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UFCD 7226

Prevenção da negligência, abusos e


maus-tratos
25 horas
Objetivos

• Identificar os conceitos e princípios fundamentais relacionados com a


prevenção da negligência, abuso e maus tratos.

• Detetar alterações do estado físico, emocional ou psicológico do


indivíduo indiciadores de negligência, abuso e maus tratos.

• Propor medidas preventivas de situações de negligência, abusos ou


maus tratos.

• Efetuar o registo e transmitir ocorrências.


Conteúdos

• Conceito de mau trato

• Categorias de maus tratos

• Fatores de risco

• Vítima

• Agressor

• Maus tratos em instituições


Conteúdos
• Formas de prevenção

• Primária

• Formação e sensibilização dos intervenientes


• Promoção da autonomia e reforço das capacidades de
autodeterminação
• Integração social e comunitária
• Secundária
Conteúdos
• Técnicas de deteção de situações de negligência, abuso e maus
tratos
• Identificação de sinais de alerta (alterações psicológicas e
emocionais; sinais físicos)
• Exploração de sinais físicos

• Estratégias para lidar com situações de negligência, abuso e maus


tratos

• Procedimentos para registo e notificação em situações de deteção


de maus tratos, negligência ou violência
Conceito de Mau Trato
Organização Mundial de Saúde (OMS)

“…um ato único ou repetido, ou ainda, ausência de ação apropriada


que cause dano, sofrimento ou angústia e que ocorram dentro de um
relacionamento de confiança”.
Conceito de Mau Trato
• Todo o ato, único ou repetitivo, ou até omissão, que provoque dano ou
incómodo ao indivíduo.

• Fenómeno complexo e multifacetado que se desenrola de forma dramática


ou insidiosa, em particular nas crianças, jovens e indivíduos dependentes de
terceiros (idosos, pessoas com deficiência física e/ou cognitiva, doentes
crónicos, entre outros).

• Tem sempre repercussões negativas no crescimento, desenvolvimento,


saúde, bem-estar, segurança, autonomia e dignidade dos indivíduos. Pode
causar sequelas físicas (neurológicas e outras), cognitivas, afetivas e sociais,
irreversíveis, a médio e longo prazo ou, mesmo, provocar a morte.
Conceito de Mau Trato
• Diz respeito a uma forma desajustada de tratar os indivíduos.

• Todos os indivíduos têm direito a ser bem tratados - é dever de todos tratar
bem as pessoas com quem se relacionam.

• É nosso dever prestar atenção, no sentido de identificarmos eventuais maus


tratos infligidos aos indivíduos com os quais nos relacionamos, pessoal,
profissional ou socialmente.
Conceito de Mau Trato
“…qualquer forma de tratamento físico e (ou) emocional, não acidental e
inadequado, resultante de disfunções e (ou) carências nas relações entre
indivíduos, num contexto de uma relação de responsabilidade, confiança e (ou)
poder.”

Assim, os maus tratos físicos, psíquicos e sociais constituem uma entidade clínica

que afeta a vítima, por ação ou omissão das pessoas que têm de cuidá-la,
daquelas com quem convive habitualmente e da comunidade em geral.
Formas de Violência

Violência
Verbal

Violência Violência
Sexual Física

Violência Violência
Emocional Psicológica
Categorias de Maus Tratos
Existe uma multiplicidade de situações que consubstanciam a prática de maus
tratos, os quais podem apresentar diferentes formas clínicas, por vezes
associadas: negligência (inclui abandono e mendicidade), mau trato físico, abuso
sexual, mau trato psicológico/emocional e Síndroma de Munchausen por
Procuração (mais frequente nas crianças e jovens) e exploração/violência
económica (no caso dos idosos).
Categorias de Maus Tratos
Negligência: Incapacidade de proporcionar à pessoa com deficiência intelectual
e/ou multideficiência a satisfação das suas necessidades fundamentais a nível
físico, orgânico, psicológico, afetivo social e cultural. Este tipo de maus-tratos
que, regra geral, é continuado no tempo, pode manifestar-se de forma “ativa”,
(quando existe intenção de causar dano) ou “passiva” (quando tem origem na
ignorância, incompreensão ou incapacidade por parte dos cuidadores - família e
organizações).
Categorias de Maus Tratos
Negligência: Contudo, é imprescindível atender ao contexto de vida, uma vez que
os sinais podem não ser resultantes diretamente de uma carência na relação
entre cuidadores e a pessoa mas, ao invés, terem origem na precariedade do
contexto familiar, social e/ou económico em que a mesma vive. A negligência é
de diagnóstico difícil e pode ser de vários tipos: intrauterina, física, emocional,
escolar, mendicidade e abandono.

