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1 MANUAL DO MOTOR ELÉTRICO;

2 SELEÇÃO E APLICAÇÃO DOS MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO

3 MANUTENÇÃO BÁSICA DE MOTORES

WEG - Transformando Energia em Soluções Início


1 NOÇÕES FUNDAMENTAIS;

2 CARACTERÍSTICAS DA REDE DE ALIMENTAÇÃO;

3 CARACTERÍSTICAS DE ACELERAÇÃO;

4 REGULAÇÃO DE VELOCIDADE DE MOTORES DE INDUÇÃO;

5 CARACTERÍSTICAS EM REGIME;

6 REFRIGERAÇÃO;

7 CARACTERÍSTICAS DO AMBIENTE;

8 AMBIENTES PERIGOSOS;

9 CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS;

10 ENSAIOS.

WEG - Transformando Energia em Soluções Motor


UNIVERSO TECNOLÓGICO EM MOTORES ELÉTRICOS:
SPLIT - PHASE
GAIOLA DE
ESQUILO CAP. PARTIDA
ASSÍNCRONO CAP. PERMANENTE

ROTOR CAP. 2 VALORES


MONOFÁSICO BOBINADO
PÓLOS SOMBREADOS
SÍNCRONO
MOTOR C.A. REPULSÃO
UNIVERSAL

ASSÍNCRONO RELUTÂNCIA

HISTERESE
TRIFÁSICO

SÍNCRONO DE GAIOLA

DE ANÉIS
EXCITAÇÃO SÉRIE
MOTOR C.C. EXCITAÇÃO INDEPENDENTE IMÃ PERMANENTE
EXCITAÇÃO COMPOUND PÓLOS SALIENTES

IMÃ PERMANENTE PÓLOS LISOS

WEG - Transformando Energia em Soluções Manual 1-8


CONCEITOS BÁSICOS:

CONJUGADO:

Também chamado de Momento, Torque ou Binário.


C = F . d = Força x distância [ Nm ]

ENERGIA E POTÊNCIA MECÂNICA:

 Trabalho   F  d 
P    [W]
 Tempo   t 

E  Pt [Wh, kWh, J]

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ENERGIA E POTÊNCIA ELÉTRICA:

Potência:
- Ativa [W]  P=V.I.
cos 
- Reativa [ VAr ]  Q=V.I.
sen 
- Aparente [ VA ]  S=V.I

Energia:
- Ativa [ kWh ]  E=P.t
P -(kW)
Reativa [ kVArh]  E=Q.
t

Q (kVAr)
S (k
VA)

WEG - Transformando Energia em Soluções Manual 3-8


FATOR DE POTÊNCIA:

P P ( kW )  1000
cos   
S 3 V  I
RENDIMENTO:
736  P (cv )
 %    100
3  V  I  cos

SISTEMAS DE CORRENTE ALTERNADA :

MONOFÁSICOS

SISTEMAS
BIFÁSICOS

POLIFÁSICOS TRIFÁSICOS
HEXAFÁSICOS, ETC.

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LIGAÇÕES NOS SISTEMAS TRIFÁSICOS:

Estrela:
IL

I L  IF
VF IF VL
VL VF 
3

Triângulo:
IL
IF VL  VF
VL VF IL
IF 
3

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MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO:

PARTES:
 Carcaça;
1 ESTATOR
 Núcleo de Chapas;
 Enrolamento Trifásico.

2  Eixo;
ROTOR
 Núcleo de Chapas;
 Barras e anéis de curto.

 Tampas;  Rolamentos;
3 OUTRAS PARTES
 Ventilador;  Placa de Identificação;
 Caixa de ligação;  Defletora, etc.

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LINHA DE BAIXA TENSÃO

LINHA MASTER “M”

LINHA “H”

LINHA “AGA”

WEG - Transformando Energia em Soluções Partes 1-2


WEG - Transformando Energia em Soluções Partes 2-2
ROTOR DE GAIOLA (INJETADO)

ROTOR DE GAIOLA (BARRAS)

ROTOR BOBINADO (ANÉIS)

WEG - Transformando Energia em Soluções Partes 1-1


ROLAMENTOS / VENTILADOR / DEFLETORA / CAIXA DE LIGAÇÕES

FLANGES TAMPAS

WEG - Transformando Energia em Soluções Partes 1-4


PORTA ESCOVAS (LEVANTAMENTO AUTOMÁTICO)

MANCAL DE ROLAMENTO

MANCAL DE BUCHA

WEG - Transformando Energia em Soluções Partes 2-4


CAIXA DE LIGAÇÃO
DE FORÇA

CAIXA DE LIGAÇÃO
COM PARA-RAIO E
CAPACITOR

WEG - Transformando Energia em Soluções Partes 3-4


WEG - Transformando Energia em Soluções Partes 4-4
VELOCIDADE SÍNCRONA (ns):

120  f 60  f
ns  
2p p

f - frequência nominal;
onde: p - número de pares de pólos;
2p - número de pólos.

