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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO ESTATAL E FUNÇÃO PÚBLICA


INSTITUTO DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E AUTÁRQUICA DE
LICHINGA

O NOVO PACOTE LEGISLATIVO DA


DESCENTRALIZAÇÃO
Apresentado Por: Guilherme Filipe Gabriel..

Setembro de 2021
Estrutura da apresentação

 Contextualização;

 Evolucao do processo de descentralizacao;

 Nocao da descentralizacao;

 Objectivos da descentralizacao;

 Desconcentração;

 Revisao da CRM de 2004 em 2018;

 Orgaos de governacao descentralizada provincial;

 Limites de descentralizacao;

 Leis aprovadas;

 Decretos aprovados;

 Desafios
2
Cont.
Competencia do Governador de Provincia;
Competencia do Conselho Executivo Provincial;
Competencia da Assembleia Provincial;
 demissao do Governador de Provincia pelo Presidente
da Republica;
Demissao do Governador de provincia pela Assembleia
provincial;
Comissao Administrativa;
Tutela do Estado;

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Cont.
Tutela do Estado sobre os orgaos de governacao
descentralizada e autarquias locais;
Orgao de representacacao do Estado na provincia;
Conselho dos Servicos Provinciais de representacao do
Estado;
Titular dos novos orgaos;
Analises comparativas;
Articulacao e coordenacao;
Principais desafios.

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Contextualização
Em 1990 houve a revisão da CRPM
de 1975. Cria-se o Estado de Direito
e Pluralismo politico. Abre-se
espaço de assinatura do acordo
Geral de Paz em Roma que
culminou com eleições gerais e
multipartidárias em Moçambique
em 1994.
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Cont.
Em 1991 inicia a Reforma na
Administração Pública e houve a
primeira tentativa da
descentralização, foram criados
Distritos Municipais com sua
autonomia. Mas foi considerada
inconstitucional porque a CRM não
previa a criação desses Distritos
Municipais.
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Cont.
Em 1996 Assembleia da Republica
aprova o poder local e o pacote
Autárquico e em 1998 houve as
primeiras eleições Autárquicas fruto
da Descentralização e implantadas
as primeiras Autarquias em
Moçambique.
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Cont.
Em 2004, houve a revisão pontual
da CRM de 1990 e mantida o poder
local, em 2006 a Gestão de
Recursos Humanos foi
desconcentrada e delegada aos
Governadores Províncias, fruto da
desconcentração.
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Em 2008 houve as segundas
eleições Autárquicas e implantadas
as Autarquias segunda geração. Em
2013 houve terceiras eleições
Autarquias e implantadas as
Autarquias da terceira geração.

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Evolução do Processo de descentralização.
Primeiro, houve a oportunidade da
continuidade da Reforma da
Administração do Estado.
Aprofundamento da Democracia
participativa.
Houve dialogo do Presidente da
Republica com o líder da oposição, que
culminou com acomodação da Revisão
da CRM de 2004.
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Noção de Descentralização
MACIE: 2013. Descentralizar é afastar do centro distribuir,
segundo a lei, por varias pessoas colectivas publicas, criadas
ou não pelo Estado as atribuições da Administração
Pública.
Descentralização consiste em confiar a função
Administrativa não somente ao Estado, como também, as
outras pessoas colectivas do tipo população e território,
nomeadamente , os órgãos de Governação Descentralizada,
Autarquias Locais.

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Objectivos da descentralização
Organizar a participação do cidadão na solução dos
problemas próprios;
Promover o desenvolvimento local;

Aprofundar e consolidar a democracia no quadro da


unidade do Estado moçambicano. (art. 267° da CRM,
conjugado com o art. 4° da Lei 4/2019 de 31 de Maio.

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Desconcentração
Descongestionamento interno de competência
que se opera dentro de uma pessoa colectiva
pública, na desconcentração, o poder decisório se
reparte entre o chefe máximo e os seus agentes
subalternos, sem contudo comprometer os poderes
de direcção e supervisão que cabe ao superior
hierárquico.

