O texto analisa as atitudes e participação de negros, pardos, escravos e livres nos eventos que levaram à independência da Bahia em 1822, indo além da narrativa tradicional de brasileiros versus portugueses. Apresenta tensões raciais na sociedade baiana da época e argumenta que muitos negros e mestiços descontentes estavam prontos para derrubar os brancos portugueses e brasileiros divididos caso não atendessem seus interesses.
O texto analisa as atitudes e participação de negros, pardos, escravos e livres nos eventos que levaram à independência da Bahia em 1822, indo além da narrativa tradicional de brasileiros versus portugueses. Apresenta tensões raciais na sociedade baiana da época e argumenta que muitos negros e mestiços descontentes estavam prontos para derrubar os brancos portugueses e brasileiros divididos caso não atendessem seus interesses.
O texto analisa as atitudes e participação de negros, pardos, escravos e livres nos eventos que levaram à independência da Bahia em 1822, indo além da narrativa tradicional de brasileiros versus portugueses. Apresenta tensões raciais na sociedade baiana da época e argumenta que muitos negros e mestiços descontentes estavam prontos para derrubar os brancos portugueses e brasileiros divididos caso não atendessem seus interesses.
independncia da Bahia In: Negociao e Conflito: a resistncia negra no Brasil escravista. [1989]
Ver como os de baixo esto vivenciando, participando do
processo de emancipao.
Lutas da Independncia na Bahia no envolveram apenas
brasileiros x portugueses. Texto promete analisar outras foras sociais na luta pela independncia: anlise das atitudes de negros e pardos, mestios, livres ou escravos, diante dos acontecimentos.
Confronto entre tropas brasileiras e portuguesas eclode em
fevereiro de 1822. Tenses crescem entre baianos e portugueses. Confrontos entre tropas portuguesas e juventude negra (moleques) da cidade.
Obs.: Joo Reis ainda trabalha com concepo antiga do
processo de independncia de brasileiros x portugueses,
Cenrio de tenses raciais: Linguagem racial sempre
acionada nos insultos entre baianos e portugueses:
O Partido Negro: Tenses no campo brasileiro pelos
relatos, insatisfeitos com a independncia feita pelos brancos e que no atendia seus interesses, negros e mulatos livres, estavam prontos dar o golpe sobre os brancos portugueses e brasileiros divididos.
Maioria da populao livre era pobre, negra e mestia e
descontentes com: monoplio portugus do comrcio, controle dos preos, racismo exagerado (especialmente contra soldados negros e mestios tropas de cor usadas nas lutas contra portugueses). 89
Concluso: Com efeito, os escravos, sobretudo os crioulos e
os pardos nascidos no Brasil, mas tambm os africanos, no testemunharam passivamente o drama da independncia. Muitos chegaram a acreditar, s vezes de maneira organizada, que lhes cabia um melhor papel no palco poltico em via de ser montado com a vitria da Bahia.
Reis: Escravos aparentemente no tentaram levante em
massa (medos que fossem como Haiti). No conseguiram organizar-se para tal, e, ademais, eles tambm achavam-se divididos em diversas etnias africanas adversrias, alm da secular e difundida animosidade entre crioulos e africanos.
Ambiente em que se explicita agitao e diviso entre os
brancos, indeterminao de caminhos a serem tomados na poltica, e, no caso da independncia, a mobilizao de todo um imaginrio de liberdades e reformas acirram expectativas de escravos.