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09009
Se você olha para seu filho e pensa: “quando bebezinho, ele era tão fofinho que eu
tinha vontade de comê-lo. Hoje, eu me pergunto, porque eu não comi?”, é hora de
entender porque certas etapas do desenvolvimento infantil são mais difíceis.
Se o filho está apresentando comportamentos que desafiam a paciência dos pais, pela
freqüência e insistência com que ocorrem, não é de admirar-se que muitas vezes
estes quase percam o controle e fiquem ansiosos para que esta fase seja substituída
por períodos mais tranqüilos.
Nestas fases, na maior parte das vezes, as sugestões não são aceitas. Se os pais
querem ir embora, a criança quer ficar. Se eles dizem que está frio, ela insiste em não
se agasalhar. Além disso, a criança se considera o centro do universo: não há nada
mais importante e urgente do que as suas necessidades, idéias e pensamentos.
Contrariá-la significa a certeza de chuvas e trovoadas.
Nestes momentos os pais estão sendo colocados à prova para estabelecer de forma
justa e equilibrada a permissão para a conquista de uma necessária independência,
sem descuidar-se de impor alguns limites imprescindíveis. Mas conciliar esta relação e
fazer com que ela seja aceita pelo filho é uma tarefa que em certos momentos é difícil
e que exige muita paciência e negociação.
Estas fases se manifestam de forma mais intensa em certos momentos porque estes
são períodos de desequilíbrio no processo de desenvolvimento, durante os quais
muitas características estão alterando-se rapidamente e a assimilação destas
mudanças são difíceis. Elas são típicas da criança em por volta dos dois anos de
idade e no início da adolescência.
Descobrir-se com novas habilidades, saber exatamente o que fazer com elas e até
onde pode ir com segurança, são desafios a serem enfrentados pela criança e pelo
adolescente. Os padrões antigos de comportamento já não funcionam mais,
entretanto, os novos ainda não foram definitivamente consolidados.
Tanto a criança de dois anos como o jovem adolescente estão na busca de mais
independência, procurando caminhos para estabelecer suas próprias identidades.
Quando os pais se conscientizam da necessidade do filho conquistar sua vida própria,
e que para isto alguns períodos difíceis de transição são necessários, terão mais
tranqüilidade para enfrentarem os desafios. E todos, pais e filhos, estarão prontos para
vivenciar novas e mais tranqüilas etapas.
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Alguns marcos que sugerem um desenvolvimento normal da criança no primeiro
ano de vida e algumas características que podem alertar sobre a possibilidade de
problemas.
O primeiro ano de vida é um período incrível e surpreendente para quem
acompanha o desenvolvimento de uma criança, porque as mudanças que ocorrem
são rápidas e impressionantes. Nesta fase as pessoas se admiram ao observar
como a criança está constantemente adquirindo novas habilidades e evolui de um
ser extremamente dependente para outro com uma quantidade enorme de
habilidades que lhe permitem movimentar-se e explorar sozinho o ambiente e
relacionar-se com as demais pessoas.. E estas mudanças ocorrem em curtos
períodos, pois uma criança de um mês de idade é bem diferente de outra de 3
meses.
A importância do primeiro ano na formação do indivíduo é algo que está bem
estabelecido. Muitas características futuras serão definidas durante este curto
período e por isso o adequado acompanhamento é fundamental. Todas as
crianças devem ter seu crescimento e desenvolvimento avaliados em serviços de
saúde mensalmente durante o primeiro ano de vida.