Maus-tratos físicos: consiste em qualquer ação intencional e não acidental,


isolada ou repetida, infligida por pais, prestadores de cuidados ou outros com
responsabilidade face à pessoa, com o objetivo de provocar um dano físico
(magoar, ferir ou destruir).
Categorias de Maus Tratos
Maus-tratos psicológicos: resulta da incapacidade de proporcionar à pessoa um
ambiente de tranquilidade, bem-estar emocional e afetivo indispensáveis ao
crescimento, desenvolvimento e comportamento equilibrado. Este tipo de maus-
tratos engloba diferentes situações: ausência ou precariedade de cuidados
adequados à situação da pessoa; interações verbais desadequadas ou mesmo
agressivas; socialização inadequada; rejeição afetiva; atos de abandono, até
depreciação permanente da pessoa. Este tipo de mau trato levanta “as maiores
dificuldades quanto à sua definição e diagnóstico e é o mais difícil de detetar pois
não deixa marcas físicas (…), contudo as cicatrizes mesmo não sendo visíveis são
muito profundas e negras”.
Categorias de Maus Tratos
Síndrome de munchausen por proximidade: atribuição, por parte dos
prestadores de cuidados, de sinais e sintomas vários, simulados, na pessoa
cuidada, com o intuito de convencer a equipa clínica da existência de uma
doença, gerando hospitalizações frequentes, necessidades de procedimentos de
diagnóstico exaustivos e recurso a técnicas invasivas. É uma forma rara de maus-
tratos, que coloca aos profissionais grandes dificuldades de diagnóstico.
Categorias de Maus Tratos
Síndrome de munchausen por proximidade:

Algumas formas de manifestação deste síndrome: ministrar uma droga/


medicamentos para provocar a sintomatologia; adicionar sangue ou
contaminantes bacterianos às amostras de urina da pessoa; semi-sufocar
repetidamente a pessoa e, depois, procurar o hospital, queixando-se de que a
pessoa sofre de crises de apneia. Como indicadores deste tipo de maus-tratos é
de notar: hospitalizações de repetição e investigação médica, da qual não
resultam diagnósticos precisos; sintomas persistentes de difícil explicação que
desaparecem quando a pessoa não está em contacto com a família ou com os
prestadores de cuidados.
Categorias de Maus Tratos
Exploração do trabalho: diz respeito ao uso da força de trabalho da pessoa para
obter benefícios económicos, sendo esta obrigada à realização de trabalhos
(sejam de caráter doméstico ou não) que excedem os seus limites, que deveriam
ser realizados por adultos, familiares, prestadores de cuidados e que interferem
claramente com a sua saúde, educação e proteção.

Mendicidade: consiste em utilizar a pessoa para mendigar ou então, esta


mendiga por vontade própria e os responsáveis autorizam. O indicador desta
forma de maus-tratos é a pessoa que, só ou acompanhada de outras pessoas,
pede esmola ou a exploração da sua imagem (ex: através de fotografia) por parte
de terceiros para a obtenção de benefícios económicos.
Categorias de Maus Tratos

