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LYCAN
Jorge-Américo Vargas-Freitas
Abstract: The research looks for to report the principal contemporary notions related to
the traditional theories of reference and of meaning mediated by the introductory stydt of
Philosophy of Language: a contemporary introduction of Lycan. To fullfill such
requisites, the study will approach Parts I and II of the work. As the approached book is
written in foreign language, utilized excerpts will be translated by means of free
interpretation.
Introdução
1
O senso comum crê que palavras representam coisas existentes na realidade,
contudo, esta espécie de teoria da referência se mostra completamente absurda,
justamente, porque o vocabulário é composto por elementos linguísticos de várias
naturezas distintas e grande parte deles não encontra referência na realidade aparente,
como conclui Lycan. O filósofo demonstra como que, pelo simples ato de expressar pela
escrita uma sentença randômica, válida, mas falsa, a mente do leitor é capaz de processar
o texto e compreender a mensagem significante apesar de apresentada como novidade
absolutamente inédita ao conhecimento específico sobre o fato.
As principais objeções à teoria referencial são bastante claras: “nem toda palavra
nomeia ou denota um objeto real”; “uma mera lista de nomes não significa nada” 2. Lycan
acredita que a linguagem se dá muito mais no espectro da significação do que no da
referência, contudo, é sabedor das dificuldades que as diversas perspectivas que a teoria
referencial do significado carrega.
Definite descriptions
1
Tradução livre de: some strings of marks or noises are meaningful sentences; each meaningful sentence has
parts that are themselves meaningful; each meaningful sentence means something in particular; competent
speakers of a language are able to understand many of that nguage’s sentences, without effort and almost
instantaneously, in LYCAN, Philosophy of Language: A Contemporary Introduction, p.3-4.
2
Tradução livre de: not every word does name or denote any actual object; a mere list of names does not say
anything, in LYCAN, 2008, p.5.
2
Como aponta, a concepção lógico-linguistíca contemporânea sobre definições
descritivas, ao invés de pôr um significado específico, compõe-se por significados
genéricos, ou seja, a individualização do significado integral se perfaz na coleta de
significados parciais, isto é, como se a verdade de uma sentença, ao todo, se fizesse
naturalmente por um conjunto de palavras verdadeiras, literalmente. Esta concepção,
entretanto, produz uma série de controvérsias, tais como o fato de a verdade de uma
sentença não depender estritamente de uma realidade verdadeira e a ignorância acerca da
dependência do significado em referência a um contexto específico; em suma, a crítica de
Lycan à teoria russell-fregeana contraria o tratamento formal simplificado empregado na
concepção que utiliza um tipo de referencialismo contextual para abordar o processo de
significação de uma senteça.
A teoria das descrições de Russell ousa atribuir significância até mesmo a artigos
definidos como “o” e “a”, como uma definição descritiva simples como “a coisa é algo”.
“A”, nesta concepção, serve como termo definidor de três significados intrínsecos: no
mínimo uma coisa é algo; no máximo uma coisa é algo; qualquer que seja a coisa, ela é
algo.
Por fim, ainda emerge o problema das referências anafóricas notado por Gareth
Evans (1946-1980). É possível que um termo anafórico não mantenha univocidade em
relação ao antecendente para ser significante e que um termo antecedente retomado no
anafórico pode equivocar o significado de uma sentença descritiva.
Saul Kripke (1940) tentou, contudo, propor uma crítica mais consistente aos dois
modelos. Em primeiro plano, notou que, na realidade, um sujeito referido por descrições
genéricas poder nunca haver praticado as ações e situações associadas a seu nome e ainda
assim ser referenciado por seu nome. Logo, em outro viés, mostrou a possibilidade de o
sujeito motivar o falseamento de suas características por meio da declaração falsa de seu
perfil de forma que uma mentira pode ser tida como válida e verdadeira justificadamente.
Outrossim, procurou demonstrar que sinônimos, equivalidos descritivamente, produzem
sentenças absolutamente redundantes. Também, mostrou como é comum que as pessoas
associem nomes distintos de pessoas distintas às suas descrições próprias e nomes
distintos de uma pessoa a uma mesma descrição. Nomes fictícios, inseridos no modelo
russelliano, jamais poderiam ser considerados verdadeiros por serem desprovidos de
referências reais, ainda que participantes da cultura popular.
John Stuart Mill (1806-1873) propôs que o nome não contribui com a sentença
apenas porta ou se refere a um indivíduo a fim de lhe introduzir no discurso. Um nome
milleano é rígido, mas um nome rígido não é necessariamente milleano. A teoria milleana
é denominada teoria da referência direta de nomes. Esta tese considera que nomes podem
ser substituídos sem alterar o conteúdo da sentença. Esta formulação trata da versão
positiva da teoria, sendo a versão negativa a noção de que nomes não têm leituras não-
milleanas nem em contexto de crença.
4
Tradução livre de: N might not have been N, in LYCAN, 2008, p.47.
7
nome em referência a definições descritivas de sua identidade. A conexão histórico-causal
contextualiza o significado do nome entre os interlocutores capazes de articular
sensivelmente a compreensão do substantivo próprio. Este contexto permite a
identificação de dados notórios como válidos e invalida, sensatamente, informações
despidas de ligação coerente ao estado de coisas em que os sujeitos se situam. A
ambiguidade nominal é recepcionada rasamente pela teoria que a compreende apenas
como uma coincidência ocasional.
8
Traditional theories of meaning
Objeta-se que: uma entidade mental precisa ser definida e conhecida em sua
natureza, o que parece intangível para a ciência atual; bem como a teoria referencial, a
concepção reificante enfrenta o obstáculo de que nem todas as expressões linguísticas
encontram referência material no mundo real, o que complica ainda mais o conhecimento
da essência da entidade significante de advérbios, por exemplo; imagens mentais não
podem ser confundidas com as próprias entidades significantes, o que leva à mesma
situação anterior, em que não é possível representar todas nem qualquer expressão
9
linguística por meio de figuras; o domínio público sobre a linguagem torna o processo de
significação zetético, o que se opõe a dogmatismos estabelecidos normativamente;
sentenças formais válidas podem ser verdadeiras em si ainda que estejam completamente
desvinculadas da realidade.
10
realidade das coisas; as expressões proposicionais são estranhas à natureza da experiência
humana; as proposições não explicam nenhuma realidade, apenas adicionam tecnicidade à
linguagem; o alheamento da lógica da linguagem em relação ao linguajar versado
desnatura o sentido da linguagem como instrumento canalizador da comunicação.
Conclusão
12
Metafísica, da Lógica, da Filosofia da Mente e da Filosofia da Linguagem para lidar com
o problema da linguagem.
Bibliografia
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