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DE MOÇAMBIQUE

REPÚBLI

MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO ESTATAL E


REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
FUNÇÃO PÚBLICA
MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO ESTATAL E FUNÇÃO PÚBLICA
INISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO ESTATAL E FUNÇÃO
INSTITUTO DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E AUTÁRQUICA DE LICHINGA
PÚBLICA

PACOTE LEGISLATIVO DA
PACOTE LEGISLATIVO DA
DESCENTRALIZAÇÃO E O NOVO FIGURINO
DESCENTRALIZAÇÃO E O NOVO FIGURINO
DE GOVERNAÇÃO PROVINCIAL
DE GOVERNAÇÃO PROVINCIAL
Palestra de Divulgação aos Funcionários e Agentes do Estado

Lichinga, 30 de Dezembro de 2020


Estrutura de Apresentação
1. Fundamentos de base;
2. Base legal;
3. Objectivos da Descentralização
4. Principais elementos introduzidos;
5. Princípios gerais de organização e funcionamento;
6. Órgãos de Governação Descentralizada Provincial
7. Órgãos de Representação do Estado na Província
8. Nível Distrital 2024
7. Articulação e coordenação;
8. Instrumentos base para o funcionamento dos órgãos;
9. Relação dos OLEs com os novos órgãos;
10. Legislações 2
1. FUNDAMENTOS DE BASE
 Consolidação da reforma democrática do Estado;

 Aprofundamento da democracia participativa;

 Garantia da paz e respeito pelos valores e princípios da soberania e da


unicidade do Estado;

 Revisão Constitucional, tendo sido aprovada e publicada a Lei n°. 1/2018, de


12 de Junho, Lei da Revisão Pontual da Constituição de República de
Moçambique, onde foram criados os Órgãos de Governação Descentralizada
Provincial e os Órgãos de Representação do Estado na Província. 3
2. BASE LEGAL

Lei nº 1/2018, de 12 de Junho – revisão pontual da


Constituição da República
 Revisão da Constituição da República de 2004

 Adequação da legislação Autárquica à nova Constituição ;

 Aprimoramento da logística e a sistemática adoptada sem alteração das regras de fundo dos processos
eleitorais.

ALTERAÇÃO PROFUNDA DO PARADIGMA DE GOVERNAÇÃO PROVINCIAL (2020) E DISTRITAL (2024)

4
3. OBJECTIVOS DA DESCENTRALIZAÇÃO

 Organizar a participação dos cidadãos na solução


dos problemas da sua comunidade;

 Promover o desenvolvimento local;

 Aprofundar e consolidar a democracia no quadro


da unidade do Estado moçambicano.
19-03-24 5
4. PRINCIPAIS ELEMENTOS INTRODUZIDOS
1. Criação de órgãos de governação descentralizada provincial, a partir de 2020 e distrital após a

realização das eleições em 2024;

2. Os Governos Provinciais e Distritais deixam de existir no nosso ordenamento jurídico e criado o

Conselho Executivo Provincial e, doravante, o Conselho Executivo Distrital, respectivamente, como

entidades descentralizadas, dotando-os de poder regulamentar próprio;

3. O Governador de Província e o Administrador de Distrito serão eleitos através de uma lista de partidos

políticos, coligação de partidos ou grupos de cidadãos eleitores e não por candidaturas unipessoais;

4. São introduzidas figuras de Secretário de Estado na Província e Representante de Estado no Distrito;

5. Criação da Assembleia Distrital, reestruturação e aprimoramento do funcionamento das actuais

Assembleias Provinciais, dotando-as de poder regulamentar próprio;


6
CONT. PRINCIPAIS ELEMENTOS INTRODUZIDOS
6. Atribuição à Assembleia Provincial e ao Presidente da República , de poderes de
demitir o Governador de Província e o Administrador de Distrito, e consequente
dissolução dos respectivos conselhos executivos, nos termos da Lei;

7. Criação de uma Comissão Administrativa para assegurar o funcionamento dos


Conselhos enquanto se aguarda por realização de novas eleições ou finde o período
remanescente do mandato, no caso de um período inferior a 12 meses;

8. Extensão da tutela do Estado aos órgãos de governação descentralizada provincial


e distrital;

9. Os órgãos de governação descentralizada provincial e distrital gozam de autonomia


administrativa, financeira e patrimonial, nos termos da lei. 7
5. PRINCÍPIOS GERAIS DE ORGANIZAÇÃO E
FUNCIONAMENTO

8
6. ÓRGÃOS DE
GOVERNAÇÃO
DESCENTRALIZADA
PROVINCIAL

9
CONT: ÓRGÃOS DE GOVERNAÇÃO DESCENTRALIZADA PROVINCIAL (OGDP)

São pessoas colectivas públicas de direito público


com personalidade juridica dotados de autonomia
administrativa, patrimonial e financeira.