A mendicidade consubstancia-se num ato de negligência pois esta pode assumir


diversas formas: ser do domínio físico, psicoafetivo, educativo e escolar, tratar-se
de abandono temporário ou permanente. O abandono está intimamente ligado à
mendicidade, porque por exemplo, nas pessoas com deficiência ou crianças que
pedem esmola na rua, predominam situações de abandono temporário, a pessoa
é vítima de alimentação inadequada, de falta de vigilância médica, de hábitos de
higiene ou de sono, praticando mendicidade e deixada entregue a si própria na
rua.
Categorias de Maus Tratos
Abuso sexual: baseia-se numa relação de poder ou de autoridade e traduz-se em
práticas cujas finalidades visam a satisfação sexual do abusador ou de terceiro. Às
vezes, a vítima não tem capacidade para compreender que é vítima (ex. crianças,
pessoas com incapacidade e/ou deficiência). “O abuso sexual inclui diversos tipos
de atividades, desde o exibicionismo, a fotografia, os filmes pornográficos, o
contacto com os órgãos sexuais, até à consumação do ato sexual ou outras
práticas sexuais aberrantes”. Nestas circunstâncias, podem confundir a relação
de poder/autoridade como uma manifestação afetiva “normal” ou podem estar
submetidos à pressão do segredo imposto pelo abusador, que regra geral é uma
pessoa do seu dia a dia e confiança. Nestes casos, o tabu social implícito
(vergonha, medo) dificulta o pedido de ajuda.
Categorias de Maus Tratos

Corrupção: reporta a condutas desencadeadas por adultos, familiares ou


prestadores de cuidados que possuem uma relação de proximidade ou de poder
junto da vítima, e que promovam comportamentos antissociais ou desviantes,
particularmente nas áreas da agressividade, roubo, sexualidade, tráfico ou
consumo de drogas.

Como indicadores de corrupção, a título de exemplo, temos: o incentivo para o


roubo e agressão; criar dependência de drogas e utilizar a pessoa para o tráfico.
Fatores de Risco
• Consistem em quaisquer tipo de influências que aumentem a probabilidade
de ocorrência ou de manutenção de situações de maus-tratos. Representam
variáveis físicas, psicológicas e sociais que podem potenciar, no meio em que
ocorrem, alterações impeditivas ao adequado desenvolvimento e socialização
das pessoas com deficiência intelectual e/ou multideficiência.

• Por si só, não provam a existência de maus tratos; apenas indiciam a


probabilidade do seu aparecimento.

• Dizem respeito à VÍTIMA, AO(S)/À(S) AGRESSOR(ES)/A(S), e/ou AOS


CONTEXTOS DE VIDA.
Fatores de Risco
• MAUS-TRATOS CONTRA IDOSOS
• Idosos com problemas de memória (como a demência ou doença de
Alzheimer) ou que estão fisicamente dependentes de outros.

• Idosos com depressão, que vivem só ou que não têm apoio social.

• Cuidadores stressados por se sentirem sobrecarregados com os cuidados


dispensados ao idoso.

• Cuidadores com antecedentes de abuso de álcool, substâncias ilícitas ou


abuso contra outros idosos.

• Cuidadores com alta dependência emocional ou financeira do idoso.


Fatores de Risco
• MAUS-TRATOS EM INSTITUIÇÕES

• Qualquer legislação, procedimento, intervenção ou omissão


procedente dos poderes públicos ou derivada da intervenção
institucional e/ou individual dos profissionais, que comporte abuso
e/ou negligência, com consequências negativas para a saúde,
segurança, estado emocional, bem-estar físico, desenvolvimento
equilibrado do indivíduo ou que viole os seus direitos básicos.
Fatores de Risco
• MAUS-TRATOS EM INSTITUIÇÕES

• Segundo esta definição, os maus tratos institucionais podem ocorrer


em qualquer instituição que tenha responsabilidade sobre os
indivíduos, designadamente a escola, os serviços de saúde, os serviços
sociais, a justiça e as forças de segurança. Os maus tratos
institucionais podem ser perpetrados por pessoas relacionadas com o
indivíduo ou derivar dos procedimentos de intervenção, leis, políticas,
etc.
Fatores de Proteção
Fatores de proteção: dizem respeito a quaisquer tipo de influências que
diminuam a probabilidade de ocorrência ou de manutenção de situações de
maus-tratos. Representam variáveis físicas, psicológicas e sociais que favorecem
o desenvolvimento individual e social e podem atuar como moderadores dos
fatores de risco, controlando ou evitando o respetivo impacto.

