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Plano de ação Emergêncial

ABNT NBR 15219/2020


a norma mãe para elaboração
• A ABNT NBR 15219/2020 é a diretriz
nacional que determina o conteúdo mínimo
para elaboração do Plano de Ação
Emergencial
Quem pode desenvolver o Plano de
Resposta a emergências?
• O desenvolvimento de plano de resposta a emergências químicas
envolve a equipe multidisciplinar, especialistas em segurança,
profissionais de saúde, gestores de produtos químicos e pessoal de
operações. A colaboração entre essas partes é essencial para criar um
plano abrangente e eficaz
Por que são necessários Plano de Resposta
à emergências químicas?
• Emergências químicas podem ocorrer a qualquer momento e em
qualquer lugar. Desde acidentes em instalações industriais até
vazamentos em transporte de produtos químicos, essas situações
podem ter consequências graves, incluindo:
• Riscos à saúde humana: a exposição a produtos químicos perigosos
pode resultar em lesões, doenças e até mesmo mortes.
• Danos ambientais: vazamentos de produtos químicos podem
contaminar solos, corpos d’água e afetar a biodiversidade
• Impacto econômico: emergências químicas podem resultar em perdas
financeiras significativas para as empresas e comunidades afetadas.
• Reputação prejudicada: empresas que não estão preparadas para
responder a emergências químicas podem sofrer danos à sua imagem e
reputação
• Desenvolver plano de resposta bem elaborados ajuda a minimizar
esses riscos, garantindo que todos os envolvidos saibam o que fazer
em caso de emergência. Agora, vamos explorar os componentes
essenciais de um plano de resposta a emergências químicas
Como elaborar um plano de ação à
emergências químicas?
• Um plano de ação de emergência é uma ferramenta fundamental para
lidar com incidentes químicos. Ele é projetado para garantir que todos
os envolvidos saibam como agir em caso de uma emergência e
minimizar os impactos adversos. Aqui estão as etapas essenciais para
elaborar um plano de ação de emergência:
1. Identificação de riscos

• O primeiro passo é identificar os riscos químicos associados às


substâncias presentes na área de trabalho. Isso envolve a avaliação dos
produtos químicos utilizados, seus riscos potenciais e suas condições
de armazenamento
2. Definição de responsabilidades

• Um plano de ação eficaz deve atribuir responsabilidades específicas a


cada membro da equipe de resposta a emergências. Isso inclui
designar um coordenador de resposta, equipes de evacuação e
primeiros socorros, e especialistas em produtos químicos.
3. Desenvolvimento de procedimentos

• Desenvolva procedimentos claros e detalhados para lidar com


diferentes cenários de emergência. Isso deve incluir ações específicas
a serem tomadas, como evacuação, contenção de vazamentos e
administração de primeiros socorros
4. Treinamento e simulações

• Certifique-se de que toda a equipe esteja devidamente treinada e


realize simulações regulares de emergências. Isso ajudará a garantir
que todos estejam preparados para agir adequadamente em situações
reais.
5. Comunicação

• Uma parte crucial do plano de ação de emergência é estabelecer canais


de comunicação claros. Isso inclui comunicação interna entre a equipe
de resposta e externa com autoridades, agências reguladoras e o
público em geral.
6. Revisão e atualização

• Os planos de ação de emergência não são documentos estáticos. Eles


devem ser revisados regularmente para refletir as mudanças nas
operações, produtos químicos e regulamentos
• Equipes envolvidas na elaboração do plano de resposta de
emergências químicas:
Equipe de segurança

• A equipe de segurança é responsável por identificar os riscos químicos


e garantir que as medidas adequadas estejam em vigor. Eles
desempenham um papel fundamental na identificação de perigos e na
determinação das precauções necessárias.
Profissionais de saúde

• Os profissionais de saúde, como médicos e enfermeiros, são cruciais


para fornecer orientações sobre primeiros socorros e tratamento
médico em caso de exposição a produtos químicos perigosos.
Gerentes de produtos químicos

• A equipe de gerenciamento de produtos químicos deve fornecer


informações detalhadas sobre os produtos químicos utilizados na
instalação, incluindo suas propriedades, riscos e medidas de segurança
recomendadas
Pessoal de operações

• Os operadores e funcionários que trabalham diretamente com produtos


químicos devem estar envolvidos no desenvolvimento do plano de
resposta a emergências. Eles têm um conhecimento prático valioso
sobre as operações diárias.
Equipe de comunicação

• A equipe de comunicação é responsável por coordenar a divulgação de


informações durante uma emergência. Isso inclui comunicar-se com a
equipe interna, autoridades reguladoras, agências de resposta a
emergências e o público
E1. Descrição da planta

