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Ano Letivo 2023/2024

1º Ano | Licenciatura Gestão de Recursos Humanos

ECONOMIA DO TRABALHO E DOS RH

O Mercado de Trabalho no e do Futuro

Docente:
Prof. Dr. Humberto Oliveira

Discentes:
Jéssica Teixeira Nº12711
Mariana Andrade Nº881608
Fabiana Lameiro Nº12981
Economia do Trabalho e dos RH | O Mercado de Trabalho no e do Futuro

Índice

Introdução ......................................................................................................................... 2

O Mercado de Trabalho .................................................................................................... 3

O Mercado de Trabalho - Hoje ......................................................................................... 5

Desenvolvimento Tecnológico e Novas Profissões.......................................................... 6

Trabalho Remoto / Híbrido .............................................................................................. 7

Mais Estudos e Mais Formação ........................................................................................ 8

Mais Concorrência Profissional ....................................................................................... 9

Desvalorização do Trabalho para a Vida ........................................................................ 10

Globalização da Economia ............................................................................................. 11

Reflexão e Conclusão ..................................................................................................... 12

Bibliografia ..................................................................................................................... 13

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Economia do Trabalho e dos RH | O Mercado de Trabalho no e do Futuro

Introdução

O presente trabalho foi realizado no âmbito da Unidade Curricular “Economia do


Trabalho e dos Recursos Humanos”, integrada no plano de estudos do 1º ano – 1º
semestre, do curso de licenciatura em Gestão de Recursos Humanos do Instituto Superior
Miguel Torga.
O Mercado de Trabalho tem sido palco de muitas transformações significativas ao
longo do tempo, tem havido novas descobertas e avanços tecnológicos, mudanças sociais
e culturais e têm surgido também vários fatores económicos associados a estas alterações.
Este trabalho visa então explorar a complexidade do Mercado de Trabalho no e do
Futuro, analisando algumas das nuances económicas e dinâmicas de Recursos Humanos
que estão a moldar o ambiente profissional.
A automação e a IA, por exemplo, tornam-se cada mais integradas na vida
profissional, e é importante entendê-las. Ao mesmo tempo, vão surgindo novos modelos
de emprego, como o teletrabalho e a utilização de trabalhadores temporários, que
levantam questões sobre as relações e a segurança do emprego.
Iremos analisar, também, não só as tendências atuais e futuras como a importância
de uma adaptação contínua a essas mudanças.

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A Economia no Trabalho

Quando falamos em Mercado de Trabalho, falamos de todas as formas de


trabalho que existem, sejam a nível manual ou intelectual. As pessoas utilizam a Força
de Trabalho em troca de um salário ou recompensa monetária-
Dentro do Mercado de Trabalho existem dois grandes pontos importantes
para chegarmos a um mercado de trabalho equilibrado: a oferta de trabalho e a procura
de trabalho.
O Mercado de Trabalho é, então, dividido em 3 sectores:
• Setor Primário: onde estão as relações de trabalho que li-
dam diretamente com a matéria-prima, como a agricultura e a pecuária.
• Setor Secundário: onde estão as relações de trabalho que
lidam com a modificação da matéria-prima, como as indústrias e a construção
civil;
• Setor Terciário: onde estão as relações de trabalho inter-
pessoais, ou seja, que há correspondência entre as pessoas, a prestação de servi-
ços, como o ramo de vendas, bancos, hospitais, escolas, etc. É esse setor que se
encontram principalmente a força de trabalho intelectual.
Apesar de existirem estes diferentes sectores, eles encontram-se interliga-
dos: a matéria-prima é extraída do primeiro sector, é modificada e transformada no se-
gundo sector e por fim será comercializada no terceiro sector.
Os trabalhadores classificam-se como População Economicamente Ativa.
O desemprego é outra característica do mercado de trabalho, em que a
quantidade de vagas oferecidas é menor que o número de pessoas para trabalharem.
O Mercado de Trabalho passou por grandes evoluções, nomeadamente a entrada das
tecnologias, o que acabou (e continuará a longo prazo) a extinguir certas profissões e
também a criar outras.

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O Mercado de Trabalho – HOJE

De acordo com a evolução da nossa civilização, a cultura é um elemento que se


molda ao longo dos anos. Da mesma forma, as novas tecnologias quando são
implementadas numa organização, também influenciam a sua cultura organizacional.
Basta pensarmos, por exemplo, na invenção da eletricidade, do telefone, do
automóvel e fazer comparações sobre os modelos de negócios que antes existiam e
compará-los com os dias de hoje. Portanto, a transformação digital não é apenas uma
questão tecnológica. É, por isso, necessário entender o quanto estas mudanças impactam
o funcionamento das empresas, os processos de trabalho, quais os cargos que serão
descartados e por aí diante. Dessa forma será possível prever possíveis problemas e atuar
de forma imediata.
O mercado de trabalho tem-se reinventado a cada dia que passa devido ao avanço
tecnológico, que fez surgir novas ferramentas, máquinas e profissões para atender às
exigências da atualidade. Para darmos início a este tema, no gráfico abaixo, podemos
verificar a evolução das 10 características e competências mais valorizadas no Mercado
de Trabalho entre 2015 e 2020.

