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GEOGRAFIA DE RONDÔNIA

CONTRUÍNDO UM ESPAÇO.
PROFESSOR:TARCISO CASSARO
.
RONDÔNIA – ASPECTOS GERAIS

• ÁREA: 237.564,5 km² - que corresponde a 6,16% da região


Norte e a 2,79% do território brasileiro.

• População (1.576.423 habitantes (IBGE/2011).

• Rondônia é o 3º estado mais populoso e o mais denso da


região Norte, sendo o 23º mais populoso do Brasil
NORTE: Lat. 07º58’37’’ Long. 63º01’33’’ PONTOS EXTREMOS.
Confluência do Maici com o rio
Madeira.

OESTE: Lat. 09º48’51”


Long. 66º48’20” Passagem LESTE: 12º19’44”
da linha Geodésica Cunha Long.59º46’49” Salto
Gomes no divisor dos rios Joaquim Rios, no rio
Abunã e Ituxi.
Iquê.

SUL: Lat. 13º41’32’’


Long. 60º42’54’’ foz
do rio Cabixi, no rio
Guaporé.
RONDÔNIA: PRINCIPAIS CIDADES.
• Porto Velho;

• Ji-Paraná;

• Ariquemes;

• Cacoal;

• Vilhena;

• Rolim de Moura;

• Guajará-Mirim;

• Jaru;

• Ouro Preto d’Oeste;

• Pimenta Bueno.
PORTO VELHO

• População de 435.732 habitantes


(IBGE/2011).

• Capital do estado de Rondônia,


situada à margem direita do rio
Madeira, região Norte do Estado, é a
maior e mais antiga cidade do
Estado.

• Surgiu a aprtir de 1907, com a


construção da E.F. Madeira-Mamoré.

• Emancipada em 02 de outubro de
1914, pertencia ao Estado do
Amazonas.

• Com a criação do Território Federal


do Guaporé, em 13 de setembro de
1943, a cidade foi elevada a categoria
de capital.

• Possui uma área de 34.068,5 km².


JI-PARANÁ

A localização da cidade na • Segunda maior cidade com


região central do estado uma população de 117.363
hab. (IBGE/2011).

• É o segundo maior PIB do


Estado.

• Sua formação teve início no I


Ciclo de Extração do Látex,
1877-1912.

• Foi elevada a categoria de vila


em 1945, com a denominação
Vila Rondônia.

• Desenvolveu-se a partir da
abertura da BR-364 e da
implantação de PICs.

• Em 11 de outubro de 1977foi
elevada à categoria de
município com o nome de Ji-
Paraná.
ARIQUEMES
• Terceira maior população do
Estado com 91.571 hab.
(IBGE/2011).

• A formação do povoado iniciou-


se no século XIX, com o nome
Papagaio. (sede de seringal).

• Seu desenvolvimento ocorreu


após a abertura da BR-364 e
com a implantação de PICs
(PAD-Marechal Dutra e
Burareiro).

• Emancipada em 11 de outubro
de 1977.

• Está situada na porção mais ao


Norte do Estado.
CACOAL
Está situada mais a • Quarta maior cidade do
sudeste da região central
do estado.
Estado com uma população
de 78.958 hab. (IBGE/2011).

• Sua formação teve início


com a implantação do PIC.
Gy-Paraná, e, 1972.

• Emancipada em 11 de
outubro de 1977.

• Possui o quinto maior PIB


do Estado.

• É a cidade com o melhor


índice de saneamento
básico de RO.
Está situada na VILHENA
região Sudeste de
Rondônia. • Possui uma população de77.958
hab. (IBGE/2011).

• Na região foi construída uma


estação telegráfica e uma estação
de guarda-fios das linhas
telegráficas.

• Povoamento a partir da
construção da BR-364 e com a
implantação do PIC Paulo de
Assis Ribeiro que colonizou o
cone sul do Estado.

• Emancipou-se em 11 de outubro
de 1977.
OCUPAÇÃO HUMANA – na Bacia
Amazônica, no Período Colonial.
• Nos séculos XVI, XVII e XVIII vários aventureiros e
exploradores percorreram os rios amazônicos na
captura de indígenas e drogas do sertão.

• Vicente Yañes Pinzon descobriu, 1500 a foz do rio


Amazonas e batizou de Santa Maria do Mar Dulce.

• Francisco Orelhana, 1541, partindo dos Andes,


desceu o rio Amazonas até o Oceano Atlântico.
OCUPAÇÃO HUMANA – na Bacia
Amazônica, no Período Colonial.
• A ocupação portuguesa teve início em 1616, com a
fundação do Forte do Presépio, núcleo que deu
origem à cidade de Santa Maria de Belém do Grão-
Pará, período da União Ibérica.

• As missões religiosas nos séculos XVII e XVIII tiveram


participação significativa no início do projeto de
ocupação da Amazônia brasileira. Essas missões
eram acompanhadas por tropas de resgates, que
visavam a caçar indígenas para escravizá-los.
Bandeirantes apresador Forte do Presépio.
OCUPAÇÃO HUMANA – na Bacia
Amazônica, no Período Colonial.
• A Amazônia, região de floresta densa e
ao mesmo tempo drenada pela maior
bacia hidrográfica do mundo, teve a
sua ocupação consolidada
basicamente pelos rios.
OCUPAÇÃO HUMANA – nos vales do
Guaporé, Mamoré e Madeira.
• O atual território rondoniense
passou a ser ocupado a partir de
1723, com a fundação da Aldeia de
Santo Antonio, pelo padre jesuíta
João Sampaio, nas proximidades da
cachoeira do mesmo nome, à
margem do rio Madeira.

• 1744, com a descoberta de ouro,


no rio Corumbiara, pelos
bandeirantes paulistas – Antonio de
Almeida Moraes e Tristão da Cunha
Gago.
OCUPAÇÃO HUMANA – nos vales do
Guaporé, Mamoré e Madeira.
• Com a fundação da capitania de Mato
Grosso, em 1748, ocorreu intensa política de
povoamento promovida pelo governador
Antonio Rolim de Moura Tavares (1751-1764)
nas margens dos rios Guaporé, Mamoré e
Madeira, até a Cachoeira de Salto Grande.

• Entre 1754-1758, o Juiz de Fora Teotônio da


Silva Gusmão, fundou por solicitação do
governador Rolim de Moura, uma feitoria,
que ficou denominada Nossa Senhora da
Boa Viagem do Salto Grande – atualmente
essa localidade é denominada Cachoeira de
Teotônio.
O Presídio de
Nossa Senhora da
Conceição ficava
no município
de Costa Marques,
no estado
de Rondônia,
no Brasil.

Hoje desaparecido,
existiu na margem
direita do rio
Guaporé, a cerca
de dois quilômetros
a jusante do local
onde
posteriormente foi
erguido o Real
Forte Príncipe da
Beira, na fronteira
com a atual Bolívia.
ANTECEDENTES DO REAL FORTE PRÍNCIPE
DA BEIRA.
• O Forte de Bragança localizava-se na margem direita do rio
Guaporé, a cerca de dois quilômetros a jusante do local do
atual Real Forte Príncipe da Beira, no município de Costa Marques,
estado de Rondônia, no Brasil.

• O Forte de Bragança
• Ante a ruína do Forte de Nossa Senhora da Conceição, devido ao
rigor do clima equatorial e às investidas espanholas, a estrutura foi
reconstruída a partir de 26 de setembro de 1767(1768 cf.
LEVERGER, 1884:360), e rebatizada, em 1769, pelo governador e
Capitão-general da Capitania do Mato Grosso, Luís Pinto de Sousa
Coutinho (1769-1772), como Forte de Bragança (SOUZA,
1885:137).
O Real Forte do Príncipe da
Beira, também conhecido
como Fortaleza do Príncipe
da Beira, localiza-se na
margem direita do rio Guaporé,
atual Guajará-Mirim, no
município de Costa Marques,
estado de Rondônia,
no Brasil.
Ruínas do Real Forte Príncipe da Beira.

O INTERESSE DA Coroa portuguesa em


povoar a região visava garantir a posse da
terra, o Tratado de Madri garantia esse
direito (1750).

Para proteger das possíveis invasões


construiu fortes e fortalezas, na margem
direita do rio Guaporé em pontos
estratégicos do norte do Brasil.
OCUPAÇÃO DOS VALES DO MADEIRA, MOMORÉ, GUAPORÉ E
MACHADO – PERÍODOS DOS SERINGUEIROS.

