Você está na página 1de 24

História - Imperialismo?

O discurso
racista no Brasil

1ª série do Ensino Médio


História
Professor Fernando de Oliveira
Justificativas europeias para o Imperialismo
• Darwinismo Social: corrente de pensamento que baseava-se na Teoria da Evolução das
Espécies de Charles Darwin, em que acreditava-se que haviam sociedades mais evoluídas
do que outras, sendo necessária a intervenção da “superior” na considerada “inferior”,
para que houvesse a civilização do local dominado.
• Eugenia: a palavra eugenia provém do grego e significa “bem nascido”. Foi um conceito
disseminado na Europa do século XIX e tinha como fundamento a seleção de seres
humanos com “boas” características genéticas, a fim de melhorar as gerações futuras.
Com isso, há a eugenia positiva (em que os indivíduos com as melhores características
são incentivados a se reproduzirem) e a eugenia negativa (em que há a eliminação do
indivíduo considerado inadequado para a sociedade).
Joseph Arthur de Gobineau
Nascido no dia 14 de julho de 1816 em Ville-d'Avray, comuna da França, Joseph
Arthur de Gobineau exerceu atividades como filósofo, escritor e diplomata. Durante
o século XIX, suas teorias sobre o racismo foram consideradas as mais importantes
entre estudiosos do tema.

Apesar de ter nascido em uma família que não tinha muitas posses, Arthur de
Gobineau inventou uma genealogia falsa que o colocava como parte de uma família
da alta aristocracia, ficando conhecido por Conde de Gobineau, título nobiliárquico
que lhe foi concedido. No ano de 1835, Arthur de Gobineau começa a viver em Paris
(França) e consegue tornar-se um funcionário do governo no cargo de secretário de
Alexis de Tocqueville, escritor, historiador, político e pensador francês que obteve
nomeação de ministro no ano de 1849. Atuando como diplomata, Gobineau prestou
serviços no Rio de Janeiro, Estocolmo, Teerã, Frankfurt, Hanover e Berna.
•Capa da revista O Imigrante, editada pelo
governo de São Paulo (SP) - 1908 - Memorial do
Imigrante / Museu da Imigração
•Favores aos Imigrantes. Jornal Tribuna do Norte, outubro de
1886.
Gênesis 9:18-29
E os filhos de Noé, que da arca saíram, foram Sem,
Cão e Jafé; e Cão é o pai de Canaã.
Estes três foram os filhos de Noé; e destes se
povoou toda a terra.
E começou Noé a ser lavrador da terra, e plantou
uma vinha.
E bebeu do vinho, e embebedou-se; e descobriu-
se no meio de sua tenda.
E viu Cão, o pai de Canaã, a nudez do seu pai, e fê-
lo saber a ambos seus irmãos no lado de fora.
Então tomaram Sem e Jafé uma capa, e puseram-
na sobre ambos os seus ombros, e indo virados
para trás, cobriram a nudez do seu pai, e os seus
rostos estavam virados, de maneira que não viram
a nudez do seu pai.
E despertou Noé do seu vinho, e soube o que seu
filho menor lhe fizera.
E disse: Maldito seja Canaã; servo dos servos seja
aos seus irmãos.
E disse: Bendito seja o Senhor Deus de Sem; e
seja-lhe Canaã por servo.
Alargue Deus a Jafé, e habite nas tendas de Sem; e
seja-lhe Canaã por servo.
E viveu Noé, depois do dilúvio, trezentos e
cinqüenta anos.
E foram todos os dias de Noé novecentos e
cinqüenta anos, e morreu.
Pierre Clastres (1943 – 1977), foi um importante antropólogo e etnógrafo francês da segunda metade do século XX. Em sua
obra procurou analisar de forma critica as sociedades americanas, que por muito tempo foram hierarquizadas,
desconstruindo a ideia de que as culturas, que tiveram um Estado, seriammais desenvolvidas (Maias, Incas e Astecas), em
relação a outros povos da América do Sul.
Jardim Zoológico Humano

No século XIX e início do XX, no período em que as nações imperialistas ampliavam suas
colônias na África e Ásia, havia “exposições” em alguns países europeus, denominadas
“zoológicos humanos”. Nesses locais, o público da metrópole observava “amostras” de
nativos dos territórios colonizados, em uma montagem de um ambiente semelhante aos
seus locais de origem. Nessa perspectiva colonizatória e etnocêntrica, que subjugava a
cultura do outro, discurso que de forma dicotômica chamava de “bárbaros” os povos
colonizados e “civilizados” as potências imperialistas. A visão etnocêntrica não possibilita
reconhecer a alteridade, já que estabelece a própria cultura para qualificar outras, ou seja,
determina que seu grupo étnico, nação ou nacionalidade é superior e mais importante do
que as demais.
Fontes:
• 11/05 - 3ª série EM - História - Imperialismo? O discurso racista no Brasil.
https://www.youtube.com/watch?v=9jD0fyt6SfM
• Capa da revista, O Imigrante, editada pelo governo de São Paulo (SP) - 1908 - Memorial
do Imigrante / Museu da Imigração. https://br.pinterest.com/pin/308144799478342451/
• Cecil John Rhodes.
https://novaescola.org.br/plano-de-aula/5560/as-teorias-raciais-do-seculo-xix-e-o-racism
o-na-sociedade-atual
• Favores aos Imigrantes. Tribuna do Norte, outubro de 1886.
• Gênesis 9:18-29. https://www.bibliaonline.com.br/acf/gn/9/18-29
• Justificativas europeias para o Imperialismo.
https://www.politize.com.br/imperialismo-e-a-africa/

Você também pode gostar