VELOCIDADE NOMINAL (n):

n  ns  (1  s )

n - velocidade nominal;
onde: ns - velocidade síncrona;
s - escorregamento;

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ESCORREGAMENTO:

s  ns  n (rpm)

( ns  n) s
s
ns

Conjugado
( ns  n)
s  100 (%)
ns

Rotação nn ns

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TOLERÂNCIAS:

TENSÃO ( p.u. )
1,10
De acordo com a norma NBR 7094/96,
as regiões de tolerâncias da tensão e
1,05 frequência são classificadas como zona
“A”
“A” e zona “B”.
0,95 0,98 1,02 1,03

FREQUÊNCIA ( p.u. )

0,95 NOMINAL
ZONA “ A ”
“B” ZONA “ B ”
0,90

WEG - Transformando Energia em Soluções Manual 1-6


TOLERÂNCIAS

 Desempenhar sua função principal continuamente (assegurar o seu


conjugado nominal);
 Desvios em suas características de desempenho à tensão e
Zona “A” frequências nominais (rendimento, fator de potência, etc.);
 Elevações de temperatura superiores àquelas a tensão e frequência
nominais (podem exceder em aproximadamente 10K os limites
especificados pela norma);

 Desempenhar sua função principal (assegurar o seu conjugado


nominal);
 Desvios em suas características de desempenho, à tensão e frequência
Zona “B”
nominais, superiores àqueles da zona A
 Elevações de temperatura superiores àquelas a tensão e frequência
nominais e superiores às da zona “A”;

WEG - Transformando Energia em Soluções Manual 2-6


TENSÕES NORMALMENTE UTILIZADAS EM FUÇÃO DO POTÊNCIA DO MOTOR

Não há um padrão mundial para escolha da tensão de alimentação.


Entre os principais fatores considerados, pode-se citar:

 Nível de tensão disponível no local;


 Limitações da rede de alimentação com referência à
corrente de partida;
 Distância entre a fonte de tensão (subestação) e a carga;
 Custo do investimento, entre baixa e alta tensão potências
entre 150 e 450kW.

WEG - Transformando Energia em Soluções Manual 3-6


TENSÕES USUAIS:

Baixa Tensão: 220, 380, 440, 660 V


Média Tensão: 2.300, 3.300, 4.160, 6.600, 13.800 V

WEG - Transformando Energia em Soluções Manual 4-6


LIGAÇÕES:

Estrela - Triângulo
- Segunda tensão 3 vezes maior que a primeira;
- Tensões: 220/380 V, 380/660 V, 440/760 V
- Cabos: 6 ( seis )
Série - Paralela
- Cada fase é dividida em 2 partes;
- Segunda tensão é o dobro da primeira;
- Tensões: 220/440 V e 230/460 V
- Cabos: 9 ( nove )
Tripla Tensão Nominal
- Tensões: 220/380/440/760 V
- Cabos: 12 ( doze )

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MÉTODOS DE PARTIDA:

1 DIRETA

2 ESTRELA - TRIÂNGULO

3 SÉRIE - PARALELA

4 CHAVE COMPENSADORA

5 ELETRÔNICA

6 POR RESISTOR

7 POR REATOR PRIMÁRIO

WEG - Transformando Energia em Soluções Manual 6-6


PARTIDA DIRETA
 IDEAL (Sempre que possível);

Nos casos em que a corrente de partida é elevada, podem ocorrer:

 Elevada queda de tensão no sistema de alimentação da rede;


 Imposição das concessionárias de energia elétrica, devido as implicações
de
variação na tensão da rede;
 Sistema de proteção dos motores (cabos, contatores) mais caro
(superdimencionado);

WEG - Transformando Energia em Soluções Partida 1-1


PARTIDA ESTRELA-TRIÂNGULO

Utilizada em aplicações cujas cargas tem conjugados baixos ou partidas a vazio


 O motor deve possuir 6 terminais;
 A corrente e o conjugado de partida ficam reduzidos a 33% ;
 Dupla tensão, sendo a segunda tensão 3 vezes a primeira.

