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REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

(SÉC. XVIII)
O mundo do século XVIII era
predominantemente rural.
• A ordem feudal estava baseada em uma perspectiva de
mundo estável, organizado, hierarquizado, no qual as
verdades estavam dadas e eram decorrentes da
vontade divina.
• O mundo estava pronto e aos homens cabia mantê-lo; a
verdade estava dada, cabendo ao homem adotá-la.
• A casa vai se tomando lugar reservado à família, que
dentro da casa, vai também dividindo espaços e
permitindo lugares mais individuais e privados.
• Constroi-se uma casa para a fábrica, modificando o
caráter da vida pública. A educação das crianças,
tomada como tarefa de todos, vai passando a ser de
responsabilidade da família e do Estado.
Maquinofatura X Manufatura
A Revolução Industrial surgiu
na Inglaterra
• Principal nação capitalista do mundo
europeu.
• Possuía um imenso império colonial.
• Abrigou, em seu solo, os calvinistas
franceses (Huguenotes), com seus
capitais e sua experiência empresarial.
• Foi a primeira nação liberal do mundo.
Objetivo das duas primeiras
revoluções industriais:
• Usar a tecnologia para produzir produtos
baratos e em grandes quantidades.
• A substituição do trabalho braçal, na primeira, e
o desenvolvimento de sofisticadas estratégias
gerenciais, na segunda, não visavam substituir
trabalhadores por máquinas, uma vez que os
trabalhadores desempenhavam papel central e
indispensável no processo produtivo.
Primeira
Revolução Industrial
(1760-1860)
• Indústria textil: A primeira máquina
inventada.
• O bastiador hidráulico
• O tear mecânico
• O descaroçador de algodão
• A máquina a vapor
• Produção de ciência
• Surgiram as primeiras estradas de ferro. A invenção da
locomotiva

• O barco a vapor
• O telégrafo
• A agricultura também sofreu melhoramentos –
ceifadeira mecânica.
Revolução industrial
Características Primeira Revolução
Industrial (1780-1840)
• Passagem da acumulação primitiva para a
acumulação capitalista. Substituindo métodos artesanais
por mecanizados, concomitantemente ao
desenvolvimento dos mesmos: a divisão do trabalho
passa a ser determinada pela própria mecanização.
• Passagem da manufatura para a grande
indústria.
• A primeira revolução industrial se caracterizou pelo
avanço da mecanização.No primeiro momento foi o
caos, depois quanto mais produzia mais barato ficava os
objetos.
• Predomínio do modo de produção capitalista.
• Obs.: É o sistema econômico que desemprega, não as
máquinas.
Segunda Revolução Industrial
(1850- 1980)
• É caracterizada pela difusão dos princípios de
industrialização em diversos países: França, Alemanha,
Itália, Bélgica, Estados Unidos e Japão.
• Valorização das ciências Física e Química
• O destaque ficou com a eletricidade e a química,
resultando em novos tipos de motores (elétricos e à
explosão), no aparecimento de novos produtos químicos
e na substituição do ferro pelo aço processo Bessemer.
• Houve o surgimento das grandes empresas - que, por
vezes, se organizavam em cartéis (grupos de empresas
que, mediante acordo, buscam determinar os preços e
limitar a concorrência) -, do telégrafo sem fio e do rádio.
Revolução industrial

