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CURSUS THEOLOGIAE
A CARTA A DIOGNETO
Patrologia
Anápolis
2009
1
PARTE INTRODUTÓRIA:
1. Indicação bibliográfica de uma das edições criticas do texto original:
PG 2, 1167-1186.
SC 33: A Diognète.
O escrito data de meados do século II, provavelmente é pouco posterior a 150 d.C.
O autor refere-se a si mesmo como “discípulo dos apóstolos” e “mestre dos gentios”1.
Em relação à data de composição da carta, nada impede que o autor tenha tido contato
com algum dos apóstolos. Mas este termo pode também indicar que o autor transmite
com fidelidade a doutrina dos apóstolos.
1
A CARTA A DIOGNETO, XI.
2
PARTE ANALÍTICA
1. Exposição do conteúdo e da estrutura do texto:
I. Motivo da carta
O autor explica que o motivo da carta é responder a Diogneto em seu desejo de
conhecer melhor os cristãos e o modo como eles cultuam a Deus.
Várias antíteses são usadas para mostrar a realidade dos cristãos em contraste
com a vida dos pagãos. São odiados e perseguidos, mas amam a todos, e os que os
perseguem não sabem o motivo do ódio.
2
A CARTA A DIOGNETO, VI,1.
4
Principais:
A finalidade específica do autor é apologética, ou seja, defender o Cristianismo
perante a religião pagã. De modo bastante original, apresenta a Diogneto a fé cristã em
três pontos principais, dentro dos quais desenvolve vários outros:
1. O culto cristão: o culto dos cristãos é o culto verdadeiro, apesar de
permanecer oculto aos pagãos. A Deus não se deve adorar por meio de ritos puramente
3
A CARTA A DIOGNETO, XI, 1.
5
exteriores, mas o verdadeiro culto é espiritual. O autor não fala diretamente da Santa
Missa, pois o seu destinatário é um pagão e não convinha falar sobre o mistério
eucarístico a ele. Mas há referência à Santa Missa como o culto a Deus que permanece
invisível 4.
2. Os cristãos no mundo: os cristãos não diferem dos outros homens em nenhum
aspecto exterior específico, mas pelo seu comportamento moral e pela prática da
caridade. Apesar de perseguidos e odiados, retribuem com amor.
3. O Filho de Deus: o Filho, o Verbo, claramente participa da mesma natureza
divina do Pai. Ele desceu ao mundo por amor aos homens, e habita no coração daqueles
que o aceitam. Ele nos justificou através de sua vinda, e é somente através dele que
podemos alcançar esta justificação.
Secundários:
O autor apresenta algumas ideias, sem, contudo, aprofundá-las.
1. Deus é distinto do mundo. Ao contrário do que pensam os pagãos, Deus é
uma realidade distinta de qualquer outra perceptível neste mundo. Ele ultrapassa esse
mundo; o mundo é corruptível e mortal, mas Deus é incorruptível, imortal e criador de
todas as coisas. Apesar de não desenvolver o conceito de transcendência, o autor da
carta apresenta a Diogneto que Deus não pode ser alguma coisa criada, mas diferente
delas; além disso, Ele é uma pessoa, à qual não podemos oferecer um culto a que uma
pessoa rejeitaria; mas o seu culto é espiritual.
2. O homem pode imitar Deus. Ao criar o homem, Deus fê-lo à sua imagem e
semelhança. Através do amor, da bondade e do serviço ao próximo o homem se torna
imitador de seu Criador.
3. A felicidade está em servir e em amar. Ao contrário do pensamento corrente
na época, a verdadeira felicidade e alegria estão em servir o próximo. Zelar pelos mais
desfavorecidos, praticar a caridade é imitar a Deus: é assim que o homem é feliz5.
4. A ciência é uma realidade que leva a Deus. Deus é o Criador de duas árvores:
da ciência e da vida. Uma está ligada à outra de tal maneira que é impossível existir uma
sem a outra.
4
Cf. A CARTA A DIOGNETO, VI, 4.
5
Cf. A CARTA A DIOGNETO, X.
6
6
Cf. Ibidem, X, 5.
7
Ibidem, X, 1.
8
Cf. A CARTA A DIOGNETO, V, 12.
9
Cf. Ibidem, XII, 7.
7
PARTE SINTÉTICA:
Talvez o conceito mais importante que a carta traga seja o de amor: o cristão
deve amar, mesmo a quem os persegue. Ele é chamado a imitar Cristo, o qual amou até
mesmo aqueles que O matavam. Apesar das dificuldades e perseguições no mundo, ele
não deve desanimar, mas imitar Deus.
A realidade de imitar Deus só é possível porque Deus se fez homem, e portanto,
tornou-se um modelo acessível ao homem.
8
BIBLIOGRAFIA:
SUMÁRIO
PARTE INTRODUTÓRIA: ............................................................................... 1
1. Indicação bibliográfica de uma das edições criticas do texto original: ........ 1
2. Indicação bibliográfica da edição da tradução usada:.................................. 1
3. Breve resumo da vida do autor: .................................................................. 1
PARTE ANALÍTICA ........................................................................................ 2
1. Exposição do conteúdo e da estrutura do texto: .......................................... 2
2. Temas principais e secundários: ................................................................. 4
Principais: .................................................................................................. 4
Secundários: o autor apresenta algumas ideias, sem, contudo, aprofundá-
las. ........................................................................................................................ 5
3. Expressões e conceitos significativos e freqüentes: .................................... 6
PARTE SINTÉTICA: ........................................................................................ 7
1. O ensinamento que o autor queria transmitir: ............................................. 7
2. O conceito específico que o texto faz do ponto de vista doutrinário ou moral
ou disciplinar no conjunto da tradição católica: ......................................................... 7
3. Importância e atualidade da Carta a Diogneto: ........................................... 8
BIBLIOGRAFIA: ................................................................................................... 9
SUMÁRIO ......................................................................................................... 10