Ex.:(220/380Volts)

Ip / In Cp / Cn
(a)
6
(a) Corrente em triângulo
5
(b) (b) Conjugado em triângulo
4
3 (c) (c) Corrente em estrela
2
(d) (d) Conjugado em estrela
1 (e)
(e) Conjugado resistente
0 20 40 60 80 100 % rpm

WEG - Transformando Energia em Soluções Partida 1-1


PARTIDA SÉRIE-PARALELA

 O motor deve possuir 9 terminais;


 Dupla tensão, sendo a segunda tensão 2 vezes a primeira. Ex.:(220/440Volts);
 Na partida o motor é ligado em série até atingir sua rotação nominal e, então,
faz-se a comutação para a configuração paralelo.

WEG - Transformando Energia em Soluções Partida 1-1


PARTIDA COM CHAVE COMPENSADORA

 Partida de motores sob carga;


 Reduz a corrente de partida, evitando sobrecarga no circuito;
 A tensão na chave compensadora é reduzida através de auto-transformador;
 Tap´s do auto-transformador: 50, 65 e 80% da tensão.

WEG - Transformando Energia em Soluções Partida 1-3


PARTIDA COM CHAVE COMPENSADORA

1.0 RELAÇÕES DE TENSÕES

0.8
K1 Fatores de redução K1 e K2 em
0.6
K2 função das relações de tensão
0.4
do motor e da rede Um / Un
0.2
0
0 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0
Um / Un

 Ip   Ip   Ip 
   K1.   0,8. 
Exemplo: Para 85% da  In  85%  In 100%  In 100%
tensão nominal
 C   C   C 
   K2.   0,66. 
 Cn  85%  Cn 100%  Cn 100%

WEG - Transformando Energia em Soluções Partida 2-3


PARTIDA COM CHAVE COMPENSADORA

EXEMPLO: Características de desempenho de um motor de 425 cv, VI pólos,


quando parte com 85% da tensão
Conjugado ( % ) do conj. nominal

Relação de corrente
200 6
5
4
100 3
2
1

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100%
Relação em porcentagem da rotação síncrona

WEG - Transformando Energia em Soluções Partida 3-3


PARTIDA ELETRÔNICA POR SOFT-STARTER

 Método de partida suave;

 Controle apenas da tensão


( 25 a 90% da tensão nominal );

 Tempo de aceleração
regulável entre 1 e 240 segundos.

WEG - Transformando Energia em Soluções Partida 1-1


PARTIDA COM RESISTOR PRIMÁRIO

 Resistores em série com cada uma das fases;


 Queda de tensão nos bornes do motor;
 Redução na corrente absorvida;
 Próximo da velocidade nominal o motor é ligado diretamente à rede;
 Melhora o fator de potência na partida;
 Maior perda de energia na partida, devido aos resistores;
 Método pouco utilizado.

WEG - Transformando Energia em Soluções Partida 1-1


PARTIDA COM REATOR PRIMÁRIO

 Reatância indutiva em série com cada uma das fases;


 Queda de tensão nos bornes do motor;
 Redução na corrente absorvida;
 Próximo da velocidade nominal o motor é ligado diretamente à rede;
 Fator de potência e torque máximo melhores do que com resistores;
 Perdas menores;
 Método utilizado apenas para partida de motores de grande potência e de
média tensão.

WEG - Transformando Energia em Soluções Partida 1-1


CURVA DE CONJUGADO X ROTAÇÃO: Cmáx s

Conjugado
Os valores de Cmáx, Cmín e Cp são Cp
especificados pela norma NBR 7094 Cmín
Cn

CATEGORIAS: Rotação nn ns

N - Conjugados normais, Corrente de partida normal,


Baixo escorregamento;
H - Conjugados altos, Corrente de partida normal,
Baixo escorregamento;
D - Conjugados altos (Cp  275% Cn), Corrente de partida normal,
Alto escorregamento ( 5 a 8% e 8 a 13% ).