10
Limites da Descentralização
a) Funções de soberania;
a) Fiscalização das fronteiras;
b) Normação de matérias de âmbito da lei;
b) Emissão de moeda;
c) Definição de políticas nacionais;
c) Relações diplomáticas;
d) Realização da política unitária do Estado;
d) Recursos minerais e energia;
e) Representação do Estado a nível provincial e
e) Recursos naturais situados no solo e no
distrital;
subsolo, nas águas interiores, no mar territorial,
f) Definição e organização do território; zona contígua ao mar territorial, na plataforma
continental e na zona económica exclusiva;
g) Defesa nacional;
f) Criação e alteração dos impostos.
h) Segurança e ordem públicas;
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Atribuições da Governação Descentralizada
a)Agricultura, pescas, pecuária, silvicultura, segurança alimentar e
nutricional;
b)Gestão de terra, na medida a determinar por lei;
c)Transportes públicos, na área não atribuída às autarquias;
d)Gestão e protecção do meio ambiente;
e)Florestas, fauna bravia e áreas de conservação;
f) Habitação, cultura e desporto;
g)Saúde no âmbito de cuidados primários;
h)Educação, no âmbito do ensino primário, do ensino geral e de formação
técnico profissional básica;
i) Turismo, folclore, artesanato e feiras locais; 12
CONT:Atribuições da Governação Descentralizada
j) Hotelaria, não podendo ultrapassar o nível de três estrelas;
k)Promoção do investimento local;
l) Água e saneamento;
m)Indústria e comércio;
n) Estradas e pontes, que correspondam ao interesse local, provincial e distrital;
o)Prevenção e combate às calamidades naturais;
p)Promoção do desenvolvimento local;
q)Planeamento e ordenamento territorial;
r) Desenvolvimento rural e comunitário;
s) Outras a serem determinadas, por lei.
13
CONT: ATRIBUIÇÕES, AUTONOMIAS E TUTELA OGDP

Atribuições da Governacão Descentralizada -


276 CRM
Órgãos da Província
Assembleia
Provincial-278 CRM
Governador de
Autonomias Província 279 CRM
269-CRM Conselho Executivo
Provincial 280 CRM

TUTELA -272 CRM

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Órgãos de Governação Descentralizada
Provincial
Órgão de Representação Democrática, com
Órgãos Executivos
poderes Deliberativo e Fiscalizador

2. O Governador
de Província

3. O Conselho
Executivo
Provincial (CEP)
1. A Assembleia Provincial 15
Assembleia Provincial
 … é um órgão de representação democrática e deliberativo de governação
descentralizada provincial;
 … é eleita por sufrágio universal, directo, igual, secreto, pessoal e periódico em
harmonia com o princípio da representação proporcional. Este órgão tem um
mandato de cinco anos;
 A investidura da AP se realiza até 15 dias após a data de investidura do
Presidente da República, numa cerimónia solene dirigida pelo Juiz Presidente do
Tribunal Judicial de Província, com a presença de mais da metade de seus
membros;
 A APNiassa é constituída por 60 membros, segundo o número de leitores do
último escrutínio;
 São órgãos da AP os seguintes: o Plenário, a Mesa da Assembleia e as
Comissões de Trabalho;
 O Plenário da AP realiza quatro sessões ordinárias por ano. 16
O Governador de Província
Figurino vs. Figurino
Anterior Actual

 É o órgão executivo da governação descentralizada provincial que dirige


 É o órgão executivo da governação local ao nível da
o CEP;
província que dirige o Governo Provincial;
 É eleito Governador de Província, o Cabeça-de-lista… que obtiver
 É o órgão que representa o Estado e o Governo Central
maioria de votos nas eleições para a Assembleia Província;
na província;
 É investido pela AP e empossado pelo Presidente da República;
 É nomeado e empossado pelo Presidente da República;
 Representa o poder local no seu território;

 Representa o poder local no seu território;  Tem mandato de 5 anos;

 Designava-se Governador Provincial.  Designa-se Governador de Província.


