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Mandado de Segurança
(Doutrina e Jurisprudência)
2a. ed.
2021
São Paulo, Brasil
O Autor
Mandado de Segurança
(Doutrina e Jurisprudência)
2a. ed.
2021
São Paulo, Brasil
Índice
1. Prefácio..........................................................................................................9
O Autor
Ementário Forense
(Votos que, em matéria criminal, proferiu o Desembargador
Carlos Biasotti, do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
Veja a íntegra dos votos no Portal do Tribunal de Justiça:
www.tjsp.jus.br).
• Mandado de Segurança
(art. 5º, nº LXIX, da Const. Fed.; Lei nº 1.533/51)
Voto nº 10.390
Voto nº 2372
Voto nº 3330
—“Cremos não ser justo nem legal que, por deficiência do sistema penitenciário,
seja (o condenado) constrangido a cumprir pena no regime fechado mais
tempo do que a lei determina” (Damásio E. de Jesus, Código de Processo Penal
Anotado, 17a. ed., p. 606).
— À luz da melhor orientação jurisprudencial, carece o Ministério Público de
legitimidade para impetrar mandado de segurança com o intuito de alcançar
efeito suspensivo a agravo em execução, que o não tem; falece-lhe a pertinência
subjetiva “ad causam”.
— A vontade mesma da lei é a que obsta à concessão de efeito suspensivo ao
agravo, como o dispõe o art. 197 da Lei de Execução Penal. Não se presumem,
na lei, palavras inúteis, conforme retrilhado aforismo jurídico. É para supor
que, nos casos sob o regime da Lei nº 7.210/84, como nos mais, decidam os
Juízes com acerto. “Os Juízes, por definição, não podem errar” (V. César da
Silveira, Dicionário de Direito Romano, 1957, vol. II, p. 588).
18
Voto nº 3885
Voto nº 3970
—“Cremos não ser justo nem legal que, por deficiência do sistema penitenciário,
seja (o condenado) constrangido a cumprir pena no regime fechado mais
tempo do que a lei determina” (Damásio E. de Jesus, Código de Processo Penal
Anotado, 17a. ed., p. 606).
— À luz da melhor orientação jurisprudencial, carece o Ministério Público de
legitimidade para impetrar mandado de segurança com o intuito de alcançar
efeito suspensivo a agravo em execução, que o não tem; falece--lhe a
pertinência subjetiva “ad causam”.
— A vontade mesma da lei é a que obsta à concessão de efeito suspensivo ao
agravo, como o dispõe o art. 197 da Lei de Execução Penal. Não se presumem,
na lei, palavras inúteis, conforme retrilhado aforismo jurídico. É para supor
que, nos casos sob o regime da Lei nº 7.210/84, como nos mais, decidam os
Juízes com acerto. “Os Juízes, por definição, não podem errar” (V. César da
Silveira, Dicionário de Direito Romano, 1957, vol. II, p. 588).
20
Voto nº 1532
Voto nº 1750
Voto nº 12.137
— No que toca ao meio de que se valeu a impetrante para assegurar seu direito à
tutela jurisdicional do Estado, foi o que lhe deparou a Lei: o mandado de
segurança.
— De feito, “o remédio primeiro, de que se pode valer quem sofre apreensão de
seu veículo por ordem de autoridade policial em inquérito para apuração de
crime, é o pedido de restituição, fundado no art. 120 do Cód. Proc. Penal,
observados, no mais, se for o caso, os parágrafos desse mesmo dispositivo.
Nada impede, porém, que o prejudicado se valha do remédio heroico do
mandado de segurança, evidenciando, desde logo, direito líquido e certo à
restituição” (Rev. Tribs., vol. 510, p. 86; rel. Sydney Sanches).
—“Não se justifica recusar ao proprietário a restituição do veículo apreendido
com terceiro por adulteração de chassi, quando não existe suspeita de
envolvimento do titular dominial na prática de crime. A apreensão de
automotor vinculado a prática de crime só se justifica se o proprietário
estiver envolvido na infração ou pelo tempo necessário à apuração delitiva.
A apreensão duradoura vulnera o direito de propriedade, de índole
constitucional e, se incontestável, enseja concessão de segurança” (TACrimSP;
Recurso de Ofício nº 948.679/3, de Piracicaba; 11a. Câm.; j. 22.5.95; v.u.;
rel. Renato Nalini).
25
Voto nº 661
— Não tem efeito suspensivo o agravo interposto contra decisão proferida pelo
Juízo da execução penal (art. 197 da Lei nº 7.210/84).
