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O Mestre do Amor

JESUS, O AMOR EXEMPLO DE SABEDORIA,


PERSEVERANÇA E COMPAIXÃO.
CAPÍTULO 1
DOIS TIPOS DE SABEDORIA
Há dois tipos de sabedoria: a inferior e a superior. A sabedoria inferior é medida por
quanto uma pessoa sabe, e a superior, pela consciência que ela tem do que não sabe.
A sabedoria superior tolera, a inferior julga; a superior compreende, a inferior culpa; a
superior perdoa, a inferior condena. A sabedoria inferior é cheia de diplomas, na superior
ninguém se gradua, não há mestres nem doutores, todos são eternos aprendizes.
Deus fez da espécie humana sua obra-prima e a revestiu de inteligência. Os seres
humanos O procuram desde os primórdios da existência. Seus descendentes
construíram milhares de religiões para tentar entende-Lo, escreveram milhões de livros,
mas Deus continua sendo um grande mistério.
Muitos teólogos acham que conhecem o Mestre dos Mestres. Este livro talvez seja a
prova que todos nós sabemos muito pouco sobre o personagem mais famoso da Terra.
Jesus, um excelente utilizador da arte da
dúvida
Independentemente de Jesus ser o filho de Deus, ele foi o mais humano dos homens. Foi um
homem até a última gota de sangue, até a última batida de seu coração.
Muitos pensam que Jesus só discorria sobre a fé, mas ele utilizava uma das ferramentas mais
capazes de abrir as janelas da mente humana: a arte da dúvida. A morte de um cientista ocorre
quando ele deixa de duvidar do seu conhecimento.
Os jovens de hoje são frequentemente arrogantes e autoritários. O mundo tem de girar em torno
das duas verdades e necessidades. Por estarem abarrotados de informações, acham que
entendem de tudo. Raramente uma pessoa mais velha consegue mudar as rotas do que pensam e
sentem. Não aprenderam a duvidar de si mesmos, a questionar as próprias opiniões nem a se
colocar no lugar dos outros.
Uma das principais características de uma pessoa autoritária é impor, e não expor, o que pensa.
Dificuldade de reconhecer erros e aceitar críticas, defesa radical e prolixa das próprias ideias,
dificuldade de se colocar no lugar dos outros
Todas as nossas crenças nos controlam. Usando a ferramenta da dúvida, o mestre libertava as
pessoas da ditadura do preconceito para depois do seu plano transcendental.
CAPÍTULO 2
UM PRÍCIPE NO CAOS:
POR QUE JESUS FOI UM CARPINTEIRO?
Sua profissão de carpinteiro foi planejada?
Depois de pensar em tudo o que Jesus viveu, depois de analisar sua história detalhadamente, fiquei
impressionado e profundamente comovido com as conclusões a que cheguei. Ele foi um carpinteiro
porque iria morrer com as mesmas ferramentas com as quais sempre trabalhara.
O jovem Jesus trabalhava diariamente com martelo, pregos e madeira. José, seu pai, deve ter alertado
diversas vezes o menino para que tivesse cuidado no uso do martelo, pois poderia se ferir. O menino, de
acordo com Lucas, o escritor do terceiro evangelho, sabia qual era sua missão, o que indica que ele
antevia seu destino.
O menino Jesus que um dia seria ferido de maneira violenta com ferramentas que manipulava. Quando
cravava um prego na madeira, provavelmente tinha consciência de que seus pulsos e seus pés seriam
pregados numa cruz.
Maria, a mãe tão delicada e observadora, devia pedir ao filho que tomasse cuidado, pois as ferramentas
eram pesadas e perigosas. Ao ouvir os conselhos de sua mãe, Jesus dissesse: “Obrigado, mãe, vou
procurar ter mais cuidado.” O jovem Jesus poupava Maria, pois sabia que ela não suportaria ouvir sobre
seu fim.
Um excelente observador da psicologia:
