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ANATOMIA DO PERIODONTO

Introdução
Funções:
Inserir o dente no tecido ósseo dos maxilares
Manter a integridade da superfície da mucosa
mastigatória da cavidade bucal
Gengiva
Ligamento periodontal

Osso alveolar propriamente dito


Osso alveolar Processo alveolar

(Lindhe, 2005)
Anatomia do periodonto

(Lindhe, 2005)
Mucosa oral: contínua com a pele dos lábios,
com a mucosa do palato mole e da faringe

Gengiva
Mucosa mastigatória
Revestimento do palato duro

Mucosa especializada: dorso da língua


Mucosa de revestimento

(Lindhe, 2005)
Anatomia macroscópica
Gengiva
Parte da mucosa mastigatória  cobre o processo
alveolar e circunda a porção cervical dos dentes
Camada epitelial
Tecido conjuntivo subjacente  lâmina própria
Forma e textura definitivas associadas com a
erupção dos dentes

(Lindhe, 2005)
Gengiva
Gengiva livre
Mucosa ceratinizada inserida

(Lindhe, 2005)
Gengiva livre ou gengiva marginal
Margem da gengiva que circunda os dentes
Tecido gengival das partes V e L/P dos dentes e
papilas interdentárias
Cor rósea
Superfície opaca
Consistência firme

(Lindhe, 2005)
(Carranza, 2004; Lindhe, 2005)

Gengiva livre ou gengiva marginal


Limites:
Estende-se a partir da margem gengival em direção
apical até a ranhura gengival livre (nível
correspondente à JCE)
Freqüentemente arredondada  invaginação ou sulco
entre o dente e a gengiva
Gengiva livre ou gengiva marginal
Após a erupção dos dentes  margem gengival
livre: 1,5 a 2 mm coronariamente à JCE
Na gengiva clinicamente sadia não há bolsa
periodontal  PS = 0 a 3 mm

(Carranza, 2004; Lindhe, 2005)


Papilas interdentárias
Ocupam a ameia gengival
Forma:
Relações de contato entre os dentes
Largura da superfície proximal dos dentes
Contato da JCE
Região anterior  forma piramidal
Região de molares  papilas mais achatadas no
sentido V - L.
(Lindhe, 2005)
Papilas interdentárias
Região anterior  forma piramidal
Região de molares  papilas mais achatadas no
sentido V - L.
Presença de diastema: gengiva aderida ao osso
interdental formando uma superfície lisa e
arredondada

(Lindhe, 2005)
Papilas interdentárias

(Lindhe, 2005)
Papilas interdentárias

(Carranza, 2004)
Papilas interdentárias
Área de col: região de molares e pré-molares
Papilas interdentárias com a porção V e L/P
separadas pela área de col
Recoberta por epitélio delgado não ceratinizado

(Lindhe, 2005)
Mucosa ceratinizada inserida
Características:
Firme
Resiliente
Aderida ao periósteo subjacente do osso alveolar
Cor rósea
Aspecto de “casca de laranja”

(Carranza, 2004; Lindhe, 2005)


Mucosa ceratinizada inserida

(Lindhe, 2005)
Mucosa ceratinizada inserida

(Carranza, 2004)
Mucosa ceratinizada inserida
Faixa variável nas diferentes regiões: 1 – 9 mm
Largura aumenta com a idade
Limites:
Coronalmente: ranhura gengival livre ou quando esta
está ausente por um plano horizontal que passa pelo
nível da JCE e apicalmente até a JMG

(Carranza, 2004; Lindhe, 2005; Rateitschak, 2006)


Gengiva
Contorno
Depende:
Forma e alinhamento dos dentes
Localização e tamanho da área de contato proximal
Dimensão das ameias
Cor:
Resultado  suprimento vascular, espessura, grau
de ceratinização do epitélio, presença de
melanócitos

(Carranza, 2004)
Mucosa de revestimento ou mucosa alveloar
Características:
Cor vermelha
Lisa
Brilhante