— Quando a lei é clara, não há mister interpretação (“interpretatio cessat in
claris”).
— Em mandado de segurança, o “periculum in mora” “só pode ser alegado em
favor do sentenciado e nunca em benefício da sociedade” (Rev. Tribs., vol. 655,
p. 294).
Voto nº 5932
— Não é inconstitucional o art. 32, § 7º, da Lei de Imprensa, que nega efeito
suspensivo à apelação. A Constituição Federal, ao garantir aos litigantes e aos
acusados ampla defesa, especifica o fará com os “meios e recursos a ela
inerentes” (art. 5º, nº LV). Inerente é voz que trai a ideia de “tudo aquilo que é
propriedade ou qualidade de qualquer pessoa ou coisa, ou lhe está unido
intimamente” (cf. Bluteau, Vocabulário, 1713, t. IV; Morais, Dicionário da
Língua Portuguesa, 1813; Constâncio, Novo Dicionário da Língua
Portuguesa, 1877; Caldas Aulete, Dicionário Contemporâneo da Língua
Portuguesa, 1925; v. inerente), etc. Ora, o recurso inerente ou apropriado à
decisão que ordena a publicação de resposta do ofendido no jornal é a apelação
sem efeito suspensivo (art. 32, § 7º, da Lei de Imprensa).
— Admite a Jurisprudência mandado de segurança para alcançar efeito
suspensivo ao recurso interposto de decisão que o não tenha, desde que prove o
impetrante, além da certeza e liquidez do direito violado, a ilegalidade do ato.
Não é desse número, evidentemente, a hipótese em que se denega o sobredito
efeito ao apelo de decisão que manda publicar resposta do ofendido em jornal,
pois que isto decorre da vontade expressa da Lei de Imprensa (Lei nº 5.250,
de 9.2.67): “da decisão proferida pelo juiz caberá apelação sem efeito
suspensivo” (art. 32, § 7º).
28
Voto nº 4692
— Aquele que não foi ofendido pelos meios de informação e divulgação (art. 29 da
Lei de Imprensa) não pode invocar o direito de resposta, de que aliás é
carecedor.
— Somente a violação de direito líquido e certo, pedra angular do instituto,
autoriza a impetração de mandado de segurança (art. 5º, nº LXIX, da Const.
Fed.).
— O direito líquido, certo e incontestável, objeto do mandado de segurança,
conforme os anais do Pretório Excelso, “é aquele contra o qual se não podem
opor motivos ponderáveis, e sim meras e vagas alegações cuja improcedência
o magistrado pode reconhecer imediatamente sem necessidade de detido
exame” (apud Themistocles Brandão Cavalcanti, Do Mandado de Segurança,
1957, p. 128).
Voto nº 5987
Voto nº 6155
— Aquele que renuncia ao direito de recorrer não pode, ao depois, sem manifesta
ofensa da lei, impugnar os efeitos da decisão mediante mandado de segurança
(art. 5º, nº II, da Lei nº 1.533/51).
—“Não cabe mandado de segurança contra ato judicial passível de recurso ou
correição” (Súmula nº 267 do STF).
— Direito líquido e certo é aquele “sobranceiro a qualquer dúvida razoável e
maior do que qualquer controvérsia sensata” (Orosimbo Nonato, apud; Carlos
Alberto Menezes Direito, Manual do Mandado de Segurança, 4a. ed., p. 66).
30
Voto nº 5941
Voto nº 6863
— Provado que o dinheiro que lhe apreendeu a Polícia era de origem lícita (e não
produto de crime), mostra-se de rigor sua devolução à impetrante, como forma
de restauração do direito violado (art. 120 do Cód. Proc. Penal).
— É o mandado de segurança meio idôneo para obter a liberação de coisas
irregularmente apreendidas em inquérito policial (cf. Rev. Tribs., vol. 749,
p. 675).
31
Voto nº 7040
— Não tem efeito suspensivo o agravo interposto contra decisão proferida pelo
Juízo da execução penal (art. 197 da Lei nº 7.210/84).
— Quando a lei é clara, não há mister interpretação (“interpretatio cessat in
claris”).
— Em mandado de segurança, o “periculum in mora só pode ser alegado em
favor do sentenciado e nunca em benefício da sociedade” (Rev. Tribs., vol. 655,
p. 294).
— Admite a Jurisprudência mandado de segurança para alcançar efeito
suspensivo ao recurso interposto de decisão que o não tenha, desde que prove o
impetrante, além da certeza e liquidez do direito violado, a ilegalidade do ato e
os requisitos com que se autoriza a tutela de urgência no processo penal
(“fumus boni juris” e “periculum in mora”).