WEG - Transformando Energia em Soluções Manual 1-6


CURVA DE CONJUGADO X ROTAÇÃO PARA AS CATEGORIAS “ N ”, “ H ” E “ D ”:

Conjugado (%)
300

275 Categoria D

200 Categoria H

150

100
Categoria N
50

10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Rotação (%)

Comparativo entre as normas NBR 7094 e EB 120 ( Baseada na norma NEMA )


NBR 7094 EB 120
A
N
B
H C
D D
E
****
F

WEG - Transformando Energia em Soluções Manual 2-6


MOMENTO DE INÉRCIA:

É a medida da resistência que um corpo oferece a uma mudança em seu


movimento de rotação.
O momento de inércia deve ser referido ao eixo do motor:
2
 nC 
J CE  J C .  [kgm 2 ] nM
 nM  CARGA
JC
MOTOR
MOMENTO DE IMPULSO: JM
nC
Momento de Inércia em
GD 2  4.J [kgm 2 ]
rotações diferentes

WEG - Transformando Energia em Soluções Manual 3-6


TEMPO DE ACELERAÇÃO:

Tempo que o motor leva para acionar a carga desde a rotação zero até a rotação
nominal. É dado pela seguinte equação:

 Jm  Jce 
t a  2  . n .   [s]
 Cmmed  Crmed 

onde: n - Rotação em [ rps ];


Jm - Momento de inércia do motor [ Kgm² ];
Jce - Momento de inércia da carga referido ao eixo do motor [ Kgm² ];
Cmmed - Conjugado motor médio em [ Nm ];
Crmed - Conjugado resistente médio em [ Nm ].

WEG - Transformando Energia em Soluções Manual 4-6


CORRENTE DE PARTIDA:

Valores máximos são especificados pela norma NBR 7094, em


forma de kVA / cv ou kVA / kW

kVA 3 . Ip .V

cv P ( cv ) . 1000

POTÊNCIA APARENTE C/ ROTOR BLOQUEADO ( Sp / Pn )

cv kW kVA / cv kVA / kW
> 0,54  8,6 > 0,4  6,3 9,6 13
> 8,6  34 > 6,3  25 8,8 12
> 34  140 > 25  100 8,1 11
> 140  860 > 100  630 7,4 10

WEG - Transformando Energia em Soluções Manual 5-6


A NORMA NEMA CLASSIFICA EM LETRA CÓDIGO:

CÓDIGO DE PARTIDA:
A 0 - 3,14 Ip InL. 0,736
kVA 9,0 -
9,99 
cv  . cos 
B 3,15 - 3,54 M 10,0 -
11,09
COD. kVA / cv COD. kVA / cv
C 3,55 - 3,99 N 11,2 -
12,49
D 4,0 - 4,49 P 12,5 -
13,99
E 4,5 - 4,99 R 14,0 -
15,99
F 5,0 - 5,59 S 16,0 -
17,99
G 5,6 - 6,29 T 18,0 -
19,99
H 6,3 - 7,09 U 20,0 -
22,39 Manual 6-6
WEG - Transformando Energia em Soluções
ROTAÇÃO SÍNCRONA E ROTAÇÃO NOMINAL :

120 . f 120 . f
ns  n( 1 s )
2p 2p

FORMAS DE VARIAÇÃO DA VELOCIDADE:

1 VARIANDO A FREQUÊNCIA

2 VARIANDO O NÚMERO DE PÓLOS

3 VARIANDO O ESCORREGAMENTO

WEG - Transformando Energia em Soluções Manual 1-3


VARIAÇÃO DA FREQUÊNCIA:

UTILIZAÇÃO DE INVERSORES
DE FREQUÊNCIA

Variação :
 6 a 30 Hz - Perda de ventilação;
30 a 60 Hz - Motores standard;
6 a 60 Hz - Depende da carga acionada.
 Acima de 60 Hz - Enfraquecimento de campo.

WEG - Transformando Energia em Soluções Manual 2-3


VARIAÇÃO DO NÚMERO DE PÓLOS:

 Utilização de motores DAHLANDER;

 Utilização de motores de ENROLAMENTOS INDEPENDENTES.

VARIAÇÃO DO ESCORREGAMENTO:

 Variação da resistência rotórica ( MOTORES DE ANÉIS );

 Variação da tensão no estator.

WEG - Transformando Energia em Soluções Manual 3-3


VIDA ÚTIL DO MOTOR:

 A vida útil do motor é função da isolação;


 Um aumento de 10 graus na temperatura, acima da suportável pelo isolante,
reduz a vida útil pela metade.

