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U N ERJ U N IFEBE
Suely Scherer Rogério Santos Pedroso
U N ESC U N IPLAC
Elisa Netto Zanette /G raziela Fátim a Tania Mara da Silva Bellato
G iacom azzo U N ISU L
FU RB Jucim ara Roesler
Henriette D am m Friske U N IV ALI
U D ESC Margarete Lazzaris Kleis
Sonia Maria Martins D e Melo U N IV ILLE
UNC G elta M.J.Pedroso
G ilm ar Luis Mazurkievicz/Liam ara S. U N O CH APECÓ
Com assetto Josim ar de Aparecido Vieira
U N IBAV E U N O ESC
Celso de Oliveira Souza Rosa Maria Pascoali
U N ID AV I U SJ
Marco Aurélio Butzke Solange Vitória Alves
Apresentação
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Leitura
Você já parou para pensar sobre o papel da leitura em nossa vida?
Pois chegou a hora!N esta unidade,estudaremos sobre o que e como
se lê.Vamos ver que lemos além das palavras escritas.Lemos também
U nidade 1
o mundo,ou seja,tudo o que está ao nosso redor.Lemos as placas,os
gestos, a natureza, os olhares. É, na palavra escrita, contudo, que
centraremos nossa atenção,pois a leitura das palavras e do que está
por trás delas é fundamental para nossa formação acadêmica e
humana.
O bjetivo da U nidade
A o concluir esta unidade,você deverá ser capaz de:
Identificar os diversos tipos de leituras com que nos deparamos em
nosso dia-a-dia;
Reconhecer as diferentes estratégias utilizadas para compreender
o que lemos;
A nalisar textos e reconhecer os recursos de argumentação
utilizados pelos autores.
Tema 1 – Leitura na nossa vida
O b jetivo
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A gora,olhe ao seu
redor e veja o que
mais pode ser lido.
Reflita
Se você pode ver pela janela,como está o céu? Leia o que o céu diz:Vai chover?
Se você está numa sala cheia de colegas trabalhando, leia seus rostos, seus gestos: estão
todos bem?
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Ler não é só decodificar palavras. É, antes de tudo, construir sentidos para o que se lê.
É por isto que, muitas vezes, o "leitor" não consegue obter informações num texto lido.
Para obter essas informações e, conseqüentemente, construir sentidos, é preciso
considerar os conhecimentos prévios que o leitor possui sobre o assunto e a interação
com os diferentes tipos de textos que circulam em nossa sociedade.
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AM ARAL, H eloisa. Como e por que trabalhar com gêneros textuais no Prêmio Escrevendo o Futuro.
Disponível em: <http://w w w .cenpec.org.br/modules/xt_conteudo/index.php?id= 262> . Acesso em:
20/04/2007.
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Objetivo
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Aípor volta de 1910 não havia rádio nem televisão,e o cinema chegava ao interior do
Brasil uma vez por semana, aos domingos. As notícias do mundo vinham pelo jornal,
três dias depois de publicadas no Rio de Janeiro. Se chovia a potes, a mala do correio
aparecia ensopada, uns sete dias mais tarde. N ão dava para ler o papel transformado
em mingau.
Papai era assinante da "G azeta de N otícias", e, antes de aprender a ler, eu me sentia
fascinado pelas gravuras coloridas do suplemento de domingo. Tentava decifrar o
mistério das letras em redor das figuras,e mamãe me ajudava nisso. Quando fui para a
escola pública, já tinha a noção vaga de um universo de palavras que era preciso
conquistar.
Durante o curso, minhas professoras costumavam passar exercícios de redação. Cada
um de nós tinha de escrever uma carta, narrar um passeio, coisas assim. Criei gosto
por esse dever, que me permitia aplicar para determinado fim o conhecimento que ia
adquirindo do poder de expressão contido nos sinais reunidos em palavras.
Daí por diante, as experiências foram-se acumulando, sem que eu percebesse que
estava descobrindo a literatura. Alguns elogios da professora me animavam a
continuar. N inguém falava em conto ou poesia, mas a semente dessas coisas estava
germinando. M eu irmão, estudante na Capital, mandava-me revistas e livros, e
habituei-me a viver entre eles. Depois, já rapaz, tive a sorte de conhecer outros
rapazes que também gostavam de ler e escrever.
Então, começou uma fase muito boa de troca de experiências e impressões. N a mesa
do café - sentado (pois tomava-se café sentado nos bares,e podia-se conversar horas
e horas sem incomodar nem ser incomodado), eu tirava do bolso o que escrevera
durante o dia, e meus colegas criticavam. Eles também sacavam seus escritos, e eu
tomava parte nos comentários. Tudo com naturalidade e franqueza. Aprendi muito
com os amigos, e tenho pena dos jovens de hoje que não desfrutam desse tipo de
amizade crítica.
Dica
Saiba M ais
Atividade
Você viu como a leitura foi importante na vida do escritor. E na sua? Você lembra como foi seu
ingresso no universo da leitura? Conte um pouco sobre isso .
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Reflita
Qual a sua postura como leitor: você se utiliza da leitura para resolver problemas no seu dia-a-
dia? Você seleciona o que lê? Como você tem acesso à leitura? Você lê jornais? Revistas? Visita
bibliotecas públicas? Tem sua própria biblioteca? Poderíamos aqui listar uma série de outras
perguntas, mas essas aqui já vão ajudá-lo a começar pensar sobre a importância da leitura em
todos os aspectos da nossa vida e na nossa postura como leitores.
