900 - Ato Constitucional da Austrália sancionado pela realeza.
A Constituição estabelece um sistema bicameral com o Senado
e a Casa dos Governantes.
• Após a Segunda Grande Guerra, a Austrália tornou- se mais
atuante e autônoma e em 1986 o Parlamento britânico autoriza
o Ato da Austrália, que corta em definitivo os laços de
colonização entre os países.
• A monarquia britânica segue tendo bastante influência e
importância no país, mesmo o país sendo independente.
Literatura
Australiana: Obras
e autores 
  
• A literatura australiana do século XIX
não tinha estilo proprio, seguia
os modelos da literatura Inglesa. 
• O romance apareceu por volta de 1850.
Prosa • A partir do século XX o sucesso dos
colonial prosadores superou o dos poetas.
• Se voltou a vida urbana.
• Principais autores: Miles Franklin (1879-
1954) Patrick White (1912-1990) e
Randolph Stow (1935-2010)
• Características principais: exaltação da natureza,
uso de dialetos regionais e tendência a narrativas
de personagens fortes e independentes.
• Fortemente influenciada pelo contexto histórico,
abordando temas como a exploração dos recursos
naturais e a luta pela independência assim como
Prosa Pós as experiências que seus autores tiveram ao viver
no país.
Colonial • Os autores pós coloniais também usam a mitologia
aborígene para contar as histórias de seus
personagens, que é rica em lendas e histórias de
espíritos.
• Os leitores têm a chance de conhecer um pouco
mais sobras as tradições aborígenes e suas
crenças.
Tim Winton
Kim Scott
Cloudstreet

Principais
Benang (1999)
(1991)

autores e
obras: Melissa
Lukashenko
Alex Miller
Journey to Stone
Too Much Lip
Country (2002)
(2018)
Ela é uma
Nasceu em 2 de
romancista de
dezembro de
descendência
1983, em

Tara June
aborígine por
Wollongong,
parte de pai, da
Australia. 
nação Wiradjuri. 

Winch 
Já em sua primeira Em sua mais
publicação, o recente obra The
romance Swallow the
Yield, 2019
Air (2006) recebeu
vários prêmios da recebeu o prêmio
literatura Miles Franklin Aw
Australiana.  ard
 (2010).
The Yield
• É a história de uma
jovem Wiradjuri voltando
para casa na Austrália
para assistir a um funeral
e encontrando suas
terras ancestrais
ameaçadas pela
mineração
• A obra explora a
linguagem e apresenta
um dicionário de idiomas
Wiradjuri, bem como
temas de colonialismo.
"I was born on Ngurambang — can you hear it?
— Ngu-ramb-bang. If you say it right it hits the
back of your mouth and you should taste blood
in your words. Every person around should
learn  the word for country in the old language,
the first language — because that is the way to
all time, to time travel! You can go all the way
back." (p.1)

The Yield "The question is not really about a place on a


map. When our people say 'Where is your
country?' They are asking something deeper.
Who is your family? Who are you related to?
Are we related?" (p.34)
Contexto histórico: Nova Zelândia
Processo de Colonização
- A região - Tratado - Muitos
tinha como - James Cook, - Uma
povos de dos
nativos os
enquanto
Waitangi série Maori,
explorava o
maori, povo Pacífico Sul, (1840) - conflitos como na
que existe conseguiu
até hoje. observar Reino começo Austrália
Descritos todos os Unido ua e em
litorais da
por James
Cook como
região. Em afirma surgir outras
1830, com
“povos uma grande
soberani entre os colônias,
cruéis, em quantidade de a sobre colonos morrera
constante “imigrantes”
conflito e europeus na
as ilhas e e os m por
sempre região, alguns a maori conta de
assumiram a
prontos para colonizaç doenças
escravizar ou identidade (+/-
a devorar os maori. ão tem e
derrotados”. início.
1860) guerras. 
Independência 

 1867 - Os Maori
 1850 - Estabelece
conseguem
um governo
cadeiras no
constitucional. Parlamento.

