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Teologia

Sistemática VII

Escatologia

Paulo César Nascimento


Escatologia

- Escatologia é o estudo das últimas coisas.

- O termo escatologia vem de duas palavras gregas:


eschatos (derradeiro, último), e logos (palavra, discurso)

- Escatologia quer dizer, literalmente, o “estudo das


últimas coisas” ou “estudo dos eventos futuros”
- Dois extremos devem ser evitados:

* Escatomania – preocupação exagerada com a


escatologia.

* Escatofobia – medo, aversão a escatologia; recusa


em discutir o assunto.
* Como evitar esses dois extremos?

- Manter em mente o verdadeiro propósito da


escatologia!

(1) Proporcionar consolo e segurança (1Ts 4.13-18)

(2) Incentivar uma vida santa e piedosa (1Jo 3.2-3; 2Pe


3.10-14)
- Precisamos distinguir entre a escatologia individual e a
escatologia cósmica.

* Escatologia individual

- O que ocorrerá a cada indivíduo na hora da morte.

* Escatologia Cósmica

- O que ocorrerá à raça humana, toda a criação em


associação com a Segunda Vinda de Cristo.
1. A Morte

1.1. A realidade da morte

- Um fato inegável no futuro de todas as pessoas é a


inevitabilidade da morte. (Hb 9.27; 1Co 15.54-56)

- Há uma falta de disposição de encarar essa


inevitabilidade. (eufemismos, cemitério ajardinado)

- O cristão enfrentará com firmeza a realidade e a


inevitabilidade da morte. (2Co 4.11, 12)
1.2. A natureza da morte

- O que é a morte?

* Morte física - o cessar da vida em nosso corpo físico (Mt


10.28; Jo 13.37, 38; Ec 12.7; Tg 2.26).

- Mas, não é o fim da existência!

- Vida e morte devem ser entendidas como dois estados


diferentes de existência.

- Uma transição para um modo diferente de existência. (não


* Morte espiritual – a separação entre a pessoa e Deus (Ef
2.1, 2).

- A incapacidade de reagir a questões espirituais.

- Perda total da sensibilidade a estímulos espirituais.

* Morte eterna – período infinito de punição e separação


da presença de Deus (Ap 20.6,14; 21.8).

- Concretização do estado de perdição do indivíduo


espiritualmente morto (ocasião - morte física).
1.3. Morte Física: natural ou não-natural?

- Adão e Eva foram criados mortais ou imortais?

- Caso não tivessem pecado, teriam morrido?

- A morte física não fazia parte da condição humana original.

- Não fazia parte da intenção original de Deus para a raça


humana.

- A morte física surgiu do pecado humano (Rm 5.12; 1Co


15.21).
- Os homens não eram inerentemente imortais.

- Poderiam participar da árvore da vida, e receberiam vida


eterna.

- Eram mortais no sentido de serem capazes de morrer.

- Esse potencial ou possibilidade tornou-se realidade


quando pecaram.

- Foram criados com imortalidade contingente!


2. O Estado intermediário

- Refere-se à condição dos homens entre a morte e a


ressurreição.

- Qual a condição do indivíduo durante esse período?

2.1. A dificuldade da doutrina

- A relativa escassez de referências bíblicas.

- A controvérsia teológica em torno da doutrina.


* Antes do século XX – Ortodoxia

- Parte do homem sobrevive à morte.

- A alma imaterial continua vivendo numa existência


pessoal consciente.

- Na ressurreição, o corpo transformado será reunido à


alma.
* Liberalismo

- Rejeitou a ideia da ressurreição do corpo.

- Defendeu a imortalidade da alma.

- Não criam numa Segunda vinda corporal de Cristo.

* Neo-ortodoxia

- Existência significa existência corporal.

- Não há uma entidade espiritual separada que sobreviva


à morte. (monismo)
2.2. Concepções correntes do estado intermediário

* O sono da alma

- Durante o período entre a morte e a ressurreição, a


alma repousa num estado de inconsciência.

- Bases bíblicas: Interpretação literal de (At 7.60; 1Co


15.6, 18, 20, 51; 1Ts 4.13-15; Jo 11.11)

- Os adventista - “extinção da alma” – A pessoa deixa


completamente de existir, nada sobrevive.
- Quais os problemas com essa posição?

