O documento é um portfólio reflexivo de um farmacêutico que atua no Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) em Araguaína, Tocantins. Ele descreve suas atividades no NASF, incluindo reuniões com equipes de saúde da família, educação em saúde e visitas domiciliares. O farmacêutico também reflete sobre como o trabalho do NASF melhorou ao longo do tempo, com maior integração e matriciamento com as equipes de saúde da família
O documento é um portfólio reflexivo de um farmacêutico que atua no Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) em Araguaína, Tocantins. Ele descreve suas atividades no NASF, incluindo reuniões com equipes de saúde da família, educação em saúde e visitas domiciliares. O farmacêutico também reflete sobre como o trabalho do NASF melhorou ao longo do tempo, com maior integração e matriciamento com as equipes de saúde da família
O documento é um portfólio reflexivo de um farmacêutico que atua no Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) em Araguaína, Tocantins. Ele descreve suas atividades no NASF, incluindo reuniões com equipes de saúde da família, educação em saúde e visitas domiciliares. O farmacêutico também reflete sobre como o trabalho do NASF melhorou ao longo do tempo, com maior integração e matriciamento com as equipes de saúde da família
Eu, Rangel Bezerra Martins, 27 anos, nascido em Carolina- MA, Farmacutico
Generalista graduado em 2009 pelo Instituo Tocantinense Presidente Antonio Carlos (ITPAC) em Araguana-To onde atuo na ateno bsica desde 2011, aps aprovao em concurso publico, na Assistncia Farmacutica Municipal durante o ano de 2011 e desde 2012 no Ncleo de Apoio Sade da Famlia NASF vinculado UBS Setor Couto Magalhes e mais trs UBSs. Tambm sou servidor efetivo estadual, atuando no Hemocentro Regional de Araguana. Sou o primeiro e nico farmacutico atuando no NASF de Araguana e a incluso da Assistncia Farmacutica como uma das reas estratgicas de atuao dos Ncleos de Apoio a Sade da Famlia visa assegurar o acesso aos medicamentos com segurana, eficcia e resolubilidade da ateno, por meio da atividade farmacutica comprometida com os princpios da Ateno Primria. Sendo essa uma forma do Farmacutico atuar de forma integrada as Equipes de Sade da Famlia e contribuir para a resolubilidade das aes em sade. A Assistncia Farmacutica no NASF desenvolvida por meio do apoio aos profissionais da Equipe de Sade da Famlia e da prpria equipe do NASF, compartilhando as praticas em sade nos territrios, mediante troca de saberes entre os profissionais envolvidos no cuidado. Minha agenda enquanto profissional do NASF se baseia em reunies com as equipes de Sade da Famlia, reunies entre a equipe do NASF Gesto de Farmcias, grupos de educao em Sade, atividades comunitrias, visitas domiciliares, atendimento conjunto com outros profissionais da sade, atendimento familiar e ou individual e educao permanente. Tais atividades ainda se desmembram em varia outras, entre elas a promoo do uso racional de medicamentos, pois como se sabe o uso indevido de medicamentos considerado um problema de sade pblica. Quanto ao curso em questo e tendo como referencia a experincia vivida no dispositivo disparador 1 e o processo de funcionamento do NASF em que atuo, j que no participei do seu processo de implantao, destaco como ponto positivo o fato de seguirmos a maioria dos princpios e diretrizes do NASF, j que atuamos em conjunto com as equipes de sade da famlia (ESF), apoiando-as para que possam incrementar a integralidade e resolubilidade e a qualidade do cuidado, bem como a realizao de aes de promoo sade. Como ponto negativo destaco a falta de interesse das ESF nos servios ofertados no NASF, fato este que ficou evidenciado em outros municpios tambm durante a atividade do Momento 1. Mas aps reflexo sobre este momento e as discusses no frum ficou claro que o matriciamento uma das ferramentas que pode ser usadas para fortalecer os pontos positivos elencados, bem como sanar os problemas encontrados. E como questionado pela tutoria o que mudaria principalmente seria a efetivao de reunies de matriciamento com as equipes vinculadas, o que hoje feito de forma espordica, tornando-a parte da agenda de todos os profissionais No momento 2 discutimos a construo da agenda de trabalho do NASF, meu grupo relatou a agenda do NASF de Araguaina, onde destacamos que a agenda foi feita pelos prprios profissionais seguindo alguns critrios, tais como a disponibilidade de veculos, demanda das Equipes de Sade da Famlia, insero em programas j existentes e nas patologias mais freqentes. Sendo que a agenda executada regulamente e com espao para demanda especificas tais como visitas domiciliares, atendimentos individuais; grupos teraputicos; reunies; educao em sade e demandas espontneas. Tambm foi realizada uma reunio com a equipe do NASF que atuo, no momento a distancia, sobre o momento 2, a fim de saber como eles interpretavam suas agendas e tambm apresentamos a sntese do trabalho feito no dispositivo disparador 2, aps esse momento avaliamos que a nossa agenda est de acordo com o que preconizado, Exceto pelas reunies de matriciamento que no so feitas. Ficando pactuado assim que nossa agenda ser reconstruda a fim de incluir o matriciamento na rotina do servio. No momento 3 aps reflexo da vivencia do dispositivo disparador no nosso encontro presencial e das conversas entre os profissionais do NASF e equipes de referencia, pude perceber que hoje a realidade do NASF que atuo vai mais de encontro com o que preconizado, j que antigamente no havia pactuao de trabalhos em equipe os fluxos eram estabelecidos pelos prprios profissionais do NASF sem conversar com as equipes referenciadas, com base apenas na busca ativa e na agenda de cada profissional. Essa realidade mudou a partir do momento que entendemos que o dialogo e interao com as equipes era primordial para o desenvolvimento de um bom trabalho, comeamos ento a realizar atividades de educao em sade, definir os fluxos de atendimento, principalmente por meio de visitas as UBS explicando e colando nos murais o nosso cardpio de aes. Deixando tambm estabelecido que iramos participar mais das reunies de equipe, estabelecendo uma periodicidade para essas reunies Identificamos assim que os pontos positivos da forma de atuao do NASF esto principalmente sua atuao em todo o territrio e a articulao de toda rede. E como ponto que podemos melhorar a aproximao e integrao entre equipe vinculada e NASF. Fato este real e que estamos melhorando graas ao estabelecimento de reunies de matriciamento regulares e novas estratgias de comunicao. No primeiro encontro regional, colegas de dois municpios esporam cada um as aes e as redes ofertados por seu municpio em uma determinada rea, colocando o que feito e o que pode ser melhorado com a opinio dos colegas do curso, atravs dos subgrupos montados, aps essa experincia e discusso no frum dou como exemplo de ao local para ampliao da abrangncia da ateno bsica o caso do meu NASF (NASF 1 ARAGUAINA), posso relatar o caso da Sade Mental, onde a rede estava bastante fragmentada e conflituosa, bem diferente do que nos dias atuais, onde a rede funciona de forma articulada e harmoniosa entre seus diversos membros (NASF, ESF, CAPS, CAPS AD, CAPSi, Hospital Regional, CASAI, CREAS, SAMU e outros). Essa mudana ocorreu aps alguns servidores desses rgos participarem de um projeto do ministrio da sade chamado Percursos Formativos da RAPS em So Paulo no ano de 2014/2015, do qual tive o prazer de participar, aps essa experincia vimos importncia de se trabalhar em rede e com grande mobilizao do NASF essa rede hoje motivo de orgulho, pois conseguimos realizar mensalmente uma reunio de toda a RAPS para discutir casos e processos de trabalhos, bem como o matriciamento e referenciamento de cada UBS com os pontos de ateno, estabelecendo uma referencia tcnica para cada equipe. J a unidade de aprendizagem II teve como objetivo refletir a respeito do trabalho compartilhado do NASF na ateno bsica, bem como as ferramentas e tecnologias utilizadas para que esse trabalho coloborativo com as equipes referenciadas ocorram. No momento 4, atravs da simulao de uma consulta compartilhada entre profissionais do NASF e o profissional de referencia da equipe de ESF pudemos observar alguns aspectos, tais como a habilidade de comunicao dos profissionais e o comprometimento por parte da equipe, bem como a importncia da discurso dos casos entre a equipe. J na proposta de microinterveno contextualizada 4 ficamos incumbidos de participar de uma consulta compartilhada real no nosso local de trabalho, e assim o fiz. Participei de uma consulta junto com a enfermeira de uma equipe de referencia. A enfermeira estava atendendo uma usuria diabtica, insulinodependente descompensada, a mesma relatou na consulta que os frascos de insulina NPH entregues no estava sendo suficientes para o ms todo. A enfermeira ento solicitou minha presena na consulta para analisarmos juntos se estava ocorrendo algum erro durante o uso da insulina.