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Perda de Mandato e Demissão do Governador de
Província
 O Governador de Província perde mandato nos casos de demissão pelo Presidente da
República ou pela respectiva Assembleia Provincial e em função de cenários específicos;
 O Presidente da República pode, ouvido o Conselho de Estado, demitir o Governador de
Província. Este acto é sujeito a apreciação e deliberação pelo Conselho Constitucional,
nos termos da lei;
 A deliberação da Assembleia Provincial que decide pela demissão do Governador de
Província é aprovada por maioria de 2/3, devendo ser antecedida de inquérito, sindicância
ou auditoria aos órgãos ou serviços do CEP;
 A demissão do Governador de Província implica, automaticamente, a cessão de funções
dos restantes membros do CEP;
 O Governador de Província demitido pode retomar o seu lugar na Assembleia Provincial,
mas sem possibilidade de voltar a assumir as funções de Governador de Província no
mesmo mandato.
18
Competências do Governador
a) Dirigir o Conselho Executivo Provincial;

b) Nomear e conferir posse aos directores provinciais;

c) Supervisar os serviços da governação descentralizada da província;

d) Orientar a preparação e elaboração das propostas do PES e Orçamento anual


da governação provincial e do respectivo balanço de execução;

e) Apresentar e defender o programa e o orçamento da província perante a


Assembleia Provincial;

f) Executar e zelar pelo cumprimento das deliberações da Assembleia Provincial;


19
CONT:Competências do Governador
g) Submeter, trimestralmente, à tutela os relatórios balanço e orçamento após aprovação pela Assembleia
Provincial;

h) Gerir os RH do Estado pertencentes ao quadro de pessoal do órgão executivo de governação descentralizada


provincial;

i) Acompanhar a concepção e implementação de actividades dos agentes da cooperação internacional na província,


nas áreas da sua competência;

j) Determinar e acompanhar, em coordenação com o Secretário de Estado na Província, medidas preventivas ou de


socorro, em casos de iminência ou ocorrência de acidente grave ou de eventos extremos, sem prejuízo de
medidas tomadas pelos órgãos centrais do Estado;

k) Praticar actos administrativos em circunstâncias excepcionais e urgentes devendo solicitar, imediatamente a


ratificação pelo órgão competente;

l) Propor a criação de unidades de prestação de serviços de saúde primária na província, bem como na educação,
no âmbito do ensino primário, do ensino geral e de formação técnico profissional básica; 20
Competências do Governador (3)
m) Conceder licenças no âmbito das atribuições da governação provincial dentro dos
limites da sua competência;

n) Assinar contractos em que a província tenha interesse, mediante autorização da


Assembleia Provincial, dentro dos limites definidos por lei;

o) Adquirir bens moveis necessários ao funcionamento regular dos serviços provinciais


desde que o seu custo se situe dentro do limite fixado pela Assembleia Provincial;

p) Conceder licenças para a habitação ou para a utilização de prédios construídos de novo


ou que tenham sido objecto de intervenções profundas;

q) Ordenar o despejo sumário de prédios expropriados, nos termos da lei;

r) Exercer outras competências atribuídas por lei.


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Composição do CEP
 A estrutura do CEP compreende 09 a 11
direcções provinciais;

 Podem ser membros do CEP cidadãos


moçambicanos de reconhecido mérito
profissional, competência e idoneidade;

 Os directores provinciais que sejam


membros da Assembleia Provincial
suspendem o respectivo mandato, sem
sujeição ao limite de tempo de
suspensão. 22
Competências do CEP (1)
a) Executar as decisões do Governador de Província;

b) Executar as actividades e programas económicos, culturais e sociais de


interesse provincial aprovados pela Assembleia Provincial nos termos da lei;

c) Elaborar a proposta do programa do plano e do orçamento provincial , bem


como supervisar a sua execução;

d) Apresentar o relatório balanço, observando as deliberações e decisões


emanadas pela Assembleia Provincial, bem como as do Governo Central;

e) Acompanhar a execução de medidas preventivas ou de socorro em caso de


iminência ou ocorrência de acidente grave e ou evento extremo; 23
Competências do CEP (2)
g) Cumprir com deliberações da Assembleia Provincial e decisões dos órgãos de tutela;