- Alguns textos falam de existência pessoal, consciente


entre a morte e a ressurreição (Lc 16.19-31; 23.43, 46; Ap
6.9-11)

- “Dormir” ou “sono” deve ser entendido como


eufemismo para a morte física (Jo 11.11, 14).
Ec 9.5, 10; Sl 115.17, 18

“Os textos que indicam que os mortos não louvam a


Deus, ou que a atividade consciente cessa depois da
morte, devem ser entendidos da perspectiva da vida
nesse mundo.” (Grudem, p.688)

“De nossa perspectiva, uma vez que a pessoa esteja


morta, ela não se envolve mais em atividades como
essa.” (Grudem, p.688)
* O purgatório (católico romano)

- A condição eterna do indivíduo é determinada logo após


a morte.

- Morreram / estado de impiedade / diretamente para o


Inferno / Irremediavelmente perdidos.

- Sofrimento proporcional à impiedade – intensificado


após a ressurreição.

- Morreram / perfeito estado de graça e penitência /


imediatamente para o céu.
- Morreram / estado de graça / mas não espiritualmente
perfeitos / purgatório.

- O que é o purgatório?

“Um estado de punição temporária para aqueles que,


deixando esta vida na graça de Deus, não estão
inteiramente livres dos pecados veniais ou ainda não
pagaram tudo o que deviam por suas transgressões.”
- Três meios / almas no purgatório / assistidas / progresso
rumo ao céu:

- A missa, as orações e as obras.

* Igreja católica / base / crença no purgatório

Tradição – uma tradição antiga de orar, celebrar missas e


dar ofertas em benefício dos mortos.

Escritura (Mt 12.32 e 1Co 3.15)


* Livro apócrifo

“Depois, tendo [Judas Macabeus] organizado uma coleta


individual, enviou a Jerusalém cerca de duas mil dracmas de
prata, a fim de que se oferecesse um sacrifício pelo pecado: agiu
assim absolutamente bem e nobremente, com o pensamento na
ressurreição. De fato se ele não esperasse que os que haviam
sucumbido iriam ressuscitar, seria supérfluo e tolo rezar pelos
mortos. Mas, se considerava que uma belíssima recompensa está
reservada para os que adormecem na piedade, então era santo e
piedoso o seu modo de pensar. Eis por que ele mandou oferecer
esse sacrifício expiatório pelos que haviam morrido, a fim de que
fossem absolvidos do seu pecado” (2Macabeus 12.43-45)
Objeções à Crença no Purgatório

- O texto base principal está nos apócrifos.

- A inferência a partir de Mt 12.32 é um tanto forçada.

- O conceito de purgatório implica uma salvação por


obras.

- A ideia de Salvação por obras é contrária às Escrituras.


* Ressurreição instantânea (revestimento instantâneo)

- Logo após a morte, o crente recebe o corpo ressurreto


prometido.

- Paulo possuía duas concepções acerca de nossa


ressurreição:

1) Ressurreição futura (1Co 15).

2) Recepção instantânea do corpo celestial (2Co 5).

- Quando escreveu 2Coríntios não cria no estado


intermediário. (concepção avançada)
Uma proposta de solução

* O “hades” recebe os ímpios no período entre a morte e a


ressurreição (Lc 16.22, 23; Ap 6.8).

* Os justos (a alma deles) são recebidos no paraíso (Lc


16.22; 23.43).

* Estar ausente do corpo equivale estar na presença do


Senhor (2Co 5.1-10; Fp 1.19-26).

* O estado desencarnado é descrito como “estar com o


Senhor” e como “algo preferível” ((2Co 5.8 Fp 1.23)
“...as experiências do paraíso e do hades sem dúvida não
serão tão intensas como serão por fim, já que a pessoa
estará numa condição um tanto incompleta.”

“Entre a morte e a ressurreição, há um estado


intermediário em que crentes e incrédulos experimentam,
respectivamente, a presença e ausência de Deus.”
A Segunda Vinda

- Doutrina sobre a qual os teólogos mais concordam.

- Base da esperança cristã.

- Evento que marcará o início da complementação do


plano de Deus.

- O próprio Jesus promete que voltará (Mt 24.27, 30, 39,


42, 44; Mc 13.26; Lc 21.27; Jo 14.3).

- No NT há várias declarações acerca de seu retorno (At


3.19-21; 1Ts 4.15, 16; Tt 2.13; Hb 9.28; Tg 5.7-8; 1Pe 1.7,
- O fato da Segunda Vinda / Muita ênfase e clareza nas
Escrituras.

- O tempo em que ocorrerá não é claro.

- Deus estabeleceu um tempo definido.

- Esse tempo não foi revelado (Mc 13.32-33, 35; Mt


24.36-44; At 1.7).

