• Professor Associado do Departamento de História e Professor Permanente
dos Cursos de Mestrado Profissional, Ensino de História, e Doutorado/Mestrado Acadêmico, História e Espaços, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Possui Licenciatura Plena em História (1998-2002) e Mestrado em História Social pela Universidade Federal do Ceará (2003-2005); Doutorado (2006-2010) e Pós-Doutorado em História pela Universidade Federal Fluminense (2016-2017), com estágio sanduíche na Universidade Nova de Lisboa. É líder do Grupo de Pesquisa Formação dos Espaços Coloniais (CNPq/UFRN), editor-chefe da revista Espacialidades (2019-2021) e coordenador nacional do GT - Os índios na História (2019-2021). Sócio efetivo do IHGRN. Tem experiência na área de História, no ensino e pesquisa, com ênfase em História Moderna, História indígena e Ensino de História atuando principalmente nos seguintes temas: ação missionária, política indígena e do indigenismo, história do império ultramarino português e ensino de história indígena. A DISPUTA PELO SAGRADO Padres, caraíbas e pajés A DISPUTA PELO SAGRADO
• DUAS VISÕES DE MUNDO
• A RELIGIÃO COMO FORMA DE LEGITIMAÇÃO DA AUTORIDADE E MANUTENÇÃO DE PRESTÍGIO JUNTO AOS POVOS INDÍGENAS. “Nessa disputa pelo sagrado, interessa a pluralidade de situações construídas por esses agentes que lidavam com sinais do Mundo visível e invisível sem perder de vista com isso a dimensão social de sua própria autoridade legitimada entre os índios.” p. 202 CARAÍBAS E PAGÉS, DEFENSORES DA CULTURA? • Assim, tanto pajés quanto caraíbas, durante o processo colonial, constituíram e representavam, frente aos missionários jesuítas, a “última e mais poderosa linha de defesa das tradições indígenas” (MONTEIRO, 1994, p. 48). Todavia, entende-se que essa linha de defesa esteve menos associada a uma espécie de luta heroica em defesa de sua pretensa pureza cultural, aliás, perspectiva ainda hoje repetida por muitos estudiosos; mas mais relacionada à manutenção de seu prestígio junto aos povos indígenas, tacitamente, abalada pela presença dos missionários. p.203 • Os Tupi desejaram os europeus em sua alteridade plena, que lhes apareceu como uma possibilidade de autotransfiguração, como um signo da reunião do que havia sido preparado na origem da cultura, capaz portanto de alargar a condição humana, ou mesmo de ultrapassá-la... ps.203, 204 PADRES LEVAM O REINO ATÉ OS INDÍGENAS? QUE REINO?
• ... as missões junto aos índios no Novo
Mundo, “não apenas contariam com a graça de Deus, mas também usariam todos os meios humanos ao seu dispor”. p.204 • Até mesmo o deus dos inacianos, fonte da vida e salvação, não deixava de lançar castigos físicos aos índios desobedientes. p.205 A BATALHA ESPIRITUAL • O referido feiticeiro desafiado pelos padres e humilhado em sua autoridade previu bem o significado da influência jesuítica, sobrepondo-se ou, mesmo, substituindo-o como detentor e intermediário das práticas espirituais indígenas, então, contraatacando destruiu ele as cruzes colocadas, em demonstração de insubmissão e autonomia frente aos padres. p.215 A BATALHA ESPIRITUAL
O mundo espiritual cristão possuía ainda outra faceta que
urgia a necessidade de identificação nas práticas sociais indígenas, no espaço das missões, afinal, o demônio também sinalizava sua presença. p.206
E se deus interferiu nos trabalhos catequéticos
dando sinais de sua atuação... o demônio, contrafazia tudo isso por meio de seus seguidores, identificados pelos padres como sendo os “feiticeiros” indígenas.
"Los Trabajadores de La Hacienda Xcumpich, Yucatán, A Comienzos Del Siglo XX. Luces, Claroscuros y Tinieblas en Su Vida Diaria." Por Raúl Enrique Rivero Canto