(Lindhe, 2005)
Mucosa de revestimento ou mucosa alveloar
Características:
Localizada apicalmente à JMG
Ligação frouxa com o osso subjacente
Epitélio mais fino, não ceratinizado
Vasos sangüíneos numerosos

(Carranza, 2004)
Anatomia microscópica
Epitélio que recobre a gengiva
Epitélio oral  voltado para a cavidade bucal
Epitélio do sulco  voltado para o dente, sem ficar
em contato com a superfície dentária
Epitélio juncional  promove o contato da gengiva
com o dente

(Lindhe, 2005)
Epitélio gengival

(Lindhe, 2005)
Funções do epitélio gengival:
Proteger estruturas
Permitir troca seletiva com o ambiente bucal

(Lindhe, 2005)
Epitélio oral
Epitélio pavimentoso estratificado ceratinizado
Camada basal
Camada espinhosa
Camada granulosa
Camada ceratinizada
Células: ceratinócitos (90%), melanócitos
(responsáveis pela pigmentação), células de
Langerhans (mecanismo de defesa), células de
Merckel (receptores táteis) e células inflamatórias
(Lindhe, 2005)
Epitélio oral (Lindhe, 2005)

Divisão celular mitótica formando 2 células-filhas. Célula basal


adjacente impelida para a camada espinhosa e começa a atravessar o
epitélio como ceratinócito.
Ceratinócito leva cerca de 1 mês para alcançar a superfície externa do
epitélio  descamado pela camada córnea.
Sob condições normais há um equilíbrio entre a renovação celular e a
perda de células  mantém a espessura do epitélio constante
Epitélio oral
Células basais separadas do tecido conjuntivo pela
membrana basal
Epitélio ortoceratinizado : núcleos ausentes
Epitélio paraceratinizado: restos de núcleos  mais
freqüente na camada córnea do epitélio gengival
Mucosa alveolar não tem camada córnea
Epitélio do sulco  estruturalmente semelhante ao
epitélio oral

(Lindhe, 2005)
Epitélio juncional
Epitélio escamoso estratificado não ceratinizado
Constantemente renovado por meio de divisão
celular

(Lindhe, 2005, www.efoa.br)


Lâmina própria ou tecido conjuntivo
Componente tecidual predominante da gengiva
Constituintes:
Fibras colágenas (60%), fibroblastos (5%), vasos e
nervos (35%) envolvidos em substância
fundamental amorfa
Células: fibrobalstos, mastócitos, macrófagos e
células inflamatórias

(Carranza, 2004; Lindhe, 2005)


Fibroblasto
Célula predominante do tecido conjuntivo
Sintetiza colágeno, fibras e matriz do tecido
conjuntivo
Regula a degradação de colágeno

(Carranza, 2004; Lindhe, 2005)


Mastócito
Responsável pela produção de componentes da
matriz
Produz substâncias vasoativas  afetam a função do
sistema microvascular e controle do fluxo sangüíneo

(Lindhe, 2005, www.sbi.org.br)


Macrófago
Função de fagocitose
Numerosos no tecido inflamado

(Lindhe, 2005)
Células inflamatórias
Neutrófilos (PMN), linfócitos e plasmócitos

(Lindhe, 2005)
Fibras
Funções
Reforçar a gengiva
Fornecer resiliência e tônus necessários para a
manutenção da forma gengival e a integridade da
união dentogengival

(Lindhe, 2005)
Fibras
Fibras colágenas  importantes componentes do
periodonto. Podem ser sintetizada por fibroblastos,
cementoblastos e osteoblastos
Fibras reticulares  presentes nas interfaces
epitélio-tecido conjuntivo e endotélio - tecido
conjuntivo
Fibras oxitalânicas  numerosas no ligamento
periodontal. Função desconhecida
Fibras elásticas  associadas aos vasos
sangüíneos
(Lindhe, 2005)
Fibras
De acordo com a inserção e trajetória que seguem
no tecido, os feixes de fibras gengivais podem ser
divididos em:
Fibras circulares: circundam o dente em forma de
um anel
Fibras dentogengivais: inseridas no cemento e se
projetam, em forma de leque, em direção ao tecido
gengival livre