- Esse fato explica seu caráter inesperado e a necessidade


de vigilância.
* O Caráter da Segunda Vinda

1) Pessoal

- Sua volta será tão pessoal quanto sua partida (At 1.11; Jo
14.3; 1Ts 4.16)

2) Física

- Cumprida no Pentecoste? Vinda espiritual? (Mt 28.20; Jo


14.23)

- O termo “parousia”, presença. Jesus está presente, não


3) Visível

- Cristo começou a reinar sobre a terra no dia 01/10/1914.


(Testemunhas de Jeová)

- A volta de Cristo será como sua partida, visível (At 1.9-


11).

4) Inesperada

- Embora precedida por sinais, eles não indicarão o tempo


exato (Mt 24.15, 21, 29).

- Muitos serão tomados pela desatenção (Mt 25.1-13; 2Pe


3.3-4).
5) Triunfante e gloriosa

- (Mt 24.30; Mc 13.26; Lc 21.27; 1Ts 4.16; Mt 25.31-46

* A unidade da Segunda Vinda

- Será uma ocorrência única ou se dividirá em duas


etapas?

- Duas etapas / Arrebatamento e revelação. (concepção


pré-tribulacionista)

- “Vinda para os santos” e “Vinda com os santos”.


- Separadas pela Grande Tribulação (7 anos).

- 1ª etapa será secreta e iminente, e livrará a igreja da


Tribulação.

- 2ª etapa será óbvia, gloriosa e universalmente


reconhecida.

- Reino milenar estabelecido na terra pelo Cristo.

- Outras concepções / única ocorrência / evento unificado.


(pós-tribulacionismo)
* A iminência da Segunda Vinda

- Ela pode ocorrer a qualquer momento?

- Algumas profecias ainda precisam ser cumpridas antes?

- Para alguns, ela pode ocorrer a qualquer momento (pré-


tribulacionistas).

- Para outros, certos eventos precisam ocorrer antes.


- Argumentos em apoio a iminência

1. O discípulos deveriam estar prontos (Mt 24-25)

2. Devemos esperar com ansiedade, pois a vinda está


próxima (Rm 8.19-25; 1Co 1.7; Fp 4.5; Tt 2.13; Jd 21)

3. Aguardamos nossa bendita esperança (Tt 2.13).

- Se o próximo passo é a Grande Tribulação, não teremos


esperança ou alegria antecipada.
- Argumentos contra a iminência

1. No momento que Jesus falou, não significava que a vinda


era iminente.

- Indicou que haveria uma demora (Lc 19.11-27; Mt 25.5;


24.45-51)

- Pedro deveria ficar velho e fraco (Jo 21.18).

- O templo seria destruído (Mt 24.2).

- O evangelho deveria ser pregado em todas as nações (Mt


“...iminente é mais o complexo de eventos
adjacentes à Segunda Vinda, e não a Segunda
Vinda em si.” (Millard Erickson)
A Ressurreição

- O resultado principal da Segunda Vinda é a ressurreição.

* O ensino bíblico

- No Antigo Testamento (Is 26.19; Dn 12.2; Ez 37.12-14;


Mc 12.24-27; At 2.24-32).

- No Novo Testamento (Jo 5.25-29; 1Co 15; 1Ts 4.13-16;


2Co 5.1-10; At 23.6; 24.21; Ap 20.4-6, 13).
- Todos os membros da Trindade estão envolvidos na
ressurreição dos crentes (Rm 8.11; 1Co 15.12-14).

- A ressurreição é corporal quanto à sua natureza (Rm 8.11;


Fp 3.20, 21; 1Co 15.44; 2Tm 2.18)

- A ressurreição de Jesus foi de natureza corporal (Lc 24.38,


39).

- Nossa ressurreição também será corporal.

- Haverá a ressurreição de crentes e incrédulos (Dn 12.2; Jo


O Julgamento Final

- A Segunda Vinda também resultará no grande


julgamento final.

- Uma das perspectivas mais assustadoras para os


descrentes.

- Aguardado com ansiedade pelos que estão em Cristo.

- Seu objetivo não é verificar nossa condição, é manifestar


publicamente nossa condição.
* Um evento futuro

- Um evento definido ocorrerá no futuro após a Segunda


Vinda (Mt 11.24; Jo 5.27-29; Ap 2.11-15; Mt 16.27).

* Jesus Cristo, o juiz (Mt 25.31-33; Jo 5.22, 27; 2Co


5.10).