h) Propor a Assembleia Provincial e aos órgãos de tutela do Estado a declaração de


utilidade pública, para efeitos de expropriação;

i) Propor a Assembleia Provincial e aos órgãos de tutela do Estado a atribuição de


topónimos;

j) Decidir sobre a administração de águas públicas sob sua jurisdição e que sejam da sua
competência;

k) Ordenar, após vistorias a demolição total ou parcial, ou beneficiação de construções


que ameaçam ruir ou constituam perigo de vida, para a saúde e segurança das
pessoas; 24
Competências do CEP (3)
l) Apresentar a Assembleia Provincial propostas de regulamentos sobre matéria da sua
competência;

m) Zelar pelo respeito e observância de normas jurídicas em vigor no respectivo


território;

n) Garantir a gestão do património do Estado adstrito aos órgãos de governação


descentralizada provincial;

o) Participar no processo de tramitação de pedidos de uso e aproveitamento de terra nos


termos da lei;

p) Acompanhar a concepção e implementação de actividades dos agentes de cooperação


internacional na província nas áreas da sua competência. 25
O Director Provincial
 O Director Provincial é nomeado pelo Governador de
Província;
 O Director Provincial presta contas das suas actividades ao
Governador de Província;
 O Director Provincial articula com os Órgãos Centrais do
Estado que superintendem nos respectivos sectores ou ramos
de actividade sobre os aspectos técnico-metodológicos da
sua actividade.
26
Estrutura do Gabinete do Estrutura da Direcção
Governador Provincial

O Gabinete do Governador pode criar no Máximo 3


Departamentos e 6 Repartições. 27
Estrutura do CEP
Designação da Direcção Áreas Integradas

i) Administração local; ii) Gestão de Recursos Humanos; e iii) Relações públicas e


Gabinete do Governador de Província (GGP)
Protocolo

1. Direcção Provincial de Plano e Finanças (DPPF) i) Economia e ii) Finanças

i) Agricultura; ii) Segurança alimentar; iii) Pecuária; iv) Hidráulica agrícola; v) Extensão
2. Direcção Provincial de Agricultura e Pescas (DPAP)
agrária; vi) Pescas; vii) Aquacultura; e viii) Estatísticas Agrárias e Pesqueiras

i) Obras públicas e habitação; ii) Abastecimento de água e Saneamento; iii) Infra-


3. Direcção Provincial de Infra-Estruturas (DPIE)
estruturas hídricas; e iv) Estradas e Pontes que correspondem ao interesse provincial

i) Transportes nas áreas não atribuídas as autarquias locais; ii) Comunicações; e iii)
4. Direcção Provincial de Transporte e Comunicações (DPTC)
Meteorologia

5. Direcção Provincial de Indústria e Comércio (DPIC) i) Indústria; e ii) Comércio

6. Direcção Provincial de Saúde (DPS) i) Saúde

7. Direcção Provincial de Educação (DPE) i) Educação; ii) Juventude; e iii) Desporto

8. Direcção Provincial de Trabalho (DPT) i) Trabalho; ii) Emprego; iii) Formação Profissional; e iv) Segurança Social Obrigatório

9. Direcção Provincial de Cultura e Turismo (DPCT) i) Cultura; e ii) Turismo

28
i) Desenvolvimento rural; ii) Ambiente; iii) Florestas e Fauna bravia; iv) Terra; e v)
10. Direcção Provincial de Desenvolvimento Territorial e Ambiente (DPDTA)
7. ÓRGÃOS DE
REPRESENTAÇÃO DO
ESTADO NA PROVÍNCIA

29
Órgãos de Representação do Estado na Província

1. O Secretário de 2. Conselho dos


Serviços Provinciais de
Estado na Província
Representação do
Estado (CSPRE)

30
Secretário de Estado na Província
Secretário
Governador
Provincial: vs. de Estado na
Província:
Figurino
Novo
Anterior
Figurino