Fábrica

• Na estrutura administrativa a verticalização marcará a segunda revolução


industrial através da empresa de sociedade anônima, gerenciada por uma
estrutura hierárquica de administradores profissionais assalariados.
• A estrutura administrativa passa a representar um
elevado custo fixo e devido a atividades não
mecanizáveis, essa estrutura se caracteriza pela
baixa produtividade.
• Desenvolve-se a maximização de lucros em longo
prazo, através de uma expressiva reinversão de
lucros de forma a garantir a ampliação da própria
estrutura administrativa.
• Serão desenvolvidas novas oportunidades de
investimento, criando novas demandas através de
um marketing agressivo, bem como interiorizando a
própria dinâmica de inovação através de
laboratórios internos de P&D: cria-se uma
organizada insatisfação em termos de se delinear
um desejo para ser satisfeito.
• Com a luz elétrica os lucros foram elevados, permitindo
o crescimento industrial.
• Motores e máquinas eletrônicas menores permitiram o
desenvolvimento de um grande número de utilidades
domésticas, que seriam os bens de consumo duráveis
que, juntamente com o automóvel, constituem os
maiores símbolos da sociedade moderna durante a
guerra fria (EUA) e o consumismo de seus produtos
industrializados para superar sua crise da queda da
Bolsa de NY em 1929.
• Cria-se a sociedade de consumo.salário tem que subir,
formação dos sindicatos, capital x trabalho.
• O padrão de consumo é definido pelo estado de bem
estar.
• Qualidade de vida X estado de bem estar social
(moradia, saúde, transporte gratuito, educação).
• Acumular capital – arrebentar com a legislação já
conseguida.
Taylorismo
• No contexto de se aumentar a produtividade do trabalho,
surge o método de administração científica de Frederick
W. Taylor (taylorismo): para ele o grande problema das
técnicas administrativas existentes consistia no
desconhecimento, pela gerência, bem como pelos
trabalhadores, dos métodos ótimos de trabalho.
• Diminuição do tempo ocioso.
• A busca dos métodos ótimos, seria efetivada pela
gerência, através de experimentações sistemáticas de
tempos e movimentos.
• Uma vez descobertos, os métodos seriam repassados
aos trabalhadores que transformavam-se em executores
de tarefas pré-definidas.
Fordismo
• Uma segunda concepção teórica, conhecida como
fordismo, acelera o conceito de produto único de forma
a intensificar as possibilidades de economia de escala
no processo de montagem e se obter preços mais
baixos. Henry Ford (carros da Ford)
• Com seu tradicional exemplo do Ford T, ao se valer da
moderna tecnologia eletromecânica, ele desenvolve
peças intercambiáveis de alta precisão que elimina a
necessidade de ajustamento e, consequentemente do
próprio mecânico ajustador.
• Sem a necessidade de ajuste, a montagem pode ser
taylorizada, levando a que mecânicos semi-qualificados
se especializassem na montagem de pequenas partes
(esteira rolante).
Sistema Toyota (Japão)
antecedentes: segunda Guerra
Mundial X EUA de Produção
• Período posterior à Segunda Guerra mundial, (os Anos
Dourados). Havia uma rigidez deste modelo de gestão
industrial foi a causa do seu declínio. Ficou famosa a frase de
Ford, que dizia que poderiam ser produzidos automóveis de
qualquer cor, desde que fossem pretos.
• A partir da década de 70, o Fordismo entra em declínio. A
General Motors flexibiliza sua produção e seu modelo de
gestão. Lança diversos modelos de veículos, várias cores e
adota um sistema de gestão profissionalizado, baseado em
colegiados.
• Na década de 70, após os choques do petróleo e a entrada
de competidores japoneses no mercado automobilístico, o
Fordismo e a produção de massa entram em crise e
começam gradativamente a serem substituídos pela
produção enxuta, modelo de produção do sistema toyota de
produção.
• Em 2007 a Toyota torna-se a maior montadora de veículos do
mundo.
TERCEIRA REVOLUÇÃO
INDUSTRIAL
• Essa nova fase
apresenta processos
tecnológicos
decorrentes de uma
integração física entre
ciência e produção,
também chamada de
revolução
tecnocientífica.
Robô inglês: braço eletrônico é capaz
de escrever e de levantar 1 tonelada
O impacto das novas tecnologias da Terceira Revolução
Industrial não se restringe apenas às indústrias, mas afeta as
empresas comerciais, as prestadoras de serviços esta é a
grande característica da terceira fase da Revolução Industrial.
É, em relação ao trabalho e, até mesmo, o cotidiano das
pessoas comuns.
Em termos de magnitude e abrangência, a Terceira
Revolução Industrial não se restringe a alguns países
europeus, aos EUA e ao Japão, mas se espalha pelo mundo
todo.
Na atual fase da revolução, o modo de produção difere tanto
da produção artesanal - em que os trabalhadores, com o uso
de ferramentas manuais, fabricam cada produto, um de cada
vez, de acordo com as especificações do comprador - quanto
da produção industrial ou em massa - na qual os
trabalhadores operam equipamentos que produzem produtos
padronizados e em grandes quantidades.
Na fase contemporânea da Revolução Industrial, busca-se
combinar as vantagens das produções artesanal e industrial.
A produção usa metade do esforço humano na fábrica,
metade do espaço físico e há investimentos maciços em
equipamentos.
E F E I TOS D A R E V O L U Ç Ã O
INDUSTRIAL
– ACÚMULO DE CAPITAL
– CONTROLE CAPITALISTA DO CAMPO
– CRESCIMENTO POPULACIONAL
– CAPITALISMO INDUSTRIAL
– EMPRESÁRIOS INDUSTRIAIS
– PROLETARIADO
– DENTENTOR DOS MEIOS DE PRODUÇÃO
– SURGIMENTO DOS MOVIMENTOS OPERÁRIOS
– DIVISÃO DO TRABALHO
– ALIENAÇÃO DO TRABALHO
– PRODUÇÃO EM SÉRIE
– PADRONIZAÇÃO DOS GOSTOS
– DESENVOLVIMENTO DOS TRANSPORTES
– DESENVOLVIMENTO DAS COMUNICAÇÕES
– URBANIZAÇÃO
Algumas conseqüências
• A noção de eu e a individualização vai se desenvolvendo
com a história do capitalismo.
• Instabilidade: nós vivemos o agora, não há projeto de
vida.
• 90% dos contratos de trabalho são precários (informal,
sem vínculo)
• Personalidade instável (emocional), receptivo à
mudança, relacionamento instável.
• Educação sem a visão da alteridade(não existe o outro).
• Extremo individualismo.
• A ideia de um mundo "interno" aos sujeitos, da
existência de componentes individuais, singulares,
pessoais, privados vai tomando força, permitindo o
desenvolvimento de um sentimento de eu.

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