• Primeiro Ciclo da Extração do Látex (1877-1912):


• Surgimento de povoados à margem dos rios Guaporé, Mamoré, Madeira e
Machado;

• 1912, elevação da localidade de Santo Antonio do Alto Madeira à categoria de


município – estado de Mato Grosso;

• 1907-1912, iniciativa do governo brasileiro na construção da Estrada de Ferro


Madeira-Mamoré;

• Formação do povoado de Porto Velho no ponto inicial da ferrovia, que foi elevado à
categoria de município em 1914, pertencia ao estado do Amazonas;

• No ponto final da ferrovia ocorreu a formação do povoado e que foi elevado a


categoria de município em 1928, com a denominação de Guajará-Mirim.
SEGUNDO CICLO DO LÁTEX (1942 -1945)

• Em 1942 o governo brasileiro fez um acordo com o governo dos


Estados Unidos (Acordos de Washington), que desencadeou uma
operação em larga escala de extração de látex na Amazônia -
operação que ficou conhecida como a Batalha da borracha.

• Desta Amazônia viveria outra vez o ciclo da borracha durante a


Segunda Guerra Mundial, embora por pouco tempo.

• Como forças japonesas dominaram militarmente o Pacífico Sul


nos primeiros meses de 1942 e invadiram também a Malásia, o
controle dos seringais passou a estar nas mãos dos nipônicos, o
que culminou na queda de 97% da produção da borracha asiática.
ACORDOS DE WASHINGTON
• Os acordos selaram em princípio um empréstimo de 100 milhões de dólares para a
modernização e implantação do projeto siderúrgico brasileiro, além da aquisição de
material bélico no valor de 200 milhões de dólares.

• Esses acordos foram decisivos para a criação da Companhia Siderúrgica Nacional e


da Companhia Vale do Rio Doce.

• Brasil assumiu o compromisso de fornecer minérios estratégicos e importantes à


indústria bélica americana.

• Os principais produtos eram alumínio, bauxita, borracha, cobre, cristal quartzo,


estanho, magnésio, mica, níquel, tungstênio, zinco, entre outros.

• O SURGIMENTO DO SOLDADO DA BORRACHA. (Serviço Especial de Mobilização


de Trabalhadores para a Amazônia – SEMTA)
SOLDADOS DA BORRACHA – ALUSÃO AOS SOLDADOS BRASILEIROS QUE
FORAM LUTAR NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL.

• Soldados da Borracha foi o nome dados aos brasileiros que entre 1943/1945 foram alistados e
transportados para a Amazônia pelo Semta, com o objetivo de extrair borracha para os Estados Unidos da
América (Acordos de Washington) na II Guerra Mundial.

• Estes foram os peões do Segundo Ciclo da Borracha e da expansão demográfica da Amazônia.

• O contingente de Soldados da Borracha é calculado em mais de 50 mil, sendo na grande maioria


nordestinos e, por sua vez, cearenses.

• Foi prometido aos Soldados da Borracha que, após a guerra, estes retornariam à terra de origem.

• Na prática, mais da maioria deles morreu de doenças como malária ou por influência de atrocidades da
selva.

• Os sobreviventes ficaram na Amazônia por não ter dinheiro para pagar a viagem de volta, ou porque
estavam endividados com os seringalistas (donos do serigais).

• Ao contrário dos Pracinhas, estes só foram reconhecidos como combatentes da II Guerra Mundial em
1988, e apenas com este reconhecimento tiveram direito a uma pensão vitalícia.
Região da Amazônia, palco do ciclo da borracha. É visível parte do Brasil e da Bolívia,
além dos rios Madeira, Mamoré e Guaporé, perto dos quais construiu-se a Estrada de
Ferro Madeira Mamoré.
COMISSÃO DE RONDON

• Século XX, o meio de comunicação utilizado onde está o estado de


Rondônia, era os rios.

• A região estava desarticuladas em relação a região Sudeste do Brasil.

• O estado de Mato Grosso e acima da cachoeira de Santo Antônio


estavam ligados aos centros comerciais de Manaus e Belém.
O governo republicano tinha
preocupação com a região oeste do
Brasil, muito isolada dos grandes
centros e em regiões de fronteira.

Assim decidiu melhorar as


comunicações construindo linhas
telegráficas para o Centro-Oeste.

Rondon cumpriu essa missão abrindo


caminhos, desbravando terras,
lançando linhas telegráficas, fazendo
mapeamentos do terreno e
principalmente estabelecendo
relações cordiais com os índios.

Os objetivos principais eram:


1. Integração com o Sul e o
Sudeste;

2. Instalação das linhas telegrafas


de Mato Grosso ao Amazonas.
ETAPAS COMISSÃO DE RONDON
• 1. Início em Cuiabá-MT, em 2 de setembro de
1907;

• 2. A partir de 20 de junho do local em que a


primeira parou;

• 3. A mais importante (última), teve início a partir


de 20 de junho de 1909, tendo como o ponto de
partida a Serra Negra. No decorrer desta etapa, foi
desbravado todo o território dos atuais limites do
estado de Rondônia e realizado estudos da fauna,
flora, bacia hidrográficas e solos, chegando, em 25Rondon quando jovem,
de dezembro do mesmo ano. desbravando os ignotos sertões
da Amazônia brasileira.
A instalação das Linhas Telegráficas Estratégicas de Mato Grosso ao
Amazonas ocorreram entre 1907 e 1915.

Neste período foram construídas diversas estações telegráficas entre: Vilhena,


Pimenta Bueno, Afonso Pena (Ji-Paraná), Jaru, Ariquemes e Santo Antônio.
OCUPAÇÃO RECENTE DA REGIÃO NORTE
BRASILEIRA. (Rondônia)
A ESTRATÉGIA DO GOVERNO FEDERAL PARA A
OCUPAÇÃO DA AMAZÔNIA.
• Migração e colonização são duas palavras distintas, do ponto
de vista semântico. No entanto ambas se confundem porque
dois fatores geograficamente importantes: contingentes
populacionais; espaço (território, região, área, etc.) possível
de ser ocupados pelos primeiros.

• Migração é o deslocamento num determinado país.

• Colonização significa ação de ocupar e desbravar novos


territórios dentro de um país independente.
O MILAGRE DA BRASILEIRO E A OCUPAÇÃO
DA AMAZÔNIA.
• A ocupação dos espaços considerados como vazios para manter a Amazônia brasileira,
não considerando a própria existência de índios e caboclos da região.

• Em 1970, a Política de ufanismo pós 1964, estratégia de propaganda política elaborada


pela Assessoria Especial de Relações Públicas (Aerp) do governo do presidente Emílio
Garrastazu Médici, tinha como grandes objetivos os grandes projetos econômicos e a
integração do país.

• O Presidente Médici declarou a região sob estado de calamidade pública; criou, assim,
o Programa de Integração Nacional (PIN), cujo lema era o de oferecer as : “Terras sem
homens (na Amazônia) para homens sem terra (do Nordeste).”

• Médici buscou também integrar a Amazônia ao Nordeste e ao Centro e Sul do Brasil,


através de rodovias.
MIGRAÇÃO E COLONIZAÇÃO DE RONDÔNIA

• A ocupação de determinada região ou país,


é preciso haver o deslocamento dos
contingentes humanos para aquele
determinado local.

• No caso especifico da região amazônica, e


nesse contexto de Rondônia, podemos
afirmar que a ocupação humana não
ocorreu aleatoriamente.

• Houve todo um processo de planejamento e


execução de projetos governamentais, no
sentido exequível a ocupação da Amazônia.

• Como estratégia de fronteira agrícola, o


governo brasileiro implementou a
colonização.
A estrutura fundiária, isto é, o
modo que as propriedades ou
estabelecimentos rurais estão
socialmente distribuídos,
apresenta extrema
desigualdade no Brasil..

É percebível a intensa
concentração fundiária, por
uma estrutura fundiária
herdada do sistema colonial.
MIGRAÇÃO E COLONIZAÇÃO DE RONDÔNIA

• A ocupação da Amazônia decorrera dos conflitos ocorridos


no Brasil de Sudeste a Sul, envolvendo pequenos produtores
rurais e as oligarquias existentes.

• Por conta das pressões e dos conflitos agrários, o governo


brasileiro precisava de uma área para assentar aqueles
excedentes populacionais.

• E esse espaço (á Amazônia) era um vazio demográfico, uma


extensa área fronteiriça que precisava ser integrada ao
restante do país.
EIXOS DE OCUPAÇÃO E PERÍODOS.
• Da chegada dos primeiros colonos europeus até os anos de 1960 – o período mais longo na história
plurissecular da Amazônia – o eixo principal de penetração foi o rio Amazonas e seus
afluentes, sempre percorridos da foz para montante.