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Cont.
Consiste na determinação transferência originaria
delegação de poderes dos órgãos superiores
hierarquia da Administração Pública para os
órgãos inferiores do Estado ou para os funcionários
ou agentes subordinados.

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Revisão CRM de 2004 em 2018
-Criação de órgãos de governação descentralizada
provincial, a partir de 2020 e Distrital apos a realização
das eleições em 2024.
- Os Governos Provinciais e Distritais deixam de existir
no nosso ordenamento juridicos e é criado o Conselho
Executivo Provinvial (CEP) e doravante o Conselho
Executivo Distrital, respectivamente entidades
descentralizadas, todando-os de poder Regulamantar
proprio.

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- O Governador de Provincia e o Administrador do
Distrito serao eleitos atraves de uma lista de partido
politico, coligacao de partidos ou grupos de cidadaos
eleitos e não por candidaturas unipessoais.
- São introduzidas figuras de Secretario de Estado na
Provincia e Representante do estado no Distrito;
- Criacao da Assembleia Distrital, restruturacao e
aprimoramento do funcionamento das actuais da
Assembleia Provincial, dotando-as de poder
Regulamentar proprio.
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-Atribuição a Assembleia Pronvicial e ao Presidente da
Republica, de poderes de dimitir o Governador de
Provincia e Administrador do Distrito e consequente
dissolucao dos respectivos Conselhos Executivos, nos
termos da lei;
- Criacao de uma comissao administrativas para
asseguarr o funcionamento dos orgaos enquento se
aguarda por realizacao de novas eleicoes ou finde o
periodo remanencente do mandato, no caso de um
periodo inferior à 12 meses.

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- Extensão da tutela do Estado aos órgãos de
Governação Descentralizada Provincial e Distrital;
- Os órgãos de Governação Descentralizada Provincial e
Distrital gozam de autonomia administrativa,
financeira e patrimonial, nos termos da lei.

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ÒRGÃOS DA GOVERNAÇÃO DESCENTRALIZADA
PROVINCIAL
LEI 4/2019, DE 31 DE MAIO
Órgãos Executivo:
1. Governador de província e
2. Conselho Executivo Provincial.

Órgãos de representação democrática, com poderes


deliberativos e fiscalizador:
1. A Assembleia Provincial.

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Limites da Descentralização art. 17 da lei 4/2019 de 31
de Maio, conjugado com art. 270 da CRM
São limites da descentralização, as matérias da exclusiva
competência dos órgãos centrais do Estado, nomeadamente:
 Funções de soberania;

Definição de politicas nacionais;

Normação de matérias de âmbito da lei;

defesa nacional; segurança e ordem publicas; fiscalização das

fronteiras;
realização da política unitária do Estado;

representação do Estado a nível provincial e distrital;

19-03-24
definição e organização do território; 20
Cont.
defesa nacional; segurança e ordem publicas;

fiscalização das fronteiras; emissão de moeda;


relações diplomáticas;
recursos minerais e energia;

 recursos naturais situados no solo e no subsolo,

nas águas interiores, no mar territorial, zona


contigua ao mar territorial, na plataforma
continental e na zona económica exclusiva;
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Competência do Governador de Província.
Art. 45 da lei 4/2019 de 31 de Maio.
- Competente ao Governador de Província:
a)Dirigir o Conselho Executivo Provincial;
b)Nomear e Conferir posse ao Directores Provinciais;
c) Supervisionar os serviços da Governação
Descentralizada da Província;
d)Orientar a preparação e elaboração das propostas do
plano económico e social, o orçamento anual da
Governação Provincial e o respectivo balanco de
execução; e mais….

