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Tema 3 – Os espaços organizados pela população

PROBLEMAS ESTRUTURAIS DA AGRICULTURA


PORTUGUESA: A MÃO DE OBRA AGRÍCOLA

Geografia A 11.o ano – Ana Borges * Isabel Costa * Liliana Rocha


Geografia A 11.o ano – Ana Borges * Isabel Costa * Liliana Rocha
PROBLEMAS ESTRUTURAIS DA AGRICULTURA PORTUGUESA: A MÃO DE OBRA AGRÍCOLA

Tipologia da mão de obra agrícola

Retrato do produtor agrícola singular

Retrato dos dirigentes das sociedades agrícolas

pp. 40-45
Geografia A 11.o ano – Ana Borges * Isabel Costa * Liliana Rocha
Tipologia da mão de obra agrícola
Tipologia da mão de obra agrícola

Geografia A 11.o ano – Ana Borges * Isabel Costa * Liliana Rocha


A mão de obra agrícola contratada para trabalhar
na época das vindimas designa-se

A mão de obra assalariada.

B mão de obra sazonal.

C mão de obra regular.

D mão de obra familiar.

SOLUÇÕES Geografia A 11.o ano – Ana Borges * Isabel Costa * Liliana Rocha
Tendências
Evolução da mão de obra agrícola

1 Decréscimo contínuo da população agrícola total.

Prevalência da mão de obra familiar, apesar do


2
decréscimo progressivo nas últimas décadas.
Tipologia da mão de obra agrícola

Aumento da contratação de trabalhadores


3
assalariados.

4 Aumento da mão de obra sazonal

Composição da mão de obra agrícola medida em UTA nos anos censitários de 1989 a 2019.
Geografia A 11.o ano – Ana Borges * Isabel Costa * Liliana Rocha
Decréscimo da mão de obra
agrícola familiar
Deslocação para outros setores de atividade

Diminuição do número de explorações


Tipologia da mão de obra agrícola

Menor dimensão média do agregado familiar


CAUSAS do produtor

Progressiva modernização do setor

Envelhecimento da população agrícola

Composição da mão de obra agrícola medida em UTA nos anos censitários de 1989 a 2019.
Geografia A 11.o ano – Ana Borges * Isabel Costa * Liliana Rocha
Distribuição da mão de obra agrícola

Mão de obra familiar

Predomina em todas as regiões,


Tipologia da mão de obra agrícola

exceto Ribatejo e Oeste e Alentejo.

Mão de obra assalariada

Predomina nas regiões agrárias


do Ribatejo e Oeste e Alentejo.

Quanto maior é o nível de empresarialização,


a dimensão das explorações e o volume
de mão de obra exigido, maior é a necessidade
de contratar mão de obra assalariada.
Geografia A 11.o ano – Ana Borges * Isabel Costa * Liliana Rocha
Produtor agrícola singular

Nível de escolaridade
Retrato do produtor agrícola singular

Baixo nível de instrução da população


agrícola: 46% dos indivíduos só detém o
1.º ciclo de escolaridade.

Fraca representatividade dos


agricultores com formação universitária
(1,3%), apesar de um forte aumento nos
últimos anos (74,9%).

Crescimento significativo do número de


produtores com níveis de ensino
superiores ao 1.º ciclo.
Nível de escolaridade do produtor agrícola singular em 2019 e variação 2009-2019

Geografia A 11.o ano – Ana Borges * Isabel Costa * Liliana Rocha


Produtor agrícola singular

Estrutura etária
Retrato do produtor agrícola singular

Mão de obra envelhecida: mais de metade


dos agricultores tem acima de 64 anos.

A população agrícola portuguesa mais


envelhecida localiza-se no Algarve (68
anos), e a mais jovem nos Açores (55
anos).

Idade média do produtor agrícola singular, 2009-2019.

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Produtor agrícola singular

Estrutura etária
Retrato do produtor agrícola singular

Os produtores agrícolas são


maioritariamente homens.

Aumento da representatividade feminina (um


terço da população agrícola).

Fraca participação feminina nas estruturas


associativas locais e nos lugares de decisão.