— Na decisão do caso concreto, é defeso ao juiz servir-se de outra craveira que a
prova dos autos.
36
Voto nº 10.706
— Não há que opor contra decisão que, embora pendente recurso do Ministério
Público, determina a expedição de guia de recolhimento provisória a favor de
réu preso, condenado a cumprir pena sob o regime prisional semiaberto, pois
mesmo que provido o recurso, está obrigado às condições do regime recluso
(inexistirá, portanto, o “periculum in mora”, o risco de fuga do sentenciado à
execução da pena ou algum prejuízo para a sociedade).
— Ao dispor que a guia de recolhimento provisória será expedida “quando do
recebimento de recurso da sentença condenatória”, o Provimento nº 653/99,
do egrégio Conselho Superior da Magistratura não excetua hipótese em
que recorrente seja a Acusação. Donde se infere, à luz de hermenêutica
tradicional, que, ainda no caso de ter apelado o Ministério Público, o Juiz da
condenação expedirá guia de recolhimento provisória ao réu preso. “Ubi lex
non distinguit nec nos distinguere debemus”.
— Também os que violaram a ordem jurídica e social têm seus direitos; ainda o
mais vil dos homens não decai nunca da proteção da Lei. A presteza com que
encaminha o réu para a Vara das Execuções Criminais serve de timbre de honra
do Juízo da condenação, não de labéu (art. 105 da Lei de Execução Penal).
— Fere os princípios da Justiça e repugna à consciência jurídica submeter o réu
condenado a efeitos mais graves do que os estipulados no título executório,
mesmo no caso de ter sido interposto recurso pela Acusação.
— Somente a violação de direito líquido e certo, pedra angular do instituto,
admite a concessão de mandado de segurança (art. 5º, nº LXIX, da Const. Fed.).
40
Voto nº 11.258
— Não é inconstitucional o art. 32, § 7º, da Lei de Imprensa, que nega efeito
suspensivo à apelação. A Const. Fed., ao garantir aos litigantes e aos acusados
ampla defesa, especifica o fará com os meios e recursos a ela inerentes (art. 5º,
nº LV). Inerente é voz que trai a ideia de “tudo aquilo que é propriedade ou
qualidade de qualquer pessoa ou coisa, ou lhe está unido intimamente” (cf.
Bluteau, Vocabulário, 1713, t. IV; Morais, Dicionário da Língua Portuguesa,
1813; Constâncio, Novo Dicionário da Língua Portuguesa, 1877; Caldas
Aulete, Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa, 1925; v. inerente),
etc. Ora, o recurso inerente ou apropriado à decisão que ordena a publicação
de resposta do ofendido no jornal é a apelação sem efeito suspensivo (art. 32,
§ 7º, da Lei de Imprensa).
— Admite a Jurisprudência mandado de segurança para alcançar efeito
suspensivo ao recurso interposto de decisão que o não tenha, desde que prove o
impetrante, além da certeza e liquidez do direito violado, a ilegalidade do ato.
Não é desse número, evidentemente, a hipótese em que se denega o sobredito
efeito ao apelo de decisão que manda transmitir resposta do ofendido em
emissora de televisão, pois que isto decorre da vontade expressa da Lei de
Imprensa (Lei nº 5.250/67): “da decisão proferida pelo juiz caberá apelação
sem efeito suspensivo” (art. 32, § 7º).
42
Voto nº 3071
—“Cremos não ser justo nem legal que, por deficiência do sistema penitenciário,
seja (o condenado) constrangido a cumprir pena no regime fechado mais
tempo do que a lei determina” (Damásio E. de Jesus, Código de Processo Penal
Anotado, 17a. ed., p. 606).
— À luz da melhor orientação jurisprudencial, carece o Ministério Público de
legitimidade para impetrar mandado de segurança com o intuito de alcançar
efeito suspensivo a agravo em execução, que o não tem; falece-lhe a pertinência
subjetiva “ad causam”.
— A vontade mesma da lei é a que obsta à concessão de efeito suspensivo ao
agravo, como o dispõe o art. 197 da Lei de Execução Penal. Não se presumem,
na lei, palavras inúteis, conforme retrilhado aforismo jurídico. É para supor
que, nos casos sob o regime da Lei nº 7.210/84, como nos mais, decidam os
Juízes com acerto. “Os Juízes, por definição, não podem errar” (V. César da
Silveira, Dicionário de Direito Romano, 1957, vol. II, p. 588).
