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As duas questões só podem ser decididas pelo órgão que a ordem jurídica para o
efeito determine e através do processo pela ordem jurídica fixado. Dizer que uma norma
individual criada por uma decisão judicial ou por via administrativa é contrária ao
Direito, significa que ela é contrária a norma geral que conduziu sua produção.
Somente o próprio tribunal, ou tribunal superior pode decidir as questões. A
decisão de um tribunal é anulável. Mesmo sendo antijurídica, ela não é necessariamente
nula, mas poderá vir a ser, podendo somente ser anulada através de processo fixado pela
ordem jurídica. A decisão do tribunal de última instância não é anulável, tendo força de
julgado. Pode ele criar uma norma que esteja com o conteúdo previsto por normas
gerais ou não, sendo essa ultima fixada pelo próprio tribunal de ultima instancia.
Como as decisões são apenas anuláveis depois de postas, elas têm uma validade
provisória, tendo uma liberdade para criar normas em desacordo com as gerais, mas que
poderá será anulada depois. A decisão de um tribunal de última instancia tem validade
definitiva.
O fundamento objetivo da sua anulabilidade não é a sua ilegalidade, isto é, o fato
de não corresponder à norma geral que deve aplicar - se assim fosse, seria nula, quer
dizer, juridicamente inexistente, e não simplesmente anulável - mas a possibilidade pela
ordem jurídica prevista de estabelecer com vigência definitiva a outra alternativa, não
realizada pela decisão atacada.
Se a norma jurídica individual criada por uma decisão judicial é atacável, ela pode
ser anulada pela norma com força de caso julgado de uma decisão de última instância
não só quando o tribunal de primeira instância faz uso da alternativa de não estabelecer
a norma individual de acordo com a geral.
Se uma decisão judicial é atacável, então ela pode ser atacada pelas partes
processuais em ambas as hipóteses e ser anulada pelo tribunal superior, mesmo que as
partes processuais fundamentem objetivamente o seu ataque no fato de a decisão não
corresponder à norma geral que predetermina o seu conteúdo, pois só esse argumento é
autorizado pela lei para atacar uma decisão, ou seja, a lei preceitua que uma decisão
judicial somente pode ser atacada com o fundamento de ser, sob qualquer aspecto,
“contrária ao Direito”.
O a decisão do tribunal de recurso que vai julgar transita em julgado, podendo ter
uma decisão conforme ao Direito pode ser anulada por uma decisão com força de caso
julgado.
Então, a possibilidade de predeterminar as normas individuais que hão de ser
produzidas pelos tribunais através de normas gerais criadas por via legislativa ou
consuetudinária é consideravelmente limitada.