• Nos anos de 1960, o eixo principal passou a ser uma direção sul- norte, ao longo da rodovia
Brasília-Belém.

• Nos anos de 1970, o fluxo principal ia do leste para o oeste, ou do sudeste para o noroeste,
ao longo das novas rodovias, BR 364 e Transamazônica.

• Nos anos de 1980 e no início dos anos de 1990, por falta de uma política amazônica bem
definida, diversas direções de propagação se misturavam (sul- norte, oeste- leste, leste-
oeste), uma indecisão que reflete bem as incertezas dessa "década perdida".

• Finalmente, retoma-se hoje uma tendência a um movimento sul- norte, ao longo do eixo
Araguaia-Tocantins, da BR 163 e dos eixos Manaus-Venezuela e Amapá-Guiana Francesa.
OCUPAÇÃO DA AMAZÔNIA
• A Amazônia era vista como um lugar que prometia bastante
em termos de viabilidade ocupacional, pela exuberância da
floresta (parecendo possuir solos férteis), etc.

• Além de representar para o governo um futuro mercado de


trabalho regional.

• De modo que, temo visto que a migração e a colonização


dirigida a Rondônia está dentro de um contexto mais amplo,
qual seja, a estratégia de ocupação regional.
PRINCIPAIS ESTRATÉGIAS IMPLANTADAS PARA À OCUPAÇÃO DA
AMAZÔNIA
• PRINCIPAIS REDES DE INTEGRAÇÃO:
1. Rede rodoviária ampliada com a implantação de grandes eixos transversais
como a Transamazônica e Perimetral Norte, e intra-regionais como a Cuiabá-
Santarém e Porto Velho - Manaus.

2. Rede de telecomunicações: comandada por satélites, que difunde os valores


modernos pela TV e estreita os contatos por uma rede telefônica muito
eficiente.

3. Rede urbana: sede das redes de instituições estatais e organizações privadas.

4. Rede hidroelétrica: que hoje se estende para fornecer energia, o insumo


básico para a nova fase industrial.
PRINCIPAIS PROJETOS E PROGRAMAS DA
ESTRATÉGIA DE OCUPAÇÃO DA AMAZÔNIA
LEGAL.

Ano Programa, projeto e


órgãos executores.
Objetivos

1958 Rodovia
(BR-010)
Belém-Brasília
Ministério do
Implantar um eixo para
articular a Amazônia
Transporte/DNR oriental e o resto do ´país.

1960 Rodovia Cuiabá-Porto


Velho (BR 364) Ministério
Implantar um eixo pioneiro
para articular a porção
do Transporte/DNR meridional da Amazônia.

1966
SUDAM (Superintendencia do Coordenar e supervisionar
Desenvolvimento da Amazônia) programas e planos regionais;
Ministério do Interior. decidir sobre a redistribuição de
incentivos fiscais.

1967 SUFRAMA
(Superintendência da Zona
Integrar a porção ocidental
da Amazônia mediante a
Franca de Manaus) criação de um centro
Ministério do Interior. industrial e agropecuário e
isenção de impostos.
PROJETOS E PROGRAMAS DA ESTRATÉGIA DE
OCUPAÇÃO DA AMAZÔNIA LEGAL.

Ano Programa, projetos e


órgãos executores
Objetivos

1968 Incentivos Promover investimentos na


região por meio de
Fiscais/SUDAM deduções de impostos.

1970 PIN (Programa de Estender a rede rodoviária e


implantar projetos de
Integração Nacional) colonização oficial nas áreas de
atuação da Sudene e Sudam.

PROTERRA (Programa
1970 de Redistribuição de
Promover a
Terras e Estímulos à
capitalização rural.
Agricultura do N e NE)
PROJETOS E PROGRAMAS DA ESTRATÉGIA DE
OCUPAÇÃO DA AMAZÔNIA LEGAL

Ano Programa, projetos e


órgãos executores
Objetivos

1970 INCRA (Instituto Nacional


de Colonização e Reforma
Executar estratégias
Agrária) Ministério do de distribuição da
Interior terra.

1974
POLAMAZÔNIA (Programa de Concentrar recursos em áreas
Pólo a agropecuários e selecionadas visando o
Agrominerais da Amazônia) Min. estímulo de fluxos migratórios,
Do Interior, Agricultura e elevação do rebanho e melhoria
Transporte. da infra-estrutura urbana.

1980 PCG (Programa Explorar


integrada,
de
em
forma
grande
Grande Carajás) escala, recursos minerais e
SEPLAN/Presidênc agroflorestais da região.
ia da República.
PROJETOS E PROGRAMAS DA ESTRATÉGIA DE
OCUPAÇÃO DA AMAZÔNIA LEGAL.

Ano Programa, projetos e


órgãos executores
Objetivos

1981
Programa Integrado de
Desenvolvimento do Noroeste do Pavimentar a BR-364
Brasil – POLONOROESTE/Ministério
da Agricultura, Transporte e Interior.
e promover a
colonização.

PCN (Projeto Calha Oficialmente, assegurar


1985 Norte) a soberania nacional,
SGCSN/Presidência da fiscalizar a circulação e
República assistir aos índios.
Projeto 2010/Min. Minas Implantar rede hidrelétrica
1987 e Energia/Eletronorte para estimular o
desenvolvimento industrial
da região.
OS PROGRAMAS, OS INVESTIMENTOS E OS INCREMENTOS DEMOGRÁFICOS
ESCALAS REGIONAL E LOCAL.

“Desde a década de 1970, a região Norte apresenta as maiores


taxas de crescimento populacional” (Magnoli & Araújo).

Os mesmos autores acrescentam que “...esse movimento se


vincula a uma ambiciosa estratégica geoeconômica da
ditadura militar, que tinha como objetivo aliviar a depressão
demográfica; que e os conflitos fundiários da região Nordeste
e incentivar o povoamento no vazios demográficos do
território brasileiro”.
OS PROGRAMAS, OS INVESTIMENTOS E OS INCREMENTOS
DEMOGRÁFICOS NAS ESCALAS REGIONAL E LOCAL.

• Um dos elementos da referida estratégia foi, sem dúvida, o Projeto de


Integração Nacional (PIN). Tal projeto, além da construção das
megarodovias Transamazônica e Cuiabá-Santarém, estabelecia a
implantação de um projeto de colonização, em uma faixa de 10 km, ao
longo das duas margens das referidas rodovias.

• Ao INCRA caberia assentar famílias, nos lotes de 100 hectares,


oferecendo a infra-estrutura necessária ao plantio e à comercialização
dos produtos cultivados.

• O colono manteria uma reserva florestal equivalente a 50% do seu lote,


bem como, teria um prazo de vinte anos para pagar pela terra.
OS PROGRAMAS, OS INVESTIMENTOS E OS INCREMENTOS
DEMOGRÁFICOS NAS ESCALAS REGIONAL E LOCAL

• Os Projetos de colonização oficial ao longo das megarodovias durou


pouco tempo, devido as mudanças na política de ocupação da Amazônia.

• As pequenas propriedades estavam sendo vistas como improdutivas e


onerosas.

• Os órgãos competentes pretendiam, assim, atrair investimentos para os


setores agropecuário e mineral. Prevendo assentar 1 milhão de famílias ,
o PIN só conseguiu assentar mil famílias, em 1974, muitas das quais
ficaram abandonadas.
OS PROGRAMAS, OS INVESTIMENTOS E OS INCRENENTOS
DEMOGRÁFICOS NAS ESCALAS REGIONAL E LOCAL.

• Podemos afirmar que a migração para a Amazônia e , consequentemente,


para Rondônia decorreu de um estratégia geopolítica do governo
brasileiro.

• Ainda nesse sentido, na atualidade, “...a Amazônia constitui um grande


pólo atração migratória.

• Esse não é movimento recente, pois acompanhou a expansão da fronteira


agrícola brasileira em direção ao Centro-Oeste e à Amazônia. “E “...
podemos observar que grande parte da população do Estado de Rondônia
é paranaense”. (Moreira(¹¹), (1998:402).
OS PROGRAMAS, OS INVESTIMENTOS E OS INCREMENTOS
DEMOGRÁFICOS NAS ESCALAS REGIONAL E LOCAL.

Na década de 70 e início dos anos 80, o Estado de Rondônia recebeu


recursos diretamente do Programas Polonoroeste (patrocinado pelo
Banco Mundial e pelo Governo Federal) para o asfaltamento da BR-364 e
para a implantação de vários projetos de colonização, ao longo dessa
estrada.
As noticias, sobre esses projetos atraíram milhares de famílias migrantes
ao Estado.
OS PROGRAMAS, OS INVESTIMENTOS E OS INCREMENTOS
DEMOGRÁFICOS NAS ESCALAS REGIONAL E LOCAL.