Fig. 1 - Fundação Francisco Manuel dos Santos

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Como podemos ver, as características mais valorizadas foram sendo alteradas ao


longo de 5 anos, o que significa que houve também mudanças nas prioridades e na
importância das mesmas. Sendo assim, é possível focarmo-nos em 8 grandes alterações
que vamos assistir ao longo dos próximos anos no Mercado de Trabalho:

Mais
Concorrência
Profissional

Novas Desvalorização
do Trabalho
Profissões para a Vida

Mais
Globalização estudos,
da Economia mais
formação

Escritório
Desenvolvimento
Tecnológico onde
quisermos
Mudanças
nos
Horários

A tecnologia traz algumas ameaças, mas oferece muitas oportunidades, dentro de


algumas delas temos a melhoria na qualidade de vida das pessoas. A forma como será o
trabalho no futuro, obriga a um olhar muito atento dos Recursos Humanos das
Organizações, pois é o departamento protagonista da transformação cultural da empresa.
Neste sentido, vamos falar de cada uma destas alterações e o impacto que terão no futuro.

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Desenvolvimento Tecnológico e Novas Profissões

Vamos denominar esta Era como a “Quarta Revolução Industrial”.


A Tecnologia está cada vez mais avançada o que leva a grandes impactos na nossa
Sociedade. A forma como nos organizamos está a ser seriamente impactada pela
biotecnologia, a Inteligência Artificial, a robótica, a nanotecnologia – tudo o que pertence
as Tecnologias de Informação no Mundo Digital.
Mas o que acontecerá se, no futuro, conseguirmos ser substituídos por
computadores ou robots?
As tarefas rotineiras e previsíveis vão ser substituídas por Robots, permitindo assim
que os trabalhadores se foquem em tarefas mais complexas e que requerem habilidades
exclusivamente humanas levando a extinção de vários postos de trabalho e profissões.
A Inteligência Artificial já é utilizada para análise de dados, automação de
processos e tomada de decisões, o que faz com que os profissionais em programação se
tornem ativos valiosos para as organizações, no entanto as habilidades humanas como
empatia, criatividade, resolução de problemas complexos e pensamento crítico
continuarão a ser insubstituíveis na relação entre tecnologia e os humanos.
Com a evolução da tecnologia, espera-se então que surjam novas profissões e outras
sejam extintas:

Profissões em Declínio Profissões Emergentes


Funcionários dos bancos/correios Especialistas em AI e Machine Learning

Operadores de caixa Analistas de BI , Big Data e TIC

Vendedora porta a porta Especialistas em transformação digital

Assistente de registo de produtor e stock Especialistas em Sustentabilidade

Secretários administrativos e executivos Engenheiros Robóticos

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Trabalho Remoto / Híbrido – Flexibilidade (horários e locais)

Atualmente, no mundo do trabalho, temos os chamados “nómadas digitais” –


pessoas que trabalham remotamente a partir de qualquer localização (facto muito
valorizado pois permite a flexibilização de horário e trabalho) o que faz com que as
empresas substituam os modelos tradicionais por modelos híbridos para ir de
encontro à necessidade dos profissionais.
Antigamente era impensável que alguém conseguisse trabalhar em qualquer
lugar que estivesse. Os avanços tecnológicos permitiram o que é hoje a realidade
das gerações X, Y e Z.
Foram as novas gerações que deram este primeiro passo para quebrar os
antigos paradigmas do mercado de trabalho permitindo desta forma: flexibilização,
trabalho remoto, home office, etc. Inclusive é um dos fatores que levam as pessoas
a abraçar desafios no mundo profissional, pois sentem-se mais produtivos e felizes
a trabalharem no conforto do lar, tornando-se assim uma realidade. No entanto, esta
dependência de ferramentas digitais pode ser um obstáculo para a criação de
relações laborais e no fluxo eficiente da informação.
Além do trabalho remoto, surge também a denominada Gig Economy
(trabalhadores temporários, prestadores de serviços ou freelancers). Esta forma de
trabalho oferece uma certa flexibilidade aos trabalhadores no que toca a variedade
de oportunidades, remuneração flexível, desenvolvimento profissional, work-life-
balance (melhor gestão da vida profissional e pessoal), no entanto causa alguma
insegurança no emprego, pois não existe um contrato de trabalho contínuo.

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Mais Estudos = Mais Formação

A capacidade de resposta do mercado de Trabalho aos desafios impostos pela


globalização dependa da qualidade da Força de Trabalho. Avaliar a qualidade do capital
humano implica analisar o impacto do sistema educativo na Força do Trabalho, quer ao
nível individual, mas também social.
A segurança no emprego aumenta com a escolaridade, ou seja, quanto maior for o
nível de ensino, mesmo em períodos de abrandamento da economia ou recessão, o
indivíduo tem mais probabilidades em encontrar emprego.
É, por isso, importante que exista uma formação ao longo da vida do indivíduo,
pois as habilidades que são consideradas relevantes hoje, podem tornar-se completamente
obsoletas amanhã, exigindo desta forma uma formação contínua e actualizada.
Neste sentido, as empresas têm tido necessidade de reskilling (aquisição de novas
habilidades para novas funções) e upskilling (melhorar as habilidades existentes). As
áreas que têm sido mais procuradas e inclusive implementadas também no Ensino Supeior
são os estudos de Big Data, Power BI e Data Analytics (permitem gerir e organizar dados
brutos para fins empresariais).

