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IMPERIALISMO NA ÁSIA

E NA ÁFRICA
Imperialismo: dominação na África e na Ásia (século XIX)

História – 9º ANO – Ensino Fundamental 2


Professor Breno
Objetivo da aula

Apresentar o contexto social, político e econômico que favoreceu o


processo de colonização da África e da Ásia, entre os séculos XIX e
XX, caracterizando o imperialismo europeu sobre esses continentes.
O contexto do imperialismo

Segunda Revolução Industrial (1850): novas tecnologias, como o dínamo, a energia


elétrica, o telégrafo, motores por combustão (automóveis); novos modos de produção
(fordismo, taylorismo).
Aumento populacional: como consequência das inovações tecnológicas aplicadas à
indústria, aumentando as ofertas de emprego, os grandes polos produtivos da Europa
e da América do Norte experimentaram uma explosão demográfica.
Concentração de capitais: com o objetivo de controlar o máximo dos processos
produtivos, combatendo a concorrência, grandes empresas realizavam compras ou
fusões de empresas menores, dando origem às holdings, aos trustes e aos cartéis.
A Partilha da África (séc. XIX)

Contexto e antecedentes:
• Acirramento da concorrência econômica entre as potências europeias
(França, Inglaterra);
• Unificação da Itália e da Alemanha (1870): ingresso na “corrida
imperialista”;
• Necessidade de mercados consumidores, matérias- -primas e mão
de obra baratas;
• Teoriase justificativas ideológicas (eugenia, darwinismo social,
branqueamento, missão civilizatória).
Conferência de Berlim (1885)

A fim de arrefecer os ânimos da corrida imperialista, as potências europeias


reuniram-se na Conferência de Berlim, em fevereiro de 1885, para estabelecer
regras de ocupação do continente africano. Na conferência, entre outras
medidas, ficaram estabelecidos:
• Livre navegação e comércio na bacia do Congo;
• Direito de uma nação europeia de ocupar um território africano mediante
comunicação às demais nações;
• Reconhecimento do Estado Livre do Congo como propriedade de Leopoldo II
da Bélgica;
• Direitos especiais aos missionários europeus em território africano.
A partilha da África

Quais problemas as fronteiras


Bélgica artificiais acarretaram para os
Itália povos africanos em seus
domínios territoriais?
Inglaterra
Portugal
França
Espanha
Alemanha

Países independentes

Atual mapa da África com as antigas fronteiras coloniais.


Eric Gaba (CC BY-SA 3.0). Wikimedia Commons. Disponível em:
<https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Colonial_Africa_1913_map.svg>. Acesso em: 28 jan. 2021.
Atrocidades no Congo Belga

Referem-se a uma série de atrocidades documentadas perpetradas no período


de 1885 a 1908, no Estado Livre do Congo (atual República Democrática do
Congo), que, na época, era uma colônia sob o domínio pessoal do rei Leopoldo II
da Bélgica. Essas atrocidades foram particularmente associadas com as políticas
laborais usadas para coletar borracha natural para exportação, envolvendo
mutilações e fuzilamentos.
Juntamente com as enfermidades epidêmicas, a fome e a queda na taxa de
natalidade causada por essas disrupções, as atrocidades contribuíram para um
declínio acentuado na população congolesa, estimado em cerca de 15 milhões
de pessoas.

Fonte: Atrocidades no Estado Livre do Congo. Wikipédia (Adaptado). Disponível em:


<https://pt.wikipedia.org/wiki/Atrocidades_no_Estado_Livre_do_Congo>. Acesso em: 28 jan. 2021.
Missão “civilizatória”?

Vítimas das atrocidades dos belgas no Congo.

Alice Harris, Daniel Danielson et al. Domínio público.


Wikimedia Commons. Disponível em:
<https://commons.wikimedia.org/wiki/File:MutilatedChildrenFromCongo.jpg>.
Wikimedia Commons. Domínio público. Disponível em:
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Victim_of_Congo_atrocities,_Congo,_ca._
1890-1910_(IMP-CSCNWW33-OS10-19).jpg>. Acessos em: 28 jan. 2021.
Neocolonialismo na Ásia – Índia

Cobiçada pelas potências europeias desde as Grandes Navegações, a Índia começou a


sofrer interferências da Coroa Britânica durante o século XVII. Seja por meio de
conflitos ou de alianças com marajás e nababos (príncipes e governantes), os ingleses
foram ocupando áreas na Índia, até transformarem boa parte do território hindu em
um protetorado britânico. Uma das estratégias para tornar a Índia um mercado
consumidor de tecidos ingleses foi taxar a produção local, forçando a alta dos preços
dos tecidos indianos.
Outro ponto de interesse dos ingleses sobre a Índia era a produção de algodão,
transformando o país em fornecedor de matérias-primas e em consumidor de
manufaturados. A soma desses fatores levou à falência de diversas empresas
indianas e à queda na produção de alimentos, gerando desemprego e fome, que, na
segunda metade do século XIX, ceifou a vida de 15 milhões de indianos.
Neocolonialismo na Ásia – China

A China, produtora de seda, porcelana e chá (os britânicos compraram 12.700


toneladas em 1720 e 360 mil toneladas em 1830; itens que alcançavam bons
preços no mercado europeu), não mostrava interesse nos produtos europeus.
Apenas um produto, em particular, parecia “despertar o interesse” dos chineses:
o ópio, uma substância entorpecente, altamente viciante, extraída da papoula e
que causa dependência química em seus usuários.
Os comerciantes britânicos traficavam-no ilegalmente para a China, auferindo
grandes lucros e aumentando o volume do comércio em geral. O governo de
Pequim resolveu proibir o tráfico de ópio, o que levou a Coroa Britânica a lançar
mão de sua força militar.

Fonte: Guerras do ópio. Wikipédia (Adaptado). Disponível em:


<https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerras_do_%C3%B3pio>. Acesso em: 28 jan. 2021.
Analise as imagens e responda:

O que as charges indicam a


respeito do olhar das potências
europeias sobre os continentes
africano e asiático?

Charge francesa, Jacques Henri Meyer,


L’Illustration, 1885. Le Petit Journal, 1898.

Draner. Domínio público. Journal L'Illustration. Wikimedia Commons. Disponível em:


<https://commons.wikimedia.org/wiki/File:IMGCDB82_-_Caricatura_sobre_conferencia_de_Berl%C3%ADn,_1885.jpg>.
Henri Meyer. Domínio público. Biblioteca Nacional da França. Wikimedia Commons. Disponível em:
<https://commons.wikimedia.org/wiki/File:China_imperialism_cartoon.jpg>. Acessos em: 28 jan. 2021.

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