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CAPACITAÇÃO EM NR-

20
Módulo: Básico

SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO COM INFLAMÁVEIS E


COMBUSTÍVEIS
Legislação
 Esta Norma Regulamentadora – NR estabelece requisitos mínimos para a gestão de segurança
e saúde do trabalho contra fatores de risco de acidentes proveniente das atividades de extração,
produção, armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de inflamáveis e líquidos
combustíveis.
 A capacitação do trabalhador é fundamental para garantir que os trabalhos sejam executados
com segurança, evitando-se assim muitos riscos como explosão, intoxicação ou contaminação
proveniente da execução de trabalhos com inflamáveis e combustíveis.
 É fundamental que os profissionais envolvidos nas atividades façam sempre uma minuciosa
análise das condições de trabalhos que serão realizados, para que possam ser identificados
quais os possíveis riscos envolvidos na execução destes, promovendo assim serviços com
qualidade e com total segurança para os profissionais e terceiros.
Inflamáveis
 Há certos líquidos que apresentam a propriedade inflamável, gerando calor, sendo estes
vinculados com os combustíveis como Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) e outros gases
inflamáveis.

 Há muitos tipos de inflamáveis, porém neste item serão


trabalhados os principais tipos de inflamáveis subdivididos em dois
grupos, sendo estes os que se podem destacar entre os derivados de
petróleo, gás e biocombustível.
Os derivados de petróleo compreendem uma gama variada de
produtos. Aqui serão considerados os principais combustíveis
presentes em veículos e máquinas, para gerar força motriz ou calor.
Petróleo
 O petróleo é um tipo de óleo de extrema importância e está entre os combustíveis mais
valiosos do mundo, sendo utilizado para os mais variados fins.

 Tem-se aqui no Brasil uma enorme reserva de petróleo e uma das


maiores empresas voltadas a sua extração, a Petrobras.
 A quantidade de produtos derivados deste óleo é muito grande e
alguns produtos que são consumidos são feitos por meio de algum
processo envolvendo o petróleo e nem sempre se imagina que isso
acontece. A seguir serão apresentados os principais derivados do
petróleo.
Gasolina
 Combustível composto basicamente por hidrocarbonetos, obtido por meio do refino do
petróleo, sendo que a formulação deste pode demandar a utilização de correntes nobres do
processamento de petróleo, tais como naftas leves, craqueadas, reformadas, etc.

Gasolina tipo A: produzida pelas refinarias e entregue as companhias


distribuidoras, constituindo-se basicamente de uma mistura de naftas,
em uma proporção adequada para o enquadramento do produto na
especificação prevista. É a gasolina pura, que serve como base para a
que vai para os postos de revendedores.
Gasolina tipo C: é a gasolina comum que se encontra disponível no
mercado, sendo preparada pelas distribuidoras, que adicionam álcool
anidro a gasolina A, em uma porcentagem compreendida a 27%,
percentual estabelecido desde 16 de março de 2015.
Gasolina
 Gasolina Aditivada: Diferente da comum apenas por conter aditivos detergentes/dispersantes,
adicionados pelas distribuidoras, é admitida pelo Departamento Nacional de Combustíveis
(DNC) a adição de corantes, existindo cores diferentes, conforme a distribuidora. Os aditivos têm
a função de impedir a formação de depósitos, mantendo limpos os bicos injetores e as válvulas
do motor.
 Gasolina Premium: Apresenta formulação especial, sendo obtida a partir de naftas de elevada
octanagem, o que confere ao produto maior resistência à detonação (índice antidetonante –
IAD). O que a diferencia das demais gasolinas é a maior octanagem e menor teor de enxofre. A
octanagem ou índice antidetonante é a capacidade de resistência da gasolina às exigências do
motor, sem entrar em autoignição antes do momento programado. Há na gasolina Premium
uma porcentagem compreendida de 25% de mistura de álcool anidro, conforme Portaria MAPA
Diesel
 É uma mistura de hidrocarbonetos que tem amplo emprego como combustível em motores a
explosão, quer seja em ônibus, navios, locomotivas, tratores, etc., e também como fonte de
calor.