 É o órgão executivo da governação local ao nível da  É o órgão que representa o Estado e o Governo
Central na província;
província que dirige o Governo Provincial;
 É nomeado e empossado pelo Presidente da
 É o órgão que representa o Estado e o Governo
República;
Central na província;
 Realiza funções exclusivas e de soberania do Estado;
É nomeado e empossado pelo Presidente da
 Superintende e supervisiona os serviços de
República;
representação do Estado na província, no distrito, no
 Representa o poder local no seu território. posto administrativo, na localidade e na povoação.
31
Competências do Secretário do Estado na Província (1)
 Representar o Estado e o Governo Central na província;
 Dirigir o Conselho dos Serviços Provinciais de Representação do Estado na Província;
 Orientar a preparação do plano económico e social e do orçamento, sua execução, controlo e o
respectivo balanço nas áreas de representação do Estado na província;
 Dirigir a execução e controlo do plano e orçamento dos Serviços de Representação do Estado na
Província;
 Apresentar relatórios periódicos ao Governo Central sobre o funcionamento dos Serviços de
Representação do Estado na Província;
 Implementar, a nível da província, acções e actividades de cooperação internacional, no quadro
da materialização da estratégia da política externa e de cooperação internacional do Estado
Moçambicano;
 Praticar actos administrativos e tomar decisões indispensáveis, sempre que circunstâncias
excepcionais de interesse público o exijam, devendo comunicar imediatamente ao órgão
competente;
 Intervir e recomendar medidas pertinentes no âmbito da preservação da ordem e segurança
públicas;
32
Competências do Secretário do Estado na Província (2)
 Gerir os recursos humanos pertencentes ao quadro de pessoal dos Serviços de Representação do Estado
na Província;
 Orientar as cerimónias de Estado na Província;
 Realizar acções de superintendência e supervisão aos Serviços de Representação do Estado na Província e
no Distrito;
 Garantir o cumprimento das decisões dos órgãos centrais do Estado;
 Apresentar relatórios trimestrais ao Presidente da República sobre o funcionamento dos serviços de
representação do Estado na Província, através do Ministro que superintende a área da administração local
e função pública;
 Promover a participação das comunidades para a planificação do desenvolvimento económico, social e
cultural da província;
 Autorizar pedidos de uso e aproveitamento da terra, nos termos da lei;
 Emitir parecer sobre os pedidos de uso e aproveitamento da terra relativos às áreas que correspondam à
competência dos órgãos centrais na província;
33
Competências do Secretário do Estado na Província (3)
 Emitir parecer sobre ordenamento dos espaços marítimos, lacustre e fluvial e sua utilização privada, nos
termos da lei;
 Assegurar a concessões de produção e distribuição de energia eléctrica de baixa e média tensão, nos
termos da lei;
 Propor sobre a criação de escolas e unidades de prestação de serviços de saúde em áreas não atribuídas
as autarquias locais e aos órgãos de governação descentralizada provincial;
 Garantir a manutenção e expansão da rede nacional de estradas classificadas, em áreas não atribuídas a
autarquias locais e aos órgãos de governação descentralizada provincial;
 Supervisar a gestão estratégica e integrada dos recursos hídricos;
 Determinar medidas preventivas ou de socorro, em casos de eminência ou ocorrência de acidente grave
ou calamidade, mobilizando e instruindo os serviços de defesa civil públicos ou privados, em particular
militares e paramilitares, em articulação com as entidades descentralizadas;
 Reconhecer e assegurar a gestão das Autoridades Comunitárias;
 Exercer a tutela administrativa sobra as autarquias locais, nos termos da lei;
 Exercer outras competências determinadas por lei.
34
Competências do CSPRE
a) Elaborar a proposta do Plano e Orçamento Provincial;
b) Executar o Plano e Orçamento Provincial e apreciar o respectivo Relatório
Balanço, observando as decisões do Conselho de Ministro;

c) Supervisar os órgãos locais do Estado dos escalões de distrito, posto


administrativo, localidade e povoação e as deliberações do Conselho de
Ministros relativas à província;

d) Acompanhar a execução de medidas preventivas ou de socorro, em casos de


eminência ou ocorrência de acidente grave ou evento extremo;

e) Exercer outras competências determinadas por lei. 35


Conselho dos Serviços Provinciais de Representação do
Estado

• O Gabinete do SEP
será composto por 3
Dptos e 6 Repart.;

• Os Serviços
Provinciais serão
compostos por 6
Dptos e 10 Repart.

