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Venezuela:

Colonização,
independência e
ditaduras
Venezuela: localização

A Venezuela está
localizada
imediatamente acima
do Brasil e faz fronteira
com os estados do
Amazonas e Roraima
Povos originários venezuelanos

1. Aruaques

2. Baníuas

3. Barés

4. Waraos

5. Yanomami

6. Yukpa
Waraos "povo do barco”

Warao é uma etnia indígena que habita o nordeste


da Venezuela.

As habitações do povo Warao caracterizam como


residências com teto de palha e cabanas
construídas sobre palafitas para proteção contra
inundações.

Por conta do povo Warao que a Venezuela recebeu


seu nome. Alonso de Ojeda decidiu navegar contra
a corrente do delta do rio Orinoco e ao se deparar
com a arquitetura das casas batizou o local de
Venezuela (pequena Veneza)
Colonização Venezuelana

Em sua terceira viagem à América, em 6 de agosto de 1498, Cristóvão Colombo


ancorou suas naus na península de Paria, que o almirante tomou por uma ilha,
denominando-a "terra de Gracia".

“Em sua terceira viagem, ao abordar a costa da Venezuela, Colombo ainda supunha que andava
no mar da China; isto não o impediu de informar que dali se estendia uma terra infinita que
subia até o Paraíso Terrestre.” (p. 18)

Apesar de a Venezuela ter sido encontrada por Colombo, foi Alonso de Ojeda
quem, em 1499, pela primeira vez explorou o país, navegando ao longo do mar
do Caribe até o lago Maracaibo.
Primeiros contatos

Na chegada dos espanhóis a Venezuela, esses não tentaram se


apoderar da terra firme inicialmente. A extração de Pérolas foi a
primeira atividade de exploração cometida pelos Europeus no
território venezuelano. Com o esgotamento das ostras, os
espanhóis partiram rumo ao oeste, onde hoje se encontram
Caracas e Coro.
Moeda de troca

Em 1528, no mesmo ano em que a província da Venezuela foi


criada, o rei espanhol Carlos I, endividado com os banqueiros
alemães Fugger, concedeu-lhes o território que, hoje, grosso
modo, corresponde ao país. Durante quase duas décadas, se
sucederam infrutíferas expedições alemãs pelo interior em busca
de pedras preciosas, até o território ser devolvido à coroa
espanhola em 1546.
Atividades econômicas e cidades

Na segunda metade do século XVI, teve início a atividade


agrícola, baseada no trabalho escravo. Caracas foi fundada em
1567 e no fim do século havia mais de vinte núcleos de
colonização nos Andes venezuelanos e no litoral do mar do
Caribe. As planícies e a região do lago Maracaibo aos poucos
foram ocupadas nos séculos XVII e XVIII por missões
católicas. Ao começar a atividade missionária em Cumaná, os
frades franciscanos construíram o primeiro convento, próximo
ao estuário do rio Cumaná em 1516.
Exploração e exportação

Cacau Café
Anil Couros
Tabaco Açúcar
Algodão Prata

As fortunas nascidas na Venezuela do cultivo de cacau, iniciado em fins do século XVI, à


custa de legiões de escravos disciplinados a chicote, eram investidas “em novas plantações
e outros cultivos comerciais, assim como em minas, bens de raiz urbanos, escravos e
fazendas de gado” (p. 35)
A Independência da Venezuela

• A narrativa oficial da independência da


Venezuela enfatiza o papel de líderes
heroicos, como Simón Bolívar, José de San
Martín e Francisco de Miranda.

• Essa visão destaca batalhas militares


decisivas e a assinatura de documentos
formais que declararam a independência.
Batalhas oficiais

Batalha de Carabobo (1821): Considerada um marco


crucial na guerra pela independência, a Batalha de
Carabobo selou a derrota definitiva das forças
espanholas na Venezuela. Liderada por Simón Bolívar,
a batalha consolidou o controle do exército patriota
sobre grande parte do território venezuelano e
pavimentou o caminho para a independência formal.

Outras Batalhas Relevantes: Além de Carabobo, outras


batalhas também tiveram um papel significativo na
luta pela independência, como a Batalha de San Félix
(1817), a Batalha de Boyacá (1819) e a Campanha de
Apure (1819-1820). Cada uma dessas batalhas
contribuiu para enfraquecer o poder espanhol e
fortalecer a causa da independência
Revoltas populares
• A história oficial tende a minimizar a  Revolta de Comuneros (1781):
participação popular na luta pela o Ocorrida em San Felipe de Barinas, liderada por Juan Francisco
independência e as complexas
de León.
motivações sociais e econômicas que
impulsionaram o movimento. o Protestos contra o aumento de impostos e a má administração
colonial.
o Apesar da repressão espanhola, inspirou outras revoltas e
contribuiu para o clima de descontentamento que levaria à
Guerra da Independência.
 Revolta de Escravos de Coro (1797):
o Liderada por José Leonardo Flores, um escravo afro-
venezuelano.
o Reuniu centenas de escravos que buscavam liberdade e
melhores condições de vida.
o Embora sufocada pelas autoridades coloniais, a revolta
evidenciou as tensões sociais e a luta pela liberdade contra a
escravidão.
Independência

A República da Grã-Colômbia, formada em 1819, uniu Venezuela, Nova


Granada e Equador em um único país, buscando fortalecer a região e
estabelecer um sistema de governo independente.
Em 1811, tornou-se uma das primeiras colônias hispano-americana a declarar a
independência, mas que apenas foi consolidada em 1830, quando a Venezuela
deixou de ser um departamento da Grã-Colômbia.
Surgimento de Hugo Chavez
O nome de Chavez durante a quarta república venezuelana,
especificamente no ano de 1992. Durante o segundo governo de
Carlos Andrés Perez, Chavez foi um dos líderes de uma
tentativa de golpe de estado mau sucedida e acabou na prisão.