• Após o fracasso da colonização da Transamazônica, Rondônia


se transformou em uma das poucas alternativas de acesso à
terra para o pequeno produtor rural.

• Entre as décadas 70 e 80, a população do estado apresentou


crescimento de ordem de 342% sendo que mais de 67% dos
seus habitantes era constituída de paranaenses, mineiros e
capixabas, expulsos de suas regiões pela concentração
fundiária e pela modernização da agricultura.
OS PROGRAMAS, OS INVESTIMENTOS E OS INCREMENTOS
DEMOGRÁFICOS NAS ESCALAS REGIONAL E LOCAL.

• O fluxo migratório, que prosseguiu na década de 80, foi


superior à capacidade de absorção demográfica dos projetos
do INCRA. Resultado: inchamento dos centros urbanos.

• Já os migrantes não obtinham terra para se fixarem, se


transformavam em um verdadeiro exército de mão-de-obra
para as fazendas de gado e para as madeireiras da região.

• Atualmente, essas grandes fazendas ocupam as melhores


áreas dos projetos originais de colonização, ao longo do eixo
da BR-364.
OS PROGRAMAS, OS INVESTIMENTOS E OS INCREMENTOS
DEMOGRÁFICOS NAS ESCALAS REGIONAL E LOCAL

Os pequenos produtores, foram


expropriados para áreas de difícil
acesso, no interior do Estado, próximas
das reservas indígenas. Violentos
conflitos, envolvendo índios, posseiros
e grandes fazendeiros, têm sido cada
vez mais freqüentes em Rondônia.
ESTRATÉGIA BÁSICA PARA A OCIPAÇÃO DE
RONDÔNIA
• No caso específico de Rondônia, foram utilizados dois
instrumentos fundamentais, no tocante à estratégia para a
ocupação rápida do território: a consolidação da rodovia BR-
364, que permitiu canalizar o fluxo de camponeses
expropriados pelo modernização agrícola do Sul do país; os
PIC’s, os quais permitiram o assentamento de um pequeno
número de parceleiros, com assistência estatal.

• Todavia, o fluxo populacional excedeu em muito à capacidade


de controle do INCRA.
BR-364

Posseiros e peões desembarcam do ônibus


da Viação Rondônia na beira da BR-364. Sem
assistência do Incra, acertam contas na
polícia/IBGE
BR 364 Vias de acesso à cidade: CACOAL.
ESTRATÉGIA BÁSICA PARA A OCUPAÇÃO DE
RONDÔNIA
• A política fundiária deixou como saldo 11.000 famílias cadastradas no
INCRA, em 1982, que não receberam terra. Essa quantidade somada às
famílias não cadastradas, atingiram um total de 30.000 famílias,
aproximadamente.

• A incapacidade de ao fluxo incessante de famílias que solicitavam terras,


resultou na intensificação da ocupação de locais não-desejados invasões e
em uma explosão de conflitos violentíssimos no estado de Rondônia, onde
os pequenos produtores participam e influem no processo de produção do
espaço.

• No período compreendido entre 1970 a 2001, o INCRA assentou em 120


projetos um total de 68.154 famílias de agricultores em todo o estado de
Rondônia.
PROJETOS DE ASSENTAMENTOS DE
FAMÍLIAS (RO)

PROJETO SUPERFÍCIE ANO DE PARCELA FAMÍLIAS


(ha) CRIAÇÃO MÉDIA (ha) ASSENTADAS.

Pic Ouro 512.285 1970 100 5.162


Preto

PIC Sidney 60.000 1971 100 638


Girão
PIC Ji- 486.137 1972 100 4.756
Paraná
PIC P. Assis 293.580 1973 100 3.353
Ribeiro
PIC Pe. 407.219 1975 100 3.786
ROHL
PAD Mal. 494.661 1975 100 4.767
Dutra
PROJETOS DE ASSENTAMENTOS DE
FAMÍLIAS (RO)

PROJETO SUPERFÍCIE ANO DE PARCELA FAMÍLIAS


(ha) CRIAÇÃO MÉDIA (ha) ASSENTADAS

PAD 304.925 1975 100 a 250 1640


Burareiro
PAD Urupá 75.460 1981 30 1.246

PAD 382.940 1982 42 2.836


Machadinho
PAD Cujubim 204.395 1984 40 501

PAD Bom 190.000 1984 65 797


Princípio
PAR Gleba G 33.944 1982 50 1.200
PROJETOS DE ASSENTAMENTO DE
FAMÍLIAS (RO)

PROJETOS SUPERFÍCIE ANO DE PARCELA FAMÍLIAS


(ha) CRIAÇÃO MÉDIA (ha) ASSENTADAS

PAR BR-364 921.487 1980 50 12.213


PAR Gleba 620.880 1982 50 2.587
Jacundá
Soldado da - - Variável 1939
Borracha
PA São 19.100 1986 - 409**
Felipe
PAD V. Da 21.027 1986 - 400**
União
PA V. 12.000 1986 - 240**
Jamari *
PROJETOS DE ASSENTAMENTO DE
FAMÍLIAS (RO)

PROJETO SUPERFÍCIE ANO CRIAÇÃO PARCELA FAMÍLIAS


(ha) MÉDIA (ha) ASSENTADAS

PA D Jaru 21.000 1986 - 552**


uaru
PA R.P. 33.000 1986 - 526**
Candeias*
PA 5.261 1987 - 175**
Pyrineos*
PA Zeferino* 7.545 1987 - 237**
PA T. 33.000 1987 - 1.010**
Neves*
PA 6.345 1987 - 211**
Itapirema*
PROJETOS DE ASSENTAMENTO DE FAMÍLIAS
(RO)
PROJETO SUPERFÍCIE ANO PARCELA FAMÍLIAS
(ha) CRUAÇÃO MÉDIA (ha) ASSENTADAS

PA 41.530 1988 - 690**


Jatuarana*
PA V. 14.900 1988 - 370**
Seringal*
PA M. 11.052 1988 - 300**
Freire*
PA Buriti* 25.000 1988 - 818**

PA São 2.300 2001 11,0 206**


Francisco***
Total 29 5.896.093 - - 57.006
projetos

*Projetos de Reforma Agrária em execução


**Capacidade de assentamento.
SIGNIFICADO DAS SIGLAS DE CADA
PROJETO
• PIC: Projeto de Integração e Colonização.

• PAD: Projeto de Assentamento Dirigido.

• PA: Projeto de Assentamento.

• PAR: Projeto de Assentamento Rápido.


MIGRAÇÃO EM RONDÔNIA
1977/1994
ANO MIGRANTES ANO MIGRANTES

1977 3.140 1983 92.723


1978 12.658 1984 153.377
1979 36.798 1985 151.684
1980 49.205 1986 165.679
1981 60.218 1987 193.559
1982 58.052 1994* 207.116

TOTAL 783.527

FONTE: SEPLAN-RO/CETREMI
*Estimativa FIERO/1995.
TRATADOS E LIMITES
• PRINCIPAIS TRATADOS QUE FORAM IMPORTANTES PARA A
FORMAÇÃO DA FRONTEIRA NO ESPAÇO RONDONIENSE:
• 1. Tratado de Tordesilhas;

• 2. Tratado de Madri;

• 3. Tratado de Ayacucho;

• 4. Tratado de Petrópolis.
O Tratado de Tordesilhas, assinado na povoação
castelhana de Tordesilhas em 7 de Junho de 1494,
foi um tratado celebrado entre o Reino de
Portugal e o recém-formado Reino da Espanha
para dividir as terras "descobertas e por descobrir"
por ambas as Coroas fora da Europa.

Este tratado surgiu na sequência da contestação


portuguesa às pretensões da Coroa espanhola
resultantes da viagem de Cristóvão Colombo,
que ano e meio antes chegara ao chamado Novo
Mundo, reclamando-o oficialmente para Isabel, a
Católica.
O Tratado de Madrid foi
firmado na
capital espanhola entre D.
João V de Portugal e D.
Fernando VI de Espanha, a
13 de Janeiro de 1750, para
definir os limites entre as
respectivas colônias sul-
americanas, pondo fim
assim às disputas.

O objetivo do tratado era


substituir o de Tordesilhas,
o qual já não era mais
respeitado na prática.

