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GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO


SUPERINTENDÊNCIA DE PLANEJAMENTO E APOIO À EDUCAÇÃO
COORDENADORIA DE TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS
NÚCLEO DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL CAMPO GRANDE-MS

ESCOLA ESTADUAL ADVENTOR DIVINO DE ALMEIDA

PROJETO REVENDO QUESTÕES SOCIAIS: A PREVIDÊNCIA EM FOCO


“JÚRI SIMULADO”

Mato Grosso do Sul


2010
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SUMÁRIO

Apresentação...................................................................................................................03
Justificativa......................................................................................................................04
Objetivos gerais...............................................................................................................05
Objetivos específicos.......................................................................................................05
Metodologia.....................................................................................................................06
Recursos...........................................................................................................................07
Desenvolvimento.............................................................................................................08
Culminância.....................................................................................................................09
Avaliação.........................................................................................................................09
Estratégias de divulgação.................................................................................................11
Anexos.............................................................................................................................12
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APRESENTAÇÃO

Este projeto tem como intenção promover o estudo dos problemas sociais de forma mais
dinâmica e lúdica, integrando várias disciplinas envolvendo sociologia, artes, história, língua
portuguesa, geografia e o uso da sala de tecnologia educacional.
A seguir descrevemos cada etapa de desenvolvimento, objetivos, recursos e culminância.
Entendemos quão importante foi o desempenho dos alunos na formação de cada júri
apresentado, como a riqueza dos detalhes na montagem do processo e da fala dos
componentes na simulação. Portanto, consideramos de suma importância colocar nos anexos
além de fotos das apresentações dos alunos, como o material usado por eles como: texto do
caso julgado desenvolvido por eles, os depoimentos dos personagens, a documentação
criado pelos alunos para cada personagem do caso, os formulários desenvolvidos para
compor o processo.
Para que não se estenda o tamanho deste trabalho e não se perca seu objetivo, colocamos
somente o material de duas turmas: 1º ano A matutino, desenvolvido pelo grupo da aluna
Wanessa Aline Adania e 3º ano A matutino, desenvolvido pelo grupo do aluno Valbercley
da Graça Almeida.
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JUSTIFICATIVA

Deparamos-nos com o alto índice de criminalidade cada vez mais crescente, sabemos que
cada caso tem suas peculiaridades que culminaram com alguma forma de crime em nossa
sociedade. Entretanto, paramos um pouco para pesquisar e refletir sobre alguns direitos de
quem está recluso e comparamos com os direitos de quem está em “liberdade”. A ideia de
pesquisar e publicar sobre este assunto “auxílio reclusão” ocorreu a partir de alguns emails
de alertas sobre o aumento do valor dessa contribuição aos dependentes de quem está em
reclusão.
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OBJETIVOS GERAIS

 Que nossos alunos reflitam sobre as questões sociais contemporâneas;


 Pesquisem causas e efeitos;
 Sejam críticos e reflexivos;
 Projetem suas reflexões publicamente.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Definimos nossos objetivos específicos a partir dos conteúdos que são trabalhados em sala
de aula, seguindo as orientações dos referenciais.

Sociologia: Questões e problemas sociais contemporâneos: tipos de violência,


marginalidade/ exclusão social, desigualdade social.
História: Caracterizar e comparar períodos históricos de maior incidência de violência.
Geografia: Situar geograficamente cada evento pesquisado.
Artes: Utilizar as habilidades cênicas (em toda sua forma de expressão) no desenvolvimento
do trabalho que culmina com dramatização.
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METODOLOGIA
Procedimentos Utilizados para Início da Ação:
 Pesquisa realizada no site da Previdência;
 Palestras com os acadêmicos da UCDB;
 Leitura de textos de sociologia pertinente aos tópicos: Desigualdades sociais,
criminalidade, controle, minorias sociais, ética, cidadania.
Diagnóstico da situação trabalhada:
 Embora a temática principal do projeto seja além dos problemas sociais, à
Previdência e dentro deste item o auxílio reclusão, nossos alunos se prenderam mais
à formação do júri simulado e aos problemas sociais.
Planos de ação estabelecidos.
Março e abril: discussão do tema, pesquisa e produção textual.
Maio e junho: Criação dos blogs e publicação dos textos.
Julho e agosto: Palestras por profissionais de direito.
Setembro:
Primeira semana de setembro: visita ao Tribunal do Júri para assistir a julgamentos reais.
10 de setembro apresentação do Júri simulado – pelas turmas do Ensino Médio do matutino
e vespertino.
Disponibilidade de aulas destinadas aos professores palestrantes
Matutino
Ano e turma nº alunos Dias disponíveis Tempo de aula
1º A 43 10, 13/08/10 3º, 4º e 5º tempos.
2º A 44 10, 13/08/10 1º, 2º, 3º, 4º e 5º tempos.
3º A 28 09, 13/08/10 1º, 2º, 3º e 4º tempos.
Vespertino
Ano e turma nº alunos Dias disponíveis Tempo de aula
1º C 37 09, 12/08/10 1º, 2º, 3º, 4º tempos
2º B 23 09, 12/08/10 1º, 3º, 4º e 5º tempos
3º B 21 09, 12/08/10 1º, 2º, 4º, 5º tempo
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RECURSOS

 Humanos: Alunos do Ensino Médio (1ºano A matutino, 1ºano C


vespertino, 2º ano A matutino, 2º ano B vespertino, 3º ano A matutino e 3º ano B
vespertino); Professores: Sociologia (Vanja Marina), História (Carlos), Língua
Portuguesa (Ana Carla Chimenes, Daiane Casagrande) Geografia (Janice
Coitinho), Artes (Isabela, Maévi), STE (Sandra Cayres);
Acadêmicos de direito da UCDB: Jodascil, Matheus e João.
Juiz da 2ª Vara dos Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri de Campo
Grande: Aluízio Pereira dos Santos.
 Materiais: Constituição Federal Brasileira, Código Penal, tnt (na
confecção dos trajes de juiz, promotoria e defesa), símbolo (cordões usados pelo
juiz, promotoria e defesa nas cores: branco, verde e vermelho).

 Tecnológicos: Computador (Office, CorelDraw, Internet), máquina


fotográfica, filmadora, impressora, Datashow.

 Físicos: Sala de multimeios, sala de tecnologia educacional (STE),


Universidade Católica Dom Bosco, Tribunal do Júri de Campo Grande-MS,
Quadra de esportes (onde foi realizada a culminância do júri).
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DESENVOLVIEMENTO

Operacionalização do projeto.
Nossas ações iniciais foram diálogos em sala de aula sobre o e-mail referente o aumento do
valor do auxílio reclusão que havíamos compartilhado com todas as turmas do Ensino
Médio.
No primeiro momento a questão foi lançada em sala de aula como um exemplo genérico
sobre injustiça social. A polêmica foi tão grande que resolvemos (com as turmas de ensino
médio) nos inteirar do assunto na STE. Realizamos as primeiras leituras no site da
Previdência sobre o que é auxilio reclusão. Perguntamo-nos se este benefício era bom ou
ruim e tivemos como parâmetro outro benefício oferecido pela Previdência, o LOAS.
Das discussões ocorridas em sala de aula, surgiu a ideia e transformá-lo em projeto oficial,
apresenta-lo ao NTE e combinarmos em quais aulas a temática combinaria nos conteúdos
distribuídos no bimestre em cada turma. Consultamos os referenciais e os temas acima
mencionados, encaixaram com maior facilidade. Apresentamos a ideia aos professores das
disciplinas participantes e começamos a nos mobilizar cada um com seu conteúdo.
Revezamo-nos na visita, ao fórum. Após o agendamento feito pelos alunos no Tribunal de
Justiça, um professor acompanhava a turma e outro assumia (subia o tempo de aula dos que
ficaram na escola).
O mesmo ocorreu com as palestras dos acadêmicos da UCDB e nos dias de treinamento de
cada sala com sua apresentação (eles não queriam que as outras turmas assistissem seus
ensaios, afinal, concorriam entre si).
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CULMINÂNCIA

O júri ocorreu dia 10 de setembro de 2010 contou com a presença do NTE de Campo
Grande que realizou toda a filmagem do evento.
O sucesso da realização do júri simulado dos nossos alunos gerou um convite para fazerem
parte do júri simulado dos acadêmicos como jurados na “II Semana Jurídica” da UCDB x
UFMS. Aceitação com empolgação o convite feito pelo diretor do DACLOBE e participação
com jurados da simulação dos acadêmicos.

DA AVALIAÇÃO

Para avaliar a real participação dos alunos no processo de preparação do júri simulado foi
desenvolvida uma ficha que ficou encarregada de ser preenchida pelo líder de cada sala, de
acordo com a realização de cada participante.
A criação da ficha foi necessária porque daí saiu a nota do bimestre de cada aluno. Na
coluna como “participou?”, eles descreveram suas atividades no processo da forma mais
variada possível como, por exemplo: escreveu o caso que foi julgado, escreveu a fala do juiz,
emprestou o notebook, pesquisou sobre a doença da vítima, organizou o figurino, foi a
defensoria, foi a promotoria, emprestou a casa para ensaios etc.
No dia da apresentação do júri pelos alunos, organizamos uma banca para avaliar a
apresentação deles. Esta banca foi composta por um representante do NTE (Núcleo de
Tecnologia Educacional de Campo Grande), dois professores participantes do projeto e dois
professores que tenha assistido ao julgamento no Tribunal do Júri com uma das turmas, ao
todo foram cinco professores avaliadores.
A escola achou justo que cada aluno participante do projeto, independente se sua
participação foi de bastidores ou na simulação do júri, que receba um certificado de
participação.

Análise crítica do alcance dos objetivos; fatores positivos e negativos na implementação


do projeto:
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Fatores positivos: A empolgação deles nos preparos e na apresentação do júri simulado; a


participação, comportamento e atenção deles ao assistirem os julgamentos no Tribunal do
júri; o desafio de participarem num júri desenvolvido por universitário e nas atividades
desenvolvidos pela UCDB na “II Semana Jurídica”, evento entre duas grandes
universidades, uma pública e outra privada.
Fatores negativos: A realização do júri simulado dispersou a temática principal do projeto
que era a respeito do auxilio reclusão e sua validade enquanto instrumento beneficiário
provido pelo Estado. Foi como se realizássemos dois projetos separados, mas, ainda está
previsto um debate com os acadêmicos da UCDB, tema de interesse deles também, embora
este último não esteja previsto no projeto original, assim como a nossa participação no júri
simulado deles dia 07 de setembro/10.

Contribuições mais significativas obtidas na experiência, para a formação educacional


e social dos alunos, educadores, gestores e comunidades envolvidas:

Além do conhecimento obtido nos estudos sobre os dois benefícios, “auxilio reclusão e
LOAS”, que a maioria desconhecia, o desenvolvimento do projeto serviu de estímulo para
que alguns alunos se apaixonassem pelo direito.

Pretendemos desenvolver novos projetos que envolvam a formação de júri simulado com
outras temáticas como: drogas, violência no trânsito, ou outras pertinentes aos trabalhos dos
professores.
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ESTRATÉGIAS DE DIVULGAÇÃO

Indicadores de avaliação utilizados para definir o sucesso da ação empreendida.

Como este projeto fez parte do meu plano de ação desenvolvido enquanto professora da STE
(Sala de Tecnologia educacional) e regente, este trabalho será apresentado nos eventos do
NTE por meio de pôster.
Estamos também procedendo à divulgação do nosso projeto nos blogs e sites dos alunos e da
escola.

A entrega dos certificados e do DVD contendo filme das apresentações (seis apresentações
sendo três do matutino e três do vespertino).
Anexo de fotos, resultados de trabalhos, folhetos ou qualquer outro tipo de documento
relativo à sua realização.
 Produção textual publicado nos blogs dos alunos (individual);
 Produção do texto referente a um caso envolvendo uma das situações consideradas
como problemas sociais (coletivo, um caso por sala);
 Simulação de um Tribunal do Júri (coletivo, ocorreram seis julgamentos das
seguintes turmas: 1ºA, 1ºC, 2ºA, 2ºB, 3ºA e 3ºB);
 Produção de DVD contendo filme dos Seis julgamentos.

BLOGS E SITES DE DIVULGAÇÃO

http://www.escolaadventor.com.br/

http://adaniawanessa.blogspot.com/

http://www.camilamarques1.xpg.com.br/

http://marianabevilaqua.blogspot.com/

http://caixetamaster.blogspot.com/

http://valbercleyalmeida.blogspot.com/
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ANEXOS
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Ficha de avaliação da participação individual do aluno no processo.


Júri simulado
Líder:
Como participou?

Total
Ficha 1 – ficha de avaliação individual dos alunos (realizado pelo líder do grupo )

Ficha de avaliação da participação da turma na simulação do júri.


Júri simulado – Matutino e vespertino
Critérios Professor avaliador:
(de 1 a 5 pontos por 1º 2º 3º 1º 2º 3º Total de pontos
cada critério de modo Turma A Turma A Turma A Turma C Turma B Turma B por critério
a totalizar 50 pontos)
Desenvolvimento
do júri como um
todo (mais
próximo do real)
Promotoria
Argumentação
Persuasão
Oratória
Defensoria
Argumentação
Persuasão
Oratória
Juiz
Oratória
Desenvoltura
Criatividade
Adereços
Total por turma
Ficha 2 – ficha de avaliação da apresentação das turmas na simulação do júri.
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Modelo de certificado que será entregue aos alunos.

Foto 1 – Alunos do 3º ano A em visita ao Tribunal do Júri de Campo Grande-MS


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Foto 2 – Palestra de instrução – João (presidente do DACLOBE)

Foto 3 – apresentação 3º A – matutino – Promotoria e Defesa.


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Foto 4 – Detalhes da composição dos jurados à vestimenta dos auxiliares e depoentes.

Foto 5 – Participação dos alunos no júri simulado da “ II Semana Jurídica UCDB x UFMS”
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PROCESSO 3º ANO A MATUTINO


ALUNO: VALBERCLEY DA GRAÇA ALMEIDA
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Figura 1 – Caso criado pelo 3º ano A


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Figura 2 – Pregão criado pelo 3º ano A


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Figura 3 – Pregão criado pelo 3º ano A


– segundo dia.
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Figura 4 – Depoimento 1
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Figura 5 – Depoimento 2
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Figura 6 – Depoimento 3
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Figura 7 – Depoimento 4
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Figura 8 – Relatório final


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Figura 9 – Quesitos
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Figura 10 – Lista de jurados


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Figura 11 – Certidão de casamento da vítima


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Figura 12 – Certidão de nascimento do réu


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Figura 13– Certidão de nascimento da vítima


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Figura 14– Diálogo de instrução usando MSN

“(21:22) _JOÃO_ :oi valber tudo bem? (21:22) Valbercley / Got:td e vc? (21:22) _JOÃO_ :não
fique assustado com o e-mail
a numero é apenas uma apelido de guerra
ahuahauhauh (21:22) Valbercley / Got:chego direito em ksa? tipo: respiro, descanso e talls?
ha sim... (21:22) Valbercley / Got:de boa (21:23) _JOÃO_ :é a vida anda meio corrida (21:23)
Valbercley / Got:é vdd.. (21:23) _JOÃO_ :além de acadêmico de direito, ainda caminho na politica mas
no final da tudo certo (21:23) Valbercley / Got:se a minha ja é asism imagina a sua..
husahsa (21:23) Valbercley / Got:politica?!?!
humm hein vo te manda o caso que a gente termino pra vc dar uma opiiao pode c? (21:25) Valbercley /
Got:*opiniao (21:25) _JOÃO_ :claro manda ai para mim, agora estou a disposição de vocês, mas uma
vez tenho que pedir desculpas por não ter ido em sua casa, como é o nome mesmo de sua amiga que está de
ajudando ? (21:26) Valbercley / Got:carol. (21:26) _JOÃO_ :te* (21:26) Valbercley / Got:Iniciou a
transferência de um ficheiro (21:26) Valbercley / Got:nao se preocupe com isso...
relax (21:26) _JOÃO_ :isso leva a mensagem para carol também de desculpas (21:26)A
transferência de "caso.doc" está concluída. (21:26) Valbercley / Got:pode dexa (21:26) _JOÃO_ :vamos
ver o texto (21:26) Valbercley / Got:ok. (21:29)(Y)_JOÃO_ (Y) alterou o estado para Ocupado (21:32)
Valbercley / Got:desculpe incomodar a leitura, mas voce sabe o nome completo do mateus? (21:33)
_JOÃO_ :ele fico de me mandar vou dar uma olhada (21:33) Valbercley / Got:oki (21:39)
_JOÃO_ :mateus neuwirth (21:39) Valbercley / Got:mto obrigado... (21:41) _JOÃO_ :vamos
lá Valber (21:41) _JOÃO_ :olha só eu acredito que a historia tenha que ser imparcial (21:41)
_JOÃO_ :para que assim nós possamos ter um nivel bom de debates, onde tanto acusação, como a
defesa tenham o que argumentar
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a primeira parte de sua historia é perfeita (21:42) _JOÃO_ :até o momento em que entra o Reginaldo
(21:42) _JOÃO_ :ai o enredo passa a ser completamente acusatório para o Reginaldo (21:43)
_JOÃO_ :vou te fazer uma pergunta o que você alegaria para DEFENDER o Reginaldo no juri ? (21:43)
Valbercley / Got: (21:44) _JOÃO_ :isso é claro levando em consideração que o seu texto é o que
será debatido então tanto acusação como defesa terão que estudar o mesmo caso (21:44) Valbercley /
Got:entendo (21:44) _JOÃO_ :sem argumentos para defesa ? (21:45) Valbercley / Got:nós pensamos
em fazer +/- assim: (21:45) Valbercley / Got:começariamos julgando o caso com o bruno rafael como réu...
(21:46) Valbercley / Got:a partir da apresentação de provas, testemunhos, etc., chegariasse a conclusão de que
não tinha sido ele quem matou norma e sim o tal amigo...
o que acha? (21:47) _JOÃO_ :maravilha perfeito (21:48) _JOÃO_ :a parte do Bruno ficou bem
imparcial temos por um lado um marido traido e por outro um marido que matou a mulher (21:49) Valbercley /
Got:ex.: no seu depoimento no "plenario escolar estadual adventor divino de almeida", ele entraria em total
contradição do depoimento que ele haveria dado anteriormente. (21:51) Valbercley / Got:+ vc acha q posso
colocar que o reginaldo entrará em contradição no seu depoimento, na historia? (21:51)
_JOÃO_ :poderia mas a questão é a seguinte o juri é do Bruno ou do Reginaldo ? tem que ser juri
diferente (21:52) _JOÃO_ :sabe pq vai ficar muito confuso olha minha opinião para sua historia (21:53)
Valbercley / Got:hãm;;; (21:53) _JOÃO_ :vamos criar o Júri do caso "Bruno Rafael" (21:53)
_JOÃO_ :só um minuto já volto Valber (21:54) Valbercley / Got:ok (21:55) _JOÃO_ :voltei olha
só (21:55) _JOÃO_ :iremos aproveitar a primeira parte de sua historia (21:55) Valbercley / Got:sim..
(21:55) _JOÃO_ :até o momento em que ocorre a discussão (21:56) Valbercley / Got:(((nota: vc me
acredita que o povo da minha sala enrolo tanto que vai ser tudo feito amanha???))))
esse momento: "Ao chegar em casa, Norma se depara com seu marido totalmente nervoso na sala, várias fotos
na mesinha de centro, e ao ver as fotos na mesinha, começa mais uma briga, que viria ser a última."? (21:57)
_JOÃO_ :Diante dos fatos, Bruno Rafael acaba agredindo norma com um tapa no rosto e Norma cai no
chão. Ao vê-la caída, ele se desespera e sai para ir a um bar próximo de sua residência até aqui (21:58)
_JOÃO_ :ai você pode colocar assim, um outro paragrafo (21:59) _JOÃO_ :o Vizinho Fulano de
Tal, visualiza as agressões feitas por Bruno Rafael em sua esposa (22:00) Valbercley / Got:esse vizinho nao
seria o reginaldo neh? (22:00) _JOÃO_ :não (22:00) _JOÃO_ :olha só o que eu quero te dizer é o
seguinte, podemos colocar testemunhas para acusar e defender o Bruno (22:01) _JOÃO_ :pq a situação
é a seguinte o Bruno briga com a mulher (22:01) _JOÃO_ :e a agride ele sai de casa (22:02)
_JOÃO_ :ai vamos fazer assim (22:03) _JOÃO_ :Após a saida de Bruno, enquanto o mesmo
encontrava-se no bar, Norma liga para seu amante Reginaldo, pedindo socorro para o mesmo, vez que estava
com medo de sofre novas agressões de seu marido
(bruno) (22:06) _JOÃO_ :Dessa forma, Reginaldo dirige-se até a residencia de Norma, ocasião em que
a mesma anuncia que irá terminar seu relacionamento com Reginaldo, ocasião em que este saca uma faca de
suas veste e desfere 16 facadas em Norma, golpes esses que causaram a morte de Norma.
Após ter executado Norma, Reginaldo deixa a residencia. (22:07) Valbercley / Got:nossa (22:07)
_JOÃO_ :Minutos depois Bruno Rafael chega na residencia, momento em que se depara com o corpo de
norma estendido no chão (22:07) Valbercley / Got:cara safado. (22:07) Valbercley / Got:acho que entendi o seu
raciocinio. (22:07) _JOÃO_ :Bruno Rafael pega a faca que se encontrava no chão, acreditando ter sua
esposa cometido suicidio (22:08) _JOÃO_ :Nota-se que gotas de sangue caem na roupa de Bruno Rafel
(22:08) Valbercley / Got:ai no caso (22:09) Valbercley / Got:colocariamos uma ou duas testemunhas de defesa
do bruno rafael (22:09) _JOÃO_ :issoooooo (22:09) Valbercley / Got:que viram o reginaldo entrando na
residencia nesse intervalo... (22:09) Valbercley / Got:neh?
(22:09) _JOÃO_ :issooo e outras que viram ele agredindo a esposa antes de ir para o Bar (22:10)
_JOÃO_ :o que pode ser que ele tenha cometido o crime (22:10) Valbercley / Got:mais dai esse
"detalhe" a gente não colocaria no pregão neh? (22:10) Valbercley / Got:que massa (22:11) _JOÃO_ :a
acusação vai sustentar desde o incio que o Bruno era culpado, dizendo que a faca tinha digitais dele, que a
roupa dele tinha marca de sangue da esposa
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vai chamar testemunhas que viu ele agredindo ela (22:11) _JOÃO_ :antes de ir para o Bar
ai a defesa vai alegar que (22:12) _JOÃO_ :que no momento do crime Bruno não estava em casa ai a
testemunha pode ser o dono do Bar (22:12) Valbercley / Got:entendi (22:12) _JOÃO_ :comprovando
que ele estava la (22:13) Valbercley / Got:como provas em defesa do bruno rafael, poderiase criar uma camisa
manchada de sangue na casa docara? (22:13) _JOÃO_ :claro (22:14) Valbercley / Got:entendo só um
minuto que eu vo liga pra vanja pra pergunta uma coisa e ja volto... rapidão (22:20) Valbercley /
Got:voltei (22:20) _JOÃO_ :e ai ? (22:20) Valbercley / Got:vo modificar o caso aqui e ja te mando..
ha (22:21) Valbercley / Got:vanja pergunta: quais são os critérios que os seus professores usam para julgar
voces? (22:22) _JOÃO_ :Oratórira, Postura, Domínio do Assunto, Uso Correto do Portugues (durante a
fala) Trabalho em Grupo (22:23) _JOÃO_ :isso é a professora né (22:23) Valbercley / Got:é tipo os que
a vanja vai utilizar... (22:23) _JOÃO_ :agora os jurados vão decidir se absolve ou não ? (22:23)
Valbercley / Got:os jurados é normal como é...
fica assim? : (22:24) Valbercley / Got:Após a saída de Bruno, enquanto o mesmo encontrava-se no bar, Norma
liga para seu amante Reginaldo, pedindo socorro para o mesmo, vez que estava com medo de sofre novas
agressões de seu marido.
Dessa forma, Reginaldo dirige-se até a residência de Norma, ocasião em que a mesma anuncia que irá terminar
seu relacionamento com Reginaldo, ocasião em que este saca uma faca de suas veste e desfere 16 facadas em
Norma, golpes esses que causaram a morte de Norma.
Após ter executado Norma, Reginaldo deixa a residência.
Minutos depois Bruno Rafael chega na residência, momento em que se depara com o corpo de norma estendido
no chão.
Bruno Rafael pega a faca que se encontrava no chão, acreditando ter sua esposa cometido suicídio
Nota-se que gotas de sangue caem na roupa de Bruno Rafel. (22:25) Valbercley / Got:há: nesse caso do bruno
rafael, os jurados que acabarão decidindo se ele é culpado ou inoscente neh?
*inocente (22:25) _JOÃO_ :isso ai para fechar você coloca assim (22:27) _JOÃO_ :Face a uma
denúncia anônima feita por um vizinho, que visualizou as agressões cometidas por Bruno, policias chegam no
local, e prende Bruno Rafael em flagrante, vez que o mesmo encontrava-se com a arma do crime na mão e as
vestes sujas de sangue.
Ai ele é nosso Réu definimos os argumentos (22:27) _JOÃO_ :A acusação vai tentar mostrar que o
Bruno Matou e a Defesa tem que mostrar que quem matou foi o Reginaldo (22:28) _JOÃO_ :pode
explorar bem as testemunhas coloca bastante (22:28) _JOÃO_ :dos dois lado (22:28) Valbercley /
Got:agora que eu me dei conta de que a parte do terreno baldio saiu.. rsrsrsrsrs (22:29) _JOÃO_ :é foi
na casa mesmo (22:29) Valbercley / Got:tem 5 de cada lado.... é o maximo neh? (22:29) _JOÃO_ :5
pode usar as 05 (22:29) Valbercley / Got:ok (22:29) _JOÃO_ :leva o reginaldo como testemunha de
defesa para ele dizer que não foi ele (22:29) Valbercley / Got:e ele se contradiz no depoimento.
? (22:29) _JOÃO_ :pode criar essa situação também um exemplo no depoimento ele fala que na hora do
crime estava em sua casa (22:30) Valbercley / Got:entendi tudo questão de persuasão...
rs (22:30) _JOÃO_ :isso (22:31) _JOÃO_ :ai uma testemunha prova que ele não estava em casa
viu ele saindo da residencia momentos antes do criem crime* (22:31) Valbercley / Got:já sei o reginaldo
poderia ser casado com uma das testemunhas... (22:32) Valbercley / Got:na hora do depoimento dela, ela acaba
soltando que o marido havia recebido uma suposta ligação de seu chefe, e que ele tinha saído..... ? ! ? ! ? !...
(22:33) Valbercley / Got:Iniciou a transferência de um ficheiro (22:34) _JOÃO_ :isso (22:35)
Valbercley / Got:acc o caso ja modificado...
pra ver se é issu mesmm.. (22:35) _JOÃO_ :manda de novo (22:36) Valbercley / Got:Iniciou a
transferência de um ficheiro (22:36)
Cancelar(Alt+Q) (22:36) _JOÃO_ :manda o arquivo ? nossa (22:37) _JOÃO_ :aquik aparece que
mandei (22:37) Valbercley / Got:Iniciou a transferência de um ficheiro (22:37) Valbercley / Got:apareceu
alguma coisa? agora? (22:37) _JOÃO_ :manda por e-mail
não (22:37) _JOÃO_ :manda no e-mail (22:37) Valbercley / Got:Iniciou a transferência de um ficheiro
(22:37) _JOÃO_ :não está dando certo (22:37) Valbercley / Got:so um minuto que eu vo criar uma psta
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de compartilhamento (22:38) Valbercley / Got:Iniciou a transferência de um ficheiro (22:39) Valbercley /


