O documento discute o estruturalismo e sua influência na linguística. Aborda as contribuições de Saussure, a Escola de Praga, Roman Jakobson, a fonologia, o estruturalismo americano de Sapir-Whorf, Benveniste, Coseriu, Pêcheux e a gramática gerativa de Chomsky. O estruturalismo teve grande impacto no estudo da linguagem e cultura no século XX.
O documento discute o estruturalismo e sua influência na linguística. Aborda as contribuições de Saussure, a Escola de Praga, Roman Jakobson, a fonologia, o estruturalismo americano de Sapir-Whorf, Benveniste, Coseriu, Pêcheux e a gramática gerativa de Chomsky. O estruturalismo teve grande impacto no estudo da linguagem e cultura no século XX.
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O documento discute o estruturalismo e sua influência na linguística. Aborda as contribuições de Saussure, a Escola de Praga, Roman Jakobson, a fonologia, o estruturalismo americano de Sapir-Whorf, Benveniste, Coseriu, Pêcheux e a gramática gerativa de Chomsky. O estruturalismo teve grande impacto no estudo da linguagem e cultura no século XX.
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O estrutualismo segundo Ferdinand Saussure, aborda qualquer língua como um
sistema em que cada elemento pode ser definido pelas relações de igualdade ou contradições que mantém com outros elementos. O conjunto formado por essas relações forma a estrutura. Na segunda metade do séc.XX é que o estruturalismo veio a se tornar um dos métodos utilizados para a analise da língua, cultura, filosofia da matemática e sociedade. O curso de saussure influenciou vários lingüistas importantes da escola e Praga, como por exemplo Roman Jakobson e Nikolai Trubetzkoy, que mais tarde fizeram pesquisas de grande influência. O mais importante estudo dentro do estruturalismo na Escola de Praga foi a fonética. A Escola procurou examinar como os sons que ocorrem num idioma se relacionavam. Críticos da Escola de Praga desenvolveram a teoria da glossemática(estudo e classificação dos glossemas). Segundo essa Escola, as mudanças na lingua não são conseqüências nem da necessidade das leis fonéticas, nem de causas sociais, mas da alteração das relações lógicas que regem os elementos de um mesmo sistema. A língua não deveria ser apreendida como um conglomerado de fenômenos não-lingüísticos, porém como uma totalidade que se basta a si própria. Os signos são uma manifestação do sistema e os elementos implicados num sistema definem uma estrutura. A glossemática foi a escola de lingüística estrutural que mais conseqüentemente procurou aplicar as idéias de saussure, de que as línguas se constituem como sistemas de oposições. Segundo Martinet, na perspectiva do funcionalismo,“a língua é um instrumento de comunicação duplamente articulado e de manisfestação vocal “. Ele se guiou por uma lingüística objetiva e generalista. Seu trabalho é direcionado numa reflexão sobre a diversidade das línguas e as diferenças entre elas. Roman Jackbson teve como primazia o estudo da linguagem poética e aproximou outras disciplinas, como fonologia e a antropologia da lingüística. Segundo ele a literatura e a lingüística estão estreitamente ligadas nos fundamentos da poética.A poesia, era dominada pela metáfora e a prosa pela metonímia.A definição que ele deu a função poética não tem por função fundamental descrever o mundo real, já a função referencial não é mais que secundária. Por exemplo as palavras em inglês “pat” e “bat” são diferenciadas pelos sons de /p/ e /b/. A Fonologia viria a se tornar a base principal para o estruturalismo em diversas formas. Nos anos 60 o estruturalismo ofereceu uma abordagem que poderia abraçar todas as disciplinas. Michel Foucault, em seu livro examinou a história da ciência para estudar como estrutura de epistemologia. Jacques Lacan e Jean Piaget aplicaram o estruturalismo ao estudo da psicologia. Louis Althusser combinou Marxismo ao estruturalismo. Roland Barthes e Jacques Derrida se especificaram em como o estruturalismo poderia ser aplicado a literatura.O estruturalismo acabou também por influenciar diversos autores e o faz até hoje. Uma vertente do estruturalismo é o estruturalismo americano. Inspirou-se em Leonard Bloomfield visando uma modalidade de lingüística vendo em primeiro lugar o trabalho feito em cima dos dados reais. As idéia de Saussure foram extremamente utilizadas no desenvolvimento do estruturalismo americano, e teve grande importância à distribuição Sapir defende que a linguagem influencia a forma como os indivíduos pensam, essa idéia foi adotada e desenvolvida por Whorf , o que gerou a Hipótese Sapir-Whorf. Sapir afirmava que a percepção de um observador é controlada pela linguagem que ele usa. Benjamin Whorf achava que a linguagem restringia o pensamento, como por exemplo podemos observar que em algumas línguas pode haver um só nome para mais de uma variação de cores que em outra determinada língua teria uma divisão em dois ou mais nomes. Sapir acreditava na lingüística como forma de libertação. Benveniste utiliza o método comparatista efetivamente criado. Foi através deste método que os lingüistas ditos comparatistas, gramáticos e neogramáticos fizeram a reconstituição hipotética de várias línguas, entre elas o Indo-Europeu.Como por exemplo usando essa abordagem comparatista que propõe que o termo pecúnia, no latim, designava então a riqueza em gado; pecu designava gado e peculium, a parte do gado deixada aos escravos. Pecunia passou então a designar toda espécie de riqueza. Michel Bréal afirma que esse processo é um lento deslocamento de sentido, e que é preciso uma profunda análise histórica mesmo julgando-o como um fenômeno de ocorrência “normal”. Benveniste não chega a citar a análise elaborada por Bréal (para contrapor um exemplo, ele prefere o nome de Meillet), nem mesmo duvida da relação formal entre os três termos em discussão (pecu, pecunia e peculium), ele apenas aponta um outro viés na forma de entendê-la. A análise proposta por Emile Benveniste situa-se dentro do paradigma estruturalista. Conseriu não pergunta somente porque as linguas mudam mas porque a mudança ocorre da maneira como ocorre. Ele toma como base Humbolt (a lingua era energeia não ergon,ou seja, energia não vida), segundo Coseriu “a lingua não existe senão no falar dos indivíduos, o falar é sempre falar uma lingua. Ele tambem propos a triade sistema, norma e fala,sendo importante diferenciar o que é normal ou comum(norma) e o que é oposicional (sistema), ele afirma que a lingua não pode ser isolada. Pra ele a lingua é tida como “função e depois sistema” por constituir-se um sistema a partir do momento que cumpre uma função que se liga a fatores históricos. Ele afirma tambem que mudanças linguisticas só são explicadas em termos funcionais mas não como o motivo da mudança, sendo mais como fatores passivos. Pêcheux defende a linguagem como um sistema sujeito a ambigüidades, e a discursividade como inserção dos efeitos materiais da língua. Ele tem o método baseado na analise das formas materiais. A materialidade especifica da idéia é a fala e a materialidade especifica desta é a língua.As pessoas estão ligadas ao saber da fala que não se aprende mas que produz seus efeitos através da ideologia e do inconsciente. O interdiscurso está ligado ao complexo de formação ideológica, alguma coisa fala antes, em outro lugar, independente. Chomsky em sua teoria da gramática gerativa, as frases das línguas naturais devem ser interpretadas em dois tipos: as “estruturas superficiais” (estrutura patente das frases) e as “estruturas profundas” (representação abstrata das relações lógico- semanticas das frases).Chomsky sugere que a capacidade para produzir e estruturar frazes é inata ao ser humano(é parte do nosso patrimônio genético) gramática universal.