No fim da década de 1990, os políticos tradicionais estavam


com baixo prestígio na Venezuela. O país passava por uma crise
financeira e estava em recessão, com crescimento do
desemprego e aumento da pobreza. Nesse cenário, Hugo
Chavez venceu as eleições presidenciais realizadas em 6 de
dezembro de 1998, com 56% dos votos válidos.
Governo Maduro

A ascensão de Nicolás Maduro ao poder em 2013 foi marcada por


uma série de controvérsias e questionamentos sobre a legitimidade de
sua eleição. Maduro foi eleito como sucessor do presidente Hugo
Chávez, que faleceu em março de 2013 após governar a Venezuela
por mais de uma década. A campanha eleitoral de Maduro foi
realizada em meio a um clima de luto nacional pela morte de Chávez,
o que gerou dúvidas sobre a equidade e a transparência do processo
eleitoral.
Eleições

Durante a campanha, Maduro contou com o apoio do Partido


Socialista Unido da Venezuela (PSUV), que tinha uma forte presença
no governo e acesso aos recursos estatais. Além disso, houve relatos
de abuso de poder por parte do governo, incluindo o uso de recursos
públicos para promover a candidatura de Maduro e a intimidação de
opositores políticos.
Mudanças políticas

Durante o governo de Maduro, as eleições foram amplamente


questionadas por observadores nacionais e internacionais devido a
uma série de irregularidades. Isso incluiu a falta de transparência no
processo eleitoral, o uso indevido de recursos públicos para
promover a candidatura do governo e a supressão de vozes da
oposição.
Em 2017, Maduro convocou uma eleição para escolher membros da
ANC, um órgão com poderes extraordinários para reescrever a
Constituição venezuelana. A formação da ANC resultou em uma
concentração ainda maior de poder nas mãos do governo, minando
ainda mais a separação de poderes e a democracia na Venezuela.
Prisões de líderes

Um dos casos mais emblemáticos foi o da prisão do líder da oposição


Leopoldo López, em 2014. López foi detido sob acusações de incitar
a violência durante protestos contra o governo. Sua detenção foi
amplamente criticada como sendo politicamente motivada e uma
tentativa de silenciar um dos críticos mais proeminentes de Maduro
Além de López, outros líderes políticos e sociais que se opuseram ao
governo de Maduro foram alvos de perseguição. Isso inclui políticos
da oposição, como Henrique Capriles, que enfrentou intimidação e
restrições a sua participação política, bem como líderes comunitários
e ativistas de direitos humanos que foram detidos ou ameaçados por
suas críticas ao governo
Economia

A Venezuela experimenta uma das taxas de inflação mais altas do


mundo durante a ditadura de Maduro, atingindo níveis de
hiperinflação. Os preços dos produtos aumentavam
exponencialmente, levando a uma rápida deterioração do poder de
compra da moeda local, o bolívar.
A hiperinflação teve um efeito devastador sobre os salários e as
economias das famílias venezuelanas, tornando cada vez mais difícil
para as pessoas adquirirem bens básicos e serviços essenciais
Censura à imprensa

Várias emissoras de rádio, canais de televisão e jornais impressos


independentes foram fechados pelo governo ou tiveram suas licenças
revogadas. Isso resultou na diminuição da diversidade de opiniões e
na perda de plataformas de mídia críticas ao governo.
O governo também exerceu controle sobre a distribuição de papel
jornal e outros recursos essenciais para a produção de mídia
impressa, dificultando ainda mais a sobrevivência de veículos
independentes.
Ainda que sua participação no mercado mundial, nos anos 60, tenha sido reduzida à
metade, a Venezuela, em 1970, ainda é o maior exportador latino-americano de petróleo.
Da Venezuela provém quase a metade dos lucros que os capitais norte-americanos
subtraem de toda a América Latina. Esse é um dos países mais ricos do planeta e também
um dos mais pobres e mais violentos. Exibe a mais alta renda per capita da América Latina
e possui a mais completa e ultramoderna rede de estradas; em proporção ao número de
habitantes, nenhuma outra nação do mundo bebe tanto uísque escocês. As reservas de
petróleo, gás e ferro que seu subsolo oferece à exploração imediata poderiam multiplicar
por dez a riqueza de cada um dos venezuelanos; em suas vastas terras virgens poderia
caber, inteira, a população da Alemanha ou da Inglaterra. Em meio século, as sondas
extraíram uma renda petroleira tão fabulosa que representa o dobro do Plano Marshall para
a reconstrução da Europa; desde que jorrou o primeiro poço, a população se multiplicou
por três e o orçamento nacional por 100, mas boa parte da população, que disputa os restos
da minoria dominante, não se alimenta melhor do que na época em que o país dependia do
cacau e de café. (p. 160)
Obrigado!

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