36
Conselho dos Serviços Provinciais de Representação do
Estado

Director do Gabinete do
Secretário do Estado na Província • Director do Serviço Provincial Delegado Provincial

• … é nomeado centralmente, • … é o representante da instituição


• … é nomeado pelo Secretário ouvido o Secretário de Estado pública central, na respectiva
de Estado na Província; província;
na Província.
• … é nomeado pelo titular da
• … subordina-se ao Secretário • … subordina-se ao Secretário
respectiva instituição pública
de Estado na Província; de Estado na Província. central;
• … articula e coordena com o • … obedece as orientações • … subordina-se centralmente, sem
ministério que superintende a técnico-metodológicas do prejuízo de dever de articulação e
área da função pública e da Ministro que superintende o coordenação com o Secretário de
respectivo sector ou ramo de Estado na Província e com o
administração local.
actividade. Governador de Província.
37
Estrutura do CSREP
Designação da Direcção Áreas Integradas

i) Administração local; ii) Função pública; iii) Património do Estado; iv) Relações públicas;
Gabinete do Secretário do Estado na Província (GSEP)
e v) Protocolo do Estado

1. Serviço Provincial de Economia e Finanças (SPEF) i) Economia e Finanças

i) Agricultura e Pecuária; ii) Segurança alimentar e Nutricional; iii) Hidráulica agrícola; iv)
2. Serviço Provincial de Actividades Económicas
Silvicultura; v) Desenvolvimento rural; vi) Mar e Águas interiores; vii) Pesca e
(SPAE)
Aquacultura; viii) Indústria e Comércio; e ix) Turismo

i) Educação, Ciência e tecnologia, Ensino superior e Técnico profissional; ii) Saúde; iii)
3. Serviço Provincial de Assuntos Sociais (SPAS) Género, Criança e Acção social; iv) Juventude e Desporto; v) Cultura; e vi) Tecnologia de
Informação e Comunicação

i) Habitação, Água e Saneamento; ii) Recursos hídricos; iii) Estradas e Pontes; iv) Energia;
4. Serviço Provincial de Infra-estruturas (SPI)
v) Recursos minerais e Hidrocarbonetos; e vi) Transportes e Comunicações

i) Justiça, Assuntos jurídicos e religiosos; ii) Trabalho, Emprego, Formação profissional e


5. Serviço Provincial de Justiça (SPJ)
Segurança social obrigatório; e iii) Combatentes

i) Ambiente; ii) Terra; iii) Florestas e Plantações agro-florestais; e iv) Conservação


38 e
6. Serviço Provincial de Ambiente (SPA)
ARTICULAÇÃO E COORDENAÇÃO
 Os órgãos de representação do Estado, órgãos executivos de governação descentralizada
provincial e os órgãos das autarquias locais realizam encontros periódicos, entre si para
articulação de seus programas e planos de actividades;

 Entre os órgãos executivos de governação descentralizada provincial, as autarquias locais


e os órgãos de representação do Estado na província, criam-se conselhos provinciais de
coordenação, nos termos a regulamentar;

 Entre os órgãos executivos de governação descentralizada provincial, as autarquias locais


e os órgãos de representação do Estado na província e os sectores de nível central, realizam-
se conselhos nacionais de coordenação, nos termos a regulamentar;

 O Secretário de Estado na Província e o Governador de Província comunicam-se sobre as


suas ausências.
39
INSTRUMENTOS BASE PARA O FUNCIONAMENTO DOS ÓRGÃOS

Ponto de Situação
Designação do Instrumento Prazo Estabelecido para Aprovação
CEP CSREP

Quadro de Pessoal Até 120 dias após instalação do órgão

Estatutos Orgânicos Até 60 dias após instalação do órgão


Por elaborar Idem
Até 60 dias após instalação dos órgãos,
Regulamento Interno 90 dias para os serviços provinciais e 120
dias para as direcções provinciais

Até 30 dias após tomada tomada de


Plano Quinquenal do CEP 2020-2024 Submetido a AP Não aplicável
posse do titular do órgão

Plano de Desenvolvimento Provincial Não determinado especificamente na lei Não aplicável Por elaborar

Plano Económico e Social e Orçamento Provincial De acordo com o ciclo de planificação


Por elaborar Idem40
2020 vigente
RELAÇÃO DOS OLEs COM OS NOVOS ÓRGÃOS
 Transitoriamente, até à realização das eleições em 2024:

 Compete ao Governo definir a estrutura orgânica do Governo Distrital e criar serviços distritais;