(Lindhe, 2005)
Fibras
Fibras dentoperiósteas: inseridas no cemento e se
projetam sobre a crista óssea V e L/P para
terminarem no tecido da MCI
Fibras transeptais: estendem-se entre o cemento
supra-alveolar de dentes vizinho

(Lindhe, 2005)
Matriz
Produzida principalmente pelos fibroblastos
Essencial para a manutenção da função normal do
tecido conjuntivo
Componentes: macromoléculas de carboidratos e
proteínas

(Lindhe, 2005)
Macromoléculas
Exercem resistência à
deformação  reguladoras da
consistência do tecido
conjuntivo
Se a gengiva for comprimida, as
macromoléculas sofrem
deformação. Quando a pressão
é eliminada, as macromoléculas
readquirem sua forma original
Importantes para a consistência
da gengiva

(Lindhe, 2005)
Ligamento periodontal
Tecido conjuntivo frouxo, ricamente vascularizado e
celular
Circunda as raízes dos dentes e une o cemento
radicular à lâmina dura
Espaço do LP  forma de ampulheta, mais estreito no
nível do terço médio da raiz

(Lindhe, 2005)
Ligamento periodontal
Funções:
Proporcionar um invólucro de tecidos moles para
proteger os vasos e nervos de injúrias por forças
mecânicas
Transmitir forças oclusais ao tecido ósseo
Fixar o dente ao tecido ósseo

(Carranza, 2004)
Ligamento periodontal
Funções:
Manter os tecidos gengivais em suas relações
adequadas ao dente
Resistir ao impacto das forças oclusais
Função formadora e remodeladora  fibras
colágenas (fibroblastos) / osteoblastos e
cementoblastos (células mesenquimais)
Função nutricional e sensorial  nutrientes para o
cemento, osso e gengiva / fibras nervosas
sensoriais  sensações tátil, de pressão e de dor.
(Carranza, 2004)
Ligamento periodontal
Grupos
Fibras da crista alveolar
Fibras horizontais
Fibras oblíquas
Fibras apicais

(Lindhe, 2005)
Cemento radicular
Tecido mineralizado especializado que reveste as
superfícies radiculares e pequenas porções das
coroas dos dentes
Não contém vasos sangüíneos e linfáticos
Não tem inervação
Não sofre remodelação e reabsorção fisiológicas

(García-Ballesta et al, 2003; Lindhe, 2005)


Cemento radicular
Formação contínua ao longo da vida
Presença de fibras colágenas (matriz orgânica)e
hidroxiapatita (porção mineral)
Funções:
Insere as fibras do ligamento periodontal
Contribui para o processo de reparo após danos à
superfície radicular

(Lindhe, 2005)
Osso alveolar
Porção da maxila e mandíbula que forma e suporta
os alvéolos dentais
Função:
Distribuir e absorver as forças geradas pela
mastigação e por outros contatos dentários

(Carranza, 2004; Lindhe, 2005)


Osso alveolar

(Carranza, 2004; Lindhe, 2005)


Osso alveolar

(Carranza, 2004; Lindhe, 2005)


Osso alveolar

(Lindhe, 2005)
(Carranza, 2004; Lindhe, 2005)
Osso alveolar
Componente mineral principal  hidroxiapatita
Osso compacto  maior porção V e L/P dos alvéolos
Osso medular  circunda a lâmina dura nas áreas
apical, ápico-lingual e inter-radiculares
Periósteo
Superfícies ósseas cobertas por tecido conjuntivo
Periósteo: tecido que recobre a superfície externa
do osso
Camada interna: células com potencial para se
diferenciar em osteoblastos
Camada externa: composta por fibras colágenas,
fibroblastos, vasos sangüíneos e nervos

(Lindhe, 2005)
Periósteo

(Carranza, 2004)
“Se você quer ser bem-
sucedido precisa de dedicação
total, buscar seu último limite
e dar o melhor de si mesmo”

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