Evolução da mão de obra agrícola por género (1989-2019)


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Documento 1 - Dia Internacional da Mulher Rural: e depois da
pandemia onde está a mulher rural e agricultura?

A MARP – Associação das Mulheres Agricultoras e Rurais Portuguesas luta para que
o papel da mulher rural e agricultora seja reconhecido e desafia os decisores a:
Retrato do produtor agrícola singular

• Garantir a valorização dos preços à produção nacional;


• Garantir canais de escoamento da produção com valorização de mercados e
feiras, alicerces da Agricultura Familiar, assegurado muitas vezes pelas mulheres;
• Dar prioridade à aquisição de alimentos provenientes da Agricultura Familiar no
abastecimento das Cantinas Públicas;
• Criar um regime de segurança social adaptado à realidade das mulheres
agricultoras e rurais;
• Garantir os serviços públicos às populações rurais;
• Apoiar a fixação de mulheres e famílias que queiram viver no mundo rural.
Fonte: https://www.agroportal.pt/ [consult. 2 ago 2022]

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Produtor agrícola singular

Formação profissional
Retrato do produtor agrícola singular

Mais de metade dos produtores não possui


qualquer tipo de formação agrícola.

A atividade agrícola apoia-se, essencialmente,


em práticas e saberes transmitidas de geração
em geração.

Crescimento significativo da formação


profissional em atividades agrícolas devido à
frequência obrigatória de cursos de formação
relacionados, principalmente, com a aplicação
de produtos fitofarmacêuticos.
Formação profissional do produtor agrícola singular, 2019 e
variação 2009-2019.

Geografia A 11.o ano – Ana Borges * Isabel Costa * Liliana Rocha


Produtor agrícola singular

Pluriatividade e
plurirrendimento
Retrato do produtor agrícola singular

Predomínio do trabalho em regime de


pluriatividade para compensar o baixo rendimento
das atividades agrícolas.

O rendimento do agregado doméstico do produtor


advém, maioritariamente, do plurirrendimento.

Destaque para atividades do setor terciário


como o artesanato, o pequeno comércio, o
turismo e pensões e reformas, reflexo da idade
avançada dos agricultores. Tempo de atividade na exploração agrícola (A) e origem do
rendimento do produtor agrícola singular (B), 2019.

Geografia A 11.o ano – Ana Borges * Isabel Costa * Liliana Rocha


PLURIATIVIDADE

tem várias

Potencialidades
Retrato do produtor agrícola singular

ao permitir:

Compensar o baixo rendimento do trabalho na agricultura.

Melhorar o nível de vida do agregado doméstico do agricultor.

Prevenir o abandono das terras e o êxodo rural.

Salvaguardar o património rural, sobretudo no interior do país.

Minimizar impactes como o desemprego, os incêndios e a


perda da identidade cultural das áreas rurais.

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Mulheres Homens
15,1% 84,9%
Dirigente das sociedades agrícolas

Nível de escolaridade e
estrutura etária
Retrato dos dirigentes das sociedades agrícolas

São maioritariamente homens (84,9%).

São mais jovens. Têm em média 51 anos (13 anos


mais novos que os produtores singulares).

Têm qualificações académicas mais elevadas: 48,1%


têm formação superior (19,1% na área das ciências
agrárias).

Nível de escolaridade do dirigente das sociedades agrícolas, por


idade e género.

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Dirigente das sociedades agrícolas
Chart Title

Formação profissional
Retrato dos dirigentes das sociedades agrícolas

22%
26%
Formação exclusivamente
A grande maioria dos dirigentes possui prática
formação agrícola, com um crescimento Formação profissional em
significativo nos últimos anos. atividades agrícolas
Formação completa (cur-
Apenas um quarto dos dirigentes, sos secundário ou superior
agrícola)
sensivelmente, não tem qualquer formação 52%
agrícola.
Variação 2009-2019 (%)

18,4% 278,5% 102,6%

Formação profissional dos dirigentes das sociedades agrícolas, 2019 e


variação 2009-2019.

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Dirigente das sociedades agrícolas

Pluriatividade e
30.2
plurirrendimento %
Retrato dos dirigentes das sociedades agrícolas

A grande maioria dos dirigentes trabalha a tempo


parcial na sociedade agrícola que dirige, refletindo a 69.8
%
importância da pluriatividade e do plurirrendimento.

Tempo completo Tempo parcial

Tempo de atividade na exploração agrícola, 2019.

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Classe envelhecida Maior juventude

Baixo grau de instrução e de formação


profissional Maior preparação académica e profissional

Agricultura familiar, com baixo potencial


Agricultura de mercado, moderna e
técnico e científico competitiva

Baixa cooperação empresarial Elevado potencial produtivo

Reduzida capacidade de investimento Visão empreendedora

Fraca capacidade de gestão e Capacidade de inovar, diferenciar e competir


comercialização nos mercados globais

Produtor agrícola singular Dirigente Sociedades agrícolas

Geografia A 11.o ano – Ana Borges * Isabel Costa * Liliana Rocha


Os produtores singulares, comparativamente com os
dirigentes das sociedades agrícolas

são mais velhos mas com melhores


A
qualificações académicas.

B são mais jovens e, a grande maioria, trabalha a


tempo completo nas explorações.

são mais jovens e detêm uma maior preparação


C
académica e profissional.

D
são mais velhos e têm um menor nível de
instrução e de formação profissional.

Nível de escolaridade do produtor agrícola singular,


por idade e género, 2019.
SOLUÇÕES
Geografia A 11.o ano – Ana Borges * Isabel Costa * Liliana Rocha
Refere dois fatores responsáveis pelo
decréscimo da mão de obra agrícola total.

Apresenta duas consequências


resultantes do perfil do agricultor-tipo
português.

Explica, apresentando duas razões, a


importância da pluriatividade para as áreas
rurais.

SOLUÇÕES Geografia A 11.o ano – Ana Borges * Isabel Costa * Liliana Rocha
Tema 3 – Os espaços organizados pela população

PROBLEMAS ESTRUTURAIS DA AGRICULTURA


PORTUGUESA: A MÃO DE OBRA AGRÍCOLA

Geografia A 11.o ano – Ana Borges * Isabel Costa * Liliana Rocha


Geografia A 11.o ano – Ana Borges * Isabel Costa * Liliana Rocha
A mão de obra agrícola contratada para trabalhar
na época das vindimas designa-se por

A mão de obra assalariada.

B mão de obra sazonal.

C mão de obra regular.

D mão de obra familiar.

Geografia A 11.o ano – Ana Borges * Isabel Costa * Liliana Rocha


Os produtores singulares, comparativamente com os dirigentes das sociedades agrícolas

são mais velhos mas com melhores


A
qualificações académicas.

B são mais jovens e, a grande maioria, trabalha a


tempo completo nas explorações.

são mais jovens e detêm uma maior preparação


C
académica e profissional.

D
são mais velhos e têm um menor nível de
instrução e de formação profissional.

Nível de escolaridade do produtor agrícola singular,


por idade e género, 2019.
Refere dois fatores responsáveis pelo decréscimo da mão de obra agrícola total.

A deslocação de mão de obra agrícola para outros setores de atividade, mais bem remunerados,
e o envelhecimento geral da população agrícola, entre outros fatores.

Apresenta duas consequências resultantes do perfil do


agricultor-tipo português.

O perfil do agricultor-tipo português reflete-se num baixo nível de


conhecimentos técnicos e científicos para potenciar as práticas
agrícolas (a seleção de espécies em função das características
dos solos, por exemplo), bem como numa fraca capacidade de
gestão e comercialização dos produtos cultivados.

Explica, apresentando duas razões, a importância da pluriatividade para as áreas rurais.

Permite compensar o baixo rendimento do trabalho na agricultura e, assim, melhorar o nível de vida
do agregado doméstico do agricultor, facto que previne o despovoamento dos territórios rurais. Por
outo lado, evita o abandono dos terrenos agrícolas e os impactes que daí poderiam advir, tais como a
diminuição da biodiversidade, a degradação da paisagem, a intensificação dos incêndios rurais, etc.

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