Does Mercosur's Trade

Performance Raise Concerns

about the Effects of Regional

Trade Arrangements?
Alexander Yeats
Resumo
A preocupação que motiva o artigo é: se os regional trade arrangements (RTAs) incentivariam as
importações de alto custo dos países membros em detrimento das de baixo custo dos não membros.

● O estudo utiliza um índice para análisar os efeitos provenientes das RTAs: Efeitos comérciais
estáticos.

● Esse índice examina variações na orientação regional das exportações e as relaciona com o
"revealed" comparative advantage (RCA).

● Essa relação consegue avaliar as ineficiências geradas pelas RTAs.

01

Introdução
Introdução

A proliferação dos RTAs promove 3 principais preocupações:

● Efeitos contrários aos esforços da Organização mundial do comércio em promover negociação

multilateral;

● Elevação das barreiras comerciais contra países não membros;

● Barreiras comerciais prejudicariam consumidores e comerciantes na questão de substituir a

comercialização com países de terceiro mais eficientes.
Introdução

O estudo focou em analisar esses efeitos no acordo Mercosul

O estudo procedeu da seguinte forma:

● Análise das estatísticas comerciais dos países para checar variações na direção e composição do
comércio dos países membros.

● Se não houver mudanças significativas então não há por que se preocupar com o desvio de
produtores eficientes.

● Exame de um novo índice que mede orientação" regional em mudança das exportações de bens
específicos.
Introdução

● Comparação desse índice com a medida de vantagem comparativa revelada para analisar possíveis
ineficiências.

● Os Dados são analisados para checar se as mudanças na orientação regional são consistentes com
as vantagens comparativas dos países membros.

Apenas os efeitos estáticos do comércio são analisados no estudo

02

1 – Mercosul: Tendências do
comércio
1 – Mercosul: Tendências do comércio
Tabela 1: Destino do comércio dos países do Mercosul 1979 – 1981 até 1994
1 – Mercosul: Tendências do comércio

A tabela mostra aumento na importância de todos os países

membros no mercado do Mercosul
● Argentina, Brasil e Uruguai experimentaram um
crescimento significativo nas exportações destinadas ao
Mercosul durante o período analisado.
● Para todos os países membros juntos, a parcela de
exportações para o Mercosul em 1994 foi quase três vezes
maior do que no período anterior.
● São identificadas duas tendências gerais nas exportações do
Mercosul ao longo da última década.
● A primeira é um aumento significativo na importância
relativa do comércio intra-regional.
● A segunda é uma estabilidade ou ligeira queda na
importância relativa das exportações para os países que
formaram o NAFTA, bem como uma redução na
importância relativa das exportações para a Europa.
1 – Mercosul: Tendências do comércio
Tabela 2: Composição de produtos dos países do Mercosul intra-comércio
1 – Mercosul: Tendências do comércio

● Cerca de 63% do comércio intra-Mercosul agora é

composto por produtos manufaturados.
● Essa proporção é aproximadamente 15 pontos percentuais
maior do que a participação dos produtos manufaturados
nas exportações globais da região.
● Mais de 81% das exportações do Brasil para o Mercosul
são compostas por produtos manufaturados.
● A tabela também expõe a importância do grupo de
maquinário e transporte, representando um terço do total de
manufaturados.
1 – Mercosul: Tendências do comércio

● Produtos alimentícios e rações representam cerca de um

quarto dos bens negociados dentro do Mercosul.
● Sua participação nas exportações globais da região é de
aproximadamente 36%.
● A importância dos alimentos e rações no comércio intra-
Mercosul tem diminuído desde o início da década de 1980.
● Combustíveis minerais são o único grupo de produtos, além
dos manufaturados, que aumentou sua participação relativa
no comércio intra-Mercosul.
● A tabela mostra que os produtos manufaturados foram o
catalisador para o aumento do comércio intra-Mercosul.
● Produtos de transporte e máquinas são os sub-setores mais
dinâmicos dentro desse grupo.
1 – Mercosul: Tendências do comércio

Os índices de "intensidade" do comércio podem fornecer insights adicionais sobre a natureza e a importância das
mudanças seculares nos fluxos comerciais bilaterais, como aqueles ocorrendo para o Mercosul.

• Se o índice de intensidade do comércio assume um valor acima (abaixo) de unidade, os países têm um
comércio bilateral maior (menor) do que o esperado com base na participação do parceiro no comércio
mundial.

• Quando calculado para um único ponto no tempo, o índice tem utilidade limitada, pois não incorpora a
influência de fatores como distância e idiomas no comércio.

• No entanto, a análise das mudanças desses índices ao longo do tempo pode mostrar se dois países estão
experimentando uma tendência aumentada ou diminuída de comercializar entre si.
1 – Mercosul: Tendências do comércio

● Os índices (com exceção do Paraguai) claramente apresentam aumentos da "intensidade" do comércio entre os países do Mercosul
ao longo do tempo.
● o índice de intensidade do comércio entre Argentina e Brasil em 1994 foi mais de cinco vezes maior do que o correspondente em
1979-1981. O índice de comércio do Brasil com a Argentina mais do que dobrou durante o mesmo período.
● Esses resultados reforçam fortemente a impressão fornecida pelas comparações anteriores (Tabelas 1 e 2) de que ocorreu uma
grande reorientação das exportações em direção aos mercados regionais.
● Uma questão importante é se essas mudanças estão de acordo com a eficiência e a verdadeira vantagem comparativa dos países
membros.
2 – Avaliação do efeito dos RTA’s

• Abordagem sobre alterações nas importações sobre a UE

• Abordagem de Yeats – olhar sobre o viés de VC e exportações

• Indice de orientação regional – Considera o share das exportações de um produto para o Mercosul e
a percentagem para países terceiros
• Variação do índice – zero ao infinito. Indica um valor tendência para exportar o bem para o bloco e
para terceiros.
• Valores crescentes indicam maior têndencia a exportação para mercados regionais
2 – Propriedades e aplicação do índice.