Ao potenciar os fatores de proteção fomenta-se na pessoa a capacidade de


superar situações mais adversas. Para tal, é importante a prestação de cuidados
mediante as necessidades inerentes ao seu estado de desenvolvimento.
Prevenção Primária
A intervenção perante uma potencial situação de maus-tratos deverá ir no
sentido de prevenir os fatores de risco e de promover os fatores de proteção, ou
seja, deverão desenvolver-se estratégias e ações integradas a nível central e local
de prevenção primária (segurança social, serviços de educação e saúde),
procurando objetivar formas de intervenção nas condições familiares, sociais,
educacionais, culturais e económicas, que pela sua precariedade comprometam
a efetivação dos direitos da pessoa.
Prevenção Primária – Formação e Sensibilização
dos Intervenientes
É importante que as organizações providenciem formação específica no domínio
dos maus-tratos a diferentes membros das suas equipas. A discussão e reflexão
interna das equipas multidisciplinares sobre os conceitos e os limites das
situações de maus-tratos é uma forma de sensibilizar e formar para a sinalização
de situações e para a prevenção das mesmas, quer no âmbito da relação com as
famílias, quer a nível institucional. A complexidade da avaliação destas situações
obriga a que o tema seja amplamente discutido e suportado por formação
teórica adequada.
Prevenção Primária – Promoção da autonomia e
reforço das capacidades de autodeterminação
Objetivos:

• Promover os níveis de qualidade de vida, nas suas várias dimensões;

• Promover estratégias de reforço de autoestima, da valorização e de


autonomia pessoal e social, garantindo as condições de estabilidade
necessárias para ao reforço da capacidade e autonomia dos indivíduos;

• Promover o envelhecimento ativo, no caso de pessoas idosas.

• Promover a maximização das capacidades do indivíduo.

• Reforçar competências pessoais e sociais, nomeadamente a


autodeterminação.
Prevenção Primária – Promoção da autonomia e
reforço das capacidades de autodeterminação
AUTODETERMINAÇÃO: direito que cada um de nós tem de “governar” ou dirigir
a nossa própria vida.

O facto de um indivíduo necessitar de apoios específicos (por ser dependente, ou


outro motivo) não significa que seja incapaz ou que não possua competências de
autodeterminação.

Refere-se à capacidade que a pessoa tem para selecionar, escolher , tomar


decisões e assumir as responsabilidades e consequências das mesmas. É um
conjunto complexo de aptidões que reflete várias características (autonomia,
autorregulação, etc..)
Prevenção Primária – Promoção da autonomia e
reforço das capacidades de autodeterminação
AUTONOMIA:

Ser autónomo significa agir por si, tendo em conta preferências, aptidões
e interesses. Inclui as capacidades de autocuidado, organização familiar e
a utilização dos recursos da comunidade.
Prevenção Primária – Integração social e
comunitária
Objetivos:

• privilegiar a interação com a família e significativos e com a comunidade, no


sentido de otimizar os níveis de atividade e participação social;

• contribuir para a promoção de uma sociedade inclusiva, promovendo a


participação em atividades e contextos sociais.
Prevenção Secundária

Objetivos:

• reduzir a taxa de prevalência dos maus tratos em contextos populacionais


específicos com características de risco.

• identificar as famílias de maior risco de maus tratos às crianças e jovens,


idosos e/ou pessoas com deficiência, de forma a prevenir-se maus tratos
futuros.

• desenvolver programas e estratégias específicas de apoio a essas famílias,


dirigidas, também à promoção das competências parentais e de prestação de
cuidados.
Técnicas de deteção de situações de negligência, abuso e
maus tratos
Objetivo: Identificar situações de perigo e suspeita de maus tratos.

A deteção e sinalização das situações de maus tratos contra as crianças


constituem o início do processo de proteção, que envolve um conjunto de
profissionais bastante heterogéneo, designadamente técnicos dos serviços
sociais, profissionais de saúde, psicólogos, fiscais, juízes, professores,
educadores, etc., e com funções bem diferenciadas.
Técnicas de deteção de situações de negligência, abuso e
maus tratos
Neste processo, podem participar os seguintes elementos:

• Cidadãos

• Serviços Escolares

• Forças de Segurança

• Serviços de Saúde

• Serviços de Ação Social

• Pessoal médico do centro (enfermeiros, médicos, etc.) + Departamento de


Serviço Social do Centro (funcionários dos serviços sociais
Técnicas de deteção de situações de negligência, abuso e
maus tratos
Identificação de sinais de alerta (alterações psicológicas e emocionais;
sinais físicos) e exploração de sinais físicos

Os indicadores de maus tratos consistem num conjunto de sinais,


comportamentos ou circunstâncias, através dos quais se pode reconhecer
uma situação de maus tratos.