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Quando pretendemos localizar algum dado que nos interessa. Este tipo de leitura se
caracteriza pela busca de alguns dados, e ocorre concomitantemente o desprezo por
outros. Caracteriza-se por ser uma leitura muito seletiva, pois deixa de lado uma
grande quantidade de informações como requisito para encontrar a informação
necessária. Relembre-se da tirinha da M afalda que você leu no tópico O que é ler.
Exem p lo
H á várias situações nas quais buscamos apenas uma entre várias informações. São
exemplos desse tipo de leitura: quando procuramos um número de telefone em uma lista;
quando buscamos uma palavra no dicionário. Esses são apenas alguns exemplos dentre as
inúmeras vezes em que buscamos apenas uma informação entre outras que não recebem
nossa atenção.
A leitura é um meio que nos deve permitir fazer algo concreto, como ler as instruções
de um jogo. Para simplificar: lemos para saber como fazer.
Exem p lo
BOLO DE CEN OU RA
IN G REDIEN TES:
1/2 xícara (chá) de óleo
3 cenouras médias raladas
4 ovos
2 xícaras (chá) de açúcar
2 1/2 xícaras (chá) de farinha de trigo
1 colher (sopa) de fermento em pó
Cobertura
1 colher (sopa) de manteiga
3 colheres (sopa) de chocolate em pó ou N escau
1 xícara (chá) de açúcar
Se desejar uma cobertura molinha, coloque 5 colheres de leite
M ODO DE PREPARO:
Bata tudo no liquidificador, primeiro a cenoura com os ovos e o óleo, depois os outros
ingredientes misturando tudo, menos o fermento.
Esse é misturado lentamente com uma colher.
Asse em forno pré-aquecido (l80ºC) por 40 minutos.
Para a cobertura: misture todos os ingredientes, leve ao fogo, faça uma calda e coloque por
cima do bolo.
Disponível em: http://tudogostoso.uol.com.br/receita/23-bolo-de-cenoura.html. Acesso em: 15 de mar. 2007.
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Fazemos esta leitura quando queremos saber de que trata um texto, saber o que
acontece, ver se interessa continuar lendo, ou seja, lemos para obter uma informação
geral.
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Disponível em: <http://pt.w ikipedia.org/w iki/N ot% C3% ADcia#N ot.C3.ADcia>. Acesso em: 20/04/2007.
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Dica
N ão revise apenas na véspera ou no dia da prova. Todo mundo já sabe que isso não
funciona...
Peça ajuda nas dificuldades: professores, pais, orientadores, amigos podem ajudá-lo.
Enfrente os desafios e faça o melhor que puder. N ão desista tão fácil.
N ão seja dependente do professor. Pesquise e descubra você mesmo!
Relacione os conteúdos de diferentes disciplinas e procure sentir a relação entre as
matérias.
Dica
A auto-revisão das produções escritas é muito útil para se aprender a escrever. Quando
lemos o que escrevemos e percebemos se o texto está bom ou se tem problemas,
aprimoramos as habilidades de leitura e escrita!
Ler p or p razer
Quantas vezes você já releu aquele livro que considera o melhor de todos? Ou releu as
páginas de um livro? Esta situação ocorre quando lemos por prazer. Este tipo de leitura
desencadeia uma experiência emocional. Veja o que acontece:
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A finalidade deste tipo de leitura é a socialização de textos. Para tal, o leitor pode fazer
uso de uma série de recursos para provocar alguns efeitos na sua platéia: entonação,
pausas, ênfases. Esse tipo de leitura ocorre quando há reuniões de pessoas, como em
missas, reuniões de trabalho, em salas de aula.
Reflita
Qual é a estratégia de leitura que você usa quando lê uma bula? Qual é o seu objetivo ao ler
uma bula? E ao ler um romance policial? E o cardápio de uma lanchonete?
Agora, responda mentalmente às questões abaixo, refletindo sobre as suas posturas como
leitor:
Eu leio para obter uma informação precisa?
Eu leio para seguir instruções?
Eu leio para obter uma informação de caráter geral?
Eu leio para aprender?
Eu leio para revisar um escrito próprio?
Eu leio por prazer?
Eu leio para comunicar textos em voz alta?
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Saiba M ais
Sugestão de Leitura:
O'SAG AE, Peter. Da cap a p ara dentro do livro: estratégias p ara enredar o leitor na
história. Disponível em: <http://w w w .dobrasdaleitura.com/revisao/index.html> . Acesso
em: 15/03/2007.
Objetivo
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De aorcdo com uma pqsieusa de uma uinrvesriddae ignlsea, não ipomtra em qaul
odrem as lrteas de uma plravaa etãso, a úncia csioa iprotmatne é que a piremria e
útmlia lrteas etejasm no lgaur crteo. O rseto pdoe ser uma ttaol bçguana que vcoê
pdoe anida ler sem pobrlmea. Itso é poqrue nós não lmeos cdaa lrtea isladoa, mas a
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Idéias-chave
Atividade
Agora é a sua vez!Leia o texto A leitura da imagem e elabore um esquema com as idéias-chave.
A Leitura da Im agem
O mundo contemporâneo faz com que todos nós estejamos imersos em imagens. A
competição comercial, própria do capitalismo, associada às facilidades da imprensa,
da fotografia, do cinema, da televisão e dos computadores, faz com que sejamos
mergulhados em um universo em que o aspecto visual é preponderante.
Diante dessa evidência, a escola não pode continuar restrita ao texto verbal escrito,
embora ele seja imprescindível. É urgente que a imagem pertença ao contexto escolar,
não apenas para que esse ambiente seja mais coerente com o cotidiano do aluno, mas
também para educá-lo para a leitura crítica das imagens.
Assim como a leitura do texto verbal exige um longo e complexo processo de
aquisição e desenvolvimento, para que o leitor possa utilizar as diversas habilidades
para a compreensão e a interpretação, o contato com o mundo visual também exige
novas competências. Caso o educador adote o pressuposto de que a imagem em si é
suficiente para seu adequado entendimento, pode favorecer uma atitude passiva
diante das mensagens transmitidas, cada vez de forma mais intensa, por meio
audiovisual.
Embora a sedução da imagem nos convide a uma certa inércia, ao compararmos a
atitude e os procedimentos de um leitor diante de um texto informativo escrito e os
de um leitor/espectador maduro diante de uma mensagem visual, como um
documentário, por exemplo, observamos que há muitos procedimentos que são
comuns às duas atividades, mas há aspectos diferentes.
Durante a leitura do texto escrito, o leitor aciona outras funções cognitivas para criar
imagens mentais, de acordo com seu repertório de experiências visuais anteriores.
Esse "envisionamento" mental é diferenciado de indivíduo para indivíduo, mas
contém algo em comum que faz parte da cultura e do imaginário coletivo. Cada
pessoa cria, a partir de sua própria imaginação, os cenários, as paisagens, as cenas, os
objetos e as fisionomias que um romance registra em palavras. N aturalmente, nesse
processo de criação há matrizes comuns, que pertencem à história e à coletividade,
mas ninguém imagina de forma semelhante a outra pessoa. Essa construção mental é
importantíssima para o desenvolvimento das funções superiores da mente.
Aparentemente o texto visual (a propaganda, o desenho animado, os quadrinhos, o
filme, a fotografia, a telenovela etc.) já oferece esse aspecto de uma forma mais
completa. Entretanto, sob essa camada de significados imediatamente perceptíveis,
há muitas outras ligadas ao mundo das idéias, dos comportamentos, das crenças, dos
conceitos, das ideologias, que é necessário "ler": compreender, interpretar, criticar,
responder, concordar ou discordar. Isso exige diversas habilidades que a escola pode
ajudar a desenvolver. São habilidades relacionadas à observação, à atenção, à
memória, à associação, à análise, à síntese, à orientação espacial, ao sentido de
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Tese
Também chamada de tema pelos autores, é a idéia que defendemos. Essa idéia tende
a ser polêmica, pois a argumentação implica divergência de opiniões.
Argum entos
Estratégias
Fiq ue de olho
Quando lemos um texto argumentativo em que o autor defende alguma idéia, precisamos
estar atentos para as estratégias utilizadas pelo autor para tentar convencer os outros de
sua tese. Aqui é importante não confundir os argumentos com as estratégias.
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Podemos acrescentar
ainda a citação.
Fiq ue de olho
Além de observar como esses recursos aparecem nos textos que você lê, também comece a
prestar atenção em como eles podem auxiliá-lo na hora de produzir seu texto.
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Por isso, o desafio do prefeito tornou-se um suspense tão interessante. Para ele, era
um "tudo ou nada", não poderia mudar, no meio do caminho, de prioridade.
Apostou que encontraria mais soluções na sua rica vivência de gestão empresarial do
que nos escritos acadêmicos.
Com a ajuda de empresas, começaram a ser construídas pequenas escolas, na
convicção de que, em unidades menores, alunos se sentiriam mais acolhidos,
reconhecidos e estimulados. N ão seriam invisíveis.
Resolveu-se mexer na gestão. Os diretores ganharam autonomia, mas, em
contrapartida, passaram a correr o risco de demissão se não atingissem as metas.
Estavam à sua disposição mais verbas para inovação curricular, formação de
professores e atividades extracurriculares. Resultado: nessas escolas, 78% dos alunos
estão acima da média nacional, com impacto em toda a rede.
O leitor deve estar, neste momento, pensando que os brasileiros nada têm a tirar de
lições de uma cidade que pode gastar tanto - aliás, na semana passada, o prefeito de
N ova York destinou mais R$ 5 bilhões às escolas em 2007, sem contar ajuda extra do
governo estadual de mais R$ 7 bilhões para os próximos anos.
A primeira lição é a mais óbvia: nem sempre excesso de dinheiro significa ganhos de
qualidade.
A menos óbvia: uma direção motivada, orientada por metas claras compartilhadas
com professores, pais e alunos é onde tudo começa.
Devido às baixas condições de trabalho, o que vemos, no Brasil, especialmente na
periferia das grandes cidades, é uma alta rotatividade de diretores e de professores,
além de um excesso de faltas; há diretores que não ficam mais do que um ano à frente
de uma escola. N ão se premia quem se esforça nem se pune quem demonstra baixo
desempenho e, para completar, o envolvimento dos pais é pequeno e o currículo,
desinteressante. Até mesmo falar em premiar as escolas de melhor performance é
apontado pelos sindicatos como atentado "neoliberal". Aqueles que ultrapassam esses
obstáculos (e tenho conhecido vários casos) são, sem nenhum exagero, heróis.
O que N ova York nos mostra, em números, é que, nesses termos, a chance de
gerarmos talentos em nossas escolas será sempre uma exceção - assim como os
heróis.
Disponível em:
<http://aprendiz.uol.com.br/content.view .action?uuid= 92e250c30af47010003c9c3114278eb2> . Acesso
em: 08/03/2007.
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W alter Takemoto
O jornal “Folha de S. Paulo” do dia 04 de fevereiro último publicou coluna escrita pelo
jornalista G ilberto Dimenstein, em que trata dos problemas das escolas públicas
brasileiras tomando como referência experiências em desenvolvimento na América do
N orte, mais precisamente em N ova York. Considero importante sua preocupação com
as escolas públicas brasileiras, mas não posso deixar de manifestar minha discordância
com algumas idéias defendidas pelo jornalista.
Apresenta ele experiências nova-yorkinas que certamente deve ter estudado e que diz
serem de sucesso, as quais, confesso, não conheço e a leitura da coluna não permite
conhecer em detalhes. Dentre essas experiências de qualidade e sucesso, o jornalista
destaca a que abre as escolas para qualquer profissional, formado ou não, que queira
assumir o lugar de um professor - profissional do magistério, portanto - pelo salário
inicial equivalente a R$ 7.500,00 mensais. Contratado, o novo profissional passa por
uma “preparação” de três semanas (!!!). Após assumir uma sala de aula, caso queira,
poderá fazer gratuitamente um curso de especialização destinado a titulá-lo para que
possa ser professor definitivamente.
Entusiasmado com a proposta, o jornalista exalta o fato de profissionais liberais e
executivos, de grandes empresas, alguns já aposentados, assumirem as salas de aulas
no lugar dos professores e, a partir daí, os resultados serem melhores. G ilberto
Dimenstein, segundo suas próprias palavras, considera que esses profissionais liberais
e executivos representam “um material humano que dificilmente poderia ser mais
bem qualificado e motivado”. Ou seja, para o jornalista, esses que se prontificaram a
ocupar o lugar de um professor são mais bem qualificados que os professores para
ensinar aos alunos!
O convite feito na matéria é para examinarmos essas propostas com o propósito de
aprender com as medidas implementadas pelo prefeito de N ova York. Para minimizar
a comparação entre a cidade dos EU A e as do Brasil, diz o jornalista que o orçamento
de N ova York é de 35 bilhões, sem contar recursos de outras fontes, como fundações
privadas e o governo estadual. Diz ainda que, por lá, a prefeitura está construindo
pequenas escolas, por avaliar que podem acolher melhor os alunos, que passam a se
sentir reconhecidos e estimulados. N essas escolas, segundo a matéria, a equipe escolar
conta com recursos para formação continuada, atividades extracurriculares, inovações
pedagógicas, entre outras. O diretor tem mais autonomia, mas pode ser demitido caso
não alcance as metas estabelecidas pela prefeitura. Escreve o jornalista que o prefeito
da cidade apostou que encontraria mais soluções na sua rica vivência de gestão
empresarial do que nos escritos acadêmicos.
Sem dúvida alguma, as experiências de sucesso e o conhecimento produzido a partir
delas devem ser estudados e, sendo possível, adotados onde fizerem sentido para
responder a desafios semelhantes aos que lhes deram origem. Entretanto, como bem
sabemos, as escolas, as realidades, os problemas, as soluções e as condições
contextuais merecem uma análise profunda do que se apresenta como propostas e
não a defesa simplória do que seria bom sob quaisquer circunstâncias.
Concordo com algumas posições defendidas pelo jornalista em relação aos problemas
graves existentes na educação brasileira, como o elevado número de faltas, o
corporativismo sindical, a ausência de avaliação de desempenho pautada em
indicadores que de fato avaliem o sistema de ensino e o profissional, entre outros.
N o entanto, não faz o menor sentido que as iniciativas para a suposta solução desses
problemas estejam assentadas no inaceitável equívoco de desqualificar os
profissionais da educação, responsabilizando-os, única e exclusivamente, pelo
fracasso escolar, um problema de grave dimensão social de múltiplas causas.
De tempos em tempos, assistimos ao surgimento de propostas milagrosas para elevar
a qualidade das escolas públicas e das aprendizagens dos alunos. Da compra de
“pacotes educacionais”, produção de livros didáticos e manuais para os professores
“ao gosto do cliente”, até os programas televisivos que dispensam a presença de
professores, são inúmeras as soluções que empresas, editoras e outras instituições
oferecem aos prefeitos e secretários de educação, para resolver os problemas da
educação. Por trás dessas propostas, de forma mascarada, o que se propõe é
minimizar a importância do professor no processo de ensino e de aprendizagem.
Ao se comprar “pacotes educacionais” ou livros didáticos pré-formatados, para a
cidade ou região, com o respectivo caderno do professor e atividades pré-
estabelecidas (o que não difere muito dos pacotes), o que se está comprando na
verdade é um receituário a ser aplicado pelo docente, que deve seguir à risca o que
alguém produziu em algum lugar. A partir da experiência de N ova York, G ilberto
Dimenstein nada mais fez do que escancarar o que outros propõem de forma
envergonhada: se não podemos tirar o professor da escola, vamos reduzir a sua
importância em sala de aula!
Se nossos professores “não são os sujeitos brilhantes de N ova York”, apesar de tudo o
que a elite fez, em mais de cinco séculos, para inviabilizar a escola pública de
qualidade para os mais pobres e excluídos, ainda assim, quem quiser vai descobrir em
quase todo o país professores e professoras que teimam em acreditar e fazer
acontecer uma escola que garante uma aprendizagem de qualidade a todos os alunos
e alunas. São homens e mulheres que demonstram, cotidianamente em suas salas de
aula, que a tão sonhada escola pública de qualidade é possível, principalmente
quando se oferecerem aos educadores os recursos, o tempo e as condições
institucionais que favorecem o protagonismo na construção dessa escola de
qualidade para todos, o que significa dizer que também os educadores devem estar à
frente da discussão sobre a política educacional necessária para o país, mesmo que
assim não queiram os gestores ou os sindicalistas - aqueles que acreditam que
conquistar uns 10% ou 15% a mais de reajuste salarial ao ano significa oferecer aos
professores a valorização profissional que merecem.
N ão conheço suficientemente os professores americanos, suas expectativas, seus
desejos, frustrações profissionais, compromissos e lutas... mas, do que pude conhecer
dos professores brasileiros, posso assegurar que por aqui as soluções são bem outras,
diferentes daquelas que o jornalista apresenta em seu artigo. Ousaria afirmar que me
parece que por lá também!
Atividades
Agora, vamos dar uma olhada em alguns pontos dos dois textos. Com base na leitura e análise
dos textos, responda às seguintes. Bom trabalho!
a) Que experiências Dimenstein utiliza como exemplos para construir a argumentação de seu
texto? Aparecem dados estatísticos? Quais? Qual é a intenção do autor ao fazer uso desses
recursos?
b) Preste atenção no seguinte enunciado do texto de Dimenstein: “Esse é apenas um detalhe
da reinvenção das escolas públicas de N ova York, embaladas por um inusitado desafio...” Qual
é o efeito produzido pelo emprego da palavra apenas? O que você compreendeu?
c) N o penúltimo parágrafo, Dimenstein inicia dizendo: “Devido às baixas condições de
trabalho, o que vemos...” e continua com “além de um excesso de faltas...” introduzindo uma
série de fatos que ajudam a explicar o fracasso da educação no Brasil. Qual deles é, na sua
opinião, o mais grave? Justifique.
d) Observe que Takemoto utiliza pontos de exclamação e aspas em seu texto. Identifique os
trechos em que esses recursos aparecem e reflita sobre os efeitos desse uso. O que, na sua
opinião, eles indicam? Transcreva dois desses trechos.
e) Takemoto diz que concorda com algumas posições de Dimenstein, citando-as. Quais são?
N o parágrafo seguinte, ele inicia com N o entanto. O que essa expressão introduz no texto?
f) Afinal qual é a tese (mensagem defendida) pelos autores em casa um dos textos?
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Saiba M ais
Charge
A charge é um gênero considerado temporal, porque, de forma muitas vezes irônica, trata
de temas da atualidade, sempre fazendo uma reflexão sobre questões geralmente de
política, economia, sociedade que estão na mídia no momento de sua publicação. Para
entendê-la, é preciso estar a par desses assuntos. É um texto argumentativo, pois pretende
convencer o leitor acerca da opinião do autor sobre o tema abordado.
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M eu caro Am igo
M eu caro amigo eu quis até telefonar
M eu caro amigo me perdoe, por favor M as a tarifa não tem graça
Aqui na terra tão
Se eu não lhe faço uma visita Eu ando aflito pra fazer você ficar
jogando futebol M as como agora apareceu um A par de tudo que se passa
Tem muito portador
samba, muito Refrão
choro e M ando notícias nessa fita
rock'n'roll M uita careta
Uns dias chove, Refrão
noutros dias pra engolir a transação
bate sol M uita mutreta pra levar a situação E a gente tá engolindo cada sapo no
Que a gente vai levando de teimoso e caminho
Mas o que eu de pirraça
quero é lhe dizer E a gente vai se amando que,
que a coisa aqui E a gente vai tomando que, também, também, sem um carinho
tá preta sem a cachaça N inguém segura esse rojão
N inguém segura esse rojão
M eu caro amigo eu bem queria lhe
M eu caro amigo eu não pretendo escrever
provocar M as o correio andou arisco
N em atiçar suas saudades Se permitem, vou tentar lhe remeter
M as acontece que não posso me furtar N otícias frescas nesse disco
A lhe contar as novidades
Refrão
Refrão
A M arieta manda um beijo para os
É pirueta pra cavar o ganha-pão seus
Que a gente vai cavando só de birra, só U m beijo na família, na Cecília e nas
de sarro crianças
E a gente vai fumando que, também, O Francis aproveita pra também
sem um cigarro mandar lembranças
N inguém segura esse rojão A todo o pessoal
Adeus
Dica
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8W & - A expressão a par
significa ter
( ' ( ' conhecimento
sobre algo; já ao
1 V ' ( 7 par, é ter paridade
monetária, por
exemplo: o real não
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dólar, ou seja, não
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1
Caro acadêmico,
vamos pesquisar um
pouco?
Atividade
Pesquisar, em duplas, uma música que contenha uma denúncia e que precise do
conhecimento histórico para resgatar tal fato. Publique-a, na pasta: contexto histórico,
juntamente com sua análise (identifique a tese (tema), contexto histórico em que foi
produzida e a interpretação concisa dessa música).
Objetivo da aula
(Re) Conhecer o uso das relações entre os textos, identificando a importância do outro
texto na interpretação.
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Saiba M ais
Conhecim en to do m undo
Segundo Koch e Travaglia (1993), para que um texto faça sentido, depende em grande
parte do conhecimento de seus leitores, ou seja, é preciso haver, pelo menos em parte,
correspondência entre os conhecimentos ativados a partir do texto e de seu(s) receptor(es).
Então, um texto técnico da área de medicina fará sentido (terá coerência) para um leitor
que possui conhecimento de tal área.
Os autores afirmam que o conhecimento de mundo é como se fosse uma espécie de
enciclopédia sobre o mundo, que é arquivada em nossa memória em conjuntos e blocos.
N ós podemos adquirir esses conhecimentos, em nosso dia-a-dia, de modo formal (estudo) e
informal (com conhecidos, amigos, familiares, pela tevê etc).
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Exem p lo 1
A capa da revista, a seguir, tem muito em comum, ou seja, possui relações com o quadro O
martírio de São Sebastião na versão do pintor renascentista Andréa M antegna. Confira:
Exem p lo 1 - C ontinuação
Amarrado a uma árvore, teve o corpo atravessado por flechas (que se tornaram o seu
símbolo) atiradas por seus antigos companheiros, que o deixaram supostamente morto.
Porém Sebastião não faleceu, foi atirado no rio, pois achavam que ele estava morto.
Encontrado muito longe do local em que fora jogado atirado, foi socorrido por uma cristã
chamada Irene que cuidou dele.
O ex-soldado, indiferente aos pedidos dos cristãos, apresentou-se ao imperador, que o
condenou à morte por espancamento. Após a execução, o corpo do santo foi jogado na
cloaca de Roma e descoberto por outra mulher, Lucina, a quem pediu em sonho que o
sepultasse perto das catacumbas.
Disponível em: <http://pt.w ikipedia.org/w iki/S% C3% A3o_Sebasti% C3% A3o>. Acesso em: 07.abr.2007.
Além de conhecer a história da obra, é preciso também saber do contexto histórico, ou seja,
a revista foi publicada na época em que o ministro da casa Civil, José Dirceu, estava
indiretamente envolvido com escândalos de desvio do dinheiro público, porque seu
assessor havia sido denunciado. A imprensa e seus companheiros de partido estavam
pedindo explicações sobre o fato, cogitando a renúncia dele. Acreditamos que a
intertextualidade se deu pelo fato de o então ministro estar se sentindo como São
Sebastião, ou melhor, os próprios amigos o estavam abandonando à própria sorte. Além
disso, podemos entender que era um aviso, porque, assim como São Sebastião teve uma
segunda chance de sobreviver, o político teria outra oportunidade e poderia permanecer
no governo, mas, caso ele se envolvesse em outra falcatrua, seria cassado do cargo. Isso,
meses após a publicação da revista, acabou acontecendo. Portanto as estratégias utilizadas
pela revista foram a intertextualidade e a frase “Aprendendo a ser governo”, que nos
remete ao entendimento de que os governantes em questão ainda não tinham maturidade
no que tange aos compromissos de ser governo.
Dica
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Vejamos outro
exemplo!
Exem p lo 2
Agora com uma que tem relação com o filme Titanic, história que conta o naufrágio de
um navio, para a época, de grande porte. N a charge, fica clara a intertextualidade tanto
na fala de uma das personagens quanto na imagem do Congresso brasileiro na posição
inclinada, sugerindo que os representantes da política brasileira estavam levando o
Poder Legislativo para o fundo. O uso da intertextualidade em textos com linguagem
não-verbal também é uma prática constante.
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Todo dia ela faz tudo sempre igual Seis da tarde, como era de se esperar
M e sacode às seis horas da manhã Ela pega e me espera no portão
Me sorri um sorriso pontual Diz que está muito louca prá beijar
E me beija com a boca de hortelã E me beija com a boca de paixão
Todo dia ela diz que é pra eu me cuidar Toda noite ela diz pra eu não me afastar
E essas coisas que diz toda mulher M eia-noite ela jura eterno amor
Diz que está me esperando pro jantar M e aperta pra eu quase sufocar
E me beija com a boca de café E me morde com a boca de pavor
Todo dia eu só penso em poder parar Todo dia ela faz tudo sempre igual
M eio dia eu só penso em dizer não M e sacode às seis horas da manhã
Depois penso na vida pra levar M e sorri um sorriso pontual
E me calo com a boca de feijão E me beija com a boca de hortelã
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Fiq ue de olho
Observe que, além do nome do autor junto com as citações, é importante também dar
informações que ajudem a dar maior credibilidade ao argumento, como profissão, função
ou experiência profissional.
Dica
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Acadêmico, vamos
trabalhar um pouco a
interpretação, certo?
Boa atividade!!!!
Atividades
a) O fôlder abaixo traz a relação com a obra O perários da pintora modernista Tarsila do
Amaral, já estudada no conteúdo Contexto H istórico. Explique o porquê de terem usado tal
obra na propaganda distribuída na Praça N ereu Ramos, em Criciúma-SC.
b) Leia a crônica a seguir, escrita por Luiz Carlos Prates, e faça o que é solicitado.
B oca fechada
Albert Einstein, quem diria, também escreveu auto-ajuda. Aliás, auto-ajuda é qualquer
palavra de incentivo que digamos a nós mesmos ou a um amigo. É tolice de falsos
intelectuais virar a cara para a auto-ajuda; mais cedo ou mais tarde, eles vão precisar dela... e 7
muito. !"
Dia destes, lendo um livro de idéias, frases, pensamentos, essas coisas leves e
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indispensáveis aos exercícios do espírito, achei uma frase de auto-ajuda de Einstein que se
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ajusta direitinho ao de que muito precisamos sem nos darmos conta. Aliás, Einstein não foi
original, Salomão, filho de Davi, já havia dito a mesma coisa com outras palavras.
Sim, sei, a leitora tem curiosidade e demoro-me no dizer o que é, vou dizer. N essa leitura
que fiz de frases e pensamentos, e onde encontrei a tal auto-ajuda de Albert Einstein,
relembrei de uma velha verdade de que muito já fiz citação aqui. Ela é indispensável para o 1(
sucesso humano. Infelizmente. E já explico por que digo infelizmente.
Einstein, nesse tal pensamento de auto-ajuda, rabisca sinais que lembram uma equação do +
segundo grau, tem x, y, z... a não poder mais. N o final, depois que ele soma, diminui,
multiplica, faz, pinta e borda com as "incógnitas", termina dizendo que tudo é igual a.... a
manter a boca fechada. A equação do Einstein termina com um proverbial: M antenha a
boca fechada.
Atividades – C ontinuação...
O que quis Einstein dizer? O mesmo que Salomão dissera há muito tempo: Aquele que
mantém a boca fechada preserva o coração da angústia, mais ou menos isso. Levado esse
conselho para o trabalho, por exemplo, significa que você, leitora, terá imenso poder sobre
suas "amigas" se elas souberem pouco de você e você bem mais sobre elas. M uitos de nós,
por ingenuidade ou necessidade de desabafo, acabamos confidenciando coisas que mais
tarde se voltarão contra nós. N ão as coisas em si mesmas, mas a língua sem-caráter dos
falsos amigos.
4
Se você for um - mistério - diante dos que a rodeiam no dia a dia, terá desesperadas )
curiosidades a envolvendo, e a curiosidade, sabe-se, mata. Já, se a pessoa for de língua
solta, chegar contando de problemas caseiros, sobre negócios pensados, planos,
pretensões, conquistas, o que quer que seja que possa provocar invejas, pronto, perde !
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muito de seu poder e dá poder aos outros.
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Salom ão e Einstein têm razão:boca fechada é grande negócio. Ou você não me vai dizer
que nunca foi traída depois de ter feito uma confidência a um amigo, amiga, hein? '
Infelizmente, como disse Augusto dos Anjos no poema Versos Íntimos: "O homem que nesta
terra miserável vive cercado de feras, sente inevitável necessidade de também ser fera".
M elhor é calar-se para não precisar ser fera com mais freqüência... '
(Diário Catarinense, 4/9/2006)
G ram ática
A palavra crônica deriva do Latim chronica, que significava relato em ordem cronológica
dos acontecimentos. Atualmente, utiliza-se esse gênero para apresentar a visão
questionadora de e sobre o mundo do cronista; publica-se em jornais, revistas e sites
porque trata de informações atuais, ou seja, temporais.
Características da crônica
N ormalmente, trata-se de um texto curto, narrado em primeira pessoa, como se o
cronista estivesse falando diretamente com o leitor, ou em terceira pessoa.
A linguagem deve ser simples a fim de que o leitor se identifique com o autor, mas
também pode ser emotiva, irônica ou sarcástica, isso dará o tom da crônica.
Deve predominar uma história leve, divertida, com final, às vezes, inesperado.
Pode utilizar qualquer assunto do dia-a-dia para fazer a reflexão, ou ainda, utilizar algo
fictício para chegar à reflexão.
O objetivo do cronista é fazer o leitor refletir sobre o tema abordado.
Atividades – C ontinuação...
Apoiada em H alliday e H asan (1976), Koch (1994) aborda a coesão como um conceito
semântico que se refere às relações de sentido existentes no interior do texto e que o
definem como tal. Ela se realiza na conexão de vários enunciados, fruto das relações de
sentido que existem entre eles, expressos por certas categorias de palavras, chamadas de
conectivos.
Existem diferentes estratégias de coesão que dependem das escolhas do autor. Ilustrando,
a coesão p or substituição consiste em utilizar conectivos, ou expressões para sintetizar e
retomar substantivos, verbos, expressões e partes do texto já referidas. A coesão
referencial realiza-se pela referência a elementos do próprio texto. Conforme já visto
anteriormente.
G eralmente, dão coesão ao texto:
as conjunções coordenativas (e, ou, mas, por conseguinte, etc.) e subordinativas
(porque, que, embora, se, etc.)
as preposições,
os pronomes (este, aquele),
os advérbios e locuções adverbiais (geralmente, conseqüentemente, etc.),
os adjetivos e os numerais cardinais e ordinais (um, primeiro, em primeiro lugar, etc), ou
seja, todas as palavras e expressões que possam, dentro de um contexto, ligar as idéias.
Acadêmico, que tal aprofundar o seu conhecimento nessa área, clicando nos links abaixo
sobre:
Coesão: conceitos links:
http://acd.ufrj.br/~pead/tema09/conceitodecoesao.html.Acesso em 02.jun.07
http://w w w .pucrs.br/gpt/coesao.php;
http://w w w .gramaticaonline.com.br/gramaticaonline.asp?menu=4& cod=28& prox_x=1.
Certos advérbios e expressões adverbiais: link: [PDF]
http://acdc.linguateca.pt/aval_conjunta/acetatosAvalon/Avalon03Compostos.pdf
Conjunções: links:
http://w w w .ficharionline.com/ExibeConteudo.php5?idconteudo=5606
http://w w w .portugues.com.br/sintaxe/periodocomp.asp
N umerais: link:
http://w w w .gramaticaonline.com.br/gramaticaonline.asp?menu=1& cod=28
Atividades – C ontinuação...
Observe que, na crônica Boca Fechada, o cronista utilizou vários pronomes demonstrativos:
destes, essas, nesses... É importante saber utilizá-los no texto. Vejamos o seu uso:
Com relação ao esp aço, usamos o este e suas variações para indicar que o que nos referimos
está perto de quem fala; o esse quando indicarmos que está perto com quem falamos, e o
aquele quando estiver longe de quem fala e com quem falamos. Exemplos:
Esta caneta que tenho comigo é minha.
Essa caneta que está na sua mão é azul?
Aquela caneta que perdi, você a achou?
Com relação ao tem p o, usamos o este para indicar tempo presente; o esse para um tempo
passado próximo e o aquele para o passado remoto. Preste atenção para o tempo verbal
utilizado no enunciado. Exemplos:
Esta noite faz calor.
Essa noite fez calor.
N aquele verão de 1998, eles se conheceram.
Com relação ao texto, usamos o esse quando temos apenas uma opção de resgate ou
quando desejamos resgatar tudo o que já foi mencionado; quando temos duas ou mais
opções e desejamos rever a primeira mencionada no texto usamos o aquele, agora se
desejarmos remeter ao último termo escrito, usamos o este. Exemplos:
Eu vi o Adriano na universidade, esse rapaz fez uma excelente apresentação.
Raras são as visitas para os idosos do asilo, mas isso já não importa muito para eles serem
felizes.
Brasil e Argentina jogaram na final da Copa América, aquele foi campeão.
Luisão e Adriano fizeram os gols do Brasil na final da Copa América, sendo que este fez o
último.
Lembre-se que esses pronomes precisam fazer a concordância de gênero – feminino
masculino – e de número – singular e plural – com os termos ao qual se referem.
Retome a crônica lida e analise as situações que os demonstrativos foram usados e identifique
esse uso conforme as explicações acima.
Se você quiser aprofundar seu conhecimento sobre coesão, mais especificamente sobre o uso
dos pronomes demonstrativos, visite o site:
http://w w w 1.folha.uol.com.br/folha/fovest/pdemonstrativo.shtml
Para fazer um exercício sobre esse conteúdo, visite:
http://w w w 1.folha.uol.com.br/folha/interacao/quizfo06.shtml
d) A charge a seguir, trata de tema esportivo sobre a atual seleção brasileira, envolvendo o
jogador Kaká e o técnico Dunga. H á uma intertextualidade na charge, ou seja, resgata um
texto produzido também no ambiente do esporte brasileiro. Escreva qual é a
intertextualidade e explique por que ela auxilia na construção da charge.
Atividades – C ontinuação...
e) Abaixo está a Canção do Exílio de G onçalves Dias. Essa obra gerou inúmeras
intertextualidades, isto é, foram muitos os poetas que inspirados nos versos de G onçalves
Dias escreveram as suas canções do exílio. Pesquise alguns desses textos para seu
conhecimento, identifique se a relação entre eles está na forma – mantendo o padrão das
estrofes e ritmo dos versos e/ou no sentido – falando sobre a terra natal que pode ser o
Brasil ou a cidade do autor. N o referido poema, o autor enaltece a pátria, ou seja, para ele, o
Brasil era o melhor lugar do mundo, tudo que aqui havia era melhor e não desejava morrer
em terra estrangeira, queria voltar ao Brasil para ver suas maravilhas, porque ele escreveu o
poema quando estava exilado em Coimbra, em função de tratamento médico. Leia o texto
e faça o que é solicitado.
G onçalves Dias, poesia. Por M anuel Bandeira. Rio de Janeiro, Agir, 1975. p. 11-2. (N ossos clássicos, 18).
Acadêmico, a proposta é fazer uma mostra, ou seja: você deve escolher o gênero com que
mais se identifica (charge, crônica, resenha, poema, música, propaganda, etc) e o tema que
tenha de alguma forma a ver com o poema de G onçalves Dias e usar a intertextualidade
como estratégia de convencimento do leitor. Lembre-se de que, dependendo do gênero a
ser produzido, você não precisa usar todo o poema.
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Segundo Abaurre, Pontara e Fadel (2000, p. 74), “Implícito é algo que está envolvido
naquele contexto, mas não é revelado, é deixado subetendido, é apenas sugerido.”
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Vamos aos
exemplos...
Exem p lo 1
Esse outdoor, que tem como objetivo persuadir o leitor a estudar idiomas na W izard,
explora a idéia implícita de que quem quer ser um vencedor deve estudar nessa escola de
idiomas, logo, a pessoa terá, em sua memória, a imagem de vencedor vinculada à escola
W izard. Tal idéia é reforçada pela figura do jogador de vôlei que foi campeão em sua área
de atuação, além de outras estratégias também utilizadas para ajudar no convencimento,
como, por exemplo, o sorteio dos veículos.