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Mais Concorrência Profissional

As mudanças do Mercado de trabalho podem, de certa forma, intensificar a


desigualdade, essencialmente no que diz respeito ao acesso às tecnologias e educação. Os
indivíduos que não têm acesso a estas oportunidades podem ficar à margem das
transformações positivas.
As mulheres e as minorias étnicas enfrentam também algumas barreiras no acesso
a oportunidades e na evolução da carreira.
Para mitigar este tipo de situação, as empresas, cada vez mais apostam numa cultura
organizacional mais forte ao nível da diversidade e inclusão, por exemplo: durante o
processo de recrutamento, selecionam o candidato mais atrativo para a vaga em questão,
sem se preocuparem com a idade, género ou com o local onde mora, o que leva as
organizações a promover um ambiente mais equitativo.

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Desvalorização do Trabalho para a Vida

Atualmente, não é difícil encontrar um familiar que tenha trabalhado a vida toda na
mesma empresa. Na verdade, era um fator de orgulho para os trabalhadores das gerações
anteriores. Nas gerações mais atuais, vemos que o que motiva os jovens é a satisfação,
novos desafios e processos/gestão da carreira. A geração atual sente-se mais motivada
quando recebe orientações, feedbacks constantes e reconhecimento. Com esta alteração,
foi necessário haver uma visão evolutiva e flexibilidade das empresas para não perderem
bons profissionais. No momento, as empresas olham muito mais para as estratégias de
“Employer Branding” de forma a reter talento, garantir a capacidade de progressão de
carreira e implementar modelos de trabalho muito mais flexíveis. No que diz respeito ao
salário, este continua a ser a principal razão que leva à mudança de emprego,
essencialmente pelo custo de vida que não pára de aumentar. Assim, a estabilidade
económica é também bastante importante para o trabalhador, na escolha da empresa onde
quer trabalhar.

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Globalização da Economia

A Globalização pode ser vista em várias perspetivas: ambientais, económicas,


socioculturais, etc. Como tal, a Globalização Económica refere-se, à crescente relação
entre as economias do Mundo, envolvendo todo o comércio de produtos e serviços, o
fluxo dos capitais e a dissipação das tecnologias – permite também que as crises
económicas se propaguem com maior intensidade quando surgem.
Estamos então a falar de um sistema a nível mundial, onde é possível encontrar
melhores oportunidades de carreira em qualquer local do Mundo e sem haver a
necessidade de emigrar, pois como já vimos, a tecnologia permite-nos trabalhar em
qualquer lugar. A globalização tem um grande potencial para criar riqueza e emprego.
Para isso, é necessária uma aquisição contínua e intensa de soft skills e hard skills, onde
o indivíduo tenha a capacidade de liderança, empatia, comunicação, criatividade e
pensamento crítico.

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Reflexão e Conclusão

Depois da realização deste trabalho, concluímos que a adaptação e resiliência são


muito importantes para as mudanças no Mercado de Trabalho. Esta será a chave para o
sucesso individual e coletivo.

O futuro do Mercado de Trabalho dependerá da capacidade dos indivíduos, das or-


ganizações, empresas e governos ajustarem e colaborarem para criar um ambiente sus-
tentável e inclusivo.

A evolução constante das tecnologias impõe desafios, mas também oferece muitas
oportunidades para aqueles que estão dispostos a reinventar-se. A educação ao longo da
vida e o desenvolvimento profissional são pilares essenciais para garantir a sobrevivência
no Mercado do Trabalho no futuro.

Desta forma, entendemos que – enquanto jovens – teremos de ter a capacidade de


evoluir, aprender e colaborar, pois, será uma evolução constante.

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Bibliografia

https://www.ffms.pt/pt-pt/infografia/infografia-o-trabalho-do-futuro

https://www.michaelpage.com.br/advice/carreira-profissional/proximos-passos-em-sua-
carreira/caracteristicas-do-mercado-de-trabalho

https://redfox.tech/blog/como-sera-o-trabalho-no-futuro/

https://www.rhportal.com.br/artigos-rh/desafios-do-mercado-de-trabalho/

https://www.weforum.org/

https://cnnportugal.iol.pt/governo/mercado-de-trabalho/economistas-veem-sinais-
preocupantes-no-mercado-de-trabalho-mas-o-governo-ve-
estabilidade/20231021/6532af0fd34e65afa2f6a4b4

https://exame.com/carreira/estas-sao-as-10-profissoes-do-futuro-segundo-estudo-do-
forum-economico-mundial/

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