 Compete ao Ministro que superintende a área de administração local do Estado, ouvido o Governador
de Província, nomear o Administrador Distrital; designar o Secretário Permanente Distrital, o Director de
Serviços Distritais, o Chefe do Posto Administrativo, o Chefe da Localidade e o Chefe da Povoação;
designar respectivos substitutos nos seus impedimentos, por um período igual ou superior a 30 dias;
 Prestar informações ao CEP e ao CSREP sobre assuntos de interesse para o distrito ou com este
relacionados e que tenham ligação com as atribuições de cada um dos órgãos;
 Executar as actividades previstas no Plano e Orçamento dos novos órgãos relativas ao distrito;

 Preparar e submeter ao CEP os processos relativos a concessão de licenças para actividades económicas
e sociais na do distrito, que sejam da competência do Governador de Província e do CEP;
 Realizar outras tarefas a serem determinadas por lei.
41
Legislação aprovadas - LEIS
Lei nº 6/2018, de 3 de Agosto, que estabelece o quadro jurídico-legal para a
implantação das Autarquias Locais
Lei nº 7/2018, de 3 de /Agosto, que estabelece o quadro jurídico-legal para a
eleição dos membros da Assembleia Autárquica e o Presidente do
Conselho Autárquico

Lei nͦ 13/2018, de 17 de Dezembro, que altera e republica a Lei nͦ 6/2018, de 3


de Agosto, que estabelece o quadro jurídico legal para a implantação das
Autarquias Locais
Lei nͦ 14/2018, de 17 de Dezembro, que altera e republica a Lei nͦ 7/2018, de 3
de Agosto, atinente à eleição dos membros da Assembleia Autárquica e o
Presidente do Conselho Autárquico

19-03-24 42
Leis aprovadas: cont.
Lei nͦ 3/2019, de 31 de Maio, que estabelece o quadro jurídico para a eleição
dos membros da Assembleia Provincial e do Governador de Província

Lei nͦ 4/2019, de 31 de Maio, que estabelece os princípios, as normas de


organização e funcionamento dos OEGDP

Lei nͦ 5/2019, de 31 de Maio, que estabelece o quadro legal da Tutela do


Estado sobre os OGDP e das AL.

Lei nͦ 6/2019, de 31 de Maio, que estabelece o quadro legal sobre a


organização, composição e funcionamento da AP

19-03-24 43
Leis aprovadas- Cont:
Cont
Lei nͦ 7/2019, de 31 de Maio, que estabelece quadro jurídico sobre a
organização e funcionamento da Representação do Estado na
Província.
Lei nͦ 15/2019, de 24 de Setembro, que estabelece o quadro jurídico de
organização e funcionamento dos órgãos de Representação do Estado
na Cidade de Maputo.

Lei nͦ 16/2019, de 24 de Setembro, Lei que define o regime financeiro e


patrimonial dos órgãos de governação descentralizada provincial.

19-03-24 44
Legislação: Decretos aprovados
Decreto nͦ 94/2019, de 31 de Dezembro, que aprova o estatuto orgânico do
Secretariado Técnico da Assembleia Provincial;
Decreto nͦ 95/2019, de 31 de Dezembro, que aprova os princípios
fundamentais para a elaboração do Regimento da Assembleia Provincial;
Decreto nͦ 96/2019, de 31 de Dezembro, que regulamenta a Lei nͦ 5/2019, de 31
de Maio, que estabelece o quadro jurídico da tutela do Estado a que estão
sujeitos os orgãos de governação descentralizada provincial e as autarquias
locais;
Decreto nͦ 97/2019, de 31 de Dezembro, que estabelece a organizaçao,
composição e o funcionamento da Assembleia Provincial.

19-03-24 45
Legislação: Decretos aprovados
Decreto nͦ 3/202o, de 10 de Janeiro, que aprova o Regulamento de Organizacao e
Funcionamento do Conselho de Coordenacao da Cidade de Maputo.
Decreto nͦ 4/202o, de 4 de Fevereiro, que aprova o Regulamento de Organizacao
e Funcionamento do Conselho Nacional de Coordenacao e do Conselho
Provincial de Coordenacao.
Decreto nͦ 63/202o, de 7 de Agosto, que regulamenta a Lei nͦ 7/2019, de 31 de
Maio, que estabelece o quadro legal de organizacao e do funcionamento dos
OREP e revoga o Decreto nͦ 5/2020, de 10 de Fevereiro e Decreto nͦ 16/2020, de 30
de Abril.

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PELA ATENÇÃO
DISPENSADA OBRIGADA

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