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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA

CENTRO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS E ECONÔMICAS


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

ADMINISTRAÇÃO DIRETA

Daniela Brito Bezerra

Idelman Pinheiro da Costa Mesquita

Isael Azevedo Santos

Nathally Shaianny de Souza Queiroz

Samanta Gabrielen Veríssimo

Sara Menezes Temoteo Nantes

BOA VISTA, RR
OUT/2023
Daniela Brito Bezerra

Idelman Pinheiro da Costa Mesquita

Isael Azevedo Santos

Nathally Shaianny de Souza Queiroz

Samanta Gabrielen Veríssimo

Sara Menezes Temoteo Nantes

ADMINISTRAÇÃO DIRETA

Artigo de pesquisa da disciplina Noções de Direito


Administrativo do curso de Ciências Contábeis, como
requisito para aprovação no semestre

BOA VISTA, RR
OUT/2023
1. INTRODUÇÃO
Administração Pública pode-se ser definida como conjunto de órgãos, serviços e agentes do
Estado que visa atender as necessidades da sociedade, tais como educação, cultura, segurança,
saúde, dentre outras áreas, por meio da prestação de serviços públicos. É conjunto harmônico
de princípios jurídicos que regem os órgãos, os agentes e as atividades públicas que tem como
objetivo alcançar os fins desejados pelo Estado. (GREGORIUS, 2015).

A administração pública pode ser direta, quando composta pelos entes federados (União,
Estados, Municípios e DF), ou indireta, quando composta por entidades autárquicas,
fundacionais e paraestatais. O presente trabalho tem como foco apresentar sobre a
administração direta.

2. CONCEITO, REGULAMENTAÇÃO E OBJETIVO GERAL


Conforme o inc. I do art. 4." do Dec.-lei 200/67, o conceitua a administração direta como: “A
Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa da
Presidência da República e dos Ministérios”.

Em outras palavras a Administração Direta é o conjunto de órgãos ligados diretamente ao


Poder Executivo, em nível federal, estadual e municipal, aos quais foi atribuída a competência
para o exercício das atividades administrativas do Estado de forma centralizada.
(CARVALHO FILHO, 2014).

Pode-se dizer dessa forma, que quando a União, os Estados-membros, Distrito Federal e
Municípios, prestam serviços públicos por seus próprios meios, diz que há atuação da
Administração Direta, sendo regidos pelo regime jurídico de direito público (patrimônio,
orçamento, finanças, fiscalização, contabilidade, pessoal, licitação na contratação de obras,
serviços e compras, responsabilização e controle).

Carvalho Filho (2014), também define que a administração Direta desempenha suas
atividades de forma centralizada, ou seja, é exercida diretamente pelo Estado. Em um
processo de desconcentração administrativa, os órgãos não têm um número de CNPJ (cadastro
nacional de pessoas jurídicas), sendo divididos conforme as especificidades e competências
de cada área do serviço público a ser prestado. É uma distribuição interna de competências,
não sendo necessário a criação de uma nova pessoa jurídica. O Estado fica responsável pelos
atos praticados por seus órgãos, já que estes não possuem personalidade jurídica própria.
Esses órgãos possuem autonomia e existindo também possuem hierarquia entre eles, sendo
subordinados ao chefe de poder a que pertencem.

As diretrizes, os objetivos e as metas dos órgãos da administração direta devem constar de


plano plurianual, aprovado por lei (Constituição Federal, art. 165, § 1º). O orçamento deve ser
estabelecido na lei orçamentária anual (Constituição Federal, art. 165, § 5º). Portanto, a
administração direta é diretamente financiada com recursos do orçamento geral do Ente
federativo, previstos na Lei Orçamentária Anual (LOA) (Constituição Federal, art. 165, § 5º,
I). Seu regime financeiro e contábil é regido pela Lei n. 4.320, de 1964, e pela Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF), Lei Complementar n. 101/2000.