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Competências do Conselho Executivo
Provincial, art. 49 da lei 4/2019 de 31 de
Maio.
Competente ao Conselho Executivo Provincial:
a)Executar as decisões do Governador de Província;
b)Executar as actividades e Programas económicos, culturais
e socias de interesse Provincial aprovados pela Assembleia
Provincial e enquadrados na lei.
c) Elaborar a proposta do Programa do plano e do
Orçamento Provincial, bem como supervisionar a sua
execução;
d)Apresentar o relatório balanco, observando as
deliberações e decisões emanadas pela Assembleia
Provincial, bem como as do Governo Central; e mais…. 23
19-03-24
Competências da Assembleia Provincial. Art.
11° da Lei 6/2019 de 31 de Maio.
Compete à Assembleia Provincial, em geral:
- Aprovar o programa e orçamento anual do Conselho
Executivo Provincial e fiscalizar o seu cumprimento;
- Pronunciar-se e deliberar, no quadro das atribuições
de Governação Descentralizada Provincial, sobre os
assuntos e as questões de interesse o desenvolvimento
económico, social e Cultural da Província visando a
satisfação das necessidades colectivas e a prossecução
dos interesses das respectivas populações; e mais…

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Demissão do governador de província pelo
Presidente da Republica art. 40 da lei
4/2019, conjugado com art. 273 da CRM
1. O Presidente da Republica pode, ouvido o Conselho
do Estado, demitir o Governador de Província nos
seguintes casos:
a)Violação da Constituicao da Republica;
b)Pratica de actos atentatórios a unidade nacional, nos
termos da Constituicao da República;
c) Comprovada violacao das regras orcamentais e da
gestao financeira;
d)Condenacao com a pena de prisao superior a dois anos
transitada em julgado;
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Cont.
e) Verificação em momento posterior ao da eleição, por
inspeção, inquérito, sindicância, auditoria ou
qualquer meio judicial, da pratica por ação ou
omissão de ilegalidade graves em mandato
imediatamente anterior.
3. O despacho de demissão exarado pelo Presidente da
Republica é sujeito de apreciação e deliberação pelo
Conselho Constitucional, nos termos da lei.
4. O processo de apreciação e deliberação do despacho
do Presidente da Republica é de caracter obrigatório.
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Demissão do Governador de Província pela
Assembleia Provincial, art. 41 da lei 4/2019
de 31 de Maio
1. A Assembleia provincial pode demitir o Governador
de Província, nos seguintes casos:
a)A responsabilidade na prossecução das atribuições da
governação descentralizada provincial.
b)Não submissão a aprovação pela Assembleia Provincial
do programa e orcamento anual de governacao
descentralizada;
c) Condenacao com a pena de prisao maior transitada em
julgado;

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Cont.
d) Situacao de incompatibilidade superveniente não
declarada e não sanada no prazo de 15 dias, apos a tomada
de posse;
e) Não respeite os limites orcamentais fixados pela resptiva
Assembleia Provincial para a realizada da despesa, nos
termos da presente lei;
f) Não respeite os limites definidos pela respetiva
Assembleia Provincial para a contratacao de emprestmos,
nos termos da lei;
g) Falte a sessao da Assemb;leia Provincial para a qual tenha
sido convocado, sem que tenha aprsentado justificacao;

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Cont.
h) Inscrição ou assunção de funcoes em partido
politico, coligação de partidos politicos ou grupo de
cidadaos eleitores proponentes diferente daquele pelo
qual foi eleito.
2. a deliberacao de Assembleia Provincial que decide
pela demissao do governador de provincia é aprovada
pela maioria de dois tercos, devendo ser antecedida de
inquerito, sindicancia ou auditoria aos orgaos ou
servicos de conselho executivo provincial.

