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Filosofia, Política e Relações internacionais

1º semestre-3º Ano
Filosofia da Política internacional

Resumo do capítulo IV “A África na ordem mundial” do livro “A matriz Africana no


mundo”
Na conceção do autor Hamenoo os portugueses quando chegaram a África, foram com
uma ideia de que não exista civilizações, ou como o autor afirma “ignoraram
absolutamente” o facto de existir, afirma que batizaram como viagens de
descobrimentos de terras e povos que desconheciam eles próprios, o que foi
simplesmente aniquilação de civilizações inteiras. Hamenoo realça o facto de que havia
Estados políticos em África construída antes da chegada dos Europeus e que a Europa
nem tinha tamanha organização política. “A península italiana, por exemplo, era um
mosaico de pequenos principados e feudos que guerreavam entre si e careciam de
qualquer noção definida de Estado ou nação como conhecemos hoje”, ainda destaca o
facto de que mesmo a igreja católica tinha seu Estado, contudo foi “engolido pelo
Estado Italiano”. (NASCIMENTO 2008, p.111-112)
.O autor destaca o facto de as instituições políticas africanas terem base na família,
ramificando para clãs, linhagem e o grupo de descendência. Um individuo ao casar com
alguém pertencente a outra família, passa a pertencer a esse determinado grupo. Com
isso esses grupos ligavam e criavam alianças com uma consciência comum de
identidade cultural para se defenderem contra inimigos. A autoridade vinha sempre do
mais velho e geralmente as disputas ou brigas eram resolvidas de duas formas afirma o
autor: “(…) pela força organizadora, empregada meramente como agente punitivo
(…); ou por um concelho de anciãos representando os grupos locais dispersados sobre
uma larga região, substituindo o conflito e a contenda pelo diálogo e pela discussão.
(NASCIMENTO 2008, p.113)
O autor de uma forma que considero ser irónica afirma que “é curioso que hoje surjam
novos sacerdotes, fora da África, pregando «ad nauseum» a necessidade de preservar
as florestas, os rios, os animais silvestres, a terra e assim por diante, como se ontem ou
mesmo hoje descobrissem a existência dessas coisas”
Em relação a agricultura o autor afirma que a África era autossuficiente, ou seja,
produzia cereais e criavam animais. Cultivavam algodão que eram feitos tecidos,
produziam utensílios para o uso doméstico, armas e ferramentas para agricultura. Como
a produção de tudo isto era feito em locais diferentes, gerava-se um comércio em locais
distantes e desenvolvia um intercambio ativo. O que mudou tudo isto foi por causa do
bloqueio pelo império islâmico da rota que ligava Europa às Índias e depois a
“descoberta das Américas”. O comércio escravista impediu o desenvolvimento social,
político e económico das sociedades africanas, visto que os jovens mais fortes e
saudáveis eram vendidos, isso fez cm que grupos estáveis fugissem deixando suas
comunidades dada a violência e destruição causada pelos europeus. Ainda o autor realça
que a abolição da escravatura não deve ser confundida com a “grandeza do coração da
Europa cristã”, mas sim graças a revolução industrial, devido a abolição da escravatura
iniciou um processo mais profundo que seria a colonização como afirma o autor para a
disputa de minerais e matérias primas para suas fábricas, o que a África tinha em
abundância. Com a grande pressão das potencias (EUA e União Soviética) que eram
anticolonialistas sobre os poderes imperialistas, estes foram obrigados a sair dos
territórios colonizados.

Victor dos Reis- 133294-FPeRI


Referência bibliográfica: HAMENO Michael. “A África na ordem
mundial”. In: NASCIMENTO, Elisa. “A matriz Africana no mundo”: São Paulo,2008, p.109-
131.

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