Got:vo manda por e-mail
(do e-mail que eu uso pra escoa)
*escola (22:40) _JOÃO_ :manda ai (22:41) Valbercley / Got:mandei (22:42) _JOÃO_ :mandou
em qual (22:42) Valbercley / Got:joao_666_@hotmail.com (22:42) Valbercley / Got:qr que mande no outro?
(22:42) Valbercley / Got:é só reenviar.. (22:43) _JOÃO_ :vou abri aqui (22:47) Valbercley / Got:ok
(22:48) _JOÃO_ :sim (22:48) Valbercley / Got:? (22:48) _JOÃO_ :beleza (22:49)
_JOÃO_ :ai você entedeu mais ou meno o espirito da coisa né
? (22:49) _JOÃO_ :o que eu quero te passar a possibilidade de argumentos para ambas as partes
promotor e defesa agora você tem de onde partir (22:49) _JOÃO_ :pode colocar detalhes ao invés de
apenas uma tapa (22:50) _JOÃO_ :você pode colocar uma calorosa discussão (22:50) Valbercley /
Got:rsrs
vdd (22:50) Valbercley / Got:hein (22:50) _JOÃO_ :entre Bruno e Norma, sendo que aquele deu varius
ponta pé e socos na mesma (22:51) Valbercley / Got: pode c (22:51) _JOÃO_ :ai você coloca as
testemunhas que viram ele agredindo ela (22:51) Valbercley / Got:mais hein dexa eu pergunta? (22:51)
_JOÃO_ :humm (22:51) Valbercley / Got:rs (22:52) Valbercley / Got:os crimes que são envolvidos no
nosso caso são: homicidio, e infanticidio neh? (22:52) _JOÃO_ :não só o homicidio (22:52) Valbercley
/ Got:ok (22:52) _JOÃO_ :infanticidio é mãe que mata o filho
depois do parto (22:53) Valbercley / Got:ha sim entendi (22:53) Valbercley / Got:no caso dos ponta pes e socos
que eu gosteio (22:53) _JOÃO_ :o pormotor pode partir para o sentimental
falando q ela estava esperando um filho (22:53) Valbercley / Got:ele poderia ter dado esses socos na barriga
dela e ela tido um aborto. ne? (22:54) _JOÃO_ :poderia mas o Bruno ou Reginaldo ? (22:54) Valbercley
/ Got:entendi vixx (22:55) Valbercley / Got:eu acho que o reginaldo.... ou entao a briga de tapas e talls poderia
ser do bruno rafael (22:55) Valbercley / Got:só que ela perdeu o bebe com as facadas.. (22:56) Valbercley /
Got:Iniciou a transferência de um ficheiro (22:56) _JOÃO_ :agora deixa sua imaginação fluir (22:56)
Valbercley / Got:entendo (22:56) _JOÃO_ :só não foge desse contexto que te passei (22:56) Valbercley
/ Got:hein vo modificar o pregao e ja te mando pode c? (22:57) _JOÃO_ :sim (22:57) Valbercley /
Got:o pregão é só adaptar um pouquinho a historia nao é? (22:58) _JOÃO_ :sim (23:00) Valbercley /
Got:quem voce tinha dito que chamou a policia? (23:02) Valbercley / Got:??? (23:02) Valbercley / Got:ja achei
brgdo (23:11) Valbercley / Got:No dia 13 de janeiro de 2009, através de denúncia anônima, a polícia foi
chamada para atender uma ocorrência de agressão no endereço Rua Benjamim Constante, nº 1674, Planalto,
desta cidade.
Ao chegar no local as policiais Mariana Perez e Roberta Monteiro, prendem Bruno Rafael Alcantara Braganza
em flagrante, com uma faca ensanguentada nas mãos diante do corpo de sua esposa, Norma Tedesco
Braganza, com 16 furos da faca que ele segurava.
cabo imaginação... (23:11) _JOÃO_ :muito bom ai os policiais podem ser testemunhs
de acusação (23:12) Valbercley / Got:podem? (23:12) Valbercley / Got:mais nao no nosso caso... que a sala
tempouca gente... (23:12) Valbercley / Got:o maximo que a gente pode fazer é colocar junto o depoimento
delas por excrito..
pq só tem essas duas policiais... (23:13) Valbercley / Got:não ta muito curto esse pregão? (23:13)
_JOÃO_ :não ta otimo é por ai mesmo (23:14) Valbercley / Got:vo te mandar o arquivo por e-mail]
(23:14) Valbercley / Got:ja enviei (23:15) Valbercley / Got:apareceu aqui o compartilhamento de uma
imagem? (23:16) _JOÃO_ :sim (23:16) Valbercley / Got:vc viu? (23:17) _JOÃO_ :ficou bacana
(Y)_ O_ (Y) errompeu compartilhando fotos (23:20) Valbercley / Got:voltado ao caso:?
::
qual é a pena? (23:22) _JOÃO_ :de 12 a 30 (23:22) Valbercley / Got:ha sim (23:22)
_JOÃO_ :Homicidio Duplamente qualificado Motivo Torpe e Futil
Triplamente Qualificado (23:22) Valbercley / Got:ai jesuis (23:22) _JOÃO_ :dificulto a defesa da
vitimia (23:23) Valbercley / Got:ai meu Deus, é mta informação técnica pra minha cabeça...
36

uhsauhsa
hein (23:24) Valbercley / Got:a carol pediu pra perguntar se vc nao empresta o seu codigo civil... (23:24)
Valbercley / Got:empresta??? (23:25) _JOÃO_ :o penal ? (23:26) Valbercley / Got:é aquele que vc levo
nos dias das palestras... (23:27) _JOÃO_ :sim só preciso dar um jeito de levar para ela né é sexta né ?
(23:28) Valbercley / Got:na vdd é pra mim.
rsrs vc mora ond? (23:29) _JOÃO_ :no Monte Castelo
mas vou tentar deixar na escola para você (23:29) Valbercley / Got:ok (23:29) _JOÃO_ :muito embora
você pode conseguir a lei pela internet (23:29) Valbercley / Got:q hoario?
é q eu e ela tbm, queriamos para usar no dia... (23:29) Valbercley / Got:rsrs
competição (23:30) _JOÃO_ :hummmm claro vou tentar deixar la amanha de tarde
na escola (23:30) Valbercley / Got:ha dexa eu pergunta: pra gente, qual o perfil mais interessante para os
jurados? (23:30) _JOÃO_ :com alguem da direção (23:30) _JOÃO_ :homens (23:31) Valbercley
/ Got:a tarde a vanja esta na sala de tecnologia da escola...
pr apromotoria seria melhor homens neh? e pra defesa tbm?
profissão pode ser qualquer uma? (23:32) Valbercley / Got:... (23:33) _JOÃO_ :para defesa homens
promotoria mulher (23:33) _JOÃO_ :pq ela estava gravida e tals (23:33) Valbercley /
Got:beleza (23:33) _JOÃO_ :as mulheres ficam indignadas (23:33) Valbercley / Got:vdd são
mais fáceis de comover... (23:33) Valbercley / Got:a raiva delas... (23:33) _JOÃO_ :é verdade (23:34)
_JOÃO_ :mas ai deu para te ajudar ? não sei se fui um bom professor, o que o pessoal da escola achou?
entenderam bem? ou fui muito tecnico ? (23:34) Valbercley / Got:no dia da palestra foi mto explicativo ...
o que quero dizer é que foi mto bom mesmo... (23:35) Valbercley / Got:são raras as palestras que essas séries
prestam atenção e participam como participaram;;;;;
e agora: foi simplesmente perfeito como professor.... (23:36) _JOÃO_ :legal fico contente tava com
medo de não conseguir transmitir a mensagem (23:36) Valbercley / Got:tá certo: "Meritíssima Juíza Adrielly
Brites Mascarenhas"? (23:36) Valbercley / Got:nossa melhor que isso, só de vc fosse no meu lugar la..
usahsauhsa
(23:36) Valbercley / Got:no dia da apresentação vc vai estar presente neh? (23:41) Valbercley / Got:???
(23:42) _JOÃO_ :não vou bicho vou ter prova (23:43) Valbercley / Got:ha de boa entao;;;; (23:44)
Valbercley / Got:mais voce recebeu o pregão que eu te mandei? (23:45) _JOÃO_ :vou ver lá (23:46)
Valbercley / Got:faz um favor : (23:46) Valbercley / Got:veja como ficou e se tiver sugestão de modificação
em qualquer coisa la, vc pode mudar e me mandar por e-mail... (23:47) _JOÃO_ :sim (23:47)
Valbercley / Got:é que minha mae ja ta aqui do meu lado.. dialogando: ta na hora de desligar, sai dai, que tanto
voce faz aii, etcetc..... (23:47) _JOÃO_ :humm (23:47) Valbercley / Got:e mesmo que vc nao tenha feito
nenhuma modificação por favor me manda um e-mail dizendo isso.. (23:47) _JOÃO_ :sim
pode deixar (23:48) Valbercley / Got:ha posso abusar só mais um pouquinho?
(23:48) _JOÃO_ :sim (23:50) Valbercley / Got:vc poderia me mandar por e-mail como se fose
um roteiro do julgamento, com (se possivel) aquelas falas do juramento dos jurados, as falas e perguntas que o
juiz faz em todos os julgamentos e talls... (23:50) Valbercley / Got:ou me mandar um site oualguma coisa que
tenha isso? (23:50) _JOÃO_ :nos slides tem
que eu passei na aula eu te mandei ? (23:51) Valbercley / Got:eu tenho no meu site...
inclusive espera so um minutoq ue eu vo te manda o link (23:51) Valbercley /
Got:http://www.valbercleysite.xpg.com.br/juri.htm (23:52) Valbercley / Got:se voce for ver os
documentos que tem mais em baixo da página, tem alguns documentos, ou todos, que tem senha, a senha
é: " gv " com letra minuscula... ok?1
?! (23:53) _JOÃO_ :beleza (23:54) _JOÃO_ :se voce der uma lida nos slide vai encontrar as
falas do jurados e do juiz na ora do juramento eu deixei la bem claro ai depois quase não tem fala”
37

PROCESSO 1ºANO A MATUTINO


ALUNA: WANESSA ALINE ADANIA
38

JÚRI TRIBUNAL – FALAS


Todos entram na sala. Vinte e cinco jurados estão sentados na primeira fila dentre os
espectadores e jornalistas. O juiz Lucas Tavares senta-se em seu devido lugar no mesmo
momento em que a escrivã que esta sentada ao seu lado esquerdo levanta e começa a sortear
os nomes dos sete jurados que formarão o Conselho de Sentença. Ela sorteia o primeiro
nome e o dá para o juiz, que lê o nome da pessoa. A mesma se levanta e o promotor ou o
defensor, podem negar ou aceitar a sua participação no conselho. Terminado o sorteio de
nomes, todas as pessoas que participam do tribunal levantam-se e o juiz começa a ler o
juramento.
- Em nome da lei, concito-vos a examinar esta causa com imparcialidade e a proferir a vossa
decisão de acordo com a vossa consciência e aos ditames da justiça.
- Ilza farmacêutica. - Diz o juiz.
- Assim o prometo! - Responde o jurado.
-Sulamita professora. - Diz o juiz.
- Assim o prometo! - Responde o jurado.
- Wesley analista de sistemas- Diz o juiz.
- Assim o prometo! - Responde o jurado
- Amanda secretária- Diz o juiz.
- Assim o prometo! - Responde o jurado
- Carla assistente administrativa- Diz o juiz.
- Assim o prometo! - Responde o jurado
- Tatiane médica- Diz o juiz.
- Assim o prometo! - Responde o jurado
- Suzane operadora de telemarketing - Diz o juiz.
- Assim o prometo! - Responde o jurado
- Bom, nós temos o numero suficiente de jurados para dar inicio a sessão de julgamento, foi
anunciado o nome da acusada Dra. Loriany, os jurados receberam o termo de advertência
(oficial de justiça entrega aos jurados o termo) todos os deveres dos jurados deixam desde o
sorteio até o julgamento final, não será necessário repetir, como já foi dito no julgamento
anterior. Vamos dar inicio as testemunhas do caso, começando com o promotor.
-Promotor, gostaria de chamar qual testemunha? - Diz o juiz
- Meritíssimo, se me permitir, gostaria de chamar a advogada Isabela Quartieri como
primeira testemunha de acusação. - Após o juramento da testemunha, o juiz resume o caso:
-
39