FOTO DA CONSULTA COMPARTILHADA
Foi uma experincia muita rica, que s beneficiou o paciente, apesar de no
termos usados todos os passos ideais para a realizao de uma consulta compartilhada, tais como o contato prvio com a equipe e discusso antes do atendimento, essa experincia vai servi para implementarmos cada vez mais essa ferramenta na nossa rotina de trabalho. Outra ferramenta de cuidado compartilhado foi estudado no momento 5, o Projeto Teraputico Singular (PTS), no dispositivo disparador 5 foi nos dado dois casos fictcios, onde deveramos escolher um e construir em grupo um PTS, atravs dessa atividade analisamos os pontos mais significativos, j na proposta de microinterveno 5 foi nos proposto que fizssemos um PTS junto equipe de referencia, ento construmos o PTS de uma usuria que foi encaminhada ao Grupo de Obesidade do NASF atravs da ACS da equipe de referncia. Aps realizar uma avaliao mais detalhada discutimos sobre o seu diagnstico em uma reunio da qual participaram a nutricionista, o farmacutico, eu como fisioterapeuta e o ACS, onde levantamos que a situao da paciente demandava cuidados especficos de todos os profissionais. Apresentamos mesma uma proposta de interveno onde ela iria ser acompanhada pelo farmacutico, comearia uma dieta balanceada e realizaria algumas sesses de fisioterapia para diminuir as dores no joelho. Aps a interveno a proposta que ela seja reavaliada e includa no grupo de obesidade. Ao final desse Momento 5 constatei que esse instrumento uma interveno desafiadora, que necessita de muita articulao entre todos os profissionais, mas que se torna bastante eficaz para o tratamento pois fortalece os vnculos e aumenta o grau de corresponsabilizao. Durante o Momento 6, na atividade relativa ao dispositivo disparador 6 fizemos uma dramatizao de um grupo teraputico, onde podemos observar todas as dificuldades existentes nesse tipo de atividade. J na proposta de microinterveno contextualizada foi nos oferecido duas opes de atividades a serem desenvolvidas no nosso ambiente de trabalho, sendo elas a montagem de um grupo com equipe de referencia ou analisar grupos j em funcionamento. Dentre essas opes optei por analisar um grupo j existente, escolhi analisa um grupo que existe a bastante tempo em uma UBS, mas conduzido apenas pela enfermeira da ESF, durante os encontros mensais ela aborda diferente temas e esporadicamente convida um profissional do NASF para participar do encontro para falar de algum tema especifico com as gestantes e analisando esse grupo e essa situao, observei que h um erro na montagem do grupo, pois a enfermeira poderia ter solicitado o apoio do NASF na forma de os profissionais participarem de forma fixa do grupo, pois alm de ampliar a viso sobre os problemas de sade das usurias, pois as mesmas seriam vista de uma forma multiprofissional, as orientaes seriam mais eficazes, pois haveria um acompanhamento por parte dos profissionais do NASF a essas pacientes durante toda a gestao, verificando assim se as orientaes estavam sendo absorvidas. No momento transversal B analisamos os mecanismos de comunicao e colaborao entre equipe de sade da famlia e o NASF, ao final da atividade foi quase unnime entre os educandos os principais problemas encontrados, foram eles a falta de comunicao, conhecimento da agenda do NASF por parte da ESF, falta de compromisso da equipe, de registro dos casos e da consulta compartilhada. Bem como tambm ficou claro ao final da atividade que o matriciamento a ferramenta capaz de sanar todas essas deficincias. J a proposta de microinterveno contextualizada transversal B props uma analise dos mecanismos de comunicao e colaborao entre NASF e equipes apoiadas, considerando algumas questes, ao final dessa analise constatei que minha realidade no condiz o com o caso simulado no dispositivo disparador transversal B, acredito que aquela situao no ocorreria, pois, nossa agenda e comunicao com as equipes de referencia esto bem estruturadas. No momento 7 fizemos uma anlise do percurso do usurio na rede de sade, onde podemos olhar para nossa realidade, analisando os fluxos e experimentado novas formas de articulao com os outros entes da rede. No dispositivo disparador 7 foi discutido a trajetria do usurio na rede de sade, a atividade foi dividida em trs partes, as duas primeiras foram realizadas durante o encontro presencial. Na primeira parte da atividade, cada educando elaborou um relato de pratica, descrevendo o caso do percurso de um usurio na rede de sade, nessa etapa descrevi o caso de uma paciente de sade mental que percorreu a rede toda at chegar onde realmente deveria ser atendida, na ateno especializada. Aps esse momento os educandos foram divididos em subgrupos afim de discutir a gesto/coordenao do cuidado em rede, com base nos relatos sobre o percurso do usurio, debatendo os casos de cada educando e escolhendo um para ser estudado. No final da atividade todo o grupo escolheu um relato para ser aprofundado a sua problematizao J na proposta de microinterveno contextualizada 7 foi nos oferecido cinco opes de atividades a serem desenvolvidas no nosso ambiente de trabalho, escolhi realizar uma visita a um servio especializado, que no caso foi o CAPS II da cidade, escolhi esse local pois este recebe um grande nmero de pacientes encaminhados pela ateno bsica, tantos pelas esquipes de sade da famlia quanto do prprio NASF, na visita conversei com os profissionais do servio e com alguns usurios da rede, como ponto mais significativo pude observar que o servio de matriciamento que vem ocorrendo entre esses dois pontos de ateno tem funcionado muito bem, pois os servios esto funcionando em harmonia, com os fluxos bem desenhados e definidos, facilitando a caminhada do usurio na rede de sade. No momento 8 fizemos um discurso sobre as filas de espera e o papel do NASF como regulador junto s equipes de sade da famlia. Durante o encontro presencial foi proposto a discusso sobre um caso que tratava sobre um municpio que mesmo contando com uma rede de sade bem estruturada e com investimentos por parte da gesto para aumentar a cobertura da populao aos servios, ainda possua uma demora no agendamento de consultas especializadas e fisioterapia. Portanto no momento presencial observamos os pontos mais significativos do caso, que foi justamente a situao do municpio possuir uma rede com vrios equipamentos para prestar o servio e mesmo assim possuir longas filas de espera, portanto discutimos o que poderia estar levando a essa situao e como resolver. J na proposta de microinterveno contextualizada 8 nos foi proposto realizar a anlise de uma fila de espera para especialidade na minha rede locoregional, sendo que essa fila de espera fosse relacionada com o meu ncleo de conhecimento profissional, no entanto com relao a minha rea de atuao que a assistncia farmacutica, essas filas de espera no ocorrem, pois alm de ter a assistncia farmacutica presente no NASF subsidiando as equipes de sade da famlia e populao com apoio tcnico e cientifico a respeito do uso e acesso aos medicamentos, existe ainda no municpio outros servios que permitem agilidade e resolubilidade dos casos e do acesso ao medicamentos, como a assistncia farmacutica municipal, ncleo de apoio tcnico e a presena de um farmacutico em todas as unidades bsica de sade. No momento transversal C analisamos a utilizao do PMAQ na melhoria do processo de trabalho do NASF, promovendo uma reflexo sobre os efeitos, limites e possibilidades relacionadas ao processo vivenciado por cada equipe. Ficando claro ao final dessa atividade a importncia da participao de toda a equipe no processo de autoavaliao. No dispositivo disparador transversal C foram discutidas vrias questes e relao ao PMAQ. Sobre o meu NASF em questo pouco pude contribuir tanto com o grupo no momento presencial, quanto na proposta de microinterveno contextualizada transversal C, pois na minha realidade a equipe no participou nem do processo de adeso nem das outras etapas, tudo foi feito pela secretaria municipal de sade e pela coordenadora do NASF no tempo. Portanto analisando a minha realidade e aps discurso com minha equipe chegamos concluso que o processo de PMAQ muito importante para compreender os processos de trabalho e tambm formativos, e como fruto dessa discurso decidimos levar gesto nosso anseio quanto equipe de participar de todo processo do PMAQ na prxima avaliao, pois alm de tornar a avaliao mais fidedigna, nos possibilitara melhorar nossos processos de trabalho E fazendo uma reflexo ao final do curso vejo que no inicio esperava um curso com a metodologia de ensino padro, o que me deixou angustiado no inicio, nos primeiros momentos do curso tive dificuldade de assimilar essa metodologia o que me frustrou e dificultou a aprendizagem, mas no decorrer do curso e dos encontros presenciais fui assimilando o mtodo de ensino e podendo absorver mais as experincias vividas no curso. Portanto posso afirmar que o curso me fez refletir muito sobre o papel do NASF na ateno bsica e da importncia do matriciamento na rede de ateno sade. J que o curso nos trouxe problemas e desafios reais de todo NASF, e nos mostrou atravs das ofertas de ferramentas, intervenes nos territrios e problematizaes como aprimorar as praticas de apoio matricial.