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Artigo. A Esquizoanálise e A Produção de Subjetividades (Dois Pontos) Considerações Práticas e Teóricas
Artigo. A Esquizoanálise e A Produção de Subjetividades (Dois Pontos) Considerações Práticas e Teóricas
SUBJETIVIDADE: CONSIDERAES
PRTICAS E TERICAS
tale The Mirror, by Machado de Assis. According to the aesthetics ethics of lifes
valuation we understand it as being, in fact, Schizoanalysis.
Key words: Schizoanalysis, subjectivity production, literature.
devam ser feitas. Uma pessoa pode adotar a forma de vida que desejar,
desde que arque com as conseqncias, que sero to mais pesadas
quanto mais diferente for essa forma de vida, comparando-se com tudo o
que j est posto no mundo, porque as pessoas no toleram a diferena, e
a maioria s reproduz modelos prontos e inibe a criao de novos.
Usaremos novamente o recurso do exemplo: se uma pessoa deseja
confeccionar as prprias roupas, a seu gosto, usando seu ato criador, ao
invs de consumir as vestimentas da moda, provavelmente essa pessoa
ser discriminada das mais variadas formas, sutis ou no, e acabar sendo
excluda de organizaes e grupos de pessoas dominadas pela
subjetividade maqunica. Talvez essa pessoa possa suportar as
conseqncias, talvez no. O exemplo dado, apesar de grosseiro, tem o
mrito de evitar que nos percamos num labirinto de direes que pode
pr a perder a continuidade deste ensaio. Em suma, a Esquizoanlise
rejeita a reproduo de modelos de como se relacionar com a vida,
valoriza o ato criador, abole rtulos, classificaes e verdades absolutas, e
acredita que a vida s pode ser julgada pela prpria vida. Pautada como
pela Filosofia, a perspectiva esquizoanaltica acredita, como Nietzsche,
que antes de tomarmos uma deciso devemos nos perguntar: Com essa
atitude, qual o tipo de vida que eu estarei produzindo: uma vida mais
vibrante ou uma vida mais pobre ?.
Falemos agora um pouco sobre a subjetividade. Para Orlandi
(conforme citado por Selaibe, 1988), seria o modo pelo qual o indivduo
colocado disposio do campo social. Seriam diferentes a
subjetividade e a interioridade. Nossa subjetividade historicamente
constituda, e para cada poca histrica temos um certo tipo de produo
subjetiva, sempre mltipla e heterognea. Seus contedos dependem cada
vez mais de uma multido de sistemas maqunicos e isso muito claro
quando se pra um pouco para pensar, pois no difcil de se perceber
que o inconsciente capitalstico e o inconsciente maqunico de
Guattari e Rolnik (1986), que corresponderiam subjetividade
capitalstica produzida pela mdia e pelos equipamentos coletivos, de um
modo geral, esto hoje em dia a todo o vapor, impondo modos de se
compor com a vida que visam atender s exigncias globais do sistema.
Mas esse fenmeno no um privilgio da atualidade, pois as
subjetividades pr-capitalsticas j engendravam os chamados
equipamentos coletivos de subjetivao.
Peres e cols. 39
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
Recebido em 30/06/99
Revisado em 15/05/00
Aceito em 30/05/00