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RELAÇÕES

INTERPESSOAIS
Fernanda Rafaela Silva de Asevedo
Amanda Virgínia de Oliveira Ferraz
Nicole Isabelly de Souza Noleto
Adeilda Vitória Alves Silva
Flávia Alessandra Gomes da Rocha
Sarah Cris de Freitas Pinto
Fábio Dantas Lima Júnior
DIREITO DOS POVOS INDIGENAS
DIREITO DOS POVOS
INDÍGENAS
Os povos indígenas, também chamados de povos originários do território brasileiro,
reconhecidos como os primeiros habitantes do Brasil. Desde a descoberta do território
brasileiro os povos indígenas vieram a sofrer de inúmeras maneiras, no primeiro século de
contato com os europeus, 90% dos indígenas foram exterminados, principalmente por meio de
doenças trazidas pelos colonizadores, como a gripe, o sarampo e a varíola. Desde então, eles
ainda sofrem um longo processo de socialização, dito isto, os povos indígenas possuem 7
principais direitos: direito à terra, direito de ingressar em juízo, direito à cultura, e demais
direitos sociais.
DIREITO À TERRA

◈ A Carta Magna assegura aos povos indígenas o direito à terra, sendo esta indisponível e
inalienável. Logo, a Constituição evidencia que a proteção das terras tradicionalmente
ocupadas é imprescindível para a concretização dos direitos fundamentais desses grupos
sociais.
◈ Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e
tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam,
competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bem.
MARCO TEMPORAL

◈ Marco temporal é uma tese jurídica segundo a qual os povos indígenas têm direito de
ocupar apenas as terras que ocupavam ou já disputavam na data de promulgação da
Constituição de 1988 (05/10/1988). Em 27/09/23, por 9 votos a 2, o STF finalizou o
julgamento que invalidou o Marco Temporal (tese jurídica), além de ter validado a
indenização de benfeitorias derivadas da ocupação de boa-fé
DIREITO à DIFERENÇA
◈ Tempos antes da Constituição Federal de 1988, os povos indígenas eram obrigados a seguir
grupos culturalmente diferentes, quando foi percebido que, a pior ideia de integrar os
indígenas na sociedade pois se tratava de um extermínio cultural, com isso surgiu uma
norma jurídica (art. 231 da CF) permanente para eliminar essa ideia e prever a possibilidade
de viverem com suas tradições e cultura. Assim, o Direito à Diferença para os povos
indígenas é a prerrogativa para eles manterem a sua essência, sem sofrer preconceitos e
indiferença pela sociedade como também pelo Estado, já que mesmo vivendo em solo
brasileiro, ele não é considerado por muitos, um cidadão comum
DIREITO à SAÚDE
◈ Como forma de garantir aos povos indígenas o direito ao acesso universal e integral à
saúde, em fevereiro de 1999, o Decreto Presidencial nº3.156 cria o Subsistema de Atenção
à Saúde Indígena sendo o Ministério da Saúde responsável pela coordenação das ações de
saúde destinadas aos povos indígenas, que tem como única instituição que alcança todas as
comunidades indígenas, a SESAI.
◈ Art. 1° A atenção à saúde indígena é dever da União e será prestada de acordo com a
Constituição e com a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, objetivando a
universalidade, a integralidade e a equanimidade dos serviços de saúde.
DIREITO à EDUCAÇÃO
◈ Efetivamente, faz-se importante analisar o marco inicial da educação indígena no Brasil.
Nessa perspectiva, quando os jesuítas chegaram ao território brasileiro e buscaram impor
aos povos nativos a fé cristã, os missionários ensinaram os indígenas a ler, escrever e
contar. Contudo, tal educação não respeitava e tampouco abrangia as culturas e tradições
desses povos. Foi somente a partir da Constituição Federal de 1988 que a escola indígena
passou a ter a incumbência de proporcionar uma educação voltada para a comunidade
indígena a fim de contribuir na continuidade histórica desses povos.
DIREITO à IGUALDADE
◈ O texto da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) é aberto pela afirmação
da liberdade e da igualdade de todos os seres humanos “em dignidade e em direitos”. Com
efeito, estes dois direitos/valores constituem o pilar de toda a Declaração, e é importante
considerar a relação de absoluta dependência entre eles: qualquer violação da liberdade
implica na corrosão da igualdade, sendo assim, a codependência entre esses dois direitos
merece especial atenção em relação aos povos indígenas do mundo.
DIREITO PROCESSUAL

Art. 232: os índios, suas comunidades e organizações são partes legítimas para ingressar em
juízo em defesa de seus direitos e interesses, intervindo o Ministério Público em todos os atos
do processo, sob pena de nulidade.

A legitimidade passiva não é regulamentada por tal artigo, sendo assim, qualquer processo que
for proferido contra os indígenas será representado pela união responsável por eles.
DIREITO À PROTEÇÃO

Conhecer as origens dos povos indígenas é igualmente importante, para garantir respeito,
defesa e o reconhecimento da cidadania de um povo que perdeu diversas coisas sem aviso
prévio, e que infelizmente ainda nos dias de hoje lutam por ter pelo menos uma parte de seus
direitos validados.
Na constituição federal de 1988 reconhece os direitos humanos fundamentais e necessários de
implementá-los, garantindo os direitos fundamentais dos povos indígenas.
Sendo assim, esses povos têm o direito à proteção jurídica, que busque proporcionar a estas
comunidades a proteção necessária para preservar a sua cultura.
Mas para que esses direitos de fato seja executado, precisamos combater o racismo que é
histórico, estrutural e institucional, porque até que o cidadão comum comece a respeitar suas
particularidades, existe ainda um longo processo.

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