- Parece que os crentes tomarão parte no julgamento (Mt


19.28; Lc 22.28-30; 1Co 6.2, 3; Ap 3.21)
* Os objetos do julgamento

- Todos os homens serão julgados (Mt 25.32; Rm 14.10)

- Os anjos malignos serão julgados (2Pe 2.4).

- Os anjos bons reunirão todos os que serão julgados (Mt


13.41; 24.31)
* A base do julgamento

- De acordo com a vida terrena (2Co 5.10; Jo 5.29).

- O padrão: a vontade revelada de Deus (Jo 12.48; Rm


2.12)

* A irreversibilidade do julgamento

- Uma vez concluído, o julgamento será permanente e


irrevogável (Mt 25.46)
Concepções Milenistas

- Haverá um reinado terreno de Cristo (milênio)?

- A Segunda Vinda ocorrerá antes ou depois desse


reinado?

- Surgiram três concepções diferentes:

* Pós-milenismo

* Pré-milenismo
1. Pós-milenismo

- A base: A crença de que a pregação do evangelho será


tão bem sucedida e que o mundo se converterá.

- O reinado de Cristo se localiza no coração dos


homens!

- A paz prevalecerá e o mal será virtualmente banido.

- Quando o evangelho tiver produzido todo o efeito,


Cristo retornará.
- Proposto no séc. IV por Ticônio e adotada por
Agostinho.

- Ganhou popularidade no final do séc. XIX.

- Bases no AT (Sl 47, 72, 100; Is 45.22-25; Os 2.23)

- Bases no NT (Mt 24.14; 28.18-20) – Sucesso garantido


da Missão.
- O Reino de Deus é entendido como uma realidade
presente.

- Seu crescimento será gradual. Inicialmente quase


imperceptível (Mt 13).

- Será um período extenso, mas não necessariamente de


mil anos.

- Embora fisicamente ausente, Cristo reinará sobre a


terra.

- Uma concepção otimista!


2. Pré-milenismo

- Haverá um reinado terreno de Jesus Cristo.

- Duração de cerca de mil anos ou período substancial


de tempo.

- Cristo estará fisicamente presente durante esse tempo.

- Jesus retornará de forma pessoal e iniciará o milênio.


- Concepção dominante nos três primeiros séculos da
igreja (provavelmente).

- Na Idade Média tornou-se bem raro.

- Meados do século XIX começou a ganhar


popularidade.

* Duas questões contribuíram:

- Os liberais eram pós-milenistas (suspeita).

- O dispensacionalismo deu ímpeto a essa concepção.


- Passagem básica: (Ap 20.4-6)

- Prova o período de mil anos entre as duas ressurreições


(no início e no fim).

- Insistem numa interpretação literal e coerente dessa


passagem.

- O Amilenista e o pós-milenista interpretam uma


espiritual (regeneração) e outra literal (física).

- Pré-milenismo histórico e dispensacionalista.


3. Amilenismo

- A ideia de que não haverá um milênio, um reinado


terreno de Cristo.

- Após a Segunda Vinda virá imediatamente o


julgamento final.

- “Mil anos”: símbolo da vitória completa de Cristo


sobre Satanás.

- “Mil anos”: símbolo do gozo perfeito dos santos no


céu.
- O principal problema de interpretação do amilenismo
não é os “mil anos”, mas as duas ressurreições.

- O amilenismo tem gozado de grande popularidade


desde a Primeira Guerra Mundial.
Concepções Tribulacionais

- Cristo removerá a igreja do mundo antes da grande


tribulação?

- Ou ele só voltará após a tribulação?

- Três concepções diferentes:

* Pré-tribulacionismo

* Pós-tribulacionismo
1. Pré-tribulacionismo

- Será uma tribulação sem paralelos na história.

- A tribulação não deve ser entendida como um período


de disciplina nem de purificação.

- Cristo virá no início da tribulação para remover a


igreja do mundo. (arrebatamento – 1Ts 4.17)

- Será secreta. Nenhum olho incrédulo o verá.

- Cristo não fará uma descida completa à terra.


- Haverá duas fases na Vinda de Cristo (para a igreja e
com a igreja).

- O objetivo do arrebatamento é livrar a igreja da


tribulação.

- Haverá três ressurreições. A “primeira ressurreição”


será dividida em duas etapas.

- Os “eleitos” de Mt 24.22, 31 são os “judeus eleitos”,


não a igreja.
2. Pós-tribulacionismo

- A igreja estará presente durante a grande tribulação e


sofrerá com ela.

- Os “eleitos” de Mt 24.22, 31 deve ser compreendido


como o seu uso em outros textos (crentes).

- Desde Pentecostes, o termo “eleitos” tem designado a


igreja.

