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Introdução aos

Redutores de
Velocidade

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REDUTORES
• INTRODUÇÃO:

Nem sempre as unidades geradoras (motores


elétricos) podem ser acopladas diretamente
em determinados dispositivos, algumas
situações podem ser mencionadas como
bombas, ventiladores entre outras, porem a
grande maioria dos processos existe a
necessidade de se modificar algumas
características como velocidade, rotação ou
torque. Para esta finalidade os redutores
foram desenvolvidos.
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REDUTORES
DEFINIÇÃO:

• Dispositivos mecânicos que reduzem a


velocidade de rotação de um eixo de entrada para
o eixo de saída.

• Composição: Engrenagens, eixos, rolamentos e


carcaça.

• Funcionamento: As engrenagens transferem o


torque e reduzem a velocidade.
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REDUTORES
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Moto redutores
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MOTORES ELÉTRICOS
Na indústria em geral há grande utilização de
motores elétricos para transmissão de rotação.
Só que o motor elétrico apresenta duas
características, que ampliam as necessidades de
um sistema de transmissão mais eficiente.
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MOTORES ELÉTRICOS
Primeiro, a velocidade. Sabe-se que o motor elétrico
trabalha e rende melhor em alta velocidade. Por esse
motivo, os motores elétricos em geral são
padronizados em 4 velocidades básicas:

3600 rpm – 1800 rpm – 1200 rpm – 900 rpm

Porém, a maioria das máquinas necessita de


velocidades bem menores, o que implica em
utilização de sistemas de redução de velocidade. A
princípio, continuaram a usar as polias e correias,
mas, com o tempo, esse sistema se mostrou
ineficiente. Era preciso buscar uma alternativa mais
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eficiente e econômica. Surgiu, então o Redutor de


Velocidade
Uma segunda característica do motor elétrico, é que ele tem
potência (energia), mas não tem torque (força), ou melhor, o
torque de um motor elétrico (conjugado), é muito baixo.

Assim, para sanar essas duas características dos motores


elétricos, e poder aproveitar melhor o seu tamanho reduzido,
surgiram os primeiros Redutores de Velocidade.
Os primeiros redutores desenvolvidos em escala industrial,
utilizaram os conceitos de Arquimedes e de Da Vinci, surgindo
os redutores de Coroa e Rosca Sem Fim.
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TIPOS:

Os redutores variam sua construção


conforme :

Potência Motor
Rotações por minuto- RPM
Relações de Transmissão
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ROSCA SEM FIM
Aplicados em sistemas:
• Grandes reduções
• Torque requerido deve
ser relativamente baixo.
• São redutores que
produzem baixo nível
de ruídos.
• Hoje em dia são
produzidos com
acionamento de entrada
com engrenagens
helicoidais.
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Rosca sem Fim
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Eixos paralelos

• São redutores que largamente aplicados na


indústria, suportam grandes cargas radiais.
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ENGRENAGENS CÔNICAS

• São redutores que suportam grandes torques,


possuem rendimento acima de 96%,
possibilitam dois sentidos de rotação e são
fabricados com pares de engrenagem
lapidados que possibilita uma ótima
durabilidade.
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Engrenagens Cônicas
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ENGRENAGENS HELICOIDAIS
• São redutores aplicados para rotações de saída
elevadas, podem ser montados com um ou
mais estágios de redução oferecendo diversas
fixações de torque.
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PLANETÁRIO

• São aplicados em sistemas que movimentam


grandes cargas em baixa velocidade.
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Planetário
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REDUTORES
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REDUTORES
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REDUTORES
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REDUTORES
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REDUTORES
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REDUTORES
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REDUTORES
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REDUTORES
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REDUTORES
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PARTES COMPONENTES
• A parte fundamental de um redutor são as
engrenagens. Através delas reduz-se a
velocidade de rotação da transmissão, pois o
contato entre engrenagens de menor e
maior número de dentes (variação no
diâmetro) possibilita a redução desejada.
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ENGRENAGENS DE EIXOS
PARALELOS