• E1.1 Planta
• Nesta seção você deve identificar o tipo de planta
• E.1.2 Localização
• Indicar o tipo de localização (área urbana ou rural), endereço,
características da vizinhança, tempo de resposta médio dos
serviços públicos de atendimento de emergências até a
unidade e meio de ajuda externa (hospitais, polícia, órgãos de
trânsito, PAM RINEM)
• E.1.3 Construção
• Indicar o tipo de construção, acabamento e revestimento, por
exemplo, de alvenaria, concreto, metálico, madeira, parede
construída em argamassa (drywall)
• E.1.4 Dimensões
• Indicar a área total construída de cada uma das edificações,
altura de cada edificação, número de pavimentos, se há
subsolos, garagens e outros detalhes, por exemplo,
compartimentação vertical e/ou horizontal
• E.1.5 Ocupação
• Indicar o tipo de ocupação de acordo com o ANEXO A da
NBR 15219
• E.1.6 População
• Indicar as populações fixas e flutuantes, e suas características
(idosos, crianças).
• E.1.7 Características de funcionamento
• Indicar os horários e turnos de trabalho e os dias e horários
fora do expediente de funcionamento
• E.1.8 Pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida
• Indicar o número de pessoas com deficiência ou mobilidade
reduzida e seu local de trabalho, bem como os meios para
facilitar o abandono
• E.1.9 Riscos específicos inerentes à ocupação
• Detalhar todos os riscos existentes
• E.1.10 Recursos humanos
• Indicar o número de integrantes da equipe de emergência
(brigada de emergências, bombeiro civil, grupos(s) de apoio a
equipe de emergência) e seu local de trabalho, bem como
corpo de bombeiros e outros meios de atendimento externo
• E.1.11 Recursos materiais
• Indicar sistemas e equipamentos existentes (extintores de
incêndio portáteis, sistema de hidrantes, iluminação de
emergência, escada para acesso à saída de emergência, portas
corta fogo, saídas de emergências, chuveiros automáticos,
sistemas de detecção e alarme de incêndio, sistema
motogerador de incêndio etc)
• E.1.12 Rotas de fuga
• Indicar as rotas de fuga e os pontos de encontro, mantendo-os
sinalizados e desobstruídos.
E.2 Procedimentos básicos de emergência
• Os procedimentos descritos em E.2.1 a E.2.10 estão
relacionados em uma ordem lógica e serão executados
conforme a disponibilidade do pessoal e com prioridade para
o atendimento a vítimas.
• E.2.1 Alerta
• Deve ser contemplado como será acionado o alerta em caso
de incêndio (por exemplo, por meio de alarme telefone ou
outro meio) e como os membros da brigada e a população em
geral serão avisados sobre o alerta
• E.2.2 Análise da situação
• Será identificado quem irá realizar a análise da situação, qual
a responsabilidade desta pessoa, quem ele irá informar caso
seja confirmada a emergência e demais providências
necessárias
• E.2.3 Atendimento externo

• Havendo a necessidade do acionamento de serviços públicos ou


privados de atendimento de emergência, assim uma pessoa da equipe
de emergência da planta deve solicitar o serviço. Portanto, é necessário
estar claro que esta pessoa precisa fornecer pelo menos as seguintes
informações:
• a) Nome e número do telefone utilizado;
• b) Endereço da planta (completo);
• c) Pontos de referência;
• d) Características da emergência;
• e) Quantidade e estado das eventuais vítimas.
• Uma pessoa, preferencialmente um brigadista, vai orientar o
corpo de bombeiros ou o meio de ajuda externa, quanto a sua
chegada, sobre condições e acessos, bem como apresentá-los
ao coordenador de emergências da planta
• E.2.4 Emergências médicas
• Indicar as pessoas qualificadas para prestar os primeiros
socorros e os meios e procedimentos a serem utilizados no
atendimento às eventuais vítimas.
• E.2.5 Eliminação de riscos
• Indicar a pessoa responsável pelo corte de energia (parcial ou
total) e pelo fechamento das válvulas das tubulações, se
necessários
• E.2.6 Abandono de área
• Indicar os procedimentos ao passo que seja necessário
abandonar o prédio e as pessoas responsáveis por este
processo
• E.2.7 Isolamento da área para evitar a exposição de pessoas
• Indicar os procedimentos para isolar fisicamente as áreas afetadas com
barreiras (cerca, telas etc), de forma a garantir os trabalhos de
emergência e assim evitar que pessoas não autorizadas adentrem ao
local, e assim indicar as pessoas responsáveis por este processo
• E.2.8 Isolamento de área para evitar a propagação do
incêndio
• Indicar os procedimentos para isolar o incêndio, assim
impedindo a propagação para outras edificações. Devem ser
indicadas as pessoas responsáveis por este processo
• E.2.9 Confinamento do incêndio
• Indicar os procedimentos para evitar a propagação do
incêndio no interior da edificação afetada e suas
consequências, sendo assim, devem ser indicadas as pessoas
responsáveis por este processo
• E.2.10 Combate ao Incêndio
• Indicar quem da equipe da brigada e/ou bombeiros irá
combater o incêndio e os meios e procedimentos a serem
utilizados no combate
• E.2.11 Investigação
• Após o controle total da emergência e a volta à normalidade, o
coordenador de emergência deve indicar o processo de investigação e
assim elaborar um relatório, por escrito, sobre a ocorrência e as ações
de controle, para as devidas providências e/ou investigação
• E.3 Responsabilidade pelo plano
• O responsável pela implementação do plano de emergência
da planta e o responsável pela elaboração do plano
emergencial (profissional habilitado) assinarão o plano.

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