As negociações basearam-
se no chamado
Mapa das Cortes,
privilegiando a utilização de
rios e montanhas para
demarcação dos limites.
Evolução dos limites territoriais
do Brasil
UTI POSSIDETIS
• Utti Possidetis ou uti possidetis iuris é um princípio de
direito internacional segundo o qual os que de fato ocupam um
território possuem direito sobre este.

• A expressão advém da frase uti possidetis, ita possideatis, que


significa "como possuís, assim possuais".

• Proveniente do direito romano, o princípio autoriza uma parte a


contestar e reivindicar um território adquirido pela guerra.

• O termo foi utilizado historicamente para legitimar as conquistas


territoriais, como no caso da anexação da Alsácia-Lorena pelo
Império Alemão, em 1871.
Capitanias do Brasil - 1534.
Tratado de Santo
Ildefonso é o acordo
assinado em 1 de outubro de
1777 na cidade de San
Ildefonso, na província
espanhola de Segóvia, com o
objetivo de encerrar a disputa
entre Portugale Espanha pela
posse da colônia sul-
americana do Sacramento.
Linha Madeira-Javari criada
pelo Tratado de Madri
(1750) e ratificada pelo
Tratado de Santo Ildefonso
(1777)
TRATADO DE AYACUCHO
• Conhecido por selar a paz entre o Brasil e a Bolívia, o Tratado de Ayacucho foi assinado em
23 de Novembro de 1867 e conhecido por diversos nomes, principalmente Tratado da Amizade.

• Pelos tratados anteriores, de Madri e Santo Ildefonso, a fronteira da Bolívia chegava ao médio
rio Madeira, próximo a cidade de Humaitá, no interior do estado do Amazonas, e abrangia o
estado do Acre, o distrito de Extrema (localizado no estado de Rondônia) e grande parte do
estado do Amazonas.

• Este tratado era composto por trinta artigos nos quais se declarava a paz entre os países e se
estabeleciam relações amigáveis de navegação e tráfego, algumas que persistiram no
Tratado de Petrópolis.

• Foram recuadas as fronteiras bolivianas a favor do Império Brasileiro, a partir dos rios Guaporé
e Mamoré, passando por Beni e seguindo uma linha reta que recebeu o nome de Cunha Gomes.

• As embarcações bolivianas teriam acesso aos rios brasileiros a partir dali.


Mapa da
América do Sul em
alemão de1899
mostrando a região
que viria a formar o
Acre ainda como
território boliviano
TRATADO DE AYACUCHO
• Para a assinatura deste tratado não houve muito
obstáculos, porque, na época os governantes
bolivianos eram instáveis e as atenções do governo
e da elite boliviana estavam voltadas para Guano e
Salitre, região das minas de prata.

• A elite da prata, concentrada em Potosi, não se


opunha às concessões dos governantes bolivianos,
desde que eles dessem mais atenção às regiões dos
Altiplanos.
TRATADO DE PETRÓPOLIS
• O atual estado brasileiro do Acre era, no final do século XIX,
uma região pertencente à Bolívia.

• No entanto, após a descoberta do rio Aquiri (ou Acre) em


1861, por um caboclo brasileiro, as autoridades brasileiras
incentivaram a abertura de novas fronteiras, resultando em
uma migração de trabalhadores brasileiros, oriundos da região
Nordeste, principalmente dos estados do Ceará e Maranhão.

• A principal atividade econômica desenvolvida na região era a


extração de látex das seringueiras, matéria-prima para a
confecção da borracha.
TRATADO DE PETRÓPOLIS
• Seis anos mais tarde, Bolívia e Brasil firmaram o Tratado de Ayacucho, assegurando ao
país andino a posse de grande parte do território que hoje compõe o estado do Acre.

• Logo a Bolívia fundaria ali sua primeira cidade (Santo Alonso) e instalaria uma
alfândega.

• A regulamentação da navegação nos rios locais e a taxação alfandegária sobre a


importação de produtos em geral insuflou nos cidadãos brasileiros da região a
necessidade de se revoltarem contra as autoridades bolivianas.

• Enquanto os brasileiros sonhavam anexar o território acreano, o governo da Bolívia


celebrava com os ingleses um acordo para comercializar e exportar a borracha,
arrendando o Território a um Sindicato de capitalistas estrangeiros denominados
Bolivian Syndicate.

• Brasil e Bolívia se desentenderem, agora a disputa interessava a mais duas nações.


TRATADO DE PETRÓPOLIS
• O Barão do Rio Branco, patrono da diplomacia brasileira, iniciou as
negociações com as partes, que resultaram na assinatura do Tratado de
Petrópolis firmado na cidade de mesmo nome em 1903.

• Sacramentou-se, assim, a incorporação do Acre ao território brasileiro.

• Em troca, o Brasil pagou à Bolívia dois milhões de libras esterlinas,


indenizou o Bolivian Syndicate em 110 mil libras esterlinas, rescindindo o
contrato de arrendamento.

• Cedeu algumas terras no Mato Grosso e comprometeu-se a construir a


estrada de ferro Madeira-Mamoré para escoar a produção boliviana pelo rio
Amazonas.
Importância do Tratado de Petrópolis para o Vale do Madeira:
1. Construção de Ferrovia Madeira-Momoré;

2. Implantação e desenvolvimento do Vale do rio Madeira;

3. Migração e povoamento dos vales do Madeira e Mamoré e formação de


núcleos urbanos.
FORMAÇÃO DO ESPAÇO RONDONIENSE.
• Com a Programação da República as províncias passaram a se
chamar estados.

• Vários projetos foram elaborados para a criação de uma


província, território ou estado nos vales do Guaporé, Mamoré e
Madeira.

• O projeto de Sagadas Filho propunha a criação dos estados


Guaporé e Madeira.

• Teixeira de Freitas propõe a criação dos estados do Guaporé,


Mamoré e Madeira.
Em 1940 a visita do então presidente
Getúlio Vargas, a convite de Aluízio
Pinheiro Ferreira, na época diretor da
E. F. Madeira-Momoré, influenciou na
decisão da criação do Território Federal
do Guaporé, em 1943.

No período da
Segunda Guerra Mundial o
governo decide desmembrar
seis territórios estratégicos
de fronteira do país para
administrá-los diretamente:

Amapá, Rio Branco,


Guaporé, Ponta Porã, Iguaçu
e o arquipélago de
Fernando de Noronha.
TERRITÓRIO FEDERAL DO GUAPORÉ
• O presidente Getúlio Vargas, em 13 de setembro
de 1943, pelo Decreto-Lei 5.812 criou cinco
territórios: Amapá, Iguaçu, Rio Branco, Ponta
Porã, e Guaporé.

• Objetivo: dar mais segurança as fronteiras


nacionais.

• Nesse período ocorria o Segundo Ciclo da


Extração de Látex.

• O Território Federal do Guaporé foi formado com


áreas desmembradas dos estados de Mato
Grosso e Amazonas.

• A maior parte foi desmembrada do estado de


Mato Grosso.
EVOLUÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA (no período
do Território Federal.
• O Território Federal do Guaporé, na ocasião de sua criação, ficou
dividido em quatro municípios: Porto Velho, Santo Antônio do
Alto Madeira, Guajará-Mirim e Lábrea.

• Parte da área dos municípios de Mato Grosso (atual Vila Bela),


no estado de Mato Grosso e Humaitá, estado do Amazonas
pertenciam ao Território Federal do Guaporé.

• Em 31 de maio de 1944, o município de Lábrea voltou a


pertencer ao estado do Amazonas e a área que pertencia a
Humaitá e Canutama foi anexada a Porto Velho, a que pertencia
ao município de Mato Grosso, foi anexada a Guajará-Mirim.
EVOLUÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA. (no período
de Território Federal do Guaporé).

• Em 17de abril de 1945, pelo Decreto-Lei 7.470,


ocorreu novos ajustes nos limites internos do Território
Federal do Guaporé.

• O município de Santo Antonio do Rio Madeira foi


extinto e seu território foi anexado ao município de
Porto Velho.

• O Território Federal do Guaporé ficou dividido em dois


municípios, Porto Velho (capital) e Guajará-Mirim.
TERRITÓRIO FEDERAL DE RONDÔNIA
• A partir de 17 de fevereiro de 1956 o Território Federal do
Guaporé, passou a ser denominado de Território Federal de
Rondônia.

• A partir de 1970, através do INCRA, deu início à implantação


de projetos oficiais de colonização e realizou campanhas
com o slogan “Amazônia Integrar para não Entregar”,
“Marcha para o Oeste” e “Rondônia um Novo Eldorado”,
ocasionado um intenso fluxo migratório de colonos.

• Principais providências dos colonizadores: Sul e Sudeste.


PRECEDENTES PARA À CRIAÇÃO DO ESTADO DE RONDÔNIA .