Óleos Lubrificantes
 óleos utilizados em aplicações diversas, alguns tipos de óleos são: Lubrificantes oleosos,
líquidos e fluidos lubro-refrigerantes (emulsões), Lubrificantes graxosos, Lubrificante pastoso,
Lubrificante seco (pó ou verniz).
Etanol
 O álcool é um combustível ecologicamente correto também denominado de etanol e não afeta
a camada de ozônio já que é obtido, principalmente no Brasil, a partir da cana-de-açúcar que
ajuda na redução do gás carbônico da atmosfera por meio da fotossíntese nos canaviais.
 Além disso, o plantio e cultivo da cana-de-açúcar aumentam a
umidade do ar e a retenção das águas da chuva.
 O tempo de preservação do etanol no tanque combustível, sem
que o mesmo perca suas características, depende das condições de
armazenagem e temperatura. O etanol pode absorver umidade do ar
ou evaporar, o que ocasiona alteração no teor alcoólico e na massa
específica.
 O etanol tem como principais características a não derivação do
petróleo, obtenção a partir da fermentação da cana-de-açúcar,
sendo incolor e pode ser utilizado em qualquer veículo cujo motor
aceite este combustível.
Gás Natural
 O gás natural é uma mistura de hidrocarbonetos, dentre os quais se destacam o metano, o
etano e o propano, resultantes da degradação de matéria orgânica por bactérias anaeróbias e
pela elevação da temperatura e pressão da crosta terrestre. O gás natural pode estar ligado ou
não ao petróleo, visto que o acúmulo de gás natural ocorre em rochas porosas no subsolo,
muitas vezes vem associado ao petróleo, isto é, dissolvido ou formando uma capa de gás livre,
acima do reservatório de óleo.
Gás Domiciliar
 No uso em residências, o gás natural é chamado de gás domiciliar. É um mercado em franca
expansão, especialmente, nos grandes centros urbanos de todo o País. As companhias
distribuidoras estaduais têm planos de grande ampliação de redes, e o aumento do consumo de
gás domiciliar demanda investimento expressivo em conversões e em recebimento e adaptações
nas residências.
Gás Veicular
 O gás natural veicular surge como uma alternativa eficaz para reduzir a dependência do
petróleo, além de ser uma fonte menos agressiva ao meio ambiente. A utilização desse
combustível reduz em 65% a emissão de gases poluentes (sobretudo o dióxido de carbono)
responsáveis pela intensificação do efeito estufa
 Para receber o gás natural veicular (GNV), o automóvel deve ser
adaptado. É essencial que essa conversão ocorra em locais autorizados e
especializados, garantindo, assim, segurança. O valor desse procedimento
não é barato, entretanto, o retorno é rápido, visto que o gás natural
veicular (GNV) é muito mais rentável se comparado aos outros
combustíveis.
O gás natural veicular (GNV) é considerado um combustível extremamente
eficaz na busca por alternativas menos agressivas à natureza. Entre os
aspectos positivos estão: não é tóxico, tem valor inferior ao da gasolina e
do álcool, não possui impurezas, emite menos poluentes, etc.
Perigos e Riscos dos Inflamáveis
 No meio ambiente de trabalho são enfrentados diversos perigos e riscos, mas nos trabalhos
com inflamáveis os mesmo aumentam consideravelmente.
 O perigo é uma situação com o potencial de criar danos, tais como: ferimentos ou lesões
pessoais, danos para a propriedade, instalação, equipamentos, ambiente ou perdas econômicas.
Já os riscos em combinação - “Probabilidade” - de ocorrência de uma situação potencialmente
perigosa e da sua “Gravidade”
 Os inflamáveis e seus vapores podem criar riscos à saúde, tanto por contato
como por inalação dos vapores tóxicos.
 Muitos vapores tóxicos produzem irritações devido à ação solvente sobre a
oleosidade natural da pele e dos tecidos. Em quase todos os casos existe um
risco de intoxicação. A magnitude do risco certamente dependerá da
concentração do vapor.
