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Felipe: Nós gostaríamos de apresentar o nosso podcast para o trabalho de

história e sociologia da escola Leonardo da Vinci. Vamos apresentar um


podcast sobre os indígenas no Brasil.
Sofia: Vamos começar falando sobre a matriz tupi e também sobre os
povos indígenas no Brasil no século XVI. Um pouco antes do século XVI
(1500) no brasil, haviam tribos indígenas que habitavam aqui, seguindo
sua vida, exercendo sua cultura, sua língua, suas crenças, mas um tempo
depois os europeus chegaram no brasil. no início parecia haver uma
relação saudável de comercio entre esses dois povos distintos, eles
efetuavam trocas, que para eles eram justas naquela época, como por
exemplo a troca de um espelho por madeira pau brasil. Com o tempo foi
se passando e os portugueses começaram a manipular os indígenas,
extorquindo-os, se apropriando do território, escravizando-os, tentando
implantar suas culturas, dizimando o povo, entre outros.
Mari: Os indígenas passam a perceber que sua relação mudou,
começando a ser mais possessiva e apropriadora pela parte dos europeus,
começando assim a revidar, mas em desvantagem, pois os portugueses
usufruíam de armas de fogo, ao contrário dos indígenas, que possuíam
armas rústicas, como arcos e lanças. Ao falhar com a revolta, os nativos
passaram a ser mais submissos e passivos, assim sendo escravizados,
maltratados, castigados. Com isso, tentavam fugir, mas eram pegos e
mortos, assim havendo uma dizimação, que não era apenas pelas fugas,
mas também pelas doenças transmitidas pelos europeus. Com isso a
população indígena nos dias de hoje diminuiu em uma grande parcela,
tendo assim menos grupos indígenas. Por isso foi criada FUNAI (Fundação
Nacional do Índio) que tem como objetivo proteger esses grupos.
Luiz: Informações muito interessantes que vieram das duas, mas agora eu
gostaria de falar sobre A Constituição de 1988 que ajudou todos os
indígenas no Brasil, que pode ser considerada um marco na conquista e
garantia de direitos pelos indígenas no Brasil Enquanto o Estatuto do Índio
(Lei 6.001), promulgado em 1973, previa prioritariamente que as
populações deveriam ser "integradas" ao restante da sociedade, a
Constituição passou a garantir o respeito e a proteção à cultura das
populações originárias. “O constituinte de 1988 entende que a população
indígena deve ser protegida e ter reconhecidos sua cultura, seu modo de
vida, de produção, de reprodução da vida social e sua maneira de ver o
mundo”, destaca Proença. Na Constituição de 1988, os direitos dos índios
estão expressos em capítulo específico (Título VIII, Da Ordem Social,
Capítulo VIII, Dos Índios) com preceitos que asseguram o respeito à
organização social, aos costumes, às línguas, crenças e tradições. “A
população indígena hoje no Brasil tem o direito de buscar maior
integração, bem como de se manter intacta em sua cultura, aldeada, se
assim entender que é a melhor forma de preservação”, explica Proença. A
constituição estabeleceu que os direitos dos índios sobre as terras que
tradicionalmente ocupam são de natureza originária. Os índios têm a
posse das terras, que são bens da União. “A necessidade de demarcação
da terra indígena é a espinha dorsal de toda a luta ancestral da população
indígena no Brasil. Recentemente, tivemos alguns avanços nos direitos na
demarcação da terra, o maior exemplo foi a demarcação da Terra Indígena
Raposa Serra do Sol”, avalia Proença. além de começaram a serem
reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças
e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente
ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar
todos os seus bens.
Felipe: Tudo certo, mas... e sobre os choques epidemiológicos que os
indígenas passaram e passam até hoje? Eu vou responder essa pergunta.
Eles já sofreram muito por conta europeus, pela sua exploração excessiva
do pau brasil e menosprezando sua cultura e os chamando de tribais e
vários outros nomes pejorativos, porem esses atos não foram tudo de
ruim que eles fizeram, uma das maiores marcas foi reconhecida como
Cataclismo Biológico, uma expressão criada pelo antropólogo Henry F.
Dobyns que foi utilizada para descrever o efeito das epidemias trazidas
pelos europeus nas populações indígenas, em 1554 aconteceu a primeira
grande epidemia indígena, onde os aviões europeus que sobrevoavam o
local despejaram dos céus vários brinquedos e mudas de roupa
contaminados por uma gripe. E por que que eles despejaram brinquedos?
Para que atinjam as crianças primeiro, que não tem efeitos tão diferentes
de uma gripe, passando assim para os mais velhos da aldeia e os
contaminando com a varíola, um vírus mortal para os adultos. Esses são
alguns dos relatos registrados que mostra o uso proposital de doenças
como uma arma biológica, que acabou dizimando grande parte das aldeias
que existiam originalmente no país. Doenças como o Sarampo, febre
amarela, gripes e até mesmo, atualmente o covid-19 assolaram os
indígenas. Antigamente no século XVI havia uma estimativa de 3 milhões
indígenas no Brasil, hoje em dia tem uma estimativa de 750 mil no Brasil
todo, dados fornecidos pela Funai, que é a fundação Nacional do índio.
Mas voltando ao assunto anterior, O impacto devastador dessas doenças
trazidas pelos Europeus para o Brasil é altamente reconhecido, Além da
baixa imunidade, os hábitos coletivos, a falta de tratamentos e a falta de
água tratada também influenciaram o extermínio indígena na época,
deixando essas populações extremamente vulneráveis a doenças trazidas
por estrangeiros. As causas dessas contaminações em massa são
comumente tratadas pela história como involuntárias e sem intervenções
europeias, porem há diversos relatos de infecções propositais de tribos
indígenas por todo o país. Casos atuais de quase contaminação geral de
uma tribo foi por conta da Varicela, conhecida comumente como catapora
que em 2000 uma epidemia dessa doença que seria facilmente evitável
por vacinas atingiu 80% da população Araweté e ainda resultou em 9
mortes de crianças. Agora falando de atualmente, as mortes por Covid-19
e sua contaminação nos povos indígenas ultrapassaram os 50 mil
infectados, atingindo cerca de 163 povos diferentes por todo o brasil,
sendo que isso seria cerca de dois terços da população, isso é
extremamente preocupante pois o covid se espalha rapidamente tanto
pelo ar tanto pelo toque, logo se alguma pessoa da aldeia for infectada,
logo logo uma grande quantidade dessa aldeia também vai ser infectada,
o grande problema disso é por conta que o Covid é mais perigoso a
pessoas com comorbidades e pessoas com idade mais avançada.

Pedro: Muito bem, agora falando sobre os conceitos antropológicos da


sociedade indígena:
O relativismo cultural, algo que aconteceu no Brasil, que seu conceito e a
“superioridade” e a “inferioridade” das culturas, só julgando a partir dos
seus próprios preceitos. Bem parecido com as ideias de “cultura primitiva”
e “sociedade primitiva”, estabelecida em XIX por, Herbert Spencer e
Edward Tylor, de modo geral o conceito e da seguinte forma, que toda
sociedade e cultura se passa em uma única linha evolutiva, passando por
estágios inferiores e superiores. Além disso o Etnocentrismo se baseia na
ideia, A visão de mundo que toma sua própria cultura como único centro
de referência, julgando a dos demais grupos sociais com base nos dos
próprios valores. Um pouco diferente do relativismo cultural, que faz de
julgar a sua cultura estando melhor ou pior que as outras. Até adicionar os
conceitos de “identidade” e “Alteridade”. Que a Identidade é a afirmação
do indivíduo pelo próprio indivíduo, seu autorreconhecimento. Enquanto
isso a "Alteridade" é o reconhecimento do outro. Sem reconhecer o outro.
também significado de cultura que vem do latim colere que significa
cultivar, o conhecimento na roma antiga o conceito da palavra se
estendeu o cuidado com a educação das crianças, com a instrução.
Entretanto o conceito da “Teia cultural” desenvolvido por Clifford Geertz,
as culturas, por mais diferentes que sejam, tem muitos pontos fortes em
comuns se entrelaçando, pois até as ações e hábitos carregando um
intenso significado, tanto nas construções culturais mais elaboradas, como
naquelas consideradas triviais

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