• PRINCIPAIS PROJETOS:
• Projetos de Integração de Colonização (PIC) Ouro
Preto, Gy-Paraná, Paulo de Assis Ribeiro, Padre
Adolpho Rol.

• Projetos de Assentamentos Dirigidos (PAD): Marechal


Dutra e Burareiro.

• RESULTADO DOS PROJETOS: formação de diversos


povoados ao longo da BR-364.
Nos anos 70, Vila Rondônia, hoje, Ji-Paraná, vivia à mercê da
violência e das promessas do Incra /PREFEITURA
CRIAÇÃO DO ESTADO DE RONDÔNIA
• Início da década de 1980, o cel. Jorge Teixeira de
Oliveira, realizou diversas obras de infraestrutura
viária e urbana, abriu estradas e implantou
núcleos urbanos de apoio rural-NUAR.

• As políticas de estruturação e desenvolvimento


do Território contribuiu para a elevação do
Território Federal de Rondônia à categoria de
estado.
CRIAÇÃO DO ESTADO DE RONDÔNIA
• O deputado federal Jerônimo Garcia de Santana (1971-1982) elaborou o projeto
visando à criação do estado de Rondônia.

• Por ser de oposição o projeto do deputado encontrou dificuldades para a tramitação.

• No governo do presidente general João Batista de Figueredo, foi elaborado um


projeto do executivo, que elevou então o Território Federal de Rondônia à categoria
de Estado.

• O estado de Rondônia foi criado, no dia 22 de dezembro de 1981, pela Lei


Complementar Nº 41, sancionada pelo presidente general João Batista de Figueredo.

• A instalação ocorreu em 4 de janeiro de 1982, com a posse do coronel Jorge Teixeira


de Oliveira.
CRIAÇÃO DO ESTADO DE RONDÔNIA
• Na época de sua criação e instalação o estado de Rondônia estava assim dividido por
13 municípios:
• Porto Velho (capital);
• Guajará-Mirim;
• Ariquemes;
• Ji-Paraná;
• Cacoal;
• Pimenta Bueno;
• Vilhena;
• Jaru;
• Ouro Preto do Oeste;
• Presidente Médici;
• Colorado D’Oeste;
• Espigão D’Oeste;
• Costa Marques.
MESORREGIÕES E MICRORREGIÕES
• O estado de Rondônia está dividido, pelo IBGE, em duas
mesorregiões: Madeira-Guaporé e Leste Rondoniense.

• A mesorregião Madeira-Guaporé é dividida em duas


microrregiões: Microrregião de Porto Velho e Microrregião
Guajará-Mirim.

• A mesorregião Leste Rondoniense é dividida em oito


microrregiões: Microrregião de Ariquemes, Microrregião Ji-
Paraná, Microrregião Alvorada D’Oeste, Microrregião Cacoal,
Microrregião Vilhena e Microrregião Colorado D’Oeste.
MESORREGIÃO MADEIRA-GUAPORÉ
• Situada nas regiões Norte e Oeste de Rondônia.

• Dividida em duas microrregiões, Porto Velho e Guajará-Mirim.

• Ocupa uma área aproximada a 106.779,3 km quadrado.

• Representa 44,95% da área do Estado.

• Possui uma população estimada em 569 181 hab., representa 36,44% da


população de Rondônia.

• A capital Porto Velho, capital e maior cidade do estado de Rondônia está


situada na mesorregião Madeira-Guaporé.
mesorregião Madeira-
Guaporé

LESTE
RONDONIENSE
MESORREGIÃO MADEIRA-GUAPORÉ
• MICRORREGIÃO PORTO VELHO: é composta
pelo municípios de Porto Velho, Candeias do
Jamari, Cujubim, Itapuã D’Oeste, Buritis,
Campo Novo de Rondônia e Nova Mamoré.

• MICRORREGIÃO GUAJARÁ-MIRIM: é
composta pelos municípios de Guajará-Mirim,
Costa Marques e São Francisco do Guaporé.
MESORREGIÃO LESTE RONDONIENSE
• Situada nas regiões Centro, Leste e Sul de Rondônia.

• Área aproximadamente de 130.785,2 km quadrado.

• Representa 55,05% da área do Estado.

• População estimada em 992 904 hab., representa


65,66% da população de Rondônia.
MESORREGIÃO LESTE RONDONIENSE
• MICRORREGIÃO ARIQUEMES: é composta pelos municípios de
Ariquemes, Alto Paraíso, Cacaulândia, Machadinho D’Oeste,
Monte Negro, Rio Crespo e Vale do Anari.

• MICROREGIÃO JI-PARANÁ: é composta pelos municípios de Ji-


Paraná, Jaru, Governador Jorge Teixeira, Theobroma, Ouro
Preto d’Oeste, Vale do Paraíso, Mirante da Serra, Nova União,
Teixeiropólis, Urupá e Presidente Médici.

• MICRORREGIÃO DE ALVORADA D’OESTE: é composta pelos


municipios de Alvorada d´Oeste, Nova Brasilândia d’Oeste, São
Miguel do Guaporé e Seringueiras.
RELEVO DE RONDÔNIA
• Cerca de 66% da superfície do território se encontra entre 100 e 300m de altitude; trinta por
cento, entre 300 e 800m; e quatro por cento, abaixo de 100m.

• Três unidades compõem o quadro morfológico: o planalto cristalino, o chapadão e a planície


aluvial.

• O planalto cristalino ocupa a maior parte do estado. Seus terrenos ondulados, talhados em
rochas cristalinas, constituem um prolongamento, para noroeste, da encosta setentrional do
planalto central brasileiro.

• O chapadão, que se ergue sobre o planalto cristalino, tem uma topografia tabular cortada em
terrenos sedimentares e alcança os mais elevados níveis altimétricos de Rondônia.

• Com forma alongada, atravessa o estado de sudeste para noroeste, com o nome, na
extremidade noroeste, de serra ou chapada dos Parecis e serra dos Pacaás Novos.

• A planície aluvial forma uma estreita faixa de terras planas, sujeitas a inundação, que se
desenvolvem ao longo do curso do rio Guaporé.
ASPECTOS GEOMORFOLÓGICOS DO
ESTADO DE RONDÔNIA
• Área do Estado de Rondônia possui 4
grandes partes geomorfológicas
distintas:

• Planície Amazônica;
• Encosta Setentrional do Planalto
Brasileiro;

• Chapada dos Parecis (Pacaás-Novos);

• Vale do Guaporé.
PLANÍCIE AMAZÔNICA

• A planície Amazônica, dentro do Estado, estende-se desde o


extremo Norte nos limites com o Estado do Amazonas e se
prolonga nas direções Sul-Sudeste até encontrar as primeiras
ramificações das chapadas dos Parecis e Encosta Setentrional.

• Domina as terras de forma plana planície terciária (terra firme).

• Cuja altitude média é de 90 a 200 metros acima do nível do mar.

• Sua constituição morfológica é de sedimentos areno-argiloso em


sua parte superficial e da natureza argilosa a certa profundidade.
Terrenos formados basicamente por terrenos sedimentares da idade pliocênica (é a
última época do antigo período Terciário (atual Neogeno) da era Cenozoica),
encontrando nas várzeas, áreas de acumulação constituídas de terrenos recentes.
Os médios e baixos cursos do rio Madeira e seus afluentes se encaixam nesta
área, adaptando-se as várias direções em decorrência do surgimento de falhas e
fraturas do terreno. Nos baixos cursos, os rios formam extensas planícies de
inundações e nas áreas de formações tabulares, descrevem caprichosos meandros.
PLANALTOS RESIDUAIS DO GUAPORÉ
• Ocupam a porção, onde ocorrem as maiores cotas altimétricas
e são construídos por três grandes conjuntos de relevo: a Serra
dos Pacaás, a Serra Uopiane e a Serra Moreira Cabral.

• Relevos separados um dos outro por interprenatação de uma


extensa superfície baixa .

• A denominação de Planaltos Residuais deve-se a esse caráter


de isolamento dos conjuntos de relevo que constituem a
unidade, enquanto a sua complementação se relaciona ao fato
da mesma encontrar localizada sobre áreas do antigo Território
do Guaporé.
PLANALTOS RESIDUAIS DO GUAPORÉ
• A feição geomorfológica desses planaltos é constituída por relevos
predominantemente tabulares, geralmente marcados por rebordos
estruturais e erosivos, com desníveis altimétricos da ordem de 150-200
metros, nas serras do Uopiane e Moreira Cabral e de 350-400 metros na
Serra do Pacaás Novos.
PLANALTO DISSECADO SUL DA AMAZÔNIA
• Unidade de relevo bastante fragmentada.