MEDIDA DA ELEVAÇÃO DE TEMPERATURA:

 Obtido através de Ensaio de Elevação de Temperatura

R2  R1
T  .(235  T1 )  T1  Ta  T2  Ta
R1

R1 - Resistência do enrolamento; R2 - Resistência do enrolamento;


T1 - Temperatura do enrolamento; T2 - Temperatura do enrolamento;
1 - antes do ensaio 2 - depois do ensaio
Ta - Temperatura do ambiente; T - Elevação de Temperatura.

WEG - Transformando Energia em Soluções Manual 1-11


COMPOSIÇÃO DA TEMPERATURA EM FUNÇÃO DA CLASSE DE ISOLAMENTO:

Classe de Isolamento - A E B F H

Temperatura Ambiente ºC 40 40 40 40 40

T = Elevação de Temperatura K 60 75 80 105 125


( método da resistência )

Diferença entre o ponto mais ºC 5 5 10 10 15


quente e a temperatura média

Total: Temperatura do ponto ºC 105 120 130 155 180


mais quente

WEG - Transformando Energia em Soluções Manual 2-11


TIPOS DE DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO TÉRMICA:

Protetores Térmicos: São do tipo bimetálico, com contato normalmente


fechado, instalado em motores monofásicos;

Termostatos: São do tipo bimetálico, com contato normalmente fechado;

Termistores: Material semi-condutor ( silício ), a resistência varia com o calor;


PTC - Alta resistência para alta temperatura.
NTC - Baixa resistência para alta temperatura.
RTD: Resistência calibrada;
(Pt - 100 Platina 100  a 0 ºC)

WEG - Transformando Energia em Soluções Manual 3-11


REGIMES DE SERVIÇO MAIS IMPORTANTES:

 Regime S1: Regime contínuo

tn

Carga

Perdas
Elétricas
 máx
Temperatura

Tempo

WEG - Transformando Energia em Soluções Manual 4-11


REGIMES DE SERVIÇO MAIS IMPORTANTES:

 Regime S2: Funcionamento a carga constante durante um período inferior ao


tempo necessário para atingir o equilíbrio térmico.

tn

Carga S2 60 min
Perdas S2 30 min
Elétricas
 máx
Temperatura

Tempo

WEG - Transformando Energia em Soluções Manual 5-11


REGIMES DE SERVIÇO MAIS IMPORTANTES:

 Regime S3: Sequência de ciclos idênticos, sendo um período a carga constante e


um período de repouso. O ciclo é tal que a corrente de partida não afeta
significativamente a elevação de temperatura.
Duração do ciclo
tn tr

Carga S3 25% ED
S3 40% ED
Perdas
Elétricas
 máx
Temperatura

Tempo

WEG - Transformando Energia em Soluções Manual 6-11


REGIMES DE SERVIÇO MAIS IMPORTANTES:

 Regime S4: Sequência de ciclos idênticos, sendo um período de partida, um


período a carga constante e um período de repouso. O calor gerado na partida é
suficientemente grande para afetar o ciclo seguinte.

Duração do ciclo

Carga td tn tr S4 40% ED
Perdas
Elétricas
 máx
Temperatura

Tempo

WEG - Transformando Energia em Soluções Manual 7-11


POTÊNCIA EQUIVALENTE PARA CARGAS DE “ PEQUENA INÉRCIA “:

P (cv)
P4
P2
Pn
P1
P3

t1 t2 t3 t4 tn t (s)

P12 .t1  .........  Pn2 .tn


Peq 
t1  .........  tn

WEG - Transformando Energia em Soluções Manual 8-11


RENDIMENTO:

Tolerâncias de Norma ( NBR 7094/1996 )

Tolerâncias no Rendimento (  )
Rendimento Tolerância
  0,851 -0,20 ( 1 -  )
 < 0,851 -0,15 ( 1 -  )

WEG - Transformando Energia em Soluções Manual 9-11


FATOR DE POTÊNCIA:

Conforme Portaria do DNAEE (1569 - 23 de dezembro de 1993)


 cos   0,92;
 medição hora-sazonal;
 Faturamento da energia reativa capacitiva excedente;

Correção: Utilização de Bancos de Capacitores

VELOCIDADE NOMINAL:

É a velocidade (rpm) do motor funcionando à potência nominal, sob tensão e


frequência nominais ( depende do escorregamento )

WEG - Transformando Energia em Soluções Manual 10-11


CORRENTE NOMINAL:

É a corrente que o motor absorve da rede quando funcionando à potência nominal,


sob tensão e frequência nominais.

