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Texto I

A aparência física é um dos principais motivos de bullying nas escolas, um problema considerado de saúde
pública. O número de casos de jovens submetidos a situações de humilhação vem crescendo, de acordo com
pesquisa do IBGEsobre a saúde do estudante brasileiro. Para quem sofre, não é brincadeira, não tem graça e
pode deixar marcas.
Quase a metade dos alunos entrevistados na pesquisa (46,6%) diz que já sofreu
algum tipo de bullying e se sentiu humilhado por colegas da escola. A maioria
(39,2%) afirmou que se sentiu humilhado às vezes ou raramente e 7,4% disseram
que essa humilhação acontece com frequência e entre os principais motivos está a
aparência.

Comparando a pesquisa anterior, feita em 2012, o número de casos de alunos que


relataram já ter se sentido assim no colégio aumentou. Em 2015, eram 46,6% dos
alunos. Em 2012, eram 35,3%.
Texto II
Texto III

A morte prematura e trágica das duas adolescentes desencadeou um debate sobre a melhor forma de proteger
jovens e, ao mesmo tempo, ensiná-los a respeitar uns aos outros. O drama de ambas também foi exposto pela
imprensa francesa.

O sofrimento de Émilie tornou-se público quando um jornal francês reproduziu trechos do diário da
adolescente divulgados pelos pais dela.

Em seguida, uma rede de televisão exibiu o filme Marion, para sempre 13 - uma dramatização da vida de
Marion Fraisse, que morreu há três anos.
Texto IV
PROPOSTA DE REDAÇÃO

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos


conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-
argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema
“Como frear a prática de Bullying nas escolas”, apresentando proposta de
intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de
forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
A definição de bullying

Bullying é uma forma de violência física ou psicológica praticada


intencionalmente e repetidamente em um determinado ambiente. É comum,
principalmente, dentro de escolas.

Em geral, as vítimas são pessoas com características, como peso, altura,


raça, condição financeira e até mesmo nome, fora do padrão aceitável.
Contudo, também pode ocorrer devido a algum episódio vergonhoso ou,
simplesmente, porque um grupo de pessoas decidiu implicar com algum
indivíduo específico.

A palavra "bullying" deriva de “bully” (tirano ou brutal, em português) e foi


cunhado pelo psicólogo Dan Olweus na década de 70.
Bullying e saúde mental

Uma das principais consequências do bullying são problemas de saúde mental. Essa é uma
das abordagens do tema que está mais em alta ultimamente.

Pessoas que sofrem violência física ou psicológica sofrem tendem a sofrer mais com:

• insegurança;
• baixa autoestima;
• ansiedade;
• isolamento social;
• depressão;
• distúrbios alimentares;
• irritabilidade;
• entre outros problemas.
Existe uma lei Anti Bullying?

A lei Antibullying
(13.185/2015)
A lei Antibullying (13.185/2015) passou a vigorar no Brasil desde o último dia
09/02, instituindo o Programa de Combate a Intimidação Sistemática (Bullying).

Embora não preveja a tipificação do bullying como crime, ou qualquer sanção


específica para o praticante desse tipo de intimidação, a lei traz para sociedade o
conceito, características e espécies de bullying, antes indeterminados
juridicamente.
LEI Nº 13.185, DE 6 DE NOVEMBRO DE 2015
Institui o Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying)

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e


eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Fica instituído o Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying)


em todo o território nacional.
§ 1º No contexto e para os fins desta Lei, considera-se intimidação sistemática
(bullying) todo ato de violência física ou psicológica, intencional e repetitivo que
ocorre sem motivação evidente, praticado por indivíduo ou grupo, contra uma ou
mais pessoas, com o objetivo de intimidá-la ou agredi-la, causando dor e angústia à
vítima, em uma relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas.
Art. 2o Caracteriza-se a intimidação sistemática (bullying) quando há violência
física ou psicológica em atos de intimidação, humilhação ou discriminação e,
ainda:

I - ataques físicos;

II - insultos pessoais;

III - comentários sistemáticos e apelidos pejorativos;

IV - ameaças por quaisquer meios;

V - grafites depreciativos;

VI - expressões preconceituosas;

VII - isolamento social consciente e premeditado;


Parágrafo único. Há intimidação sistemática na rede mundial de computadores
(cyberbullying), quando se usarem os instrumentos que lhe são próprios para
depreciar, incitar a violência, adulterar fotos e dados pessoais com o intuito de
criar meios de constrangimento psicossocial.
Art. 3º A intimidação sistemática (bullying) pode ser classificada, conforme as
ações praticadas, como:

I - verbal: insultar, xingar e apelidar pejorativamente;

II - moral: difamar, caluniar, disseminar rumores;

III - sexual: assediar, induzir e/ou abusar;

IV - social: ignorar, isolar e excluir;


V - psicológica: perseguir, amedrontar, aterrorizar, intimidar, dominar, manipular,
chantagear e infernizar;

VI - físico: socar, chutar, bater;

VII - material: furtar, roubar, destruir pertences de outrem;

VIII - virtual: depreciar, enviar mensagens intrusivas da intimidade, enviar ou


adulterar fotos e dados pessoais que resultem em sofrimento ou com o intuito de
criar meios de constrangimento psicológico e social.
Art. 4º Constituem objetivos do Programa referido no caput do art. 1º:

I - prevenir e combater a prática da intimidação sistemática (bullying) em toda a


sociedade;

II - capacitar docentes e equipes pedagógicas para a implementação das ações de


discussão, prevenção, orientação e solução do problema;

III - implementar e disseminar campanhas de educação, conscientização e


informação;

IV - instituir práticas de conduta e orientação de pais, familiares e responsáveis


diante da identificação de vítimas e agressores;
V - dar assistência psicológica, social e jurídica às vítimas e aos agressores;

VI - integrar os meios de comunicação de massa com as escolas e a sociedade,


como forma de identificação e conscientização do problema e forma de
preveni-lo e combatê-lo;

VII - promover a cidadania, a capacidade empática e o respeito a terceiros, nos


marcos de uma cultura de paz e tolerância mútua;

VIII - evitar, tanto quanto possível, a punição dos agressores, privilegiando


mecanismos e instrumentos alternativos que promovam a efetiva
responsabilização e a mudança de comportamento hostil;
IX - promover medidas de conscientização, prevenção e combate a todos os
tipos de violência, com ênfase nas práticas recorrentes de intimidação
sistemática (bullying), ou constrangimento físico e psicológico, cometidas por
alunos, professores e outros profissionais integrantes de escola e de
comunidade escolar.
Art. 5º É dever do estabelecimento de ensino, dos clubes e das agremiações
recreativas assegurar medidas de conscientização, prevenção, diagnose e combate à
violência e à intimidação sistemática (bullying).
Art. 6º Serão produzidos e publicados relatórios bimestrais das ocorrências de
intimidação sistemática (bullying) nos Estados e Municípios para planejamento das
ações.
Art. 7o Os entes federados poderão firmar convênios e estabelecer parcerias para a implementação e a correta
execução dos objetivos e diretrizes do Programa instituído por esta Lei.

Art. 8o Esta Lei entra em vigor após decorridos 90 (noventa) dias da data de sua publicação oficial.

Brasília, 6 de novembro de 2015; 194o da Independência e 127o da República.

DILMA ROUSSEFF

Luiz Cláudio Costa

Nilma Lino Gomes


Tese:

A lei antibullying é fundamental, mas não é cumprida de forma adequada.

O bullying é um problema agravante na sociedade brasileira.


Ponto negativo:

A lei não prevê punições. Ela é sugestiva sobre o que se deve


fazer.
Família:

 Pouco diálogo
 Poucas discussões

Escola:

 Negligência
 Despreparo
Citações:

“O ser humano é aquilo que a educação faz dele.” — Immanuel Kant

“O homem é o lobo do homem.” — Hobbes

“Ninguém nasce odiando o outro pela cor de sua pele, ou por sua origem, ou sua
religião. Para odiar as pessoas precisam aprender, e se elas aprendem a odiar, podem
ser ensinadas a amar” — Nelson Mandela
Dados:

Segundo dados do IBGE, 40% dos alunos já sofreram bullying.


https://www.youtube.com/watch?v=JNZezhUkOSk
Propostas de Intervenção:

- Fazer com que haja uma modificação na lei, para que ela passe a ter
caráter punitivo

- Fiscalização das escolas, para saber se a lei é colocada em prética.

- Propagandas abordando o problema

- Famílias intercedendo de forma mais incisiva

- Escolas criando programas de combate e conscientização.


Cyberbulliyng
Problemas

• Exposição exagerada nas redes


• Sensação de anonimato – Falso anonimato (agressor)
• Poucas delegacias que tratam de crimes virtuais
Soluções

- Importante que a lei seja punitiva


- Palestras nas escolas para pais e filhos
- Maior quantidade de delegacias para crimes digitais

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