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Transformações no mundo do trabalho

Sociologia – 2ª Série – Ensino Médio


Professoras Jenifer Souza e Fabiana Wharton
Habilidade

Identificar as transformações no mundo do trabalho: as mudanças


no processo e na organização do trabalho.
Perguntas

Vocês conhecem alguma ocupação/


profissão que ao longo do século XX deixou
de existir? Qual ou quais?

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Mudanças nas exigências de habilidades

Observem as transformações nos anúncios de busca pela ocupação


de secretárias:

Elaborado com informações fictícias para fins didáticos


Transformações das ocupações

Com os processos de inovação e


incremento tecnológico no processo
produtivo, muitas profissões deixaram de
existir ou tornaram-se muito raras.
Por exemplo, deixou de
existir a de telegrafista e
passaram a existir as de
secretária e web designer.
gettyimages

Assim, o desenvolvimento da indústria para o setor


de serviços promoveu muitos impactos no mercado
de trabalho.
Perguntas

O trabalho é algo importante em nossa sociedade? Vocês já foram


perguntados sobre “o que você vai ser quando crescer”? Para que
curso você vai prestar vestibular? Que profissão você gostaria de
exercer? O que significa desemprego na vida das pessoas? Por que
as pessoas ficam desempregadas?

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Transformações no mercado de trabalho

Atualmente, devido às taxas de desemprego, muitas pessoas


têm dificuldade de entrar no mercado de trabalho. Os jovens
são uma grande parcela da população que sofre com o
desemprego, especialmente no primeiro emprego. A cada dia,

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aumentam os requisitos para conseguir um emprego (ensino
médio, experiência, formação acadêmica ou técnica etc.). Muitas
pessoas, mesmo com esses requisitos, não conseguem um
emprego e entram no mercado informal. Mas quais são os
impactos das mudanças no mundo do trabalho ao longo da
história? – Enfatizar que essas
Compreender a complexidade referente às diferenças entre
trabalho, emprego e desemprego é fundamental. Além disso,
faz-se necessário entender as mudanças nas reestruturações
produtivas e os desafios que todos enfrentamos para
sobrevivermos na contemporaneidade.
Reflita

De acordo com a metodologia usada pelo IBGE na Pesquisa


Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD, este
é o número de desempregados no Brasil.
1 min

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Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, 2020. Disponível :
<https://www.ibge.gov.br/explica/desemprego.php>. Acesso em: 07 set. 2020.
Reflita

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IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, 2020.


Disponível em: <https://www.ibge.gov.br/explica/desemprego.
php>. Acesso em: 07 set. 2020.
Relembrar: setores de produção

A economia de um país pode ser dividida em três setores: o Primário


envolve a agricultura, a pecuária e o extrativismo animal e vegetal; o
Secundário é o setor da indústria, da construção civil; e o Terciário é o
setor de serviços (advogados, professores, trabalhadores informais etc.).

CC BY-SA 3.0. Wikimedia Commons. Disponível em:


<https://commons.wikimedia.org/wiki/File:The_distribution_
of_the_workforce_among_the_three_sectors.png>.
No Brasil: setores de produção

Segundo o IBGE, mais de dois terços (67,7%) da população ocupada


trabalhava no setor terciário da economia, 14,2% na indústria em
geral, 10,4% no setor primário e 7,7% no setor de construção.

gettyimages
Disponível em :
<https://www.abbt.org.br/plutofiles/folder_of_rel_arquiv
o/vkixGDEcNMWaMd6QEqnjfpcDxJk65G2CMYCXfw1W/
2017_08_25_08_48_30_5operfildaforcadetrabalho.pdf>.
Relembrando os conceitos

Trabalho, conceito tão antigo quanto a existência humana,


consiste no esforço humano dotado de um propósito e
envolve a transformação da natureza através do dispêndio

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de capacidades físicas e mentais. Transforma a natureza,
produz bens e serviços, independentemente de existir
contrato.
Emprego é a forma histórica do trabalho no sistema
capitalista. Pode estabelecer uma relação formal ou informal
(assalariado, autônomo ou prestador de serviços) e, mais ou
menos, duradoura, que existe entre quem organiza o
trabalho (empregador) e quem realiza o trabalho
(empregado). O conjunto de leis que regulamentou os
direitos do trabalhador foi a CLT (Consolidação das Leis do
Trabalho), instituída pelo governo Vargas em 1943.
Reestruturações produtivas

https://youtu.be/jFKR0fQYUmg

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Reestruturações produtivas

As reestruturações produtivas são elementos estruturantes do sistema capitalista.