FATOR DE SERVIÇO (FS):

É o fator que aplicado à potência nominal, indica a carga permissível que pode ser
aplicada continuamente ao motor, sob condições especificadas.

OBS.: Por norma, um motor trabalhando no fator de serviço, terá o limite de


temperatura da classe do isolante acrescido de até 10ºC.

WEG - Transformando Energia em Soluções Manual 11-11


SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO

Define a maneira pela qual é feita a troca de calor entre as partes aquecidas do
motor e o ar ambiente.
São classificados de acordo com a norma ABNT-NBR 5110 e/ou IEC-346.

1 REFRIGERAÇÃO AXIAL

2 REFRIGERAÇÃO MISTA

3 REFRIGERAÇÃO BILATERAL SIMÉTRICA

WEG - Transformando Energia em Soluções Manual


TOTALMENTE FECHADO - IC 0141

LINHA HGF LINHA STANDARD

ABERTO (AUTO-VENTILADO) - IC 01

LINHA AGA

WEG - Transformando Energia em Soluções Voltar 1-1


REFRIGERAÇÃO MISTA

1 TROCADOR DE CALOR AR-AR

2 ABERTO

3 TROCADOR DE CALOR AR-ÁGUA

4 POR DUTOS

WEG - Transformando Energia em Soluções Voltar


TOTALMENTE FECHADO - IC 0161

LINHAS MGF E MAF

VENTILAÇÃO INDEPENDENTE - IC 0666

LINHAS MGI E MAI

WEG - Transformando Energia em Soluções Mista 1-1


AUTO VENTILADO -IC 01

LINHAS MGA, MAA E AGA

VENTILAÇÃO INDEPENDENTE - IC 06

LINHAS MGV E MAV

WEG - Transformando Energia em Soluções Mista 1-1


FECHADO - ICW 37A81

LINHAS MGW, MAW

VENTILAÇÃO INDEPENDENTE -ICW 37A81

LINHAS MGL, MAL

WEG - Transformando Energia em Soluções Mista 1-1


AUTO VENTILADO - IC 33

LINHAS MGD, MAD

VENTILAÇÃO INDEPENDENTE - IC 33

LINHAS MGT, MAT

WEG - Transformando Energia em Soluções Mista 1-1


BILATERAL SIMÉTRICA

1 TROCADOR DE CALOR AR-AR

2 ABERTO

3 TROCADOR DE CALOR AR-ÁGUA

4 POR DUTOS

WEG - Transformando Energia em Soluções Voltar


TOTALMENTE FECHADO - IC 0161

LINHAS MGF E MAF

VENTILAÇÃO INDEPENDENTE - IC 0666

LINHAS MGI E MAI

WEG - Transformando Energia em Soluções Simétrica 1-1


AUTO VENTILADO -IC 01

LINHAS MGA, MAA E AGA

VENTILAÇÃO INDEPENDENTE - IC 06

LINHAS MGV E MAV

WEG - Transformando Energia em Soluções Simétrica 1-1


FECHADO - ICW 37A81

LINHAS MGW, MAW

VENTILAÇÃO INDEPENDENTE -ICW 37A81

LINHAS MGL, MAL

WEG - Transformando Energia em Soluções Simétrica 1-1


AUTO VENTILADO - IC 33

LINHAS MGD, MAD

VENTILAÇÃO INDEPENDENTE - IC 35

LINHAS MGT, MAT

WEG - Transformando Energia em Soluções Simétrica 1-1


CONDIÇÕES NORMAIS DE OPERAÇÃO:

De acordo com a norma NBR 7094:


 Altitude  1000 m;
 Temperatura  40 ºC;
 Atmosfera limpa

INFLUÊNCIA DA ALTITUDE:

A potência útil fornecida pelo motor reduz com o aumento da altitude.