3. ESTRUTURA BÁSICA DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA


Na esfera federal, a Administração Direta é composta por órgãos subordinados à Presidência
da República e aos seus Ministérios. Nela se agregam vários órgãos essenciais como, a Casa
Civil, a Secretária-geral, a Secretaria de Relações Institucionais, a Secretaria de Comunicação
Social, o Gabinete de Segurança Institucional, a Secretaria de Aviação Civil, a Controladoria-
Geral da União, etc. Alguns órgãos prestam assessoramento imediato à Presidência da
República, a exemplo do Conselho de Governo, do Conselho de Desenvolvimento Econômico
e Social e do Advogado-Geral da União, além dos órgãos de consulta, como Conselho da
República e o Conselho de Defesa Nacional.

Os Ministérios também são órgãos administrativos, com cada um deles tendo uma atuação
administrativa destinada, como a saúde, justiça, educação, esportes, etc. Em sua estrutura
interna, existem centenas de outros órgãos, como as secretarias, os conselhos, as inspetorias,
os departamentos e as coordenadorias, entre outros.

O Art. 51, III e IV, da CF, e o art. 52, XII e XIII, preveem que o Legislativo tem o poder
constitucional de dispor sobre sua organização e funcionamento, bem como de elaborar seu
regimento interno. Já no judiciário, segundo o Art. 96, II, d, da CF e o art. 96, I, a, tem a
capacidade de auto organizatória em relação a cada um de seus Tribunais. Seus atos de
organização se encontram nas leis estaduais de divisão e organização judiciárias e em seus
regimentos internos.

Na esfera estadual, os órgãos são diretamente subordinados aos governos estaduais. Estão
agregadas a Governadoria do Estado, os órgãos de assessoria ao Governador e as Secretarias
Estaduais, com os vários órgãos que as compõem, correspondentes aos Ministérios na área
federal. Acontece o mesmo com o Legislativo e Judiciário estaduais.

Na esfera municipal, é composta pela prefeitura e suas secretarias, Câmara dos Vereadores e o
procurador do município. O Município não tem Judiciário próprio, mas tem Legislativo
(Câmara Municipal), que também poderá dispor sobre sua organização, a símile do que ocorre
nas demais esferas.

4. ADMINISTRAÇÃO DIRETA NO ESTADO DE RORAIMA


A administração direta refere-se à gestão realizada diretamente pelos órgãos do governo, sem
intermediação de entidades ou empresas autônomas. Em relação ao estado de Roraima, a
administração direta envolve os diversos órgãos governamentais, como secretarias,
departamentos e autarquias, que atuam na execução das políticas públicas e na prestação de
serviços à população.

Quando consideramos ações como "ruins" ou "boas", é importante notar que essa avaliação
pode variar de acordo com diferentes perspectivas. No entanto, é possível examinar exemplos
de ações que resultaram em impactos negativos e positivos em Roraima.

Exemplo de Ação Negativa:

Uma ação que pode ser vista como prejudicial é a má administração dos recursos públicos em
um determinado projeto, levando a desperdícios, corrupção ou falta de transparência. Isso
pode resultar em prejuízos financeiros para o estado e na não execução adequada de obras ou
serviços planejados.

Exemplo de Ação Positiva:

Por outro lado, uma ação considerada positiva seria a implementação eficiente de políticas
públicas que promovam o desenvolvimento social e econômico do estado. Isso envolveria
investimentos em infraestrutura, educação, saúde e segurança, resultando em melhorias
mensuráveis na qualidade de vida da população.

Artigos: https://antigo.ufrr.br/editora/index.php/editais?download=598 – Crescimento


econômico em RR

http://www.singep.org.br/7singep/resultado/366.pdf – Transparência na Administração


Pública em Roraima
REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. 35. Ed. São
Paulo: Saraiva, 2006.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito administrativo. 27ª Edição. São
Paulo: Atlas, 2014.
GREGORIUS, Marcio Rosni. A Administração Pública e suas funções. Jusbrasil, 2015.
Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/artigos/a-administracao-publica-e-suas-
funcoes/195654350. Acesso em 12 de Out de 2023.

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