Perigos e Riscos dos Inflamáveis
 Alguns vapores inflamáveis são mais pesados que o ar e se dirigem para os fossos, aberturas
de tanques, lugares fechados e pisos rebaixados, contaminando o ar local e criando uma
atmosfera tóxica e explosiva. Nos recipientes fechados pode ocorrer o problema da falta de
oxigênio como, por exemplo, em um tanque que tenha estado fechado por muito tempo, no
qual a formação de óxidos consumiu oxigênio. Antes de entrar em um tanque nessas condições,
o mesmo deverá ser ventilado e medições devem ser feitas, tendo-se assim a certeza de que não
há uma atmosfera tóxica ou explosiva ou com deficiência de oxigênio.
 Sempre que existir produtos inflamáveis, em condições ideais para produzir
uma mistura de vapores ou gases com o ar, existirá risco de incêndio ou explosão,
cuja severidade dependerá dos fatores agravantes
Perigos e Riscos dos Inflamáveis
Queimam com facilidade;
Podem produzir atmosferas explosivas em locais com deficiência de ventilação;
Um derrame de líquido inflamável pode gerar um incêndio que irá se movimentar,
acompanhando o desnível existente no piso;
 A projeção violenta do agente extintor sobre um líquido inflamado pode
provocar respingos ou transbordamento, cuja consequência poderá ser a
propagação do incêndio;
 Incêndios em líquidos, normalmente, são mais difíceis de serem combatidos do
que em materiais sólidos, visto que é necessário extinguir o fogo em toda
superfície atingida;
Em caso de gases, quando não é possível cortar o suprimento, o vazamento
seguirá gerando maiores volumes de mistura inflamável que, fatalmente,
encontrará uma fonte de ignição em proximidade, provocando uma explosão.
Os perigos do GLP
 O transporte e o armazenamento do GLP não poluem o meio ambiente, mas o produto é
facilmente inflamável e explosivo, podendo causar graves acidentes se não for armazenado e
utilizado com segurança.
 O gás se inalado em grande quantidade poderá produzir efeito anestésico e poderá levar a
morte.
Em contato com o ar o GLP forma uma mistura explosiva que entra em ignição com muita
facilidade causando acidentes, geralmente, com graves consequências para pessoas e
instalações.
Controle Coletivo e Individual
 O controle coletivo e individual para trabalhos com combustíveis e inflamáveis é de extrema
importância para evitar qualquer tipo de acidente com os recursos humanos e físicos.
 Teremos apresentados alguns meios de controle coletivo e individual de vazamentos,
derramamentos, incêndios, explosões e emissões fugitivas. O gás se inalado em grande
quantidade poderá produzir efeito anestésico e poderá levar a morte.
Controle de Vazamentos
 Muitos problemas ambientais, que acarretam em poluição e/ou contaminação de recursos hídricos,
envolvem o derramamento de derivados de petróleo, principalmente, os causados por vazamentos
em sistemas de armazenamento subterrâneo de combustíveis que correspondem aos tanques
subterrâneos e suas tubulações.
 Das causas mais comuns de acidente ligados aos sistemas subterrâneos destaca-se corrosão, falhas
no sistema devido à sobrecarga e defeitos na construção ou instalação.
 No caso de vazamentos e derramamentos de produtos químicos, providências imediatas devem ser
tomadas para a identificação do produto, contenção do derramamento, sua neutralização por meio
de absorventes específicos e a posterior limpeza da área afetada.
 No caso de vazamento de produtos inflamáveis, alguns cuidados devem ser tomados, com a
finalidade de evitar a inflamação da mistura, pela eliminação de toda fonte de ignição (chamas,
equipamentos aquecidos, dispositivos elétricos faiscantes, etc.). No caso de produtos tóxicos devem
ser utilizados os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) adequados antes de adentrar a área
contaminada.
EPI’s
 Os Equipamentos de Proteção Individual (EPI), que é todo dispositivo ou produto de uso
individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção contra riscos capazes de ameaçar a
sua segurança e a sua saúde. Das causas mais comuns de acidente ligados aos sistemas
subterrâneos destaca-se corrosão, falhas no sistema devido à sobrecarga e defeitos na
construção ou instalação.