AR + RAREFEITO

WEG - Transformando Energia em Soluções Manual 1-3


FATOR DE MULTIPLICAÇÃO DA POTÊNCIA ÚTIL EM FUNÇÃO DA
TEMPERATURA AMBIENTE ( T ) EM “ ºC ” E DA ALTITUDE (H ) EM “m” :

T/ H 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000


10 - - - - - - 1,05
15 - - - - - 1,05 0,99
20 - - - - 1,05 0,99 0,93
25 - - - 1,05 0,98 0,93 0,88
30 - - 1,04 0,97 0,92 0,87 0,82
35 - 1,02 0,96 0,91 0,86 0,81 0,77
40 1,00 0,94 0,89 0,85 0,80 0,76 0,72
45 0,92 0,87 0,83 0,78 0,74 0,70 0,67
50 0,85 0,80 0,76 0,72 0,68 0,65 0,62
55 0,77 0,74 0,70 0,66 0,63 0,60 0,57
60 0,71 0,67 0,64 0,60 0,57 0,55 0,52

WEG - Transformando Energia em Soluções Manual 2-3


GRAUS DE PROTEÇÃO

1º ALGARISMO ( indica o grau de proteção contra penetração de corpos sólidos e contato acidental)
0 Sem proteção
1 Corpos estranhos de dimensões acima de 50mm - Toque acidental com a mão
2 Corpos estranhos de dimensões acima de 12mm - Toque com os dedos
3 Corpos estranhos de dimensões acima de 2,5mm - Toque com os dedos
4 Corpos estranhos de dimensões acima de 1,0mm - Toque com ferramentas
5 Proteção contra acúmulo de poeiras prejudiciais ao motor - Completa contra toques
6 Totalmente protegido contra a poeira - Completa contra toques
2º ALGARISMO ( indica o grau de proteção contra penetração de água no interior do motor)
0 Sem proteção
1 Pingos de água na vertical
2 Pingos de água até a inclinação de 15° com a vertical
3 Água da chuva até a inclinação de 60° com a vertical
4 Respingos em todas as direções
5 Jatos d’água de todas as direções
6 Água de vagalhões
7 Imersão temporária
8 Imersão permanente

A letra (W) entre as letras IP e os algarismos, indica que o motor é protegido contra intempéries

WEG - Transformando Energia em Soluções Manual 3-3


ATMOSFERA EXPLOSIVA:

Uma atmosfera é explosiva quando a proporção de gás, vapor ou pó na


atmosfera é tal que uma faísca proveniente de um circuito elétrico ou o
aquecimento de um aparelho pode provocar uma explosão

CONDIÇÕES PARA OCORRÊNCIA DA EXPLOSÃO:

SUBSTÂNCIAS INFLAMÁVEIS
(Gás, vapor, poeira, fibras)

AR FONTE DE IGNIÇÃO
(Oxigênio) (Faísca, temperatura superficial excessiva)

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CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS DE RISCO - IEC/ ABNT/ CENELEC

ZONA DESCRIÇÃO
0 Presença permanente da atmosfera
1 Presença frequente da atmosfera
2 Presença rara da atmosfera
10 Presença permanente da atmosfera (pó e fibra)
11 Presença ocasional da atmosfera (pó e fibra)

GRUPO DESCRIÇÃO
I Gases de minas - Grisú
II A Propano, benzeno, acetona
II B Etileno, éter dietílico
II C Hidrogênio, acetileno

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DIVISÃO DESCRIÇÃO

CLASSIFICAÇÃO ÁREAS DE RISCO - NEC


1 Presença permanente da atmosfera
2 Presença acidental da atmosfera

CLASSE DESCRIÇÃO
I Presença de gases e vapores inflamáveis
II Presença de poeiras inflamáveis
III Presença de fibras inflamáveis

GRUPO DESCRIÇÃO
GASES: MINAS Grisú
A Acetileno
B Butadieno, hidrogênio
C Etileno, ciclopropano
D Propano, butano
E Pó de alumínio, magnésio (alta condutividade)
F Pó de carbono, coque (leve condutividade)
G Grãos e cereais (não condutivo)

WEG - Transformando Energia em Soluções Manual 3-6


IEC NEC
Classe Temp. máx. Classe Temp. máx.

CLASSES DE TEMPERATURA - NEC / IEC


T1 450 °C T1 450 °C
T2 300 °C T2 300 °C
T2A 280 °C
T2B 260 °C
T2C 230 °C
T2D 215 °C
T3 200 °C T3 200 °C
T3A 180 °C
T3B 165 °C
T3C 160 °C
T4 135 °C T4 135 °C
T4A 120 °C
T5 100 °C T5 100 °C
T6 85 °C T6 85 °C

WEG - Transformando Energia em Soluções Manual 4-6


COMPARATIVO ENTRE ABNT/IEC E NEC/API

Normas Ocorrência de mistura inflável


contínua condição normal condição anormal
IEC Zona 0 Zona 1 Zona 2
NEC/API Divisão 1 Divisão 2