um escultor da alma humana
Jesus foi o Mestre dos Mestres da escola da vida, uma escola em que muitos
psiquiatras, psicólogos e executivos são pequenos aprendizes. Nessa escola, primeiro
desenvolveu em si mesmo paciência e tolerância. Quando menino, ele crescia em
estatura e sabedoria (Lucas 2:40). José e Maria admiravam esse jovem surpreendente.
Nas historias que contavam conseguia sintetizar muitos detalhes em poucas palavras.
Só mesmo a mente privilegiada de um excelente observador dos eventos da vida seria
capaz de elaborá-las.
A profissão de Jesus , como carpinteiro, era um símbolo da sua atuação como escultor
da alma humana. Ao buscar pesadas toras e coloca-las nos carros de tração animal,
tinha a pele esfolada. A fricção de suas mãos com a lâmina de entalhar tornava-as
grossas e ásperas.
CAPÍTULO 3
UMA HUMANIDADE
INIGUALÁVEL
Um homem fascinante
Muitos amam os feitos sobrenaturais de Jesus, exaltam seu poder divino, mas não
conseguem enxergar a exuberância de sua humanidade. O homem Jesus era um
especialista em captar os sentimentos mais escondidos nos gestos das pessoas, mesmo
das que não o seguiam. Ás vezes não conseguimos captar os sentimentos das pessoas
mais íntimas, muito menos das distantes.
Muitos têm dinheiro e fama, mas são banais em seu interior. Jesus, embora famosíssimo,
era um homem simples por fora e especial por dentro. Vivemos a paranoia da fama nas
sociedades modernas. Os jovens sonham em ser atores, atrizes, esportistas, cantores,
pessoas famosas. Contudo, não conhecem as sequelas emocionais que a fama mal
trabalhada pode causar. A paranoia da fama é doentia. Procure ser especial por dentro,
deixe que os aplausos venham naturalmente, mas não viva em função delas.
CAPÍTULO 4
A COMOVENTE TRAJETÓRIA
EM DIREÇÃO AO CALVÁRIO
O maior educador do mundo não precisava de aparatos, endereço fixo nem de
tecnologia para atrair as pessoas. Jesus tocava profundamente a inteligência e a
emoção dos que o ouviam.
Era época da Páscoa, e milhares de pessoas, vindas de todos os cantos do país,
lotavam as hospedarias, e não poucas dormiam ao relento. A multidão estavam inquieta,
esperando amanhecer para vê-lo e ouvi-lo. Mas, para a surpresa de todos, Jesus estava
naquele momento sendo submetido a um julgamento sumário
CAPÍTULO 5
OS PREPARATIVOS PARA A CRUCIFICAÇÃO
Rejeitando uma bebida entorpecente para aliviar sua dor
Jesus chegou ao Gólgota ás nove da manhã ( Marcos 15:25). Gólgota significa “lugar da
caveira”, por isso recebe também o nome de Calvário. A multidão estava apavorada, e o
réu, exausto e profundamente fatigado.
Os governadores romanos puniam com a morte na cruz seus piores inimigos. O Calvário
era um lugar triste e sinistro que ficava fora de Jerusalém. Ninguém sentia prazer em
visitar aquele lugar. Entretanto, o homem Jesus arrastou multidões para lá.
O Império Romano usava a prática da crucificação como instrumento de domínio. Os
gemidos de uma pessoa crucificada ecoavam por meses a fio nas almas dos que os
ouviam, gerando desespero e medo. O medo os controlava e os fazia submeter-se á
autoridade política.
AUGUSTO CURY
Augusto Jorge Cury é um psiquiatra,
professor e escritor brasileiro. Augusto é
autor da Teoria da Inteligência Multifocal e
seus livros foram publicados em mais de
70 países, com mais de 25 milhões de
livros vendidos somente no Brasil.
Nascimento: 2 de outubro de 1958 (idade
65 anos), Colina, São Paulo.
Formação: Faculdade de Medicina de
São José do Rio Preto FAMERP, Florida
Christian University

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