 Conforme dispõe a Norma Regulamentadora nº 6, a empresa é obrigada a fornecer aos
empregados, gratuitamente, equipamento de proteção individual (EPI) adequado ao risco, em
perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:
a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de
acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;
c) para atender situações de emergência.
Traje Mínimo Obrigatório
 Durante o manuseio, transporte ou exploração de inflamáveis e combustíveis deve-se usar o
traje mínimo obrigatório. O traje mínimo obrigatório corresponde ao uso de calça comprida,
camisa ou camiseta com mangas curtas ou compridas e calçados fechados. Ressalta-se que o
traje mínimo obrigatório não é Equipamento de Proteção Individual (EPI).
Proteção Contra Incêndio
 A combustão pode ocorrer de forma controlada ou descontrolada. O incêndio ocorre de forma
incontrolada resultando em prejuízos materiais e humanos. A exploração é outro exemplo de
combustão incontrolada, com grande liberação de energia. A combustão controlada ocorre, por
exemplo, no bico de maçarico ou no queimador de uma lança em forno siderúrgico e até mesmo
no bico do fogão.
No passado os componentes do fogo eram demonstrados por meio de triângulo do fogo,
envolvendo três elementos básicos: combustível, oxigênio e a fonte de ignição. Entretanto,
estudos sobre a química do fogo incluíram um quarto elemento ao tradicional triângulo de fogo,
denominado de radicais livres criando o tetraedro do fogo. Desta forma, se todos os elementos
não estiverem presentes a reação de combustão não irá ocorrer.
Proteção Contra Incêndio
 Combustível: é o elemento que serve de propagação do fogo, pode ser sólido, líquido ou
gasoso.
 Comburente: é todo agente químico que conserva a combustão. Os comburentes mais
conhecidos são: o oxigênio e sob determinadas condições, o Cloro.
 Fonte de Ignição: Trata-se do provocador da reação entre combustível e comburente;
 Reação em cadeia: A reação em cadeia torna a queima autossustentável. O calor irradiado das
chamas atinge o combustível e este é decomposto em partículas menores, que se combinam
com o oxigênio e queimam, irradiando outra vez calor para o combustível, formando um ciclo
constante.
Classes de Incêndio
 Como princípio de funcionamento, todos os extintores contêm uma substância, o agente
extintor, que dependendo do tipo, pode agir pelo efeito de cobertura (abafamento) ou
resfriamento. Confinada no recipiente, a substância extintora deve ser expelida com vazão e
pressão suficientes para assegurar o combate ao fogo e oferecer, ao mesmo tempo, segurança
para quem manuseia. Os tipos de fogo se classificam em função do tipo de material que está
queimando, sendo estes:
 Tipo A: Assim é identificado o fogo em materiais sólidos que deixam resíduos, como madeira,
papel, tecido e borracha;
Proteção Contra Incêndio
 Tipo B: Ocorre quando a queima acontece em líquidos inflamáveis, graxas e gases
combustíveis, como gasolina, querosene e graxa.
 Tipo C: Classe de incêndio em equipamentos elétricos energizados. A extinção deve ser feita
por agente extintor que não conduza eletricidade;
Tipo D: Classe de incêndio que tem como combustível os metais pirofóricos, como magnésio,
selênio, antimônio, lítio, potássio, alumínio fragmentado, zinco, titânio, sódio, urânio e zircônio;
Extinção de Chamas
 Os agentes extintores poderão ser utilizados para extinção de incêndio ou princípio de
incêndio. Os extintores, por exemplo, serão eficazes apenas para extinção de pequenas chamas
devido a pouca quantidade de produtos no recipiente.
 Todos os mecanismos de extinção irão atuar no sentido de eliminar ou separar uma das partes
do tetraedro das outras três, sendo estes: isolamento do combustível, eliminação de fontes de
ignição, isolamento do oxigênio do ar ou outro comburente, interrupção da reação em cadeia.