Gases Grupo de Grupo de Grupo de Grupo de


Normas Acetileno Hidrogênio Eteno Propano
IEC Gr II C Gr II C Gr II B Gr II A
NEC/API Classe I Classe I Classe I Classe I
Gr A Gr B Gr C Gr D

WEG - Transformando Energia em Soluções Manual 5-6


Tipo de Simbologia Definição Área de
Proteção IEC/ABNT Aplicação

EQUIPAMENTOS PARA ÁREA DE RISCO


A prova de Ex (d) Suportam explosão interna sem Zonas
explosão permitir que se propague para 1e2
o meio externo.
Segurança Ex (e) Em condições normais de Zonas
aumentada operação não produzem arco, 1e2
centelha ou alta temperatura.
Não Ex (n) Em condições normais de Zona
acendível operação não possuem energia 2
suficiente para inflamar a
atmosfera explosiva

WEG - Transformando Energia em Soluções Manual 6-6


DIMENSÕES:

Número da Carcaça ABNT


Distância do centro da ponta de eixo à base do pé do motor

NORMAS:

ABNT, IEC - Dimensões em mm;


NEMA - Dimensões em polegadas.

WEG - Transformando Energia em Soluções Manual 1-6


FORMAS CONSTRUTIVAS NORMALIZADAS:

 Com ou sem pés;


 Com ou sem flanges;
 Tipos de flanges:
- FF ( ou FA )
- FC
- FC DIN
 Vertical ou Horizontal.

WEG - Transformando Energia em Soluções Manual 2-6


ESFORÇOS AXIAIS E RADIAIS:

 Quando utiliza-se polias - deve-se observar os seguintes pontos:


- Diâmetro mínimo da polia motora;
- Diâmetro da polia movida;
- Largura da polia movida;
- Utilizar gráficos de esforços para selecionar/verificar o
tipo de rolamento;

WEG - Transformando Energia em Soluções Manual 3-6


PLANOS DE PINTURA:

A WEG apresenta planos de pintura para cada aplicação:

PLANO USO RECOMENDADO


201 Ambientes não agressivos;
202 Ambientes industriais agressivos abrigados;
203 Ambientes de baixa agressividade;
204 Ambientes industrias marítimos desabrigados;
205 Ambientes industriais agressivos desabrigados;
206 Ambientes industriais marítimos abrigados;
207 Ambientes não agressivos.

WEG - Transformando Energia em Soluções Manual 4-6


BALANCEAMENTO:

Conforme NBR 8008, balanceamento é o processo que procura melhorar a


distribuição de massa de um corpo, de modo que este gire em seus mancais sem
forças de desbalanceamento

NORMAL Máquinas sem requisitos especiais, tais como:


Máquinas gráficas, laminadores, britadores, bombas, etc.

REDUZIDO Máquinas de precisão para trabalho sem vibração, tais como:


Máquinas a serem instaladas sobre fundamento isolado a
prova de vibração, mandriladora e fresadoras de precisão.

ESPECIAL Máquinas para trabalho de alta precisão, tais como: retíficas,


balanceadoras, mandriladora de coordenadas, etc.

WEG - Transformando Energia em Soluções Manual 5-6


ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO:

Quanto aos elementos de transmissão, tais como, polias, acoplamentos, etc.:


 Balanceados dinamicamente antes de serem instalados;
 Perfeitamente alinhados entre si;
 A tensão na correia deverá ser suficiente para evitar o escorregamento;
 Observar o diâmetro mínimo das polias.
CORRETO

INCORRETO

WEG - Transformando Energia em Soluções Manual 6-6


ENSAIOS DE ROTINA: ENSAIOS ESPECIAIS
 Ensaio de resistência elétrica, a frio;  Ensaio com rotor bloqueado;
 Ensaio em vazio;  Ensaio de partida;
 Ensaio com rotor bloqueado;  Ensaio de sobrevelocidade;
 Ensaio de tensão secundária para motores  Ensaio de nível de ruído;
com rotor enrolado;  Ensaio de tensão no eixo;
 Ensaio de tensão suportável.  Ensaio de vibração.

ENSAIOS DE TIPO:

 Todos os ensaios de rotina;


 Ensaio de elevação de temperatura;
 Ensaio de resistência elétrica, a quente;
 Ensaios relativos a potência fornecida;
 Ensaio de conjugado máximo em tensão nominal ou reduzida;

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SALA DE POTÊNCIA - LAB. ALTA TENSÃO

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