Em tempos em tempos, com a busca por aumentar os lucros, ocorrem
transformações no sistema de produção. Essas mudanças não são apenas
tecnológicas, mas também políticas, ideológicas e sociais.
• Contexto de crescimento da industrialização (séc. XIX e XX);
• O mecanismo central do capital: a busca incessante pelo lucro;
• O que demanda o desenvolvimento e a inovação tecnológica
também incessantes;
• Nesse sentido, as reestruturações produtivas têm um papel
fundamental na reprodução do sistema capitalista de produção;
• Algumas vezes, as reestruturações produtivas acontecem em
contextos de crises econômicas;
• Refletiremos sobre os modos Taylorista-Fordista e Toyotista.
Reestruturações produtivas

Ao longo do tempo, a produção industrial teve grandes


transformações. Foram muitas as consequências sociais das
reestruturações produtivas. Frederick Taylor (1856-1915), ainda no
século XIX, criou um novo método de administração do trabalho

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nas linhas de produção, um tipo de gerência produtiva que mudou
completamente o ritmo de trabalho.
Em vez de um trabalhador desempenhar várias funções na
produção de mercadorias, ele implantou a divisão do trabalho, o
gerenciamento do tempo e de movimentos. Com a divisão das
tarefas (especialização das atividades) em etapas muitos simples e
extremamente repetitivas, o trabalhador podia ser substituído a
qualquer momento.
A perda de controle controle da produção das mãos do
trabalhador é mais uma consequência decorrente das novas
formas de organização do processo de trabalho e de produção
capitalista.
Reestruturações produtivas

A fábrica de automóveis de Henry Ford (1863-1947) foi uma das


primeiras a executar o taylorismo através das linhas de montagem. O
Fordismo buscava baratear produtos, aumentar a produtividade e
extrair o máximo de lucro.

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• Aumentou a produção em massa;
• Acrescentou a esteira mecânica à linha de montagem;
• Criou um ritmo de trabalho mais especializado e repetitivo, sem
muitos movimentos;
• Ofereceu
um aumento de salário tendo como base o aumento
da produção;
• Padronizou a fabricação, sem variedade;
• Dividiu o trabalho em tarefas menores, em que cada trabalhador
tinha uma tarefa muito simples.
• Diminuiu os custos, aumentou o consumo dos produtos e elevou
os lucros.
Reestruturações produtivas

Por volta de 1960, o Toyotismo se desenvolve a partir do contexto


científico e tecnológico da época e da necessidade de maior
competitividade no cenário de globalização do capital. A partir do
advento das novas formas de comunicação, desenvolvimento da logística
de transporte e circulação de mercadorias, as empresas deslocaram suas

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fábricas para outros territórios, nos quais a legislação trabalhista era mais
flexível. O engenheiro da Toyota, Taiichi Ohno (1912-1990), implementou
um novo modelo produtivo.
• O trabalhador passa a ser polivalente, realizando mais de uma tarefa;
• Produção com demanda com estoque mínimo;
• Diversificação da produção;
• Automação das máquinas (várias funções e menor intervenção
humana);
• Sistema just-in-time (sem acúmulo de produtos em estoque);
• Sistema Kaban, controle dos produtos com etiquetas;
• Círculos de Controle de Qualidade (CCQs);
• Com a substituição das antigas máquinas por robôs, poupa-se tempo
de trabalho, dispensam-se trabalhadores e aumentam-se os lucros.
Perguntas

Você conhece mais pessoas empregadas ou desempregadas? Em


trabalhos formais ou em trabalhos informais? Quais trabalhos elas
exercem?

2 min

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Desemprego e precarização

Desemprego: é a situação em que não existem vagas remuneradas suficientes para o


total de trabalhadores disponíveis e que estão em busca de emprego em uma
sociedade. Embora este seja um problema que sempre existiu, na atualidade, são
muitos os fatores que agravam o decréscimo de empregos entre aqueles que
precisam do trabalho para sobreviver.
Flexibilização/precarização: situações de trabalho sem
estabilidade e com menos garantias para o trabalhador. Sem a
garantia de direitos trabalhistas, aumentam-se os contratos de
serviços temporários. É um processo multifacetado de
institucionalização da instabilidade. Tudo se torna flexível: o
trabalhador, as relações de trabalho, os direitos do trabalho, os
horários de trabalho e os salários.
Terceirização: processo pelo qual uma empresa transfere parte
de sua produção para outra empresa (chamada “terceira”).
Perguntas

Você já ouviu a expressão “uberização”? Esse modelo de trabalho se


caracteriza como uma forma de emprego formal ou informal? Nesse
tipo de trabalho, tem-se algum direito?

2 min

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E aí, como foi a aula?


Lembrando que, como nosso tempo aqui é curto, leve suas dúvidas e
seus debates para além deste espaço!
Obrigada por participar! ;D
Até a próxima!
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