19-03-24 29
Cont.
3. o inquerito, sindicancia ou auditoria é ordenado
pela respectiva Assembleia provincial, que cria para o
efeito uma comissao para apuramentos dos actos que
possam conduzir a demissao do governador de
provincia.
4. a comissao criada assegura que o visado seja ouvido,
fixando se o prazode 15 dias para a apresentacao da sua
defesa.
7. a demissao do governador de provincia pela
Assebleia provincial implica automaticamente, a
cessacao de funcoes dos rtestantes membros do
conselho executivo provincial.
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Cont.
8. o governador de província demitido pela Assembleia
Provincial retoma o seu lugar na assembleia provincial,
não podendo a assumir as funções de governador de
província no mesmo mandato.
Art. 43 da lei 4/2019 de 31 de Maio

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Comissão administrativa art. 43
da lei 4/2019 de 31 de Maio
1. quando a perda do mandato do governador da
provincia resulta da dissolução da assembleia
provincial é criada a comissao administrativa.
2. A comissao administrativa é o orgao de gestao
corrente da provincia, criada pelo governo, nos casos
de dissolucao da assembleia provincial e consequente
perda do mandato do governador de provincia.

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Cont.
3. a comissao administrativa é composta por
profissionais da administracao publica, com
reconhecido merito profissional, competencia e
idoneadade e é dirigida por um presidente nomeado
pelo conselho de ministro.
4. a gestao corrente referida no n. 1 do presente artigo,
corresponde a realizacao de activiadades que os
servicos e organismos desenvolvem para a prossecucao
das suas atribuicoes, sem prejuizo dos poderes de
direccao, supervisao e inspecao pelo orgao titular.

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Cont.
5. a gestao corrente não compreende a aprovacao de
planos, programas e assuncao de encargos que não
estejam previstos nos instrumentos de gestao
aprovados pela assembleia provincial e pelo conselho
executivo provincial.

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TUTELA DO ESTADO SOBRE OS ÓRGÃOS DE
GOVERNAÇÃO DESCENTRALIZADA PROVINCIAL E
AUTARQUIAS LOCAIS
Com efeito, foi aprovada a Lei nº 5/2019, de 31 de Maio
que estabelece o quadro legal da tutela do Estado sobre
os órgãos de governação descentralizada Provincial e
das autarquias locais

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TUTELA
As a autarquias estão sujeitos à tutela administrativa e
financeira do Estado

A tutela consiste na verificação da legalidade dos actos


administrativos e de natureza financeira.
Excepcionalmente, e nos casos expressamente
previstos na Lei, a tutela pode ainda incidir sobre o
mérito das decisões emanadas pelos órgãos tutelados.

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ORGÃOS DE TUTELA
A tutela administrativa é exercida pelo Conselho
de Ministros, podendo delegar ao ministro que
superintende a área da administração local e ao
Secretário do Estado na Província.

A tutela financeira é exercida pelo Conselho de


Ministros, podendo delegar ao ministro que
superintende a área de finanças.

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Autonomia financeira
Elaborar, aprovar, alterar eexecutar planos de
actividades e orçamento
Elaborar, aprovar as contas de gerência
Dispor de receitas próprias, ordenar e processar
despesas e arrecadar receitas
Gerir o património autárquico
Recorrer a empréstimos nos termos da lei

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A tutela do Estado só pode limitar a autonomia dos
órgãos de governação descemntralizada provincial e
das autarquias locais nos termos estabelecidos na lei

Poder Regulamentar
As autarquias dispõem de um poder regulamentar
próprio, em conformidade com a Constituição da
República, as leis e os regulamentos emanados das
autoridades com poder tutelar.
19-03-24 39
Modalidades da Tutela
Tutela Administrativa
Tutela Financeira

Tutela Administrativa
A tutela administrativa consiste na verificação da legalidade
dos actos administrativos através da inspecção, auditoria,
inquérito e sindicância. Excepcionalmente a tutela pode recair
sobre o mérito.
Independentemente da inspecção, auditoria, inquérito e
sindicância o órgão de tutela pode solicitar informações das
decisões administrativas do órgão
19-03-24 40
Modalidades da Tutela
Tutela Financeira
A tutela administrativa consiste na verificação da
legalidade dos actos administrativos de gestão financeira e
patrimonial através da inspecção, auditoria, inquérito e
sindicância. Excepcionalmente a tutela pode recair sobre o
mérito.
Independentemente da inspecção, auditoria, inquérito e
sindicância o órgão de tutela pode solicitar informações das
decisões administrativas do órgão

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Participação nas sessões

Os órgãos de tutela podem participar ou fazer-se


representar nas sessões das assembleias autárquica
e provincial, no entanto sem direito a voto.

