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ARCADISMO

OU
NEOCLASSICISMO
1756 1825
Portugal:

Brasil:
1768 1836

1750
Contexto:
Barroco Árcade
▪ Século XVIII: "Século das luzes"

Iluminismo: desenvolvimento da ciência


e da filosofia

– Revolução Industrial

– Despotismo Esclarecido
(Marquês de Pombal)
NEOCLASSICISMO
(antiguidade e renascimento)
• Busca imitar os modelos clássicos :
• Imitar as formas “naturais”, “REGRA DO BELO”
Belo
Da Vinci:
Bem Homem vitruviano
Verdade Mona lisa
Perfeição
equilíbrio

 Valorização da mitologia greco-romana


Mimese / arte como imitação da natureza
Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,
Que viva de guardar alheio gado;
De tosco trato, d’ expressões grosseiro,
Dos frios gelos, e dos sóis queimado.
Tenho próprio casal, e nele assisto;

Dá-me vinho, legume, fruta, azeite;


Das brancas ovelhinhas tiro o leite,
E mais as finas lãs, de que me visto.
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela! (.......)
▪ Características:

Oposição ao Barroco

Simplicidade:
– na vida: "Aurea Mediocritas“

– na literatura: "Inutilia truncat"


(vocabulário simples, versos em ordem direta,
poucas figuras - metonímia)
AUREA MEDIOCRITAS :

O ser herói, Marília, não consiste


Em queimar os impérios: move a guerra,
Espalha o sangue humano,
E despovoa a terra
Também o mau tirano.
Consiste o ser herói em viver justo:
E tanto pode ser herói o pobre
Como o maior Augusto.
Bucolismo / Pastoralismo
(natureza)

– "Fugere Urbem“ ( fugir da cidade )

– "Locus Amoenus" (natureza delicada,


aprazível)

"Carpe Diem": busca dos prazeres, diante da


fugacidade da vida.
(.....)
Vem, ó Marília, vem lograr comigo
Destes alegres campos a beleza
Destas copadas árvores o abrigo:

Deixa louvar da corte a vã grandeza:


Quanto me agrada mais estar contigo
Notando as perfeições da Natureza! ( Bocage )

FUGERE URBEM
Sou pastor; não te nego; os meus montados
São esses, que aí vês; vivo contente
Ao trazer entre a relva florescente
A doce companhia dos meus gados;
( Cláudio M. da Costa)

LOCUS AMOENUS
CARPE DIEM
(...)

Com os anos, Marília, o gosto falta,


e se entorpece o corpo já cansado:
triste, o velho cordeiro está deitado,
e o leve filho, sempre alegre salta.
A mesma formosura
é dote que só goza a mocidade:
rugam-se as faces, o cabelo alveja,
mal chega a longa idade.
Que havemos de esperar, Marília bela?
que vão passando os florescentes dias?
As glórias que vêm tarde, já vêm frias;
e pode, enfim, mudar-se a nossa estrela.
Ah! não, minha Marília,
aproveite-se o tempo, antes que faça
o estrago de roubar ao corpo as forças,
e ao semblante a graça!
(...)
TEXTO ÁRCADE / ROMÂNTICO
Olha, Marília, as flautas dos pastores
Que bem que soam, como estão cadentes!
Olha o Tejo a sorrir-se! Olha, não sentes
Os Zéfiros brincar por entre flores?

Vê como ali, beijando-se, os Amores


Incitam nossos ósculos ardentes!
Ei-las de planta em planta as inocentes,
As vagas borboletas de mil cores.
Naquele arbusto o rouxinol suspira,
Ora nas folgas a abelhinha pára,
Ora nos ares, sussurando, gira.

Que alegre campo! Que amanhã tão clara!


Mas ah! Tudo o que vês, se eu te não vira,
Mais tristeza que a morte me causara.

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