• Engrenagens cilíndricas de dentes retos;


• Engrenagens cilíndricas de dentes helicoidais;
• Engrenagens duplas de dentes helicoidais;
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ENGRENAGENS DE EIXOS
PARALELOS
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ENGRENAGENS DE EIXOS
REVERSOS
• Engrenagens de coroa e rosca sem fim;
• Engrenagens cônicas descentradas (hipoides);
• Engrenagens cilíndricas helicoidais.
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ENGRENAGENS DE EIXOS
REVERSOS
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ENGRENAGENS DE EIXOS
CONCORRENTES

• Engrenagens cônicas;
• Engrenagens cônicas espirais.
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ENGRENAGENS DE EIXOS
CONCORRENTES
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DETALHES CONSTRUTIVOS DO
REDUTOR

CARCAÇA:
Normalmente fabricada em chapa de aço
de baixo carbono ou ferro fundido,
montada com solda ou alumínio, podendo
ser bipartida ou apenas com abertura nas
tampas dos mancais. Em alguns casos, ele é
tratado termicamente para alivio das
tensões de solda ou fundição.
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DETALHES CONSTRUTIVOS DO
REDUTOR

EIXOS:
São usinados em aço médio carbono SAE
1045 ou SAE 4350. Geralmente temperados e
revenidos a uma dureza especificada e
retificados para corrigir imperfeições do
tratamento térmico.
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DETALHES CONSTRUTIVOS DO
REDUTOR
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DETALHES CONSTRUTIVOS DO
REDUTOR

ENGRENAGENS:
São rodas dentadas com módulos
padronizados por normas. Fabricadas em aço
liga temperada em óleo e revenida. Tem
formato cilíndrico de dentes retos, helicoidal
ou cônico (pinhão), conforme o modelo do
redutor.
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DETALHES CONSTRUTIVOS DO
REDUTOR

RETENTORES:
Utiliza-se vedadores de borracha com molas,
para reter o óleo da parte interna e evitar as
infiltrações de contaminantes externos.
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DETALHES CONSTRUTIVOS DO
REDUTOR

ROLAMENTOS:
Elementos girantes de máquina que suportam
o eixo com as engrenagens, possibilitando a
eles o menor atrito possível ao girar. São
utilizados rolamento radiais, axiais ou cônicos.
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DETALHES CONSTRUTIVOS DO
REDUTOR

TAMPA DE INSPEÇÃO:
Evita a desmontagem do redutor, facilitando a
inspeção das partes internas.
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DETALHES CONSTRUTIVOS DO
REDUTOR

NÍVEIS DE ÓLEO:
Sistema para inspeção de nível do óleo
lubrificante utilizado dentro do redutor.
Podem ser do tipo visor, tubo vertical ou
vareta de nível.
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DETALHES CONSTRUTIVOS DO
REDUTOR

RESPIRO:
Dispositivo que possibilita a saída e entrada
do ar no redutor durante o trabalho, devido
ao aquecimento e resfriamento (mudança de
volume do ar).
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DETALHES CONSTRUTIVOS DO
REDUTOR

• O calor gerado pelo redutor geralmente é


dissipado para o ambiente pela superfície
da caixa, mas em alguns casos com
ambientes mal ventilados e com alta
potencia de transmissão haverá a
necessidade de ter um trocador de calor.
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DETALHES CONSTRUTIVOS DO
REDUTOR

• Para redutores de pequeno porte a


instalação de ventiladores no eixo de
entrada resolve o problema.
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DETALHES CONSTRUTIVOS DO
REDUTOR

PLACA DE DADOS DO REDUTOR:


Local onde estão contidas várias informações
importantes para o seu correto
dimensionamento, tais como: Relação de
transmissão, rotação máxima do eixo de
entrada e saída, tipo de lubrificante, torque
no eixo de saída, modelo, fabricante, etc.
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DETALHES CONSTRUTIVOS DO
REDUTOR
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MONTAGEM DE UM REDUTOR
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MONTAGEM DE UM REDUTOR
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MONTAGEM DE UM REDUTOR
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MONTAGEM DE UM REDUTOR
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MONTAGEM DE UM REDUTOR
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MONTAGEM DE UM REDUTOR
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MONTAGEM DE UM REDUTOR
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INSTALAÇÃO DO REDUTOR
• O redutor deve ser instalado em local
arejado e sobre uma base rígida, que não
permita desnivelamento e torções durante o
funcionamento que possam prejudicar a
transmissão do conjunto. Para evitar
vibrações, recomenda-se que a base do
redutor seja independente da base da
máquina acionada.
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COMO É EXECUTADA A
INSTALAÇÃO DE REDUTORES

A instalação de redutores requer o emprego


de equipamentos e ferramentas específicas
que são utilizadas por profissionais
habilitados que efetuam os processos de
acordo com cada tipo de dispositivo.

• Montagem das engrenagens, polias e


acoplamentos: este processo compreende a
instalação dos componentes e peças dos
redutores, conforme o modelo;
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COMO É EXECUTADA A
INSTALAÇÃO DE REDUTORES

• Nivelamento e alinhamento: este


procedimento é indispensável para que os
redutores possam operar de forma eficiente
e em sua capacidade máxima;

• Fixação dos parafusos e carcaça: esta etapa


é feita após os processos de alinhamento e
nivelamento, nos quais são feitas
montagem dos dispositivos segundo as sua
características e dimensões;
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COMO É EXECUTADA A
INSTALAÇÃO DE REDUTORES

• Testes de funcionamento: nesta fase o


redutor é submetido a teste para verificar
se o seu funcionamento está condizente.
Para isso, o dispositivo é colocado para
operar sem carga por um determinado
período.
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INICIO DA OPERAÇÃO
• O inicio da operação deve ser realizado sem
carga ou com carga parcial para que se
possa observar as condições de
funcionamento.

• Para redutores que funcionam em regime


continuo e com temperatura ambiente de
até 30 graus, deve-se manter a temperatura
da carcaça no máximo em 90 graus e 110
graus no óleo lubrificante.
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Desligar X Desenergizar
Procedimento de desenergização.
1. Seccionamento- Isolamento e descarga de qualquer
fonte de energia
2. Confirmação- utilização de aparelhos e instrumentos
para confirmação da eliminação da fonte de energia.
3. Aterramento- Eliminar possíveis formas de fuga de
energia
4. Bloqueio- eliminar a possibilidade de ligar a fonte de
energia acidentalmente. Sistemas de retenção com
trava mecânica, para evitar o movimento de retorno
acidental
5. Identificação- Sinalização com cartão ou etiqueta de
bloqueio contendo o horário e a data do bloqueio, o
motivo da manutenção e o nome do responsável
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Bloqueio Painel Elétrico
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BLOQUEIO TOMADAS
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BLOQUEIO FLUÍDO
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CONTROLE DE ENERGIAS
PERIGOSAS

• 1. Preparação e comunicação ;
• 2. Desligamento ou neutralização dos
equipamentos ou sistemas que possam
intervir na atividade;
• 3. Isolamento ou desenergização;
• 4. Bloqueio;
• 5. Etiquetagem;
• 6. Liberar ou controlar as energias
armazenadas;
• 7. Verificar/testar o isolamento ou a
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desenergização do equipamento ou sistema;


CONTROLE DE ENERGIAS
PERIGOSAS
• 8. Liberação para o início da atividade;
• 9. Retirada de trabalhadores, ferramentas e
resíduos após o término da atividade;
• 10. Comunicação, após encerramento da
atividade, a todos os trabalhadores envolvidos
• 11. Retirada dos bloqueios e das etiquetas
após a execução da atividade;
• 12. Reenergizar ou retirar os dispositivos de
isolamento do equipamento ou sistema;
• 13. Liberação para a retomada da operação.
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MANUTENÇÃO EM REDUTORES

Além dos cuidados com rolamentos, eixos,


árvores e outros elementos específicos, a
manutenção dos variadores de velocidade
exige os seguintes cuidados:

· Alinhamento e nivelamento adequados.