-Bom dia, a senhora foi chamada como testemunha do processo que tem como acusada a
doutora Loriany Casagrande, vou apenas fazer um pequeno resumo, para depois
formularmos as perguntas. A senhora é testemunha do seguinte caso, a acusada Dra.
Loriany Casagrande como consta no dia 12 de 12 de 2010 no período noturno no Hospital
público, Santa Casa, está sendo acusada de ter assassinado um de seus pacientes, o Senhor
Everton Farias, sem dar a vítima algum tipo de defesa e por motivos turpo. Em resumo é
isso ai. Eu, o juiz especificamente faço esse resumo para que a senhora e os jurados tenham
noção do que se trata. A senhora tem algum tipo de parentesco ou amizade com a ré?
- Não senhor.
- Com relação a vitima?
- Não senhor.
- Alguma restrição, magoa ou revolta de alguém?
- não senhor
- Então a senhora esta compromissado a falar a verdade?
- Sim senhor.
- Eu já fiz um resumo com o conteúdo da acusação e também o senhor assumiu o
compromisso de falar a verdade. Eu, juiz, não tenho nenhuma pergunta a formular. Dada à
palavra a promotora Wanessa Adania.
Promotora começou:
- Obrigado meritíssimo. Bom dia Senhora Quartieri.
- Bom dia.
- Por gentileza, diga a nós qual a sua formação acadêmica?
- Sou advogada formada pela UERJ – universidade do estado do rio de janeiro, bacharel em
direito e aprovado no exame da OAB e são 28 anos de atuação.
- Certo, vou-lhe fazer algumas perguntas que serão debatidas hoje. Doutora Quartieri quando
informou a doutora Loriany sobre o milhão de dólares de Everton Farias, o que é que ela
respondeu?
- Ela disse algo como “Parece contrário à ética. Ele era meu doente.”,
- Ela admitiu ser contrário à ética?
- Sim.
- Mas concordou em ficar com o dinheiro?
- Oh, sim. Absolutamente.
-
- Obrigada doutora
40

- Por nada promotora


- Defensora – disse o promotor fazendo sinal com as mãos de passagem livre.
Bianca estava à contra-interrogar.
- Bom dia Dra. Quartieri, poderia nos dizer se a doutora Taylor esperava a sua visita?
- Não
- O senhor não lhe telefonou e disse “Everton Farias deixou-lhe um milhão de dólares”?
- Não.
- Então, quando lhe disse, o senhor estava na verdade cara a cara com ela?
- Sim.
- Em posição de ver a reação dela perante as notícias.
- Sim.
- E quando a informou do dinheiro, como é que ela reagiu?
- Bem... Ela... Parecia surpreendida, mas...
- Obrigado, senhora Quartieri. É tudo.
- Muito bem, pode se retirar Doutora, muito obrigado. - a assessora jurídica entrega um
termo de notificação para que a testemunha assine.
-Próxima testemunha? – diz o juiz para a promotora
- Se me permitirem gostaria de chamar Leonardo Carvalho ao banco das testemunhas. –
disse o promotor.
- Bom dia Senhor Carvalho, o senhor foi chamado para ser testemunha do caso da doutora
Loriany Casagrande que está sendo acusada de ter assassinado um de seus pacientes do
hospital público Santa Casa no dia 12 de 12 de 2010, o Senhor Everton Farias, sem dar a
vítima algum tipo de defesa e por motivos torpe. O senhor assume o compromisso de falar a
verdade e nada, além disso?
- Sim meritíssimo.
-Tem algum tipo de parentesco ou amizade com a ré?
- Não senhor.
- Com relação a vitima?
-Não senhor.
-
- Alguma magoa restrição ou revolta de alguém?
- Não senhor.
- Não tenho nenhuma pergunta para reformular, dada a palavra a promotora.
- Bom dia Senhor Carvalho, qual é a sua profissão?
41

- Bom dia. Trabalho no Time Tour.


- A sua agência reserva viagens para vários países, reserva hotéis e presta outros serviços aos
vossos clientes?
- Sim, senhor.
- Quero que olhe para a ré. Já a tinha visto antes?
- Ela veio à nossa agência de viagens há dois ou três anos.
- E o que queria?
- Disse estar interessada numa viagem a Londres e Paris e, julgo eu, a Veneza.
- Pediu informações sobre pacotes de viagens?
- Oh, não. Ela disse que queria tudo em primeira classe: avião, hotel. Julgo que estava
interessada em alugar um iate.
Wanessa Adania dirigiu-se à mesa da acusação e ergueu alguns desdobráveis.
- A polícia encontrou estas brochuras no apartamento da doutora Casagrande. Isto é
itinerários de viagem a Paris, Londres e Veneza, brochuras de hotéis e linhas aéreas
dispendiosas e uma delas contém uma lista de preços de aluguel de iates privados.
A promotora abriu uma das brochuras.
- Aqui estão alguns dos iates listados para aluguel. - Leu em voz alta. – O Christina... Vinte e
seis mil dólares por semana, mais despesas de navegação... O Resolute Time, vinte e quatro
mil e quinhentos dólares por semana... O Lucky Dream, vinte e sete mil e trezentos dólares
por semana. - Olhou para cima. - Há uma marca de verificação à frente do Lucky Dream.
Paige Taylor já tinha selecionado o iate de vinte e sete mil e trezentos dólares por semana.
Mas ainda não tinha selecionado a vítima. - Olhou para o júri e terminou - gostaríamos que
marcassem isto como prova A. - Virou-se para Bianca Gleizer e sorriu.
- A testemunha é sua.
Bianca levantou-se:
-Bom dia Senhor Carvalho. O Time Tour é uma grande agência de viagens, certo?
- Bom dia. É bastante grande, sim.
-
- Imagino que muita gente entra para obter informações sobre viagens.
- Claro.
- Diria cinco ou seis pessoas por dia?
- Não! - respondeu, indignado. - Falamos com cerca de cinqüenta pessoas por dia acerca de
marcação de viagens.
42

- Cinqüenta pessoas por dia? - Parecia impressionado. - E o dia de que estamos a falar foi há
dois ou três anos. Se multiplicar cinqüenta por novecentos dias, dá cerca de quarenta e cinco
mil pessoas.
- Creio que sim.
- E, no entanto, no meio de toda essa gente, você lembrou-se da doutora Casagrande. Como?
- Bem, ela e as suas amigas estavam muito entusiasmadas com a idéia de viajarem para a
Europa. Pareciam garotas de escola. Lembro-me muito bem delas, em particular porque não
pareciam ter condições para alugar um iate.
- Entendi. Suponho que quem quer que entre e peça uma brochura vá viajar?
- Bem, é claro que não. Mas...
- Na realidade, a doutora não reservou qualquer viagem, não é assim?
- Bem, não. A nós, não.
- Nem a mais ninguém. Ela simplesmente pediu para ver algumas brochuras.
- Sim.
- Isso não é o mesmo que ir a Paris ou a Londres, não é verdade?
- Bem, não, mas...
- Obrigado.
- Muito bem, obrigado senhor Carvalho. - a assessora jurídica entrega um termo de
notificação para que a testemunha assine.
- Dando continuação ao julgamento. Promotora, gostaria de chamar a testemunha?
- Gostaria de chamar a doutora Ana Jéssica. – disse o promotor após a testemunha se retirar.
- Bom dia Senhora Jéssica, a senhora foi chamada como testemunha do processo que tem
como acusada a doutora Loriany Casagrande, vou fazer um pequeno resumo para depois
formularmos perguntas. A senhora é testemunha do seguinte caso em que a acusada Dra.
Casagrande está sendo acusada de ter assassinado um de seu paciente do hospital público,
Santa Casa, no dia 12 de 12 de, o Senhor Everton Farias, sem dar a vítima algum tipo de
defesa e por motivos torpe. Em resumo é apenas isto. A senhora assume o compromisso de
falar a -
verdade e nada, além disso?
- Sim meritíssimo.
-Tem algum tipo de parentesco ou amizade com a ré?
- Não senhor.
- Com relação a vitima?
- Não Senhor,
43

- Alguma magoa restrição ou revolta de alguém?