• Ocupa a parte centro-oriental do estado e é drenado pelos rios Candeias,


Jamari e Machado (Ji-Paraná).

• Os leitos são bastante encaixados e apresentam barrancos nas duas


margens.

• Apesar da compartimentação, há um elemento comum a toda unidade,


que é constituído pelos relevos dissecados em cristais com vertentes muito
pronunciadas, que se comportam como relevos residuais.

• Abrange as Serras dos Três Irmãos, a do Morais, a do Mirante, a da


Providência, a do Machado e a do Sargento Paixão.
DEPRESSÃO INTERPLANÁTICA DA
AMAZÔNIA ORIENTAL.
• Superfície rebaixada em torno de 200m de altitude.

• Ocorre em duas áreas do estado: a parte oriental da unidade abrange a Serra das Panelas e
a da Fortaleza e é drenada pela bacia do rio Machado e a porção oriental abrange a Serra
Grande e a parte da Providência, drenada pelos rios da bacia hidrográfica do rio Guaporé.
PEDIPLANO CENTRO OCIDENTAL BRASILEIRO
OU DEPRESSÃO DO GUAPORÉ
• DEPRESSÃO DO GUAPORÉ: Caracteriza-se por ser uma área aplainada ainda
conservada, que se estende por áreas extensas, na qual emergem relevos residuais do
tipo iceberg e onde uma drenagem incipiente esculpiu localmente formas de relevo
dissecados.

• A altimetria varia de 100 metros, nas proximidades do rio Mamoré, a 200 metros, no
sopé dos Planaltos Residuais do Guaporé.

• Rios que drenam essa unidade: Mamoré, Cautário, o Sotério, o São Miguel, o rio
Pacaás Novos.

• O rio Mamoré apresenta uma faixa de aluvião em suas margens, onde dois elementos
se destacam: os meandros e os cordões de sedimentação.
O Rio Guaporé nasce na Chapada dos Parecis (MT), a 630 m de altitude e deságua no rio Mamoré perto de Surpresa (RO).

Sua extensão é de aproximadamente 1.400 km, tem 1.150 km que são navegáveis a partir de Vila Bela da Santíssima
Trindade MT.

Todo seu percurso no estado de Rondônia, e em uma pequena parte no estado do Mato Grosso, o rio Guaporé faz a fronteira
do Brasil com a Bolívia.
PLANÍCIE AMAZÔNICA
É uma unidade de relevo que
correspondente ao trecho onde o
rio Madeira elaborou uma faixa de
aluviões sobre terrenos
sedimentares de idade
pleistocena.

Localiza-se na porção norte do


estado, ao longo do rio Madeira
(40km a jusante de Porto Velho).
Porto Velho (RO) - Conforme pode ser observado nas estacas das
palafitas, a Cachoeira do Teotônio é uma queda d'água periódica que só
existe em razão das vazantes do Madeira

O Rio Madeira nasce com o nome de rio Beni na Cordilheira dos Andes, Bolívia.
Ele desce das cordilheiras em direção ao norte recebendo então o rio Mamoré-
Guaporé e tornando-se o Rio Madeira - um rio de planície que traça a divisória entre
Brasil e Bolívia.
PLANALTO SEDIMENTAR DOS PARECIS
• Planaltos e Chapadas dos Parecis: Estendem-se por uma larga faixa no sentido leste-oeste na porção
centro-ocidental do país, indo do Mato Grosso até Rondônia;.

• Dominados pela presença de terrenos sedimentares, apresentam altitudes de aproximadamente 800 m,


algumas dessas chapadas servem como divisores de águas das bacias dos rio Amazonas, Paraguai e
Guaporé.
SERRAS E CHAPADAS DO CACHIMBO
• São planaltos cristalinos que se estendem desde o sul do Pará até
Rondônia.

• Têm o aspecto de uma vasta área plana com morros de topos


arredondados, distribuídos pelo espaço de forma descontínua.

• Ao lado desses morros encontram-se áreas de coberturas sedimentares


antigas, que apresentam topo plano e correspondem às chapadas, como a
do Cachimbo.

• E elevadas 400 metros de altitude.


PLANÍCIES E PANTANAIS DO MÉDIO E
ALTO GUAPORÉ
• Compreende a extensas áreas de acumulação inundáveis ao longo do rio Guaporé.

• Sua altimetria raramente ultrapassa 200 metros.

• Uma área de topografia uniforme, composta de sedimentos quartenários e solos


de lateritas hidromórficas.
CLIMA DO ESTADO DE RONDÔNIA
• O clima do Estado de Rondônia não sofre grandes influências do mar ou da
altitude.

• Seu clima predominante é o tropical, úmido e quente, durante todo o ano,


com insignificante amplitude térmica anual e notável amplitude térmica
diurna, especialmente no inverno.

• Clima Tropical Chuvoso, com média climatológica da temperatura do ar,


durante o mês mais frio, superiores a 18°C, e um período seco bem definido
durante a estação de inverno, quando ocorre na região um moderado déficit
hídrico, com índices pluviométrico inferiores a 50 milímetros por mês.

• A média climatológica da precipitação pluvial para os meses de junho, julho e


agosto é inferior a 20 milímetros por mês.
CLIMA DO ESTADO DE RONDÔNIA
• O clima de Rondônia caracteriza-se por apresentar uma homogeneidade espacial e
sazonal da temperatura média do ar.

• Estando sob a influência do clima tropical chuvoso, a média anual da precipitação


pluvial varia entre 1400 e 2600 milímetros ao ano, e a média anual da temperatura do
ar varia entre 24°C e 26°C.

• Em alguns anos, em poucos dias dos meses de junho, julho e agosto, o Estado de
Rondônia encontra-se sob a influência de anticiclones que se formam nas altas
latitudes e atravessam a Cordilheira dos Andes em direção ao sul do Chile.

• Alguns destes anticiclones são excepcionalmente intensos, condicionando a formação


dos sistemas frontais na região Sul do País.

• Estes se deslocam em direção à região amazônica, causando o fenômeno denominado


de Friagem.
FRIAGEM – fenômeno comum na
região amazônica brasileira.
• Friagem é a queda brusca de temperatura, com ventos razoavelmente frios.

• Pode ocorrer mais de uma vez na Amazônia ocidental, de maio a agosto.

• O fenômeno climático é conseqüência da penetração das massas de ar


polar atlântica, passando pelas bacias hidrográficas do Prata e do Paraguai,
quando recebe o ar frio das regiões de clima temperado da América do Sul.

• O tempo mínimo de duração é de três a quatro dias.

• As principais conseqüências da "friagem" na Amazônia são humanas como,


por exemplo, os problemas de saúde decorrentes das baixas temperaturas
e a baixa sensação térmica.
CARACTERÍSTICAS CLIMÁTICAS DO
ESTADO DE RONDÔNIA
• Umidade relativa do ar:
• A média anual da umidade relativa do ar varia de 80% a 90% no
verão, e em torno de 75%, no outono e no inverno.

• A precipitação média anual é em torno de 1400 a 2500 milímetros


e mais de 90% desta ocorre na estação chuvosa.

• Precipitação:
• O período chuvoso ocorre entre os meses de outubro a abril, e o
período mais seco em junho, julho e agosto.

• Maio e setembro são meses de transição.


VEGETAÇÃO
• O estado de Rondônia encontra-se em uma posição importantíssima em
relação aos aspectos fitogeográficos, situando-se no centro-sul da bacia
amazônica, em uma região de transição entre o domínio entre o domínio
geomorfológico do Brasil Central, e o domínio geomorfológico Amazônico.
• Caaigapó: ou mata de igapó, localizada ao longo dos rios nas planícies permanentemente
inundadas. São espécies do Igapó a vitória-régia, piaçava, açaí, cururu, marajá, etc.

• Mata de várzea: localizada nas proximidades dos rios, parte da floresta que sofre inundações
periódicas. Como principais espécies temos a seringueira (Hevea brasiliensis), cacaueiro,
sumaúma, copaíba, etc.

• Caaetê: ou mata de terra firme, parte da floresta de maior extensão localizada nas áreas mais
elevadas (baixos planaltos), que nunca são atingidas pelas enchentes. Além de apresentar a
maior variedade de espécies, possui as árvores de maior porte. São espécies vegetais do Caaetê
o angelim, caucho, andiroba, castanheira, guaraná, mogno, pau-rosa, salsaparrilha, sorva, etc.
É uma área que congrega três importantes biomas: Floresta Amazônica, Pantanal
e Cerrado.