· Lubrificação correta.
· Inspeções periódicas, com especial atenção
aos mancais.
· Verificação dos elementos sujeitos ao atrito.
· Verificação dos elementos de ligação em
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geral.
MANUTENÇÃO EM REDUTORES

Quanto aos redutores de velocidade,


especialmente os de engrenagens, os
principais cuidados na manutenção são os
seguintes:

• Na desmontagem, iniciar pelo eixo de alta


rotação e terminar pelo de baixa rotação;

• Na substituição de eixo e pinhão,


considerar ambos como uma unidade, isto
é, se um ou outro estiver gasto, substituir
ambos;
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MANUTENÇÃO EM REDUTORES

• Coroas e pinhões cônicos são lapidados aos


pares e devem ser substituídos aos pares, nas
mesmas condições. Os fabricantes marcam os
conjuntos aos pares e, geralmente, indicam
suas posições de colocação que devem ser
respeitadas;

• Medir a folga entre os dentes para que esteja


de acordo com as especificações;
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MANUTENÇÃO EM REDUTORES

• Proteger os lábios dos retentores dos cantos


agudos dos rasgos de chaveta por meio de
papel envolvido no eixo. Não dilatar os
lábios dos retentores mais que 0,8 mm no
diâmetro.
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Montagem e desmontagem de rolamentos e
retentores

Procedimentos básicos
Roscas internas dos eixos
poderão ser utilizadas na
Antes da montagem, montagem, com parafuso
proteger o assento dos e arruela
rolamentos com óleo
fino

Rolamentos pequenos
podem ser montados
usando-se um pedaço de
tubo
Rolamentos grandes
são montados mais
Uma prensa hidráulica
eficientemente
pode ser de grande
quando aquecidos
ajuda na montagem de
até no máximo a
rolamentos pequenos e
120ºC
médios, também com
auxílio de um tubo
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LUBRIFICAÇÃO: PROBLEMAS, SOLUÇÕES
E CUIDADOS

Lubrificação normal

As funções básicas do lubrificante são:

• Reduzir o atrito entre dois elementos sólidos


que se movimentam entre si

• Remover o calor gerado pela interação das


superfícies

• Em geral, utiliza-se a lubrificação em


redutores por imersão
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LUBRIFICAÇÃO: PROBLEMAS, SOLUÇÕES
E CUIDADOS
Problemas de lubrificação
Nível de óleo incorreto
• Excesso de óleo causa aquecimento e perda de
potência; deterioração prematura do lubrificante;
danos aos retentores, pelo excesso de pressão;
redução da vida útil do equipamento, devido à fadiga
térmica

• Falta de óleo ocasiona desgaste progressivo da


superfície dos dentes; superaquecimento, causando
deformações plásticas nos flancos dos dentes;
redução da resistência da película de lubrificante,
com sérios danos às engrenagens; pelo excesso de
temperatura, as peças adquirem uma coloração
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azulada nos dentes ou próximo a eles


LUBRIFICAÇÃO: PROBLEMAS, SOLUÇÕES
E CUIDADOS
Problemas de lubrificação
Presença de impurezas

• Impurezas sólidas causam falhas por abrasão dos


dentes das engrenagens
• Agentes químicos podem reagir com os materiais
componentes do redutor (borracha dos retentores;
aço das engrenagens; ferro fundido das caixas;
bronze das coroas)
• Água pode causar, além da diminuição da
resistência da película de lubrificante, a corrosão
por oxidação
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