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) ironia
) paradoxo
) pleonasmo
Soneto da separao
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a ltima chama
E da paixo fez-se o pressentimento
E do momento imvel fez-se o drama.
De repente, no mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.
Fez-se do amigo prximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, no mais que de repente.
(Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1998).
Atividade 6
Questes para serem respondidas oralmente.
a) A leitura de uma imagem requer uma forte relao entre o sujeito-leitor e a
obra de arte propriamente dita. Cada um capaz de l-la de acordo com as
suas impresses, a sua percepo esttica, o seu reconhecimento sobre o
belo. Quais leituras podemos fazer da telaA Separao II, do pintor
impressionista noruegus Edvard Munch.
b) Se essa tela estivesse em uma exposio e voc fosse convidado a
enriquecer a sua interpretao com um fragmento do Soneto da separao,
qual voc escolheria? Por qu?
c) Que verso da primeira estrofe melhor expressa a separao? Explique.
d) A que drama o eu lrico se refere no verso E do momento imvel fez-se o
drama. (2 estrofe)
e) Que expresso imprime um carter de surpresa ao drama referido pelo eu
lrico?
f) Nesse poema, podemos verificar a presena de vrias antteses, como por
exemplo: calma e vento em De repente da calma fez-se o vento. Explique
essa anttese, considerando o drama por que passa o eu lrico.
Atividade 7