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AÇÕES CRT

As pessoas ao adquirirem telefones da antiga CRT firmaram


contrato de participação financeira referente a direitos e ações que lhe
possibilitavam o uso de terminal telefônico, tornando-se desta forma,
participante acionária da CRT.

Naquela época, a única forma de alguém poder usufruir uma linha


telefônica era tornando acionista da ré, pois à linha estavam vinculadas
às ações, era inconcebível a existência de uma sem as outras.

Entre os anos de 1986 e 1998, porém o prazo prescricional de 20


anos somente podem ser requeridos os direitos de linhas de 1990.

Nesse período, era pago um valor pela aquisição da linha, que


deveria ser convertido em ações. Calculado pelo valor integralizado
(valor do contrato à vista) dividido pelo patrimonial da ação na data
da integralização.

Ocorre que, quando a CRT recebia o pagamento pela linha


telefônica mencionada, não foi calculada a quantidade de ações pelo
valor patrimonial das mesmas na data da integralização, ela espera
meses, senão anos, após a integralização do valor para subscrever
(entregar) as ações. Ressalta-se que as ações somente eram
subscritas quando ocorria a majoração do valor da ação.

Dessa forma, exemplo a parte investiu em 1990, Cr$ 411.120,00


tem direito a 90.754 ações, mas recebeu apenas 2.879 pois a
requerida recebeu o valor da integralização e esperou até 30/06/1993
para subscrever as ações, sendo que neste lapso temporal as ações
tiveram seu valor majorado de Cr$ 4,53 para Cr$ 5.678,422. Sendo,
portanto, devida à complementação das referidas ações, na quantidade
de 87.875.

Outra lesão sofrida foi quando houve a Cisão da CRT, a qual deu
origem à Celular CRT Participações S/A, vez que a parte requerente,
pelos termos da própria Cisão, tem direito à igual número de ações da
nova empresa, ou seja, 87.875.

Tem direito também, aos dividendos e juros sobre capital próprio


(que são rendimentos) pois não foram distribuídos e pagos no decorrer
dos anos tanto na CRT fixa quanto na Celular CRT.
Neste caso, a pessoa receberá uma indenização de mais ou
menos 175.000,00.

Atualmente o STJ alterou significativamente seu entendimento


sobre o valor patrimonial da ação que deve ser usado para o
recalculo e pagamento das indenizações.

Houve a criação de um chamado “balancete mensal” que


diminuiu muito os valores das indenizações. Porém, menos assim,
muitas pessoas ainda tem direito de buscar essa indenização na
justiça. Caso, por exemplo dos contratos assinados nos anos de
1996,1997 e 1998.

Além disso, para os contratos da modalidade “oferta pública”


nada mudou, as pessoas continuam tendo direito à devolução do
valor pago pela linha, pois nunca receberam as ações. Nesse
caso, as pessoas pagaram R$1117,63 pela linha e nunca
receberam as ações devidas tendo em vista o início da
privatização da CRT. Essas pessoas receberam em suas
residências cartas oferecendo a devolução do valor pago, assim
quem aceitou a proposta na época nada tem a receber. Porém,
quem não aceitou pode ainda hoje buscar esse valor investido
corrigido monetariamente.

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