Uma característica comum aos indicadores é que são observáveis. Podem


dizer respeito quer a sinais físicos/corporais, quer a comportamentos das
pessoas afetadas e dos responsáveis por cuidar delas.
Técnicas de deteção de situações de negligência, abuso e
maus tratos
Identificação de sinais de alerta (alterações psicológicas e emocionais;
sinais físicos) e exploração de sinais físicos

• Indicadores físicos na criança/idoso/dependente.

• Indicadores comportamentais da criança/idoso/dependente

• Indicadores comportamentais dos pais/cuidadores.

• Indicadores da interação ou da relação cuidadores – pessoa cuidada.


Técnicas de deteção de situações de negligência, abuso e
maus tratos
Identificação de sinais de alerta (alterações psicológicas e emocionais;
sinais físicos) e exploração de sinais físicos

• Indicadores físicos de maus tratos

Podem observar-se em qualquer parte do corpo, como as lesões, contusões,


fraturas, atraso de desenvolvimento, etc., ou as manifestações físicas como o
peso, a altura, a dor, etc. que, não se devendo especificamente a uma ação
de mau trato ativa, podem resultar do comportamento negligente dos
cuidadores, nomeadamente a falta de uma alimentação adequada, ou de
afeto ou carinho de uma forma apropriada, etc.
Técnicas de deteção de situações de negligência, abuso e
maus tratos
Identificação de sinais de alerta (alterações psicológicas e emocionais;
sinais físicos) e exploração de sinais físicos

• Indicadores comportamentais de maus tratos – PESSOA CUIDADA

Referem-se às suas reações comportamentais e emocionais, como


consequência imediata ou a longo prazo do stress sofrido na situação de mau
trato, designadamente, reações de ansiedade, stress pós-traumático, etc.
Técnicas de deteção de situações de negligência, abuso e
maus tratos
Identificação de sinais de alerta (alterações psicológicas e emocionais;
sinais físicos) e exploração de sinais físicos

• Indicadores comportamentais de maus tratos – PESSOA CUIDADA


• Pudor inexplicável e inadequado durante o exame genital.

• Medo injustificado ou desmesurado no momento da consulta médica.

• Movimentos de defesa quando os adultos se aproximam.

• Rosto inexpressivo, impressão de indiferença e cansaço.

• Reação paradoxal de facilidade na adaptação à hospitalização.

• Hospitalismo inverso: a criança que em casa se mostra apática, pouco comunicativa,


irritável e triste e que no hospital adota uma atitude positiva.
Técnicas de deteção de situações de negligência, abuso e
maus tratos
Identificação de sinais de alerta (alterações psicológicas e emocionais;
sinais físicos) e exploração de sinais físicos

• Indicadores comportamentais de maus tratos – PAIS/CUIDADORES


• • Queixam-se do comportamento da criança (agressividade, negativismo: não quer
comer, não quer dormir, etc.). • Culpabilizam a criança pelo problema existente. •
Discutem no hospital, rivalizam entre si pela criança, insultam-se, etc. • Não dão
importância às lesões ou doenças da criança. Não se preocupam com a evolução
das mesmas. • Mostram-se despreocupados em relação à administração das
vacinas. • Revelam uma supervisão inadequada das doenças agudas ou crónicas da
criança. • Incumprem os tratamentos médicos prescritos.
Procedimentos para registo e notificação em situações de
deteção de maus tratos, negligência ou violência

É fundamental que as respostas sociais reúnam um conjunto de características que possam


constituir o ponto de partida para a promoção da qualidade de vida dos seus utentes. Para
concretizar esta diretiva, surgem os registos de procedimentos como ferramenta essencial
para a promoção do trabalho em equipa do staff envolvido no cuidado do utente. No caso
dos maus tratos, estes registos assumem primordial importância.

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