- Não senhor.
- Não tenho mais nenhuma pergunta a reformular. Dada a palavra a promotora.
-Bom dia Doutora Jéssica, há quanto tempo trabalha no hospital Santa Casa?
- Bom dia promotora. Oito anos.
- E qual é a sua especialidade?
- Sou cirurgiã cardíaca.
-E desde que trabalha na Santa Casa, teve a oportunidade de trabalhar com o doutor Caio
Batista?
- Muitas vezes.
- O que pensa dele?
- O mesmo que toda a gente. Provavelmente o doutor Batista é o melhor cirurgião do mundo.
- Estava presente na sala na manhã em que a doutora Casagrande operou um doente
chamado... - fingiu consultar uma folha de papel – Gabriela Rodrigues?
O tom de voz da testemunha alterou-se:
- Sim, estava.
- É capaz de descrever o que aconteceu nessa manhã? - Jéssica respondeu com relutância:
- Bem, as coisas começaram a correr mal. Começamos a perder o doente. Estávamos a tentar
reanimá-la e o doutor Batista tinha sido chamado.
-E ele entrou na sala de operações enquanto a operação decorria?
- Próximo do fim. Sim. Mas já era tarde para fazer o que quer que fosse. Não conseguimos
reanimar o doente.
- E nessa altura, o doutor Batista disse alguma coisa à doutora Casagrande?
-
- Sim.
- E o que é que ele disse?
- O doutor Batista disse: “Mataste-o”.
- Tem a certeza de que foi isso que o doutor Batista disse à doutora Casagrande?
- Sim.
- E o senhor testemunhou que o doutor Batista era um homem cuja opinião médica tinha
valor?
- Oh, sim.
- Obrigado. É tudo, doutor. - Virou-se para Bianca Gleizer: - A testemunha é sua.
Bianca ergueu-se e aproximou-se do banco das testemunhas.
44

- Bom dia Doutora Jéssica. Nunca assisti a uma operação, mas imagino que existe muita
tensão, em especial quando se refere a algo tão sério quanto uma operação ao coração.
- Bom dia. Existe uma grande tensão.
- Num momento como esse quantas pessoas se encontram na sala? Três ou quatro?
- Não. Sempre meia dúzia ou mais.
- Verdade?
- Sim. Normalmente estão dois cirurgiões, um assistente, por vezes dois anestesistas, uma
enfermeira para limpar e pelo menos uma enfermeira que circula de um para o outro lado.
- Entendi. Então, deve haver muito barulho e excitação. Pessoas a dar instruções, etc.
- Sim.
- Pelo que sei, é prática vulgar haver música durante a operação.
- É.
- Quando o doutor Batista entrou e viu que Gabriela Rodrigues estava a morrer, talvez isso
tenha aumentado a confusão.
- Bem, todos estavam bastante ocupados a tentar salvar o doente.
- Fazia muito barulho?
- Havia muito barulho, sim.
- E, contudo, no meio de tanta confusão e barulho, sem esquecer a música, o senhor
conseguiu ouvir o doutor Batista dizer que a doutora Casagrande tinha morto o doente. Com
tanta excitação, pode estar errado, não pode?
-
- Não, senhor. Não posso estar errado.
- Como é que pode ter tanta certeza?
A doutora Jéssica suspirou:
- Porque eu estava mesmo ao lado do doutor Batista quando ele o disse.
- Não tenho mais perguntas. Obrigado.
- Muito bem Dra. Jéssica, agradecemos a sua cooperação e participação neste júri tribunal. -
a assessora jurídica entrega um termo de notificação para que a testemunha assine.
-Dando continuação as interrogações. Promotora, gostaria de chamar outra testemunha?
- Não, obrigado meritíssimo.
- Defensora?
- Não, obrigado meritíssimo.
45

- Então gostaria de chamar por gentileza a ré, Dra. Loriany Casagrande. Pode sentar aqui no
banco das testemunhas. - Diz o juiz, a ré levanta-se e senta-se no banco de testemunhas pra
começar a ser interrogada.
- Lembrando-lhe que você tem o direito de não responder a qualquer pergunta feita e que
não tem o compromisso com a verdade.
- Ok.
- Algumas testemunhas atribuem à senhora a autoria do crime, como o Dr. Jalyson Canaz,
por qual motivo esta pessoa esta incriminado a senhora?
- Eu não sei.
- Vou ler um trecho do depoimento da parte que ele a incrimina para que a senhora tente me
responder. A leitura será feita pela escrivã Renata Souza e pelo acessor deste juízo Lucas
Muniz.
- Pergunta do juiz: „ você é funcionário do hospital público Santa Casa?‟
- resposta do depoente: „ sim sou. ‟
- pergunta do juiz: „ estava a trabalhar na ala 3 quando Everton Farias deu entrada no ano
passado?‟
- resposta do depoente: „ sim‟
- pergunta do juiz: „ pode nos dizer quem era o médico encarregado deste caso?‟
- resposta do depoente: „ a Dra. Casagrande‟
- pergunta do juiz: „alguma vez ouviu qualquer conversa entre a Dra. Casagrande e Everton -
Farias‟
- resposta do depoente: „ bem, lembro-me que no primeiro dia em que o senhor Farias deu
entrada e a Doutora foi examiná-lo e ele lhe disse para que ela tirasse a porcaria das mãos de
cima dele. ‟
- pergunta do juiz: „por favor, diga para mim tudo o que viu e ouviu. ‟
- resposta do depoente: „ bem ele a tratava sempre por xingamentos, não queria que ela se
aproximasse dele e sempre que ela entrava no quarto, dizia-lhe coisas como „ por que não
me mandam um médico de verdade?‟ „
- pergunta do juiz: „ doutor Canaz, vou ler para o senhor esta certidão de orbito do hospital
assinada pela Dra. Casagrande. „ Everton Farias. Causa da morte: aparagem respiratória
ocorreu como resultado de um infarto do miocárdio, originado por uma embolia pulmonar. ‟
Poderia passar em linguagem corrente para mim?‟
- resposta do depoente: „ o relatório diz que o paciente morreu de ataque cardíaco‟
- pergunta do juiz: „ foi essa a verdadeira causa da morte do Everton Farias?‟
46

- resposta do depoente: „ não. Foi a injeção de insulina‟


- pergunta do juiz: „ e qual foi o seu ato em relação ao ocorrido‟
- resposta do depoente: „ comuniquei ao Dr. Gaíva, administrador do hospital, que
comunicou por sua vez as autoridades. Julguei ser o meu dever. Sou médico, e não acredito
ser possível tirar a vida de outro ser humano, qualquer que seja a circunstancia. ‟
- Então a senhora ouviu o depoimento da testemunha, o Dr.Canaz, incriminando-a. Sabe o
porquê de ele atribuir à senhora a autoria do crime? – diz o juiz.
- Porque eu queria atribuir a ele a autoria de outro crime. Quando há um tempo, no hospital
público, ele colocou a radiografia ao contrário e extraiu o rim são e deixou o lesado, fazendo
com que o paciente tivesse que viver de diálise durante o resto da vida. Acredite-me, queria
o levar para a ordem dos médicos, mas o Dr. Gaíva não permitiu, dizendo-me que afetaria a
publicidade e reputação do hospital e que provavelmente, teríamos que enfrentar muitas
práticas erradas do hospital.
- Ou seja?
- Vingança, pois obviamente, ele descobriu que eu havia conversado com o Dr. Gaíva e
ficou com raiva, pois ninguém no hospital o enfrentaria, como eu, uma residente, o fiz.
- Minha pergunta foi respondida. Agora irei pedir mais uma vez para que meu acessor e a
escrivã leiam o depoimento da enfermeira Denise Almeida, que atribui a senhora como
inocente neste caso.
- pergunta do juiz: „ Você trabalha no hospital público?‟
- resposta do depoente: „ sim‟
-
- pergunta do juiz: „ há quanto tempo?‟
-resposta do depoente: „ cinco anos‟
- pergunta do juiz: „ trabalhava na ala 3 quando Everton Farias deu entrada no hospital?‟
- resposta do depoente: „ sim, inclusive era da equipe que o tratava‟
- pergunta do juiz: „ Certo. Então você pode me dizer se já ouviu alguma conversa entre a
Doutora e seu paciente?‟
- resposta do depoente: „ Oh sim, com certeza. Eu era a encarregada de dar as doses de
remédios em Everton Farias a noite e por várias vezes, vi a Doutora sentada ao seu lado
conversando.‟
- pergunta do juiz: „ como descreveria essas conversas?‟
- resposta do depoente: „ a principio, ele era rude e arisco. A tratava com xingamentos, entre
outros. Mas penso que com o tempo, ele percebeu que ela se preocupava com ele e começou
47

a respeitá-la. Tratando-a de um modo amigável, tanto é que sempre a chamava para lhe fazer
companhia ou para reconfortá-lo quando sentia muitas dores. ‟
- pergunta do juiz: „ pode me dizer uma dessas conversas?‟
- resposta do depoente: „ uma noite quando estava indo lhe dando sua dose de remédio, ouvi
uma conversa entre a Doutora e o seu paciente, em que ele falava sobre sua família,
principalmente sua esposa‟
- pergunta do juiz: „ é capaz de repetir o que ele dizia.‟
- resposta do depoente: „ Ah, não tenho certeza, mas creio que estava reclamando, pois tinha
um tom de voz rabugento‟
- pergunta do juiz: „você pode descrever o tamanho das dores que ele sentia?‟
- resposta do depoente: „ oh não e espero que nunca possa descrever, pois ele gritava muito.
- pergunta do juiz: „ e o que você fazia?‟
- resposta do depoente: „ eu pensava em duplicar as doses de morfina, mas não tinha
autorização.‟
- De acordo com depoimento da enfermeira Denise, gostaria que você me respondesse o que
Everton Farias falava sobre sua família?
- Em uma de nossas conversas, ele me disse que sua esposa estava ficando cada vez mais
gananciosa, tanto que o internou em um hospital público ao invés de um particular para
evitar gastos. Disse-me que ela se casara com ele por dinheiro e ele até sabia disso, mas não
se importava.
- Obrigada Dra. Casagrande, não tenho mais perguntas a reformular. Dada a palavra a -
promotora.
- Obrigado meritíssimo. Doutora Casagrande, a senhora e Everton Farias teve uma conversa
amigável. Ele contou-lhe coisas pessoais, gostava de si e respeitava-a. Diria que isto é um
resumo justo, doutora?
- Sim.
- E por fazer isso, ele deu-lhe um milhão de dólares?
Loriany olhou para a sala de tribunal. Nada disse. Não tinha resposta. Wanessa começou a
caminhar em direção à mesa da acusação e, subitamente, tornou a virar-se para a ré.
- Doutora Casagrande, há pouco a senhora afirmou que desconhecia que Everton Farias iria
deixar-lhe dinheiro, ou que iria retirar a família do testamento.
- Sim, afirmei.
- Quanto ganha um médico residente na Santa Casa?
- Trinta e oito mil reais por ano.
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Wanessa replicou compreensivamente:


- Não é muito para os dias de hoje, ou é? E desse valor são deduzidos os impostos e as
despesas do dia-a-dia. Não poderá sobrar o suficiente para fazer uma viagem de luxo,
digamos a Londres, Paris ou Veneza, não é assim?
- Suponho que não.
- Não. Então, a senhora não planejou fazer umas férias destas, porque sabia que não
conseguia pagá-las.
- Sim.
- Conhece o doutor Caio Batista?
- Sim, conheço o doutor Batista.
- Com que ligação?
- Eu e o doutor Batista trabalhamos muitas vezes juntos durante os últimos dois anos.
- Diria que ele é um médico competente?
- É mais do que competente. É brilhante.
- Importa-se de se explicar?
- O doutor Batista é um dos mais famosos cirurgiões cardiovasculares do mundo. Tem uma
enorme atividade privada, mas dispensa três dias por semana à Santa Casa.
- Então, a senhora têm em grande consideração os juízos emitidos pelo doutor Batista -
relativamente a assuntos médicos.
- Sim.
- Acha que ele seria capaz de julgar a competência de outro médico?
Ela hesitou:
- Sim.
- Ouviram a ré dizer que tinham em grande consideração os juízos médicos do doutor
Batista. Espero que ela tenha escutado atentamente o juízo do doutor Batista sobre a sua
própria competência... Ou a falta dela. Não tenho mais perguntas, obrigada Doutora
Casagrande. Defensora – disse a promotora, dando sinal de caminho livre.
- Doutora, Everton Farias era seu doente?
- Sim, era.
- E o que pensava dele?
- Gostava dele. Sabia que estava muito doente, mas era bastante corajoso. Tinha sido
operado a um tumor cardíaco.
- Foi à senhora quem procedeu à operação cardíaca?
- Sim.
49

- E que descobriu durante a operação?