43
Voto nº 3949
— Ao examinar, nos termos do art. 25, § 1º, da Lei nº 5.250/67 (Lei de Imprensa),
as explicações do responsável por matéria publicada, para verificar se
satisfatórias ou não, deverá o Magistrado haver-se com prudente cautela, não
venha a ferir-lhes o próprio mérito. A lição não é menos que de Nélson Hungria:
“(...) os autos serão entregues ao suplicante, independentemente de traslado,
abstendo-se o juiz de qualquer apreciação de meritis das explicações acaso
prestadas, pois, do contrário, estaria prejudicando o recebimento ou rejeição
preliminar da queixa ulterior” (Comentários ao Código Penal, 1980, vol. VI,
p. 129).
— A curul do Magistrado, cátedra permanente da honra e da verdade, não pode
transigir nos princípios éticos em que assenta a ordem social. Destarte, não há
que opor contra a decisão que, de ofício, determina a remessa de cópias de
peças dos autos ao Conar (Conselho Nacional de Auto-Regulamentação
Publicitária) para a apuração de eventual prática de infração ética na
propaganda comercial por veículo de comunicação.
Voto nº 5178
—“Cremos não ser justo nem legal que, por deficiência do sistema penitenciário,
seja (o condenado) constrangido a cumprir pena no regime fechado mais
tempo do que a lei determina” (Damásio E. de Jesus, Código de Processo Penal
Anotado, 22a. ed., p. 656).
— À luz da melhor orientação jurisprudencial, carece o Ministério Público de
legitimidade para impetrar mandado de segurança com o intuito de alcançar
efeito suspensivo a agravo em execução, que o não tem; falece-lhe a pertinência
subjetiva “ad causam”.
— A vontade mesma da lei é a que obsta à concessão de efeito suspensivo ao
agravo, como o dispõe o art. 197 da Lei de Execução Penal. Não se presumem,
na lei, palavras inúteis, conforme retrilhado aforismo jurídico. É para supor
que, nos casos sob o regime da Lei nº 7.210/84, como nos mais, decidam os
Juízes com acerto. “Os Juízes, por definição, não podem errar” (V. César da
Silveira, Dicionário de Direito Romano, 1957, vol. II, p. 588).
46
Voto nº 6886
Voto nº 7824
Voto nº 8290
Voto nº 12.309
Mandado de Segurança nº 990.09.172074-7
Art. 180, “caput”, do Código Penal;
art. 659 do Cód. Proc. Penal
— Nisto de produção antecipada de prova (art. 366 do Cód. Proc. Penal), é mister
atender ao requisito primordial da urgência. Consideram-se urgentes, para os
efeitos do mencionado dispositivo legal, as provas que, por circunstâncias
pessoais das testemunhas, primeiro que pela tirania implacável do tempo
(“sepultura de todas as coisas”), se devam produzir desde logo, aliás poderão
perder-se para sempre.
— Nem por ser o tempo o devorador de todas as coisas (“edax rerum”), haverão
estas de fazer-se antes de seu tempo. O Magistrado, com prudente arbítrio,
nisto como no demais, avaliará a conveniência de deferir, ou não, o
requerimento que tire ao fim de abreviar a oportunidade da produção de
provas, sob color de que “urgentes”.
—“Se o juiz ou o tribunal verificar que já cessou a violência ou coação ilegal,
julgará prejudicado o pedido” (art. 659 do Cód. Proc. Penal).
Voto nº 12.439
1
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Voto nº 8180
Relator
É o relatório.
64
2
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Voto nº 8290
Relator
É o relatório.
68
3
TRIBUNAL DE ALÇADA CRIMINAL
Voto nº 2675
Relator
É o relatório.
Tenho, porém, que lhe não assiste razão, sem embargo dos
dotes de espírito de seus advogados, profissionais competentíssimos.
4
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Voto nº 10.626
Relator
É o relatório.
5
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Voto nº 9244
Relator
É o relatório.
6
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Voto nº 11.258
Relator
É o relatório.
Ora, a petição inicial não foi subscrita por quem tenha poderes
para procurar em Juízo.
No caso, tal prova devia ser produzida por mais forte razão,
já que insistentes rumores correm na esfera da Comarca de
Itapetininga, de que “os detentos recolhidos nas penitenciárias em
questão (Guareí I e II) têm usado deste argumento para pleitear
suas transferências para estabelecimentos prisionais localizados
em regiões mais próximas de seus familiares” (fl. 18).
Ainda: