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1 DELIMITAO DO TEMA

O presente trabalho trata da obrigao alimentar avoenga, ou seja, a


possibilidade de os avs suprirem os encargos alimentares de seus netos, com o
fundamento legal, de que esta obrigao de prestar alimentos advm do
princpio da preservao da dignidade da pessoa humana (CF, Art. 1, III) e o da
solidariedade familiar que enquadra os ascendentes mais prximos em grau, nos
termos do art. 1696 e 1698 do Cdigo Civil, pois um dever personalssimo,
devido pelo alimentante, em virtude do parentesco que o liga ao alimentado.

Assim sendo, os alimentos na sua acepo jurdica, englobam, alm dos


alimentos propriamente ditos, tudo o que imprescindvel vida da pessoa como
alimentao, vesturio, habitao, tratamento mdico, diverses, e, se a pessoa
alimentada for menor de idade, ainda verbas para a sua instruo e educao
(CC, art. 1.701, in fine), por parentes legalmente responsveis pelos alimentos.
Estes, so devidos a quem no pode prover sozinho as suas necessidades vitais,
sendo da famlia o dever de amparar os parentes, cnjuges ou companheiros.

Com relao ao filho menor, recai sobre os pais o dever de assisti-lo, cri-lo
e educ-lo, sempre mantendo a presuno de necessidade, independente da sua
condio financeira. Na ausncia ou impossibilidade financeira de os pais
suprirem a prestao alimentar dos filhos, podero os avs ser chamados a
responder subsidiria e completamente por esta obrigao.

Portanto, a responsabilidade dos avs no surge apenas do dever de


sustento, mas do vnculo de solidariedade familiar, pois, alm de subsidiria e
complementar, a obrigao alimentar dever ser proporcional s suas
possibilidades financeiras e poder ser dividida entre os avs maternos e
paternos.

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