 Isolamento do combustível: ao eliminar o combustível elimina-se um dos lados do tetraedro
do fogo, isto pode acontecer da seguinte forma:
- Cortando a fonte de combustível;
- Retirando o combustível do tanque de armazenamento em que está contido;
- Removendo o combustível situado na área de risco;
Extinção de Chamas
 Eliminação de Fontes de Ignição: Ao se eliminar este elemento se interrompe também a
reação química em cadeia. O alto calor de vaporização da água é a propriedade que a torna um
agente extintor eficaz. Um galão de água a 15,5°C absorve 9.000BTU/min ao se vaporizar
totalmente. Mesmo que a água seja bem aplicada, algumas de suas propriedades podem limitar
sua eficácia.
 Isolamento do comburente: ao eliminar este elemento é possível interromper a reação
química em cadeia. A eliminação depende do produto envolvido, daí a necessidade de utilizar o
agente extintor adequado para cada classe de incêndio. Os métodos de extinção mais comuns
são:
- Usar uma manta antifogo;
- Colocando terra sobre o vazamento;
- Utilizando espuma, CO2, N2 ou água na forma neblina.
Extinção de Chamas
 Interrupção da reação em cadeia: O pó químico seco inibe a reação em cadeia reagindo com o
combustível impedindo a reação com o comburente.
 Uma propriedade importante para qualquer agente extintor é não inflamável e,
preferencialmente, não tóxico. Os agentes extintores deverão ser eficazes para extinguir uma ou
mais classes de incêndio.
Extintores de Incêndio
 A finalidade de um extintor é combater, de maneira imediata, os focos de incêndios.
 Os extintores não substituem os grandes sistemas de extinção e devem ser usados como
equipamentos para extinguir os incêndios no início, antes que se torne necessário lançar mão de
maiores recursos.
 O êxito no emprego dos extintores depende:
- De uma distribuição apropriada dos aparelhos pela área a proteger;
- De um sistema adequado e eficiente de manutenção;
- Do treinamento contínuo do pessoal que irá utilizá-los;
- Do combate imediato dos focos de incêndio.
Extintores – Pó Químico
 O pó químico é conhecido por sua eficiência na extinção de incêndios envolvendo líquidos
inflamáveis (Classe B), podendo ser utilizado também em alguns equipamentos elétricos (classe C).
 Não é muito eficiente na extinção de fogo Classe A.
 Os extintores de Pó Químico podem ser de 6 a 12 kg sendo que as unidades maiores, na forma de
carretas montadas sobre rodas podem variar de 50 a 150 kg.
 Nos incêndios Classe D será usado o extintor tipo “Pó Químico Seco Especial”, alguns deles possuem
grafite na composição e são especiais. Os incêndios de Classe D envolvem materiais pirofóricos como,
por exemplo: Silano, Sódio Metálico, Fósforo Branco.
 O uso do Pó Químico também é muito eficaz para a extinção de chamas provenientes dos cilindros de
gases comprimidos como, por exemplo: o GLP.
O agente propelente mais empregado nos extintores é o dióxido de carbono, sendo o nitrogênio
indicado para extintores pressurizados sobre rodas.
Extintores – Água
 Utilizado preferencialmente em incêndios do Tipo A;
 É possível utilizar a água para se extinguir incêndio de classe B, proveniente de gases
inflamáveis. Esta forma de extinção será mais eficiente no caso de gases que se encontram a
pressões mais reduzidas como, por exemplo, o GLP e o acetileno, pelo princípio do resfriamento
e diluição da água.
 Destaca-se que a água não será um bom agente extintor para todas as situações, sendo uma
das razões os estragos que esta faz ao ser utilizada. A água destrói circuitos elétricos não sendo
recomendada para incêndios da classe C.
 Segundo a NR-23 (MTE) a água nunca será empregada nos fogos de: Classe B, salvo quando
em neblina, Classe C, salvo quando pulverizada; e Classe D.
Extintores – CO²
 O Dióxido de Carbono (CO2) é um gás não inflamável liquefeito com pressão de vapor a
temperatura ambiente.
 Possuí todas as propriedades para caracterizá-lo como um bom agente extintor, pois não reage
com a maioria das substâncias, não deixa resíduo, não danifica os equipamentos e possui sua
própria pressão para descarga.
 Quando o extintor é acionado, o gás expande-se formando uma nuvem que abafa e resfria,
deslocando o oxigênio do ar e extinguindo as chamas.
