1) A Mortalha de Alzira é o oitavo romance de Aluísio Azevedo publicado em forma de folhetim em 1891 e em volume em 1892, alcançando grande sucesso de vendas.
2) A história se passa na França do século XVIII e trata da eterna luta entre fé e erotismo através da paixão proibida do padre Angelo pela cortesã Alzira.
3) O romance apresenta elementos tanto românticos quanto naturalistas e faz uma crítica à corrupção da Igreja Católica
1) A Mortalha de Alzira é o oitavo romance de Aluísio Azevedo publicado em forma de folhetim em 1891 e em volume em 1892, alcançando grande sucesso de vendas.
2) A história se passa na França do século XVIII e trata da eterna luta entre fé e erotismo através da paixão proibida do padre Angelo pela cortesã Alzira.
3) O romance apresenta elementos tanto românticos quanto naturalistas e faz uma crítica à corrupção da Igreja Católica
1) A Mortalha de Alzira é o oitavo romance de Aluísio Azevedo publicado em forma de folhetim em 1891 e em volume em 1892, alcançando grande sucesso de vendas.
2) A história se passa na França do século XVIII e trata da eterna luta entre fé e erotismo através da paixão proibida do padre Angelo pela cortesã Alzira.
3) O romance apresenta elementos tanto românticos quanto naturalistas e faz uma crítica à corrupção da Igreja Católica
A mortalha de Alzira o oitavo romance de Alusio Azevedo, j
conhecido do pblico leitor por obras como O mulato, de 1881. Publica A mortalha de Alzira sob o pseudnimo de Vtor Leal, em forma de folhetim, no jornal Gazeta de Notcias, de 13 de fevereiro a 23 de maro de 1891. Em 1892 A mortalha de Alzira ser publicado em volume, alcanando muito sucesso: foram vendidos 10.000 exemplares em trs anos, o que, na poca, foi considerado um recorde. A mortalha de Alzira o nico livro do autor que se passa na sua ntegra fora do pas, na Frana, no perodo do reino de Lus XV, sculo XVIII, nos arredores de Paris. Sua histria a eterna luta entre a f e o ertico: o padre Angelo busca desesperadamente reprimir sua paixo pela cortes Alzira. Mostra tambm Alusio Azevedo a corrupo da Igreja, sua ligao com a aristocracia em processo de decadncia. Alusio Azevedo viveu num perodo em que a luta da f contra o livre pensamento estava na ordem do dia: no Brasil, o comportamento do clero, devasso e corrupto, levava os escritores a uma posio anticlerical, e A mortalha de Alzira pode ser considerado um documento nesse sentido. Os romances-folhetins eram em geral romances romnticos, mas, quando do incio da escola naturalista, faziam muito sucesso os elementos naturalistas que, convivendo com a intriga romntica, passaram a aparecer nos folhetins. Neste momento, na Frana, havia uma forte onda anticlerical, com a campanha pela criao das escolas leigas. Da Frana (Zola) e Portugal (Ea de Queirs) vieram as principais influncias da escola naturalista, inaugurada por Alusio Azevedo com O mulato. Em A mortalha de Alzira encontramos elementos romnticos (sonhos, devaneios) e naturalistas. A corrente naturalista no Brasil seguiu o perodo de mudanas profundas por que passava a sociedade brasileira: decadncia da estrutura agrria; fim da guerra do Paraguai; movimentos abolicionistas; luta da Igreja Catlica contra a Maonaria; a vida urbana e seus trabalhadores livres; revoluo nas cincias. Em todo o mundo, houve avanos nas pesquisas cientficas e na avaliao da importncia do conhecimento cientfico. Falava-se do mundo racional, em oposio ao mundo fantasioso e cristo, de verdades absolutas, do perodo medieval. A literatura da era "materialista" no Brasil desdenhar o sentimento, e com ele o sentimentalismo romntico, indo buscar a "verdade" dos fatos precisamente observados e recolhidos documentalmente. neste contexto que as questes individuais de anomalias de comportamento (como o sacerdote, de A mortalha de Alzira) tiveram um preponderante papel: ao investigar atravs da cincia que se desenvolvia poca o comportamento humano, os autores naturalistas queriam afirmar os condicionamentos do meio sobre o indivduo; com isso, denunciavam a injustia de certas instituies e mostravam alguns comportamentos perturbados ou doentios da decorrentes. Em A mortalha de Alzira o crtico Moiss Massaud considera inovador o fato que o histrico seja um homem, no caso um padre; pois, at ento, eram as mulheres as histricas, e vrios romances poca trataram do tema da histeria feminina. Tambm considera importante o fato de que Alusio Azevedo denuncia a educao recebida pelo sacerdote como a razo de seu infortnio, por no lhe ter permitido escolher um outro destino. A figura do mdico, muito comum nos romances naturalistas, tambm est presente em A mortalha de Alzira (o dr. Cobalt), confundindo-se com o prprio romancista, pois quem investiga o comportamento da personagem/paciente.