Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Estresse Policial Militar Efeitos Psicossociais PDF
Estresse Policial Militar Efeitos Psicossociais PDF
RESUMO
A ação da ansiedade e o estresse durante o cotidiano humano têm sido notados por modi-
ficações em aspectos que podem acarretar modificações de caráter negativo, tanto em as-
pectos físicos como mentais, contribuindo para o surgimento de patologias. Dessa maneira,
o trabalho policial é descrito pela literatura como o mais estressante de todos os ofícios,
sendo que os policiais estão entre os profissionais que mais sofrem estresse, pois, estão
constantemente expostos ao perigo e à agressão, devendo freqüentemente intervir em si-
tuações de conflito e tensão Assim, o objetivo do presente estudo é apresentar o impacto
da ansiedade e o estresse no cotidiano do funcionamento executivo de Policiais Militares
que desenvolvem o trabalho de policiamento operacional. O funcionamento das pessoas
que trabalham com policiamento operacional pode sofrer alterações ao longo do tempo de
trabalho, sendo que o resultado dessa alteração pode reduzir a qualidade do serviço de se-
gurança pública. A presença de níveis de ansiedade e estresse considerados acima da média
de uma determinada população policial militar pode de uma forma efetiva ser base de estu-
do para descoberta de estratégias de enfrentamento, mecanismos de controle ou extinção
da ansiedade. O equilíbrio da ansiedade pode trazer qualidade de vida pessoal ao policial
militar, prazer profissional e conseqüente elevação do padrão de serviço a população.
PALAVRAS-CHAVE
Policial Militar, Estresse, Efeitos Psicossociais
No Século XVII, pela primeira vez foi utilizada a palavra stress, para de-
finir qualquer estímulo que afetasse negativamente a pessoa humana provo-
cando-lhe sentimento de angústia, aflição e opressão. Durante os séculos XVIII
e XIX, o significado do termo se alterou para denotar na ciência física qualquer
força que aplicada sobre um sistema leva à sua deformação ou destruição (Cou-
to, 1997).
2
CONEXÃO
3
CONEXÃO
pelo o estado afetivo, como pelo componente psicológico. Esta é uma experi-
ência consciente e subjetiva que pode sofrer influências das vivências pessoais
e do meio ambiente como família, trabalho, comunidade e outros (Lipp, 2004);
Delboni, 1997).
Para Girdano e Everly (apud Romano, 1989), os estímulos que propi-
ciam a resposta de estresse são chamados de estressores, e podem ser decor-
rentes de três causas básicas: causas psicossociais envolvendo adaptação à mu-
danças excessivas, frustração, sobrecarga e privação; causas bioecológica como
ritmos biológicos, hábitos nutricionais e ruídos excessivos; e ainda causas rela-
cionadas à personalidade como auto –conceito, padrões de comportamento e
ansiedade excessiva.
Spielberg (apud Romano, 1989), por outro lado, considera como fonte
de estresse o próprio desenvolvimento humano, que em cada fase apresenta
situações novas e estressantes com as quais o indivíduo precisa aprender a li-
dar, como a aprendizagem da criança, o desenvolvimento da adolescência, as
experiências da idade adulta, como o casamento e as dificuldades da velhice. A
própria escolha profissional envolve conflito e “stress” ocupacional.
Romano (1989) e Portella Bugay (2007) consideram ainda como signi-
ficativa fonte de estresse, os fatores ligados à natureza da atividade e da institui-
ção Policial Militar.
4
CONEXÃO
tresse provocado pelo seu trabalho (Finn, 1997). No ambiente familiar, o mem-
bro da corporação militar tende a desligar as emoções em relação a sua família
e é levado a um processo de afastamento e procura de relações fora de casa. Na
rua, alguns podem extravasar suas frustrações sobre os cidadãos tornando-se
arbitrários, agressivos e grosseiros (Portela, Buagy, 2007; Romano, 1989).
Alguns estudos apontam o estresse e outros problemas emocionais li-
gado ao policial militar como sendo um dos responsáveis pelo alto índice de sui-
cídio, divórcio e alcoolismo no meio Policial (Silva, Vieira, 2008; Portella,Bugay,
2007; Finn, 1997).
Selye (1996), afirma, com efeito, que o trabalho Policial é uma das ocu-
pações mais estressantes quando comparado a outras atividades, sendo que os
policiais apresentam diversas doenças relacionadas ao estresse da prática pro-
fissional.
Em pesquisa realizada foi verificado que, dentre 149 profissões estu-
dadas apenas 10 excediam a Policial em doenças do coração, diabetes, insônia,
suicídio e outras relacionadas com o estresse (Farias, 1998).
No trabalho diário, o policial encontra alta taxa de adrenalina estando
sempre preparado para agir. À medida que aumenta o nível de tensão, aumenta
também o nível de vigilância e de expectativa, passando a estar pronto para
agir a qualquer instante de maneira enérgica. O profissional vive sob pressão
constante e em conseqüência, sofre alteração no seu padrão normal de pensar e
agir, além de apresentar dificuldades para estabelecer prioridades ocasionando
sensações de hesitação, visão estreita, raciocínio confuso e ilógico que passam
a fazer parte do seu dia a dia (Portela, Bugay, 2007; Farias, 1998, Besse, 1995).
Em matéria intitulada na revista “Isto É” (09-08-95), “Os campeões da
neurose”, segundo a revista, estudos feitos pelo instituto de Ciências e Tecnolo-
gia da Universidade de Manchester na Inglaterra, apontam a profissão policial
como a segunda mais estressante do mundo.
5
CONEXÃO
6
CONEXÃO
Conclusão
7
CONEXÃO
Referências Bibliográficas.
COUTO, H.A. Stress e qualidade de vida dos executivos. Rio de Janeiro: COP, 1987.
FINN,Peter et al. Developing a law enforcement Stress Program for Officers and
Their Families, USA:U.S Departament of justice, March, 1997.
8
CONEXÃO
LIPP, Marilda Novaes. O stress está em você. 6. ed. São Paulo: Contexto, 2004.
SANTOS, Osmar S.A. Ninguém morre de trabalhar: o mito do stress. São Paulo:
IBCB, 1988.
9
CONEXÃO
ZALUAR, Alba. Insegurança Pública. São Paulo: Moderna, 1999 (Coleção Polêmi-
ca)
10