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EUCALIPTO X EUCALIPTO

MITOS DO EUCALIPTO
O
S O SOLO?
1. O EUCALIPTOLSECA
FA
S O
2. O EUCALIPTO EMPOBRECE O SOLO?
L
FA
3. O EUCALIPTO GERA UMO
"DESERTO VERDE"?
L S
F A
O
4. O EUCALIPTO GERA POUCOS BENEFÍCIOS
LS NO INTERIOR?
SOCIAIS E ECONÔMICOS
FA
RAIZ PIVOTANTE
SISTEMA DE PLANTIO
MOSAICO
RECURSO HÍDRICO

Quantidade de água necessária durante um ano ou


ciclo da cultura:
Cultura Consumo de água (mm)
Cana-de-açúcar 1000 – 2000
Café 800 – 1200
Citrus 600 – 1200
Eucalipto 800 – 1200
Milho 400 – 800
Feijão 300 – 600
Obs.: 1 mm (milímetro) corresponde a
1 litro por metro quadrado
Fontes: Calder, et. al., 1992 e Lima, W. de P., 1993
ÁGUA x PRODUÇÃO

Cultura/Cobertura Eficiência no uso da água


Batata 1 kg de batata / 2.000 l
Milho 1 kg de milho / 1.000 l
Cana-de-açúcar 1 kg de açúcar / 500 l
Cerrado 1 kg de madeira / 2.500 l
Eucalipto 1 kg de madeira / 350 l
CONSUMO DE ÁGUA / ANO
CONSUMO DE NUTRIENTES
CONVIVÊNCIA COM OUTRAS PLANTAS

Normalmente, observa-se plantios de eucaliptos sem a presença de outras


plantas. Muitas pessoas associam este fato a uma possível produção, pelo
eucalipto, de alguma substância inibidora da germinação de outras espécies
vegetais.

• Na realidade, nos plantios de eucalipto, como em qualquer outra cultura, é


necessário controlar a vegetação competidora, para permitir o crescimento da
espécie cultivada. Ressalta-se, também, que a copa do eucalipto proporciona
um alto sombreamento nos primeiros anos de cultivo, o que impede a entrada
de luz suficiente para o aparecimento de algumas plantas.

• Apesar disso, por ser uma cultura de porte florestal, o eucalipto e o sub-
bosque presente nos plantios formam corredores para as áreas de preservação
e criam um hábitat para a fauna, oferecendo condições de abrigo, de
alimentação e mesmo de reprodução para várias espécies.
PROCESSO DE OBTENÇÃO DE CELULOSE
BRANQUEAMENTO
INTRODUÇÃO

O branqueamento é uma seqüência de tratamentos físicos e químicos a


que se submete a pasta celulósica para melhorar algumas de suas
propriedades como: a alvura, a limpeza e a pureza química, promovendo
uma melhor interação da polpa com a luz .
Durante o branqueamento, há purificação da polpa, ou seja, são
removidas as partículas indesejáveis que contaminam as fibras.
O branqueamento incrementa a alvura pela descoloração ou dissolução
de componentes coloridos na polpa, principalmente a lignina, resinas,
complexos metálicos na madeira, ácidos graxos, extrativos etc...
OBJETIVO

Branquear e limpar a polpa através da remoção de substâncias que absorvem


luz ( Polpas para papel );

- Com mínima danificação química e mecânica da fibra;

- Com mínima perda de rendimento;

- Com mínimo custo e impacto ao meio ambiente;


- Com mínima oxidação dos carboidratos – mínima formação
de carbonilas e carboxilas;
PROCESSO DE BRANQUEAMENTO

O Branqueamento de polpas químicas é efetuado passo a passo em


seqüências de estágios.

- Um estágio consiste de mistura da polpa com reagentes químicos e vapor,


reação da mistura em recipientes adequados e lavagem da polpa após
reação;

- A lavagem entre estágios remove o material já oxidado e expõe novas


superfícies à ação do oxidante, reduzindo assim, o consumo de reagentes.
CONCEPÇÃO GERAL DE BRANQUEAMENTO
ÁGUA
DE
REAGENTE LAVAGEM
QUÍMICO GASES PARA
VAPOR
TRATAMENTO

CELULOSE
CELULOSE NÃO
BRANQUEADA
PROCESSO BRANQUEADA
DE
BRANQUEAMENTO

EFLUENTE
CONCEITOS

1. ALVURA 7. TEMPERATURA
2. VISCOSIDADE 8. QUÍMICO
3. pH 9. FATOR KAPPA
4. IMPUREZAS 10. CLORO ATIVO
5. CONCENTRAÇÃO 11. EFLUENTE
6. CONSISTÊNCIA
1. ALVURA

É um valor numérico de
reflectância de um espécime na porção
azul do espectro ( 457 nm ) quando
comparado à reflectância, no mesmo
comprimento de onda, de um padrão
cuja reflectância é de aproximadamente
100%.
A alvura é uma medida satisfatória
da coloração potencial da polpa.

Projeto VCP-MS > 92% ISO


INTERNATIONAL
STANDARD
ORGANIZATION
100%
80% Detector

Filtros
2. VISCOSIDADE

É uma medida indireta do comprimento da cadeia polimérica da celulose.


É medida pelo grau de polimerização, ou seja, indica indiretamente o quanto
as fibras de celulose foram degradadas pelos reagentes de branqueamento.

Variabilidade da Viscosidade:

- Espécie (Folhosa ou Conífera)


- Fonte de madeira
- Tipo de digestor
- Tipo de controle
- Reações de branqueamento
- Condições de processo
- Tempo de Retenção
3. pH

É a expressão do grau de acidez ou alcalinidade de uma solução ou


substância determinando o teor de íons de hidrogênio. O controle do pH em
cada fase do branqueamento não só beneficia as reações dessas fases mas
garante a qualidade final, influenciando estabilidade da cor.
4. IMPUREZAS

Definida como qualquer material estranho, que tenha uma cor marcadamente
contrastante com o resto da POLPA e que tenha uma área preta equivalente de
0,04 mm2 ou mais.

SHIVES
PITCH

AREIA

PLÁSTICO
5.CONCENTRAÇÃO

DEFINIÇÃO
Quantidade de uma substância numa solução ou mistura usualmente
expressos em peso por unidade de volume (g/l).

DIÓXIDO DE CLORO +- 9,5g/l


6.CONSISTÊNCIA

DEFINIÇÃO
Percentual de massa ou peso , seca em estufa 105 + 3ºC ou ao ar
fibras de matérias primas.

BAIXA – 1 a 8% MÉDIA – 8 a 16% ALTA – 16 A 40%


7. TEMPERATURA

A temperatura é uma variável que depende de processo para processo, isto


é, é uma variável que influencia na reação dos químicos, algumas reações se
dão em altas temperaturas (usa-se vapor para aumentar a temperatura da
celulose, para obter uma maior eficiência de reação) e outras em baixas
temperaturas (estágio ozônio).
8. QUÍMICOS

A escolha dos produtos químicos a serem utilizados depende dos seguintes


fatores:

- Alvura final desejada


- Disponibilidade do produto
- Custo do produto
- Equipamento utilizado
- Viscosidade final desejada
- Controle ambiental
Os produtos químicos utilizados no branqueamento podem ser divididos em
dois tipos básicos:

OXIDANTES
Usados para degradar e descolorir a lignina, sendo os principais o Cloro (C), Oxigênio
(O), Hipoclorito (H), Dióxido de Cloro (D), Peróxido de Hidrogênio (P) e Ozônio (Z).

ÁLCALIS
Usados para degradar a lignina por hidrólise e auxiliar na dissolução, o principal produto
utilizado é Hidróxido de Sódio (E).
Reagente Função
Cloro Oxida e clora a lignina
(Cl2)

Dióxido Oxida, descolore e solubiliza a lignina


(ClO2)
Oxigênio Oxida e solubiliza a lignina
(O2)
Peróxido Oxida e descolore a lignina
(H2O2)
Ozônio Oxida, descolore e solubiliza a lignina.
(O3)

Hidróxido Hidrolisa a clorolignina e a lignina solúvel


(NaOH)
OXIDANTES
OXIGÊNIO (O)

Princípio de Ação

Pouco seletivo, atua sobre a lignina oxidando e solubilizando-a, podendo atacar


os carboidratos tais como a celulose.
Sendo usado basicamente em polpas químicas, é aplicado sob a forma gasosa
e quando é mesclado com NaOH, mistura-se à solução.

DIÓXIDO DE CLORO (D)

Princípio de ação

Atua sobre a lignina oxidando, alvejando e solubilizando-a. Sendo usado


basicamente em polpas químicas. É aplicado sob a forma de solução
aquosa, em concentrações em torno de 7 – 10 g/L de ClO2
PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO (P)

Princípio de ação

Atua sobre a lignina oxidando e descolorindo. O alvejamento ocorre na


superfície da fibra sem penetrar no interior dela. Pode ser aplicado em
conjunto com a Soda Cáustica durante a Extração. Sendo usado em
polpas químicas e mecânicas. É aplicado sob a forma de solução
aquosa, em concentrações em torno de 2 - 5 %.
ÁLCALI
HIDRÓXIDO DE SÓDIO(E)

Princípio de ação

Atua hidrolizando a clorolignina e solubilizando a lignina. As


cloroligninas são solúveis em meio alcalino. Sendo usado basicamente
em polpas químicas. Pode ser empregado em conjunto com
Oxigênio (EO), Peróxido (EP), Oxigênio – Peróxido (EOP) e Hipoclorito
(EH). Controla o pH da polpa para reações com o Peróxido de
Hidrogênio (10,0 a 11,0).
ÁCIDO
ÁCIDO SULFÚRICO (A)

Princípio de ação

Atua realizando a hidrólise ácida dos ácidos hexanurônicos da


polpa, seqüestra os metais de transição e controla o pH da polpa para
reações com o Dióxido de Cloro (3,0 a 4,5).
HIDRÓLISE ÁCIDA

VANTAGENS:

- Eficiente na remoção de metais da polpa

- Torna desnecessário o uso de quelantes em processos TCF e ECF-light

- Reduz reversão de alvura

- Redução da formação de oxalatos (incrustações) no branqueamento


DESVANTAGENS:

- Requer altas temperaturas (alto custo de vapor)

- Causa perda de rendimento (2%)

- Causa perda de viscosidade

- Pode afetar negativamente a resistência à tração e ao rasgo da polpa

- Filtrado ácido de difícil manuseio (rico em metais)


VANTAGENS DA SUBSTITUIÇÃO Cl2 x ClO2

• Redução do custo do branqueamento


• Melhoria do efluente: menor DQO, DBO, AOX .
• Menor corrosão (menor H+ e Cl-)
• Aumento e estabilidade da alvura
• Aumenta viscosidade da polpa
• Aumento do rendimento e limpeza da polpa branqueada
• Permite realizar a cloração em temp. mais elevadas
• instalação é de baixo custo e reação de fácil controle
• Requer o uso de equipamentos especiais resistentes ao ClO2 (única
desvantagem)
• O dióxido de cloro em condições alcalinas é reduzido a clorito e oxidado a
clorato.
• Em condições ácidas, o dióxido de cloro é reduzido pela lignina para ácido
cloroso (HClO2) e ácido hipocloroso (HOCl).
• A formação de clorato significa perda de capacidade de branqueamento e perda
de químico ativo.
DIAGRAMA DE FLUXO PLANTA QUÍMICA
Ventilación
No. 1 Eyector
del filtro
Tanque de emergencia

No. 2 Filtro de sales No. 1 Filtro de sales


No.1
No.2 Separador
Sistema
Separador
Condensador
Torre de
lavado

Tanque
disolvedor Agua a la torre
Condensador Bomba del
de absorción scrubber
de gas

Bomba del
Metátesis
Ácido

Reboiler
Bomba Tanque
de sulfato Metátesis Generador
Vapor
de Potasio de baja Torre de
Absorción
Tanque de
condensado
MeOH/ Tanque
NaClO3 Bomba
de CIO2 de CIO2
Bomba de
recirculación

Bomba de Bomba de
condensado filtro de sales
9.FATOR KAPPA

DEFINIÇÃO- Um valor de referência de controle para otimização de


consumo de dióxido de cloro (ClO2) e qualidade a partir de uma
determinada condições de processo (Kappa).

FATOR KAPPA x NÚMERO KAPPA x 10 = CARGA DE ClO2


9.CLORO ATIVO

DEFINIÇÃO – Equivalência de oxidação a partir de um valor


determinado para cada reagente químico em relação a molécula de
cloro.

• DIÓXIDO DE CLORO COMO CLORO ATIVO

2,63 x QUANTIDADE DO DIÓXIDO DE CLORO

• PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO COMO CLORO ATIVO

2,08 x QUANTIDADE DO PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO


TALCO

Princípio de ação – Atua na formação de uma camada protetora


evitando a aglomeração de pitch no processo impactante na qualidade
da polpa.

SULFATO DE MAGNÉSIO

Princípio de ação – Atua seqüestrando os metais de transição e


permitindo que os reagentes atuem seletivamente na polpa sem perda
de qualidade. Protege a polpa conservando a viscosidade em relação ao
mesmo numero kappa.
10. EFLUENTE

O processo de tratamentos de efluentes consiste na remoção do material


grosseiro por gradeamento, dos sólidos suspensos por sedimentação e das
partículas orgânicas solúveis por tratamento biológico aeróbico, bem como
na clarificação do efluente final por sedimentação.

-DQO (DEMANDA QUÍMICA DE OXIGÊNIO)


É a quantidade de oxigênio necessário para oxidação da matéria orgânica,
através de um agente químico.
- AOX (CONCENTRAÇÃO DE COMPOSTOS ORGANOCLORADOS)
Esta análise é feita em efluente e mede a quantidade de organoclorados que
podem ou não ser tóxicos. Dentre os organoclorados existem um grupo de
compostos que são as dioxinas e os furanos, estes compostos são
extremamente tóxicos. Porém, em polpa de eucalipto e branqueamento com
dióxido de cloro, estes compostos não são encontrados em grande quantidade
no efluente nem no produto final.
VARIÁVEIS DE PROCESSO DE BRANQUEAMENTO

- DOSAGEM DE REAGENTE

- CONSISTÊNCIA

- TEMPO DE RETENÇÃO

- TEMPERATURA

- pH DA REAÇÃO

- PRESSÃO
SEQUÊNCIAS DE BRANQUEAMENTO

• STD - STANDARD – CONVENCIONAL COM ESTÁGIO C –


CLORO;

• ECF - ELEMENTAL CHLORINE FREE - LIVRE DE CLORO


ELEMENTAR;

• ECF-LIGHT – < 30 PPM DE AOX NO EFLUENTE

• TCF - TOTALLY CHLORINE FREE - TOTALMENTE LIVRE DE


COMPOSTOS CLORADOS;
DIAGRAMA DE PROCESSO - VCP

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