- O Senhor preservará a igreja durante a tribulação, mas


não a livrará dela.
- Fazem distinção entre a ira de Deus e a tribulação.

- A ira de Deus recai sobre os ímpios (Jo 3.36; Rm 1.18;


2Ts 1.8)

- Os crentes não sofrerão a ira de Deus, mas passarão


pela tribulação (Rm 5.9; 1Ts 1.10; Mt 24.9, 21, 29; Ap
7.14).

- A tribulação tem sido a experiência da igreja ao longo


dos séculos.
- A diferença entre a tribulação em geral e a grande
tribulação será apenas de grau, não de espécie.

- Só existe uma Segunda Vinda.

- Só há duas ressurreições:

** A ressurreição dos crentes no final da tribulação e


início do milênio.

** A ressurreição dos ímpios no final do milênio.


Ira de Deus e Tribulação

* A igreja jamais sofrerá a ira de Deus.

* É preciso fazer uma distinção entre a ira de Deus e a


tribulação:

- A ira de Deus será derramada sobre os ímpios (Jo 3.36;


Rm 1.18; 2Ts 1.8; Ap 6.16-17; 14.10; 16.19; 19.15), e,
nunca sobre os salvos em Cristo (Rm 5.9; 1Ts 1.10; 5.9).
- Em toda a Escritura os crentes sofrerão tribulação (Mt
24.9,21,29; Mc 13.19,24; Ap 7.14).

- Sofrimentos e perseguições não são a ira de Deus, mas


a ira de Satanás (Ap 12.17), do Anticristo (Ap 13.7) e
dos ímpios contra o povo de Deus (Mt 24.9).

- A diferença entre a tribulação em geral e a grande


tribulação, é apenas de intensidade e não de qualidade.
Apocalipse 3.10

- Jesus não prometeu remover ou afastar a igreja do


meio da tribulação. Mas, sim, guardar a igreja em meio
à tribulação.

- Ele usou o verbo “têreô”, “guardar”, o mesmo usado


em João 17.15:

O verbo “airô” significa “tirar, levantar, remover”.


Se João desejasse ensinar, em Ap 3.10, que Jesus
“removeria” a igreja para fora da tribulação, teria usado,
certamente, o verbo “tirar”, “airô”.
* As Escrituras revelam que para guardar o seu povo
Deus não precisa remover.

Exemplos que Ilustram esse princípio:

- Experiência dos israelitas durante as pragas do Egito


(Êx 8.22; 9.4,6,25,26; 10.22,23).

Apocalipse 9.4: O selo de Deus terá a função de


proteger os servos de Deus em meio à grande tribulação.
1Tessalonicenses 4.17

“para o encontro do Senhor nos ares”

- Das “nuvens”, o Senhor retorna para o céu juntamente


com os que foram ao seu encontro ou continua o seu
percurso em direção à Terra?

Pré-tribulacionistas: das “nuvens”, Cristo os levará para o


céu onde ficarão até o fim da grande tribulação.

Pós-tribulacionistas: dos “ares”, Cristo seguirá com eles


em direção à Terra, como parte de sua comitiva triunfante.
* A palavra usada em 1Ts 4.17 para “encontro” é
“apantêsis” (grego).

Há somente duas outras ocorrências de “apantêsis” no


NT:

Mateus 25.6 – o noivo vem em direção ao local onde


será realizada a festa de casamento. Os convidados vão
ao “encontro” (apantêsis) dele no caminho, e seguem
com ele para o local onde a festa será celebrada. Não
retornam para o lugar de onde o noivo está vindo!
Atos 28.15 – Paulo e sua comitiva estavam seguindo viagem
em direção a Roma (28.14). Sabendo disso, alguns irmãos
“vieram ao seu encontro” (apantêsis). Encontrando-os nas
localidades “Praça de Ápio” e “Três Vendas”, seguiram com
eles para Roma.

George Ladd: “apantêsis” sugere um grupo de boas-vindas


que sai para encontrar alguém no caminho e o acompanha ao
lugar de onde vieram.

1Ts 4.17: Nosso “encontro” (apantêsis) com o Senhor não é


uma ocasião em que somos levados embora para o céu. Na
verdade, vamos ao seu “encontro” e, imediatamente,
voltamos com ele à terra, como parte da sua triunfal comitiva.
3. Mesotribulacionismo

- A igreja enfrentará a parte menos severa da tribulação


(3 anos e meio).

- Depois será removida do mundo antes que a ira de


Deus seja derramada.

* Não tem gozado de aceitação!!

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