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Universidade Nove de Julho

Departamento de Ciências da Saúde


Tecnologia em Radiologia

ESTUDO COMPARATIVO DA QUALIDADE DE IMAGENS RADIOLÓGICAS


CONVENCIONAIS

Trabalho apresentado à disciplina de Projeto – Estudo


Comparativo da Qualidade de Imagens Radiológicas
convencionais, na Uninove, sob orientação do Professor
Eric, para obtenção da nota parcial do 2º Semestre.

Daniela J. da Silva
Lucas de Moraes Duarte
Márcia Luz Alkmin

TURMA 2 A
UNIDADE MEMORIAL

São Paulo 2009

Universidade Nove de Julho


Departamento de Ciências da Saúde
Tecnologia em Radiologia
ESTUDO COMPARATIVO DA QUALIDADE DE IMAGENS RADIOLÓGICAS
CONVENCIONAIS

Daniela J. da Silva RA: 909100230


Lucas de Moraes Duarte RA:909112255
Márcia Luz Alkmin
RA:909102791

Turma 2A
Unidade Memorial
São Paulo 2009

SUMÁRIO

RESUMO................................................................................................................ 4

1. 1. DEFINIÇÃO DO POSICIONAMENTO DE TÓRAX............................................. 5

1.1. 1.1. Rotina básica.................................................................................................... 5

1.1.1. PA

1.1.2. Perfil

1.1.3. Estruturas visualizadas


1.1.4. Posicionamentos complementares

1.1.5. Nitidez e contraste da imagem

2. CLÍNICA.............................................................................................................. 8

2.1. Características de uma clínica......................................................................... 8

1.2. 2.2. Hospital visitado............................................................................................... 9

2.3. Fatores relevantes para a qualidade radiológica..............................................9

2.3 2.3.1. Testes em equipamentos de raios X

2.3.2 Limitadores de campo

2.3.3 Câmara escura

2.3.4 Cuidados com armazenamento de filmes e limpeza dos ecráns

2.3.5 2.3.5 Monitorização da processadora de filmes

1.3. 3. CONCLUSÃO.................................................................................................... 12

4. BIBLIOGRAFIA..................................................................................................13
4

RESUMO

O projeto – Estudo Comparativo da Qualidade de Imagens Radiológicas Convencional, tem


como objetivo avaliar se as informações e orientações apresentadas na bibliografia
atualmente em uso, são seguidas pelas clínicas responsáveis por exames radiológicos
convencionais.

Essas orientações se referem ao posicionamento correto para rotinas básicas, cuidados


com a proteção radiológica, organização da clínica, limpeza do material utilizado, rotinas de
testes de aparelhos de raios X e equipamentos para teste de qualidade em filmes, ecráns e
outros materiais que necessitam de controle amiúde.

Para que este estudo fosse concluído, foi feito um levantamento detalhado da bibliografia
disponível. Ex.: tratados, livros correlatos e internet. Visita ao Hospital Regional de Cajamar
foi realizada para a comparação com a bibliografia.
5

1. DEFINIÇÃO DO POSICIONAMENTO DE TÓRAX

1.1. 1.1. ROTINA BÁSICA

1.1.1. 1.1.1. Tórax PA (póstero anterior)

1.1.2.

Paciente em ortostático, com PMS (plano médio sagital) centralizado na LCE (linha
central da estativa), mãos sobre a cintura, rotacionando ombros para frente, removendo
assim as escápulas para fora dos campos pulmonares. RC (raio central) : PPH
(perpendicular ao plano horizontal), incidindo a nível de T7 (7º vértebra torácica). CH
(chassi): 35x35 cm panorâmico. DFOFI (distância-foco-filme): 1,80 cm, com bucky.

• Observações:

• Inspiração total e apnéia

• Identificação do lado direito do paciente. [1] [2]

• Em uma radiografia de boa qualidade, são visualizadas na imagem, no mínimo 10


pares de costelas. [9]

Fig. 01- Radiografia de Tórax PA

1.1.2. Tórax Perfil

Paciente em ortostático, lateralizado, com o lado esquerdo encostado na estativa (lado


direito somente quando solicitado pelo médico). PMC (plano médio coronal) centralizado na
LCE, e mãos apoiadas sobre a cabeça. RC: PPH, incidindo a nível de T7. CH: 35x35 cm
panorâmico ou 30x40 cm longitudinal panorâmico. DFOFI: 1,80 cm, com bucky.

• Observações:

• Inspiração total e apnéia


• Identificação na frente do esterno [1] [2]

• São utilizados nestas posições, pontos de reparo, para correta centralização do RC,
que são: a vértebra proeminente (C7) e a incisura jugular.

Fig. 02- Radiografia de Tórax Perfil

1.1.3.

1.1.4. 7

1.1.3. Estruturas Visualizadas


As estruturas do sistema respiratório importantes visualizadas no exame de Tórax são:
laringe, traquéia, brônquios direito e esquerdo e pulmões. Nas 2 posições de rotina básica
são visualizados traquéia e laringe repletas de ar, e é possível nestes exames também a
visualização de disfunções, como aumento ou outras anormalidades do timo e glândulas
tireóides, assim como patologias dentro das próprias vias respiratórias. [9]

1.1.4 Posicionamentos Complementares

Existem ainda outros posicionamentos para Tórax, mas que não são de rotina básica:
tórax AP (ântero posterior), ápico lordótico, tórax decúbito lateral, para pesquisa de derrame
pleural (também conhecido como Lawrell- lado de interesse para baixo) ou para estudo de
pneumotórax (lado de interesse para cima), tórax oblíqua “posterior” ou “anterior”- direita ou
esquerda, ápice axial e cúpulas diafragmáticas. [1] [2]

1.1.5. Nitidez e Contraste da Imagem

A nitidez, refere-se a boa visualização de contornos anatômicos. A falta da nitidez


(imagem pouco definida- borrada), pode ser definida em 2 grupos:

• Estática: determinadas por fatores geométricos, como o tamanho do foco; distância-


foco-filme; distância-objeto-filme e contato filme-ecrán.

• Dinâmica: causadas por movimentos da parte estudada,

podendo ser reduzida, diminuindo-se o tempo de exposição.

O contraste, refere-se ao grau de enegrecimento do filme , com diferenças entres as


densidades ópticas máxima (preto) e mínima (branco) da imagem

8
radiográfica, que podem ser influenciadas pelo nível de exposição e pela radiação
espalhada. [10]

2. 2. CLÍNICA

2.

2.1. 2.1. CARACTERÍSTICAS DE UMA CLÍNICA

A clínica para atender o controle de qualidade da imagem, deve adotar algumas medidas.

• A distância usada nos exames não são obrigatórias, mas são parâmetros
universais. E quando cometidos erros com relação a estas distâncias, estamos expondo o
paciente a uma radiação maior e obtenção de falsas imagens dependendo do exame a ser
realizado.

Quando assumimos o plantão, devemos verificar se as salas de exame estão em


ordem, se os aparelhos estão em perfeito funcionamento e se a âmpola está centralizada na
LCM/ LCE. [1] [2].

A Câmara Escura, deve dispor de luz branca e luz com filtro de segurança (vermelha
de 15Watts a uma distância de no mínimo 1,20 metros). [4]

As paredes não necessitam ser em tom escuro, mas devem ser lisas e pintadas com
tintas impermeáveis, facilitando sua lavagem.

Em administração de qualidade, devemos seguir as seguintes regras:

• Saber o objetivo do exame e o posicionamento a ser realizado;

• Não aplicar técnica errada, mantendo a qualidade do exame;

• Gastos com perda ou erros nos exames ficam em torno de Rr$15,00, entre químicos,
filmes e energia;

• A dose de radiação deverá ser exata e correta.

Medidas corretivas devem ser aplicadas, como seguem:


• Padronização dos técnicos;

• Análise de perdas dos filmes;

• 9

• Estágios e realizações de exames especializados. [1] [2]

2.2. 2.2 HOSPITAL VISITADO

Em visita ao Hospital Regional de Cajamar, realizamos entrevista com o técnico do local


referente toda rotina do setor, desde a realização de exames, à rotina interna no que se
refere aos equipamentos utilizados.

Abordado questionamento referente posicionamentos e qualidade da imagem, instalações


físicas, equipamentos e acessórios utilizados e organização da câmara clara e escura, na
qual identificamos conformidades com a bibliografia pesquisada, bem como irregularidades,
que seguem na conclusão.

2.2. 2.3. FATORES RELEVANTES PARA A QUALIDADE RADIOLÓGICA

2.3. 2.3.1. Testes em equipamentos de raios X

Os equipamentos de radiologia convencional devem anualmente


ou bienalmente, passar por testes de controle de qualidade e testes

da parte mecânica. Segue itens analisados:

• Integridade Mecânica: falta de pinos, parafusos, ou outros elementos estruturais;

• Estabilidade Mecânica: estabilidade e inflexibilidade do tubo de

raios-X e receptor de imagem, adequação da mesa e dispositivos imobilizantes, e inspeção


nos interruptores elétricos.

• Integridade elétrica: condições externas e instalação dos cabos de alta tensão;

• Proteção Elétrica: inspeção física da instalação elétrica em áreas chaves, onde


frequentemente ocorrem problemas.

• Alinhamento e DFOFI: avaliação das instalações das grades, e alinhamento

10

da fonte de raios X, além da avaliação com fita métrica a exatidão dos indicadores

da DFOFI. [3]

2.3.2. Limitadores de Campo

2.3.

É um fator de grande importância, pois não apenas reduz a dose de radiação no


paciente, mas interfere de maneira significativa na qualidade da imagem, por reduzir a
dispersão da radiação. [9]

O mais comum limitador de campo é o colimador luminoso, que produz um campo de


irradiação quadrado ou retangular de tamanhos ajustáveis.

Outro fator importante para qualidade da imagem é a Grade Anti-difusora, utilizada quando
o kV for superior a 70. Ela absorve a radiação espalhada (secundária), originada da interação
dos feixes de raios-X com o objeto (paciente). Esta radiação é tanto maior quanto maior for o
volume do corpo atravessado, menor for a densidade da matéria irradiada, maior for o kV, e
maior for o campo irradiado.
2.3.3. Câmara Escura

Devemos também ter testes de controle de qualidade na câmara escura e nas


processadoras:

• Armazenar corretamente os filmes;

• Controle sobre os químicos;

• Controle da temperatura (menor que a ambiente);

• Controle da saturação;

• Cuidados com a contaminação na processadora e preparo dos


químicos;

• Cuidado com ecráns e chassis (mantendo-os sempre limpos)

• Ventilação adequada e exaustores (eliminação dos gases dos químicos)

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• Lavagem da processadora. [1] [2]

2.4.1. 2.3.4. Cuidados com o armazenamento dos filmes e limpeza dos ecráns

Devido a sensibilidade, as caixas de filmes devem ser armazenadas na vertical, longe de


fontes radioativas, livre de umidade, temperatura sem variações bruscas, e não ficando as
caixas em contato com nenhum tipo

de líquido. Deve-se também tomar cuidado com o acesso a luz branca acidental, que pode
causar o velamento dos filmes.
Grande importância deve-se dar também a limpeza dos ecráns, seguindo as
especificações do fabricante, para não causar danos em sua superfície. Sujeira ou danos no
ecrán, podem falsiar uma patologia na imagem radiográfica. [1] [4] [10]

2.4.3. 2.3.5 Monitorização da processadora de filmes

Nas processadoras automáticas de filmes, alguns fatores, inclusive mencionados acima,


podem causar redução na qualidade da imagem. Como por exemplo, a saturação nas
soluções químicas, que causam opacidade e diferenças de densidade no filme. Medidas de
inspeções nas processadores de filme, podem garantir a durabilidade do equipamento e
qualidade nas imagens radiográficas:

• Processadora devidamente limpa e com soluções apropriadas ao uso;

• Tempo de imersão nas soluções químicas adequados;

• Pressão e temperatura adequados;

• Temperatura dos químicos no tanque apropriados;

• Condição mecânica da processadora satisfatória.

A não conformidade dos itens acima, podem ser avaliados, de acordo com o resultado
das imagens obtidas nos exames. [3]

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3. CONCLUSÃO
Com o objetivo de verificar se os procedimentos preconizados pela literatura são
adequadamente seguidos na prática diária, realizamos ao final do levantamento bibliográfico,
uma visita ao Hospital Regional de Cajamar, finda a qual chegamos às seguintes
conclusões:

• As imagens radiográficas que nos foram apresentadas, foram de boa qualidade, e


posicionamento segue as normas gerais.

• Instalações físicas são visivelmente deterioradas, pintura descascada, pisos


desgastados, divisórias mal conservadas.

• Equipamento de Raios X, antigos e mal conservados, e segundo o técnico, a


manutenção preventiva não é feita regularmente, apenas a manutenção corretiva, que deve
ser feita prontamente, pois o hospital só possui um aparelho de raios X na sala de exames e
um aparelho móvel, que embora esteja funcionando, é muito antigo e mal conservado. Em
ambos os aparelhos não são feitos testes de equipamentos definidos na literatura.

• O armazenamento de filmes é feito de forma correta. Há correta divisão entre a


câmara escura e a câmara clara, água corrente para limpeza da processadora, separada da
parte seca, passa-chassi em local adequado. Notamos irregularidades tais como : o tanque
de químicos fica dentro da câmara escura, não há exaustor adequado para eliminação dos
gases tóxicos e não há estação de tratamento dos químicos, a luz de segurança não está em
local apropriado e o interruptor de luz branca não está posicionado na altura adequada e sem
a devida proteção contra acionamento acidental.

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4. BIBLIOGRAFIA
[1]Tratado de Técnicas Radiológicas e Base Anatômica 3. Edição;

[2] Posicionamento em Radiologia de Clark 10. Edição;

[3] Thomaz Ghilardi Netto, 1998;

[4] http://www.ibf.com.br/medix/Filmes/rx_uso_comum.htm; 20-09-09;

[5] http://mra.com.br/produto/cqradio/sensitometro.html; 20-09-09;

[6] http://www.grx.com.br/MaisProduto.asp?Produto=802; 20-09-09;

[7] http://www.grxsp.com.br/MaisProduto.asp?Produto=121; 20-09-09;

[8]http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-39842008000100008

[9] Tratado de Técnicas Radiológicas, Bontrager;

[10 ] Técnicas Radiológicas, Antônio Mendes Biasoli Junior.

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