Conseqüentemente tem como características, uma grande biodiversidade, que


abrange tanto a riqueza dos seus ecossistemas, quanto de espécies da fauna,
flora e diversidade genética.
Fatores determinantes para a composição vegetal do estado
de Rondônia.

• Relevo, com serras de formação geológica antiga, formadas por


vastos depósitos sedimentares;

• A riqueza da drenagem, que associada ao clima e a composição


do solo contribuem para a ocorrência do ciclo das cheias dos rios
que drenam o estado, sendo marcante para a definição das
diferentes paisagens existentes.
CERRADO FLORESTA OMBRÓFILA DENSA
FLORESTA OMBRÓFILA ABERTA
• Floresta Ombrófila Aberta (Floresta de Transição) - Ocupa a maior parte do
território rondoniense, principalmente a região central, norte, sul e leste, e
segundo o IBGE caracteriza-se "...por apresentar quatro fisionomias:
• cipoal (floresta de cipó),

• cocal (floresta de palmeiras),

• bambuzal (floresta de bambu);

• sororocal (floresta de sororoca); ocorre em área de floresta de clima


semelhante a Floresta Ombrófila."

Tem como característica ambientes com climas mais secos, que chegam de 2 a 4 meses por
ano, com temperaturas de 24 à 25°C.

Seu nome advém por conseqüência da fitomassa e o fitovolume de recobrimento, que vão
diminuindo gradativamente de densidade.
FLORESTA OMBRÓFILA ABERTA de ÁREAS INUNDADAS OU
MATAS DE IGAPÓ

Ocupam grandes planícies, sofrendo inundações na época das chuvas que vão de
novembro a março.
FLORESTA OMBRÓFILA ABERTA
• Floresta Ombrófila Aberta Submontana: Esta
formação pode ser observada distribuída por toda
Amazônia e mesmo fora dela, principalmente com a
faciação floresta com palmeiras. situadas acima dos
100 m de altitude e não raras vezes chegando a cerca
de 600 m.

• 3.Floresta Ombrófila Aberta Montana: Esta formação


situa-se quase toda entre os 4° de latitude Norte e 16°
de latitude Sul, ocupando a faixa altimétrica entre 600
e 2000 m e, por conseguinte, restrita a poucos
planaltos do sul da Amazônia e muitas serras do Norte.

• Apresenta as faciações com palmeira e com cipó, sendo


esta última bem mais comum.
FLORESTA OMBRÓFILA DENSA
• Floresta Ombrófila densa (Floresta Amazônica/Floresta Atlântica)
- Ocupa pequenas áreas na região central do território;

• segundo o IBGE caracteriza-se por apresentar "...árvores de médio


e grande porte bem adensadas, várias palmeiras, trepadeiras
lenhosas e epífitas (por exemplo espécies de Bromeliáceas e
Orquidáceas) que ocorrem sob um clima sem período seco."
FLORESTA OMBRÓFILA DENSA ALUVIAL
Guajará-Mirim - Rio Mamoré

• Ocorrem com freqüência nas bacias dos rio de água branca como Mamoré e Madeira.

• Podendo ser definidas por uma formação ribeirinha ou “mata ciliar”. Sofrem
inundações em determinadas épocas do ano, ocupando a maioria, terraços antigos das
planícies quartenárias.
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL
OU SUBCADOCIFÓLIA
• Floresta Estacional Semidecidual (Mata
Semicaducifólia) - Ocupa área do sul do estado, nos
Municípios de Vilhena, Colorado do Oeste, Cabixi,
Cerejeiras, Corumbiara e Pimenta Bueno.

• Segundo o IBGE apresenta uma "...percentagem de


árvores caducifólias no conjunto florestal e não das
espécies que perdem as folhas individualmente, situa-se
entre 20% a 50% na época desfavorável".
CERRADO
• Savana (Cerrado/Campos) - Ocupa áreas entre os Municípios de Vilhena e Pimenta Bueno, na
região central do estado, na divisa do Município de Machadinho d'Oeste com os Estados do
Amazonas e Mato Grosso, e na divisa do Município de Porto Velho com o Município de
Humaitá, no Estado do Amazonas;

• Segundo o IBGE "...caracteriza-se por apresentar árvores baixas e tortuosas, casca grossa e
rugosa, com folhas grandes e duras, revestindo
EMumRondônia
tapete graminoso continuo."
esta formação apresenta 4 fisionomias
distintas:
1. Savana-Gramínio-Lenhosa campo limpo e sujo,
encontra-se dispersa por diversos municípios, sendo
mais comum no sul do estado e nos platôs, com baixa
fertilidade natural e apresentando déficit hídrico no
período seco.

2. Savana Parque campo cerrado: comum no Parque


Estadual de Corumbiara.

3. Savana Arborizada: Cerrado arbóreo arbustivo, maior


abrangência no sul do Estado (Vilhena).

4. Savana densa (Cerradão) tem aspecto arbóreo maior


biomassa que as demais formações. Ocorrência:
Serras dos Pacaás Novos, Parecis e Uopiane.
Cerradão

O Cerradão é a uma formação florestal do bioma Cerrado com características esclerofilas (grande ocorrência de órgãos
vegetais rijos, principalmente folhas) e xeromórficas (com características como folhas reduzidas, suculência, pilosidade densa
ou com cutícula grossa que permitem conservar água e, portanto, suportar condições de seca). Caracteriza-se pela presença
preferencial de espécies que ocorrem no Cerrado sentido restrito e também por espécies de florestas, particularmente as da
Mata Seca Semidecídua e da Mata de Galeria não-Inundáv el .
FORMAÇÕES PIONEIRAS
acácia
• Área das Formações Pioneiras de Influência
Fluvial (Vegetação Aluvial) - Ocupa área localizada
no Rio Guaporé, nos Municípios de Cerejeiras, Alta
Floresta d'Oeste e costa Marques;

• Segundo o IBGE caracteriza-se por apresentar


"...vegetação que instala neste ambientes variando
de acordo com a intensidade e duração da
inundação, apresentando fisionomia arbustiva ou
herbácea.

• Na fisionomia arbustiva dominam os gêneros


Acácia e Mimosa.

• O TAMANHO DAS ÁRVORES É DETERMINADO PELA


ALTITUDE E PELO GRAU DE INUNDAÇÃO. Ex. Buritis
– dominam algumas destas áreas de ocorrência.
CAMPINARANA
• Os termos Campinarana e Campina são sinônimos e significam “falso campo”.

• São formações não florestais que ocorrem em pequenas manchas e bem dispersas por toda a
Amazônia.

• É a vegetação menos representada no Estado de Rondônia.

• Cresce em solos muito pobres de areia branca (podzol, hidromórficos e areias quartzosas).

• As maiores das espécies são endêmicas mães é possível encontrar algumas que ocorreram em
áreas de cerrados ou em outras áreas florestais.
UMIRIZAL
• Ocupa menos de 1% do estado.

• Esse tipo de vegetação cresce em solos drenados e rasos.

• Apresenta um dossel relativamente denso, de 5 a 10 metros


de altura e um sob-bosque fechado de pouca visibilidade,
com muitos cipós e arbustos.

• Esta formação pode ser inundada durante o período chuvoso.

• Áreas de ocorrências: bacias dos rios Guaporé e Madeira.


BACIAS HIDROGRÁFICAS DE RONDÔNIA

• A hidrografia de Rondônia é a parte integrante da Bacia


Amazônica, maior bacia hidrográfica do mundo.

• A principal bacia hidrográfica de Rondônia é a do Madeira,


composta por sete bacias tributárias: Guaporé, Mamoré, Abunã,
Mutum Paraná, Jaci-Paraná, Jamari e Machado ou Ji-Paraná.

• O rio Madeira, principal rio de Rondônia, é formado da junção dos


rios Mamoré e Beni.

• Rios Mamoré e Beni, onde forma o rio têm suas nascentes na


república da Bolívia, nas proximidades dos Andes.
BACIAS HIDROGRÁFICAS DE
RONDÔNIA
• A densa e perene rede hidrográfica do Estado de Rondônia ocorre
devido à conjunção de fatores físicos e naturais.

• Um fato interessante é que todas as bacias fluviais de Rondônia são


afluentes ou sub-afluentes do rio Madeira, mesmo que essa
contribuição se localize fora da delimitação estadual, como é o caso
do rio Roosevelt.

• Isto ocorre em função da sua geomorfologia, sendo que a disposição


das chapadas dos Parecis e Pacaás Novos, com sentido
predominante sudeste a oeste, é o grande divisor interno, formando
uma drenagem com padrão radial-dendrítica predominante.

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