 Devido sua capacidade não condutora, o dióxido de carbono é muito indicado para a
cobertura de riscos em que existem equipamentos elétricos.
 É um agente extintor eficaz para incêndios da Classe B e C, não conduz eletricidade podendo
ser utilizado em equipamentos de baixa tensão. Pode ser usado em alguns incêndios da Classe
A, porém não será eficaz para os de Classe D.
Manejo Extintor – Água / pó
Manejo Extintor – Tipo Carreta
 Levar o extintor ao local do fogo, observando a direção do vento.
 Acionar a válvula do cilindro de gás propelente.
 Desprender a mangueira e esticá-la.
 Empunhar a pistola.
 Abrir a válvula de descarga do cilindro.
 Apontar a pistola em direção ao fogo, lançando o agente extintor
sobre a base do fogo com a movimentação rápida das mãos.
Inspeção dos Extintores
 Inspecionar, visualmente, a cada mês examinando-se:
a) O seu aspecto externo;
b) Os lacres;
c) Os manômetros (quando o extintor for do tipo pressurizado), verificando se o bico e válvulas
de alívio não estão entupidos.
Inspeção dos Extintores
 Cada extintor deverá ter uma etiqueta de identificação presa ao seu bojo, com data em que foi
carregado, data para recarga e número de identificação. Essa etiqueta deverá ser protegida,
convenientemente, a fim de evitar que esses dados sejam danificados.
Procedimentos em Emergência
 Atender emergências com produtos químicos não é coisa para amadores, nem tão pouco para
heróis. Mesmo para os especialistas, estas situações apresentam um potencial de risco muito
alto, pois se trata de uma situação fora de controle, em que as condições operacionais são
exercidas da forma mais adversa possível.
 Não é possível gerenciar uma emergência sem ter o controle total do local do acidente, talvez
seja esse o maior dos desafios do responsável pelo Comando de Emergência.
 Se não é possível atuar de forma segura, então a melhor opção é não fazer nada que coloque
em risco a vida da equipe de emergência.
 O objetivo principal no atendimento a uma emergência química é proteger o público, meio
ambiente e, principalmente, a equipe de atendimento. A avaliação do local permitirá tomar
decisão e garantir a segurança de todos os envolvidos.
Vazamento de Combustíveis
 Pequenos Vazamentos: Lavar a área com grande quantidade de água.
 Grandes Vazamentos:
a) Isolar a área. Sinalizar o local. Afastar curiosos;
b) Eliminar todas as fontes de ignição da área;
c) Impedir a contaminação de fontes, lagos e rios por meio do uso de barreiras e dispositivos
que possam confinar o produto;
d) Absorver com areia, terra ou outro material absorvente e recolher em embalagens
apropriadas para posterior destruição;
e) Avisar imediatamente as autoridades locais (Bombeiros, Órgão Ambiental, Defesa Civil,
Polícia Rodoviária).
Incêndio
 Pequenas Proporções:
a) Extinção por pó químico seco, gás carbônico, espuma mecânica ou água em forma de
neblina.
b) Acionar a equipe de Brigada de Emergência para dar início ao combate e extinguir o
incêndio.
 Grandes Proporções:
a) Resfriar os tanques e os recipientes de armazenamento e instalações próximas com água em
forma de neblina ou outro sistema de combate a incêndio disponível;
b) Acionar o Corpo de Bombeiros imediatamente.
Envolvimento de Pessoas
 Iniciar os primeiros socorros básicos
 Remover a vítima para um local arejado. Retirar as roupas contaminadas.
 Em caso de contato com os olhos se deve lavá-los com água em abundância, no mínimo por 15
minutos.
 Em caso de contato com a pele, lavar as partes atingidas com água e sabão.
 Em caso de ingestão: não provocar vômitos.
 Se o acidentado estiver inconsciente e não estiver respirando, praticar respiração artificial ou
oxigenação.
 Chamar um médico.
 Passar todas as informações disponíveis sobre o ocorrido no acidente e também com a vítima ao
médico ou equipe de atendimento (SAMU, Bombeiros).

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