- Quando lhe abrimos o tórax, descobrimos que sofria de melanoma, que cancro que se tinha
alastrado por todo o organismo.
- Isso significa que não havia esperança para ele? Nenhuma medida heróica que pudesse
fazê-lo voltar a ser saudável?
- Nenhuma.
- Everton Farias foi ligado a sistemas de suporte de vida?
- Sim, foi isso.
- Doutora, a senhora administrou deliberadamente uma dose fatal de insulina, a fim de
acabar com a vida de Everton Farias?
- Sim.
- É capaz de dizer ao júri porque é que acabou com a vida dele?
- Porque ele me pediu. Ele implorou-me. Mandou-me chamar a meio da noite, sob dores
terríveis. Os medicamentos que lhe dávamos já não atuavam. - A voz soava calma: - Disse
que não queria sofrer mais. A sua morte só aconteceu alguns dias mais tarde. Implorou-me
para -
que acabasse com a sua vida. Eu assim o fiz.
-Doutora, sentiu relutância em deixá-lo morrer? Qualquer sentimento de culpa?
- Não. Se o tivessem visto... Simplesmente não havia razão para deixar que continuasse a
sofrer.
- Como é que administrou a insulina?
- Injetei-lha nas veias.
- E isso lhe causou qualquer dor suplementar?
-Não. Simplesmente fechou os olhos para dormir.
- Doutora Casagrande, quando a senhora administrou insulina a Everton Farias, sabia que ele
a tinha incluído no testamento e receberia um milhão de dólares?
- Não. Fiquei espantada quando o soube.
- Até essa altura, nunca tinha falado de dinheiro ou presentes ou pedido alguma coisa a
Everton Farias?
- Nunca! – disse ela com voz indignada
-Mas tinha um relacionamento amigável com ele?
- Sim. Quando um paciente está naquele estado, a relação médico-doente muda. Falávamos
de problemas relacionados com os negócios e com a família dele.
- Mas tinha algum motivo para esperar algo dele?
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- Não.
- Ele deixou-lhe esse dinheiro por ter aprendido a respeitá-la e a confiar em você. Obrigado,
doutora, não tenho mais perguntas.
- Algum jurado quer fazer alguma pergunta? Então tudo bem, declaro encerrado o
interrogatório. Obrigado Dra. Casagrande, pode se sentar em seu devido lugar.
- Antes de tudo, quero agradecer ao juiz Lucas Tavares, por sua competência para com este
júri tribunal. O senhor que é um homem de caráter e imparcialidade, que está sempre de
acordo com os ditames da lei. Sei que mais uma vez está comprometido com a verdade e que
avaliará este júri da maneira correta.
-Obrigado.
- A Doutora Loriany Casagrande está sendo acusada de acordo com o código penal, artigo
18 inciso II por homicídio doloso, quando há intenção de matar. No dia 12 de 12 de 2010, as
22 horas, no Hospital Santa Casa, local onde trabalhava, ela injetou insulina na veia de um
dos seus pacientes, o senhor Everton Farias, que por pura coincidência, no mesmo dia, havia
há -
deixado como herdeira de um milhão de dólares. Que raio se passa aqui? - perguntou. -
Temos três médicas irmãs que trabalhavam no mesmo hospital. Uma delas quase consegue
fechar um hospital inteiro, a segunda mata um doente por um milhão de dólares e a terceira é
assassinada! E todas são mulheres! Três malditas irmãs! A comunicação social trata-as como
celebridades. São vistas em todos os canais. O SBT mostrou um programa sobre elas. No
Globo.com só há noticias sobre elas. Até em jornais e revistas internacionais há o nome
delas. Não consigo pegar num jornal ou revista sem ver a fotografia ou ler artigos sobre elas.
Todos falam sobre elas. Não me espantava nada que o Governo pusesse a cara delas em
selos de correio. Ora, por Deus, senhores jurados, o Estado irá provar, sim, provar sem a
mínima dúvida – que a doutora Loriany Casagrande matou o seu doente, Everton Farias. E
não só cometeu assassinato, mas fez por dinheiro... Muito dinheiro. Matou Everton por um
milhão de dólares. Acredito que depois de considerarem todas as provas, não vos será difícil
declarar a doutora Loriany culpada de assassinato em primeiro grau. Obrigado senhoras e
senhores jurados.
- Dada a palavra ao defensor.
- Obrigado Meritíssimo, eu assim como a minha companheira, a promotora Wanessa
Adania, queria agradecer por sua presença neste júri tribunal, visto que todos aqui conhecem
o seu trabalho, o seu caráter e sabem que o senhor age com competência, imparcialidade e
dignidade. Quero agradecer os jurados por estarem aqui presentes, num caso difícil, mas
51

que vem prosseguindo conforme os ditames da justiça. Senhoras e senhores, já ouviram


muitos testemunhos acerca da competência ou incompetência da doutora Casagrande. Bom,
o juiz Lucas Tavares sabe que não é esse o assunto que se está a tratar neste julgamento.
Tenho a certeza que, para cada médico que não aprovou o trabalho dela, poderíamos arranjar
uma dúzia que aprovou. Mas não se trata disso. Loriany Casagrande está a ser julgada pela
morte de Everton Farias. Admitiu tê-lo ajudado a morrer. Fez porque ele sofria muito e
porque lhe pediu que o fizesse. Isso é eutanásia, cada vez mais aceita em todo o mundo. No
ano passado, o Tribunal Superior de Califórnia defendeu o direito de um adulto mentalmente
competente recusar ou exigir a retirada de qualquer tipo de tratamento médico. É o indivíduo
que tem de viver ou morrer durante o curso do tratamento escolhido ou rejeitado. - Olhou
para o rosto dos jurados: - A eutanásia é um crime de compaixão, de misericórdia, e atrevo-
me a dizer que acontece de uma ou outra maneira em hospitais de todo o mundo. O
advogado de acusação apela à pena de morte. Não o deixem confundir o assunto. Nunca
houve pena de morte para a eutanásia. Sessenta e três por cento dos brasileiros acreditam que
a eutanásia devia ser legal e, em dezoito estados deste país, é legal. A pergunta é: temos o
direito de obrigar doentes indefesos a viver com dores, forçá-los a manterem-se vivos e a
sofrer? A pergunta tornou-se complicada devido aos grandes avanços ocorridos na
tecnologia médica. Entregamos a máquinas os cuidados a ter com os doentes. As máquinas
não são misericordiosas. Se um cavalo partir uma pata, acabamos com o seu sofrimento
dando-lhe um tiro. Com um ser humano, o condenamos a metade da vida, o que é infernal. A
doutora Casagrande não decidiu quando é que Everton Farias deveria morrer. Everton é que
decidiu. Não confundam o caso; o que a doutora Loriany fez foi um ato de misericórdia.
Assumiu toda a responsabilidade desse ato. Mas podem ter a certeza de que ela nada sabia
da herança que lhe fora deixada. O que fez, fez num espírito de compaixão.Everton Farias
era um homem de coração fraco com um cancro incurável que se espalhara por todo o corpo,
causando-lhe agonia. Pergunte-se a vocês próprios. Nessas circunstâncias, gostariam de
continuar a viver? Obrigado. - Deu meia volta, -
regressou à mesa e sentou-se ao lado de Casagrande.
-Gostaria de dar 15 minutos de intervalo. – disse o juiz Lucas Tavares
- Dando continuação ao nosso tribunal. Queria deixar claro mais uma vez, que a Dra.
Casagrande está sendo acusada de ter assassinado o seu paciente, Everton Farias, por
motivos turpo e sem dar a vítima algum tipo de defesa. Promotora gostaria de ter uma
réplica?
- Sim meritíssimo.
52

- Dada a palavra a promotora.


Wanessa levantou-se e aproximou-se do júri:
-Compaixão? Misericórdia? - Olhou para Casagrande, abanou a cabeça e tornou a virar-se
para o júri: - Senhoras e senhores; exerço direito em tribunais há mais de vinte anos e devo
dizer-lhes que, durante todos esses anos nunca, mas nunca, vi um caso tão claro de
assassinato deliberado a sangue-frio e só por dinheiro. A defesa falou de eutanásia. Será que
a doutora Taylor fez o que fez por compaixão? Não acredito. A doutora Casagrande e outros
testemunharam que o senhor Farias tinha apenas mais alguns dias de vida. Porque é que ela
não o deixou viver esses dias? Talvez tenha sido porque a doutora Casagrande receou que a
senhora Farias viesse, a saber, das alterações ao testamento do marido, e assim acabou com o
problema. É uma coincidência bastante notável que, imediatamente após o senhor Farias ter
alterado o testamento e deixado à doutora Casagrande a soma de um milhão de dólares, ela
lhe dê uma dose excessiva de insulina para matá-lo. Uma e outra vez, a réu condenou-se a si
mesma com as suas próprias palavras. Afirmou que tinha um relacionamento amigável com
Everton Farias, que ele gostava dela e a respeitava. Mas ouviu testemunhas afirmarem que
ele odiava a doutora Casagrande, que a chamou de todos os xingamentos possíveis e lhe
disse para manter a merda das suas mãos longe dele. Um advogado testemunhou que a
doutora Casagrande disse, sobre o milhão de dólares que lhe tinham sido deixado: “É pouco
ético. Ele era meu doente.” Disse a Doutora, mas aceitou o dinheiro. Precisava dele. Tinha
em casa uma gaveta cheia de revistas de viagens... Paris, Londres, Veneza. E não se
esqueçam de que ela não voltou à agência de viagens depois de receber o dinheiro. Oh, não.
Planejou essas viagens antes. Tudo o que precisava era de dinheiro e de uma oportunidade; e
Everton Farias forneceu ambas as coisas. Um homem indefeso e moribundo a quem podia
controlar. Tinha à sua mercê um homem que admitiu estar a sofrer muito... Isto é, estar em
agonia, segundo o que ela mesma admitiu. Quando se sofre assim, pode-se imaginar como é
difícil pensar com clareza. Não sabemos como é que a doutora Casagrande persuadiu
Everton Farias a alterar o testamento, retirando a família a quem amava e tornando-a sua
principal beneficiária. O que realmente sabemos é que a chamou para junto de si nessa noite
fatal. De que é que falaram? Terá ele oferecido um milhão de dólares para que ela acabasse
com o seu sofrimento? É uma possibilidade que temos de encarar. Em qualquer dos casos,
foi um assassinato a sangue-frio. Senhoras e senhores, sabem quem foi a testemunha mais
redundante de todas, durante este julgamento? - Apontou um dedo acusador a Loriany: - A
própria ré! Ouviram-na testemunhar que nunca violara o sagrado juramento de Hipócrates,
mas mentiu. Segundo o Dr. Victor Gaíva, responsável pela administração do Hospital Santa
53

Casa, a Doutora Loriany Casagrande fez uma transfusão de sangue em uma criança sem a
autorização dos pais e do tribunal. -
Obteve mais tarde a ordem do tribunal e alterou a data que lá constava. Afirmou nunca ter
morto qualquer paciente à exceção de Everton Farias, mas ouvimos testemunhos de que o
doutor Batista, um médico respeitado por todos; a acusara de ter morto um paciente seu.
Infelizmente, senhoras e senhores, Caio Batista sofreu um enfarte e não pode estar aqui hoje
para testemunhar contra a ré. Mas permitam que vos recorde a opinião que o doutor Batista
tinha da ré. Este é a enfermeira Aline Leanez.
- Conte algumas coisas específicas que ouviu o doutor Batista dizer à doutora Casagrande. –
disse o promotor
- Resposta: “Disse que ela era incompetente... Noutra altura afirmou que não a deixaria
operar o seu cão.” Wanessa Adania levantou a cabeça:
- Ou existe alguma conspiração, onde todos estes médicos e enfermeiras de boa reputação
mentem acerca da ré, ou a doutora Casagrande é uma mentirosa. Não quero vingança mais
justiça. Até hoje a defesa tentou vários habeas corpus e não conseguiu libertar a ré. A vida só
tem um sentido, e o único sentido que tem é quando investimos a nossa vida na vida dos
outros, ou quando encarnamos a vida dos outros como se ela fosse a nossa. Estou aqui para
lutar pela construção continua da cidadania e da justiça social. Nunca precisei aparecer, nem
quero promoções. Trocaria tudo isto pelo anonimato desde que pudesse devolver Everton
Farias a sua família.
- Dada a palavra a defensora.
- Senhores jurados, não estive ontem, não estou hoje e não estarei amanha com os violentos.
Advoguei, advogo e advogarei sempre a lei contra eles. Não conheço relações nem
conveniências que me obriguem a me alistar ao seu serviço. Eu não faço uma defesa leviana,
defendo de acordo com a minha convicção. Defendo o que acredito. Defendo a verdade. –
olha para a ré - Dra. Casagrande de coração, abnegada pelo direito, que é um exemplo a ser
seguido por cada um de nós. Uma mulher de trabalho, que tanto fez e faz, para salvar vidas.
A mulher que se estivesse em um hospital neste momento, ao invés de estar presa
injustamente, poderia estar salvando a sua vida. Se você sofresse um acidente agora, ela
estaria lá, para te ajudar. Porém, ela está aqui. Tendo que ouvir depoimentos de pessoas
invejosas, assim como neste depoimento que vou ler o Dr. Batista disse:
- pergunta do defensor: „ Tem conhecimento de algum dos testemunhos que foram
apresentados durante o último mês?‟
54

- resposta do depoente: „ Tenho seguido o caso pela televisão e através dos jornais e ficado
enojado com tudo. „
- pergunta do defensor: „ como o senhor se sente em relação às testemunhas?‟
- resposta do depoente: „Acredito que a promotoria utilizou o testemunho de muitas pessoas
tendenciosas e invejosas para atacar uma cirurgiã brilhante. ‟
- pergunta do defensor: „Não é verdade que criticou as capacidades da doutora Casagrande
de tal forma que a deixou pronta para deixar o Hospital?‟
-
- resposta do depoente: „Sim. ‟
- pergunta do defensor: „Bem, então como pode afirmar que Loriany Casagrande é uma
médica brilhante?‟
- resposta do depoente: „Algumas pessoas nascem para serem médicas. A Dra é uma dessas
raridades. Desde o início que percebi como ela era capaz. Dificultei-lhe a vida, talvez de
mais, porque ela era boa. Fui duro com ela porque quis que fosse mais dura consigo mesma.
Quis que fosse perfeita porque, na nossa profissão, não existe espaço para erros. Nenhum.
Nunca permitiria que ela deixasse o hospital. ‟
-pergunta do defensor: „Doutor Batista... Foi testemunhado que o senhor acusou a doutora
Casagrande de ter morto a sua doente Gabriela Rodrigues. Como...?‟
- resposta do depoente: „Disse-lhe isso porque ela era a cirurgiã encarregada. Era a sua
grande responsabilidade. Na realidade, o anestesista é que causou a morte de Gabriela. E
quanto ao fato de Everton Farias lhe ter deixado dinheiro, a doutora Casagrande nada sabia
disso. Eu próprio falei com o senhor Farias. Disse-me que iria deixar essa quantia à doutora
porque odiava a família e também me disse que iria pedir-lhe que o libertasse da sua agonia.
Eu concordei. ‟
- Se vocês jurados acusarem a ré, vão dizer que a verdade é uma história mirabolante. Os
olhos do Brasil inteiro estão voltados para esta sala e para a decisão de vocês, jurados.
Espero que vocês tenham consciência de dever comprido ao julgar da maneira certa uma
cardio cirurgiã brilhante. A inocentando. Meritíssima, de acordo com tudo o que foi dito
encerro a minha tréplica. Obrigado – disse o defensor
O juiz Tavares olhou para os dois advogados:
-A Dra. Loriany Casagrande foi pronunciada pelo artigo 12110, parágrafo 2, inciso I
segundo o código penal que no dia 12/12/2010 no período noturno no Hospital Santa Casa,
localizado na Rua Eduardo Santos Pereira, sem a ajuda de terceiras pessoas, injetou na veia
de seu paciente uma dose fatal de morfina. Instalada a sessão plenária do julgamento houve a
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inquisição de duas testemunhas primordiais, da acusação sendo a Dra. Ana Jéssica cirurgiã
cardíaca e a Dra. Isabela Quartieri que renunciou a Dra. Casagrande, não houve leitura das
peças sendo orais. A promotora Wanessa Adania, durante suas falas mostrou o depoimento
da enfermeira Aline Leanez e no final querendo a condenação da acusada pelos crimes, por
sua vez a defensora Bianca Gleizer sustentou a idéia de o crime ser eutanásia. Senhores
jurados, iremos para a sala secreta a fim de começar a votação que decidira o destino da ré. –
Todos saem da sala fazem a votação e depois de alguns minutos voltam.
- Peço que todos se levantem para que assim ouçam o resultado. Dada a palavra para a
escrivã deste júri tribunal, Renata Souza.
-Em resumo o conselho de sentença a absolveu. A circunstância especial que agrava a
absolvição, paciente pedir pela morte entre dores terríveis e por isso absolveu a Dra. Loriany
Casagrande desta com pena básica para dois anos e dez meses de cesta básica, reduzindo
dois meses adotando como critério por falar a verdade na delegacia, todavia por dois anos e
oito -
meses de cesta básica. Sentença publicada em plenário. A segunda vara do tribunal do júri
de campo grande, dia 13/01/2011, Lucas Tavares, Juiz Presidente do tribunal do júri. – disse
a escrivã e então o juiz Lucas Tavares prosseguiu.
-Parabenizando a promotora Wanessa Adania, a tenho a vossa excelência como uma grande
profissional, e esta vara precisa sim de uma promotora lutadora que encara corpo e alma na
defesa das vitimas e da sociedade. Eu admiro o trabalho da vossa excelência, e hoje é uma
prova disso e exaltação do trabalho estar aqui também parabenizando a defesa da doutora
Bianca Gleizer, uma defesa difícil e complicada, e vossa excelência teve uma grande
exaltação no seu trabalho. Tal é o grau de sua capacidade, e a gente já conhece o trabalho de
vossa excelência. Estou aqui na vara do júri tribunal muitos anos, pelos trabalhos e bons
resultados. Todavia esta causa é realmente difícil, mas a senhora esta de parabéns pela
vitoria, pela qualidade de trabalho prestado. A senhora esta de parabéns pelo nível de seu
profissional, sendo de vossa excelência. Também agradeço os jurados, dois motivos, pela
resposta dados a sociedade e também por neste ultimo dia de julgamento. Trabalhando de
graça para a sociedade, obrigado por sua presença. Declaro encerrado este caso. A ré está
livre.

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