A pecuária se  1907 - Coroa Britânica


declara domínio da
Características amplas da
literatura Neozolandesa
Os primeiros povoadores a se fixarem na Nova Zelândia foram comerciantes e livres colonizadores 

SÉCULO XIX:

· Não havia uma verdadeira literatura neozelandesa

· Prosa caracterizada pelo realismo e relatores bibliográficos

· Tradição vital literária e autores conhecidos fora das ilhas da Nova Zelândia

SÉCULO XX:

· Katherine Mansfield: “The Party Garden” (1922)

· 1920 e 1930 aparecimentos dos principais poetas e prosadores: Denis Glover, Frank Sargeson

· Utilização de elementos locais (campos


Em foco: Katherine
Mansfield

Nascimento: 14 de outubro de
1888, Wellington, Nova
Zelândia Falecimento: 9 de
janeiro de 1923, Fontainebleau,
França
Aspectos da escrita de
Katherine
•  Foi pioneira da introspecção psicológica
•  As vias da dimensão imaginária nunca desembocam
no esclarecimento ou na melhor compreensão das
coisas
•  O desdobramento final é o alívio da alienação ou a
constatação amarga da infelicidade
• As reticências são um recurso frequente de
Mansfield, por vezes como encerramento das
narrativas.
•  “The Garden Party” admirada por Clarice Lispector e
Virginia Woolf
•  Elas apontam o descompasso entre a vida interior e
a forma de expressá-la e os limites das introspecções
dos personagens, como uma parede que não pode
ser ultrapassada
•  É uma expressão da vida cotidiana mais pelo que é
calado do que pelo que é revelado, de modo que a
alienação em relação a si mesmo é uma fuga bem-
sucedida da infelicidade
• Conceitos básicos: exílio, êxodo e a imigração.
Uma comunidade ou indivíduo vivendo fora de sua terra
de origem.
• Estudos literários: narrativas de deslocamento/
viagens em que há aventuras.
Novas maneiras de observar o que se é "estranho" e o
que já era conhecido (sentimento de "saudade").
• The Canterbury Tales – Geoffrey
Chaucer, foi uma narrativa de narrativa. Peregrinos vão c
Diáspora ontando suas histórias.
• Carta de Pero Vaz de
Caminha, quinhentismo: exemplo de
um olhar diferente ao novo lugar em que se está
inserido.
• Espaço literário diaspórico: narrativas importantes para 
os estudos pós coloniais. Há um receio/preconceito com
tais obras pois algumas mostram os traumas vivídos na t
erra natal ou no ato de serem arrancados das mesmas.
ATIVIDADE:
• Em 6 grupos analise, identifique e
justifique neste trecho elementos da
escrita da autora e da literatura
neozelandesa pós colonial.
Respostas:

“And after all the weather was ideal. They could not have had a more perfect day for a garden-party if they
had ordered it. Windless, warm, the sky without a cloud. Only the blue was veiled with a haze of light gold, as Neste trecho do conto, há descrições locais descrevendo cada
it is sometimes in early summer. The gardener had been up since dawn, mowing the lawns and sweeping
them, until the grass and the dark flat rosettes where the daisy plants had been seemed to shine. As for the
elemento que compõem o cenário de um campo, característica
roses, you could not help feeling they understood that roses are the only flowers that impress people at marcante da literatura neozelandesa, que atraiam os principais
garden-parties; the only flowers that everybody is certain of knowing. Hundreds, yes, literally hundreds, had
come out in a single night; the green bushes bowed down as though they had been visited by archangels” leitores da época que eram os camponeses.
Respostas:

“Away Laura flew, still holding her piece of bread-and-butter. It's so delicious to have an excuse for eating out of doors, and
besides, she loved having to arrange things; she always felt she could do it so much better than anybody else.”
“His smile was so easy, so friendly that Laura recovered. What nice eyes he had, small, but such a dark blue! And now she
looked at the others, they were smiling too. "Cheer up, we won't bite," their smile seemed to say. How very nice workmen
were! And what a beautiful morning! She mustn't mention the morning; she must be business-like. The marquee”
“When Laura saw that gesture she forgot all about the karakas in her wonder at him caring for things like that—caring for the
smell of lavender. How many men that she knew would have done such a thing? Oh, how extraordinarily nice workmen were,
she thought. Why couldn't she have workmen for her friends rather than the silly boys she danced with and who came to
Sunday night supper? She would get on much better with men like these”
“It's all the fault, she decided, as the tall fellow drew something on the back of an envelope, something that was to be looped
up or left to hang, of these absurd class distinctions. Well, for her part, she didn't feel them. Not a bit, not an atom...”
• Nestes trechos há características marcantes da escrita da autora, como se houvesse uma espécie de epifania ou
devaneios da personagem, em que ela entra em debates na sua mente, chamado de introspecção psicológica.
Amanda Cristina;

André Quaglio;

Integrantes
do grupo: Danielli Oliveira;

Marina Rodrigues.
Fontes:
• https://www.unip.br/aluno/central/sistemas/acesso/138

Você também pode gostar