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Ractificação
Carece de ractificação após aprovação pela AP
Plano de desenvolvimento local
Orçamento
Planos de ordenamento do território
Quadro de pessoal
Contracção de empréstimo e de amortização
plurianual
Introdução ou modificação de taxas, subsídioe e
remunerações

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A ractificação pode ser: Total ou parcial

Ractificação parcial
Quando se refira a uma parte autónoma de um acto
administrativo susceptível de decisão sem alterar o
conteúdo

Ractificação tácita
45 dias a contar da data da recpção da certidão ou cópia
sem ser comunicada por escrito a sua denegação expressa
parcial ou total
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Recusa da ractificação
Da ractificação ou recusa cabe recurso ao órgão
com poder tutelar ou recurso contencioso ao
Plenário do Tribunal administrativo

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Mecanismos da tutela
Inspecção – verificação da conformidade com a
lei dos actos administrativos praticados e dos
contratos celebrados pelos órgãos serviços das
autarquias locais
Inquérito – averiguação da legalidade dos actos
administrativos dos órgãos e serviço das
autarquias- denúncia
Sindicância – investigação mais profunda quando
existam indícios de ilegalidade

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A prática de ilegalidades graves, a
responsabilidade culposa pela inobservância
das suas atribuições, a manifesta negligência
no exercício das suas competências e dos
deveres funcionais constituem
fundamentos para a dissolução e perda de
mandato dos órgãos deliberativos ou a
demissão dos respectivos órgãos executivos.

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Órgãos de Representação do Estado na
Província. Lei 7/2019 de 31 de Maio
Secretario de Estado na Província (art. 26)
a)Representar o Estado na Provincia;
b)Representar o Governo Central na Província;
c) Dirigir o Conselho dos Serviços Provinciais do Estado
na província;
d)Orientar a preparação do plano económico e social e o
respectivo balanco de execução nas áreas de
representação do Estado na Província; e mais….

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Conselho dos serviços Províncias de
Representação do Estado
Estrutura do Conselho dos Serviços Provinciais
Representação do Estado:
-Gabinete do Secretario do Estado na Província;
-Serviço Provincial de Economia e Finanças;
-Serviço Provincial de actividades Económicas;
-Serviços Provinciais de Assuntos Socais;
- Serviços Províncias de Infraestruturas;
- Serviços Províncias de justiça e Trabalho;
- Serviços do Ambiente;
- Servico de Saude;
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Titular dos Novos Órgãos
Governador de Província Secretario de Estado na Província

O órgão executivo da governação É o órgão que representa o Estado e


descentralizada que dirige o o Governo Central na Província.
Conselho Executivo Provincial;

é eleito Governador de Província, o É nomeado e empossado pelo


cabeça de lista que obtiver maioria Presidente da Republica;
de votos nas eleições para
Assembleia Provincial;
Realiza funções exclusivas e de
É investido pela Assembleia Soberania do Estado;
Provincial e empossado pelo
Presidente da Republica;
Superidente e supervisiona os
Representa o poder local no seu Serviços de representado do Estado
território; na Província, no Distrito, no Posto
Administrativo, na Localidade e na
Povoação;
19-03-24 50
Cont.
Tem mandato de cinco anos;

Designa-se Governador de
Província.

19-03-24 51
Analises Comparativas
Coabitação entre o Equiparar os poderes e
Administrador Distrital procurar hierarquizar a
subordinação entre os novos
e O Presidente do
órgãos;
Conselho Municipal, Estender o Conceito de
sobre tudo nos casos de Governador Provincial para
Conscidencia Territorial actual Governador de
de ambos. Província.

Atuação Articulada e por Estender o Conceito de


Complementaridade; Governador Provincial
Criados novos órgãos com para actual Governador
poderes específicos
âmbitos diferentes.
de Província.
19-03-24 52
Articulação e coordenação art.24 da lei n.4/2019
de 31 de Maio, conjugado com art. 274 da CRM
Articulação e coordenação
1. os órgãos de Soberania e outras instituições Centrais
do Estado auscultam os órgãos Executivos de
governação descentralizada provincial, relativamente
as matérias da sua competência respeitantes a
província.
2. A prossecução das atribuições dos órgãos Executivos
de governação descentralizada provincial é feita no
quadro da articulação permanente comos órgãos
competentes da administração Central e de
Representação do Estado na Província.

19-03-24 53
Cont.
3. Os órgãos Executivos de governação descentralizada
provincial, articulam os seus planos, programas,
projetos e ações com as autarquias locais
compreendidas no respetivo território, visando a
realização harmoniosa das suas atribuições.
4. Os órgãos Executivos de governação descentralizada
provincial e os órgãos das autarquias locais realizam
encontros periódicos de articulação sobre os seus
programas e planos de atividades.

19-03-24 54
Cont.
5. Para efeitos de articulação entre o órgão Executivo
de governação descentralizada provincial, as
autarquias locais e os órgãos de representação do
Estado na província, realiza-se conselhos provinciais
de coordenação nos termos a regulamentar.
6. para efeitos de articulação entre os órgãos
Executivos de governação descentralizada provincial e
sectores de nível Central, realizam-se conselhos
nacionais de coordenação nos termos a regulamentar.

19-03-24 55
Cont.
7. Os órgãos Centrais do Estado enviam, no principio
de cada ano ao governador de província instruções
técnico métodogicas que possibilitam uma
planificação e acção coordenada das atividades
sectoriais a realizar na província, cuja implementação
é da responsabilidade do estado.
8. O governador de província e Secretario do Estado
na província comunicam-se sobre as suas ausências.
9. no desempenho das suas funções, o órgão executivo
de governação descentralizada provincial articula…
19-03-24 56
Cont.
Com as autoridades comunitárias reconhecidas nos
termos da lei, auscultam as suas opiniões e sugestões,
de modo a coordenar a realização das atividades que
visam a satisfação das necessidades especificas das
respetivas comunidades.

19-03-24 57
Principais Desafios
Aprimorar continuamente os mecanismos de
coordenação entre os órgãos ao nível da província e
com os níveis superiores e inferiores.
Reforçar as sessões de estudo conjunto da legislação
para aperfeiçoar ou dominar melhor o novo pacote.
Garantir a a provisão e aplicação racional dos recursos
necessários para o funcionamento pleno dos órgãos
implantados.
Acompanhar a regulamentação e efetuar a divulgação
do pacote legislativo sobre o actual figurino da
governação provincial.
19-03-24 58
cont.
Capacitar ou treinar os órgãos de governação
descentralizada provincial e os demais intervenientes a
todos os níveis.
Interagir continuamente com os ministérios para
alinhamento e melhor compreensão das competências
de cada direção e serviços provinciais.

19-03-24 59
Leis aprovadas
Lei nº 6/2018, de 3 de Agosto, que estabelece o quadro
jurídico-legal para a implantação das Autarquias Locais
Lei nº 7/2018, de 3 de Agosto, que estabelece o quadro
jurídico-legal para a eleição dos membros da
Assembleia Autárquica e o Presidente do Conselho
Autárquico

Lei nͦ 13/2018, de 17 de Dezembro, que altera e republica


a Lei nͦ 6/2018, de 3 de Agosto, que estabelece o quadro
jurídico legal para a implantação das Autarquias Locais
Lei nͦ 14/2018, de 17 de Dezembro, que altera e republica
a Lei nͦ 7/2018, de 3 de Agosto, atinente à eleição dos
membros da Assembleia Autárquica e o Presidente do
Conselho Autárquico
19-03-24 60
Leis aprovadas: cont.
Lei nͦ 3/2019, de 31 de Maio, que estabelece o quadro
jurídico para a eleição dos membros da Assembleia
Provincial e do Governador de Província

Lei nͦ 4/2019, de 31 de Maio, que estabelece os


princípios, as normas de organização e funcionamento
dos OEGDP
Lei nͦ 5/2019, de 31 de Maio, que estabelece o quadro
legal da Tutela do Estado sobre os OGDP e das AL.

Lei nͦ 6/2019, de 31 de Maio, que estabelece o quadro


legal sobre a organização, composição e
funcionamento da AP

19-03-24 61
Leis aprovadas- Cont:
Cont
Lei nͦ 7/2019, de 31 de Maio, que estabelece quadro
jurídico sobre a organização e funcionamento da
Representação do Estado na Província.
Lei nͦ 15/2019, de 24 de Setembro, que estabelece o
quadro jurídico de organização e funcionamento
dos órgãos de Representação do Estado na Cidade de
Maputo.

Lei nͦ 16/2019, de 24 de Setembro, Lei que define o


regime financeiro e patrimonial dos órgãos de
governação descentralizada provincial.

19-03-24 62
Leis por aprovar
Lei de definição de competências entre a
governação descentralizada e os órgãos centrais
do Estado ou seus representantes.

Lei do estatuto especial da Cidade de


Maputo

19-03-24 63
Decretos aprovados
Decreto nͦ 94/2019, de 31 de Dezembro, que aprova o
estatuto orgânico do Secretariado Técnico da Assembleia
Provincial;
Decreto nͦ 95/2019, de 31 de Dezembro, que aprova os
princípios fundamentais para a elaboração do Regimento
da Assembleia Provincial;
Decreto nͦ 96/2019, de 31 de Dezembro, que regulamenta
a Lei nͦ 5/2019, de 31 de Maio, que estabelece o quadro
jurídico da tutela do Estado a que estão sujeitos os orgãos
de governação descentralizada provincial e as autarquias
locais;
Decreto nͦ 97/2019, de 31 de Dezembro, que estabelece a
organizaçao, composição e o funcionamento da
Assembleia Provincial.
19-03-24 64
Decretos aprovados
Decreto nͦ 3/202o, de 10 de Janeiro, que aprova o
Regulamento de Organizacao e Funcionamento do
Conselho de Coordenacao da Cidade de Maputo.
Decreto nͦ 4/202o, de 4 de Fevereiro, que aprova o
Regulamento de Organizacao e Funcionamento do
Conselho Nacional de Coordenacao e do Conselho
Provincial de Coordenacao.
Decreto nͦ 63/202o, de 7 de Agosto, que regulamenta a Lei nͦ
7/2019, de 31 de Maio, que estabelece o quadro legal de
organizacao e do funcionamento dos OREP e revoga o
Decreto nͦ 5/2020, de 10 de Fevereiro e Decreto nͦ 16/2020, de
30 de Abril.

19-03-24 65
Decretos aprovados- Cont
Decreto nͦ 64/202o, de 7 de Agosto, que regulamenta a Lei nͦ
4/2019, de 31 de Maio, que estabelece os princípios, as normas
de organização, das competências e o funcionamento dos
OEGDP e revoga o Decreto nͦ 2/2020, de 8 de Janeiro e Decreto nͦ
15/2020, de 13 de Abril.
Decreto nͦ 65/202o, de 7 de Agosto, que regulamenta a Lei nͦ
15/2019, de 24 de Setembro, que estabelece o quadro legal de
organização e do funcionamento dos ORECM e revoga o
Decreto nͦ 6/2020, de 11 de Fevereiro.
Decreto nͦ 95/2020, de 02 de Novembro, que define o regime
patrimonial dos orgãos de governação descentralizada
provincial.
Decreto nͦ 96/2020, de 02 de Novembro, que delega no Ministro
da Economia e Finanças a competência para definir, por
Despacho, o montante a transferir para cada uma das AL que
registaram redução da transferência do FCA, no corrente
exercício económico. 66
Muito Obrigado

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