• Informações limitadas sobre os panoramas comerciais, quando calculado em um determinado ponto

no tempo.

• Informações inter–temporais do índice em períodos curtos fornecem como o padrão do comércio

está a mudar.
• No curto e médio prazo, as vantagens comparativas em transporte e/ou gostos relativos serão
mínimas.
• Aplicação – Determinar se os RTA’S promovem importações de alto custo em detrimento de
importações de menores custos de países fora do acordo.
3 – Barreiras comerciais e Mudanças

• A proteção contra países terceiros nos sugere incentivos para direcionar o comércio para os
mercados locais

• Os índices de orientação regional do Mercosul frequentemente se opõem à medida da vantagem

comparativa

• A orientação regional das exportações cresce também para produtos onde há pouca evidência de
vantagem comparativa atual do Mercosul
3 – Barreiras comerciais e Mudanças
Mercosur's Average Decile Regional Orientation Index and RCA Index Values
for 128 Processed Product Groups
3 – Barreiras comerciais e Mudanças

• Causas do padrão divergente de mudanças no comércio:

○ Mudanças em fatores naturais como custos de frete são altamente improváveis.

○ Redução de custos de transporte por meio de novas tecnologias ou melhorias em portos e
instalações é improvável em um período curto.
○ A natureza discriminatória das políticas comerciais do Mercosul pode ser responsável.

• Introdução de cortes tarifários preferenciais em 1991 levou a um rápido aumento do comércio intra-
bloco, indicado por registros do UN COMTRADE.
3 – Barreiras comerciais e Mudanças
• Várias fontes de estatísticas sobre tarifas e Barreiras Não-Tarifárias (NTBs) do Mercosul estão
disponíveis para análises desses pontos:.

○ Esses dois países(Brasil e Uruguai) respondem por mais de 60% das importações totais do
Mercosul, o que torna os registros do SMART um perfil útil da estrutura de proteção
externa.

• Preferências intra-bloco conforme estabelecido pelo Tratado de Assunção:

○ Artigo 5 exigia "reduções tarifárias progressivas, lineares e automáticas" a partir de 1991.

○ Objetivo era alcançar tarifas zero para toda a área tarifária até 31 de dezembro de 1994.
3 – Barreiras comerciais e Mudanças
• Implementação das reduções tarifárias:

○ Embora tenha havido alguns desvios desse objetivo, o comércio intra-regional entre o
Brasil e seus parceiros do Mercosul tornou-se isento de tarifas desde 1º de janeiro de 1995,
exceto por 29 itens tarifários.

○ Relatório da Organização Mundial do Comércio (outubro de 1996) afirma que cerca de

95% do comércio intra-regional (Mercosul) estava livre de tarifas em 1994.
3 – Barreiras comerciais e Mudanças
Tariffs and Nontariff Barriers on Mercosur's Imports
3 – Barreiras comerciais e Mudanças
• Dados sugerem que as preferências tarifárias e a proteção que oferecem para o comércio intra-bloco
são fatores importantes nas mudanças recentes no comércio.

• Margens do Mercosul são significativamente mais altas do que a média do Sistema Geral de
Preferências (SGP) e da União Europeia.

• As barreiras não-tarifárias foram organizadas para reforçar os efeitos distorcivos do comércio dos
acordos de tarifas preferenciais
4 – Implicações da Política
Mudanças nos Padrões de Comércio no Mercosul (88-94)

• Estudo revela mudanças significativas nos padrões de comércio nos países do Mercosul devido aos
acordos de transição, especialmente na segunda metade do período.

• Dois cenários implícitos são estruturados:

o Impacto das políticas: Sem o desenvolvimento das políticas, os padrões comerciais do
Mercosul não teriam mudado tanto. O grau de liberalização não discriminatória teria
resultando em estrutura de importação mais eficiente e melhor acesso a bens externos.

o Interpretação dos dados: Embora haja distorção nos padrões de comércio, a eficiência
comercial aumentou o suficiente para compensar. A relação positiva entre os países
membros é destacada.
4 – Implicações da Política
Efeitos do Mercosul

• Efeitos do Mercosul engloba liberalizações gerais das barreiras comerciais, o que aumentou as
importações globais, ainda os efeitos setoriais bilaterais entre Argentina e Brasil entre 1988 e 1991.

• A discriminação foi incorporada em 1991, marcando uma mudança na liberalização graças ao

Acordo do Mercosul.
4 – Implicações da Política
Impacto das Preferências Regionais

• Preferências regionais afetam fortemente os padrões de comércio, podendo prejudicar países

membros e externos.

• O Mercosul não era competitivo internacionalmente nos setores em crescimento no comércio

interno, produtores nacionais reorientando as exportações para o mercados locais.

• Consequências incluem redução de exportações de terceiros países, redução do bem-estar em relação

à liberalização não discriminatória e limitações de acesso a produtos de qualidade e preços mais
baixos para consumidores internos.

• Destaca-se a necessidade de mais pesquisas empíricas sobre os efeitos nacionais e internacionais

para avaliar o regionalismo.
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