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Universidade Federal Fluminense

Profª:Lúcia
Aluna: Carmen C. S. Tolentino

O estrutualismo segundo Ferdinand Saussure, aborda qualquer língua como um


sistema em que cada elemento pode ser definido pelas relações de igualdade ou
contradições que mantém com outros elementos. O conjunto formado por essas relações
forma a estrutura. Na segunda metade do séc.XX é que o estruturalismo veio a se tornar
um dos métodos utilizados para a analise da língua, cultura, filosofia da matemática e
sociedade.
O curso de saussure influenciou vários lingüistas importantes da escola e Praga,
como por exemplo Roman Jakobson e Nikolai Trubetzkoy, que mais tarde fizeram
pesquisas de grande influência. O mais importante estudo dentro do estruturalismo na
Escola de Praga foi a fonética. A Escola procurou examinar como os sons que ocorrem
num idioma se relacionavam.
Críticos da Escola de Praga desenvolveram a teoria da glossemática(estudo e
classificação dos glossemas). Segundo essa Escola, as mudanças na lingua não são
conseqüências nem da necessidade das leis fonéticas, nem de causas sociais, mas da
alteração das relações lógicas que regem os elementos de um mesmo sistema. A língua não
deveria ser apreendida como um conglomerado de fenômenos não-lingüísticos, porém como
uma totalidade que se basta a si própria. Os signos são uma manifestação do sistema e os
elementos implicados num sistema definem uma estrutura.
A glossemática foi a escola de lingüística estrutural que mais conseqüentemente procurou
aplicar as idéias de saussure, de que as línguas se constituem como sistemas de oposições.
Segundo Martinet, na perspectiva do funcionalismo,“a língua é um instrumento de
comunicação duplamente articulado e de manisfestação vocal “. Ele se guiou por uma
lingüística objetiva e generalista. Seu trabalho é direcionado numa reflexão sobre a
diversidade das línguas e as diferenças entre elas.
Roman Jackbson teve como primazia o estudo da linguagem poética e
aproximou outras disciplinas, como fonologia e a antropologia da lingüística. Segundo
ele a literatura e a lingüística estão estreitamente ligadas nos fundamentos da poética.A
poesia, era dominada pela metáfora e a prosa pela metonímia.A definição que ele deu a
função poética não tem por função fundamental descrever o mundo real, já a função
referencial não é mais que secundária.
Por exemplo as palavras em inglês “pat” e “bat” são diferenciadas pelos sons
de /p/ e /b/. A Fonologia viria a se tornar a base principal para o estruturalismo em
diversas formas.
Nos anos 60 o estruturalismo ofereceu uma abordagem que poderia abraçar todas
as disciplinas. Michel Foucault, em seu livro examinou a história da ciência para estudar
como estrutura de epistemologia. Jacques Lacan e Jean Piaget aplicaram o
estruturalismo ao estudo da psicologia. Louis Althusser combinou Marxismo ao
estruturalismo. Roland Barthes e Jacques Derrida se especificaram em como o
estruturalismo poderia ser aplicado a literatura.O estruturalismo acabou também por
influenciar diversos autores e o faz até hoje.
Uma vertente do estruturalismo é o estruturalismo americano. Inspirou-se em
Leonard Bloomfield visando uma modalidade de lingüística vendo em primeiro lugar o
trabalho feito em cima dos dados reais. As idéia de Saussure foram extremamente
utilizadas no desenvolvimento do estruturalismo americano, e teve grande importância à
distribuição
Sapir defende que a linguagem influencia a forma como os indivíduos pensam,
essa idéia foi adotada e desenvolvida por Whorf , o que gerou a Hipótese Sapir-Whorf.
Sapir afirmava que a percepção de um observador é controlada pela linguagem que ele
usa. Benjamin Whorf achava que a linguagem restringia o pensamento, como por
exemplo podemos observar que em algumas línguas pode haver um só nome para mais
de uma variação de cores que em outra determinada língua teria uma divisão em dois ou
mais nomes. Sapir acreditava na lingüística como forma de libertação.
Benveniste utiliza o método comparatista efetivamente criado. Foi através deste
método que os lingüistas ditos comparatistas, gramáticos e neogramáticos fizeram a
reconstituição hipotética de várias línguas, entre elas o Indo-Europeu.Como por
exemplo usando essa abordagem comparatista que propõe que o termo pecúnia, no
latim, designava então a riqueza em gado; pecu designava gado e peculium, a parte do
gado deixada aos escravos. Pecunia passou então a designar toda espécie de riqueza.
Michel Bréal afirma que esse processo é um lento deslocamento de sentido, e que é
preciso uma profunda análise histórica mesmo julgando-o como um fenômeno de
ocorrência “normal”. Benveniste não chega a citar a análise elaborada por Bréal (para
contrapor um exemplo, ele prefere o nome de Meillet), nem mesmo duvida da relação
formal entre os três termos em discussão (pecu, pecunia e peculium), ele apenas aponta
um outro viés na forma de entendê-la. A análise proposta por Emile Benveniste situa-se
dentro do paradigma estruturalista.
Conseriu não pergunta somente porque as linguas mudam mas porque a mudança
ocorre da maneira como ocorre. Ele toma como base Humbolt (a lingua era energeia
não ergon,ou seja, energia não vida), segundo Coseriu “a lingua não existe senão no
falar dos indivíduos, o falar é sempre falar uma lingua. Ele tambem propos a triade
sistema, norma e fala,sendo importante diferenciar o que é normal ou comum(norma) e
o que é oposicional (sistema), ele afirma que a lingua não pode ser isolada. Pra ele a
lingua é tida como “função e depois sistema” por constituir-se um sistema a partir do
momento que cumpre uma função que se liga a fatores históricos. Ele afirma tambem
que mudanças linguisticas só são explicadas em termos funcionais mas não como o
motivo da mudança, sendo mais como fatores passivos.
Pêcheux defende a linguagem como um sistema sujeito a ambigüidades, e a
discursividade como inserção dos efeitos materiais da língua. Ele tem o método baseado
na analise das formas materiais. A materialidade especifica da idéia é a fala e a
materialidade especifica desta é a língua.As pessoas estão ligadas ao saber da fala que
não se aprende mas que produz seus efeitos através da ideologia e do inconsciente. O
interdiscurso está ligado ao complexo de formação ideológica, alguma coisa fala antes,
em outro lugar, independente.
Chomsky em sua teoria da gramática gerativa, as frases das línguas naturais
devem ser interpretadas em dois tipos: as “estruturas superficiais” (estrutura patente das
frases) e as “estruturas profundas” (representação abstrata das relações lógico-
semanticas das frases).Chomsky sugere que a capacidade para produzir e estruturar
frazes é inata ao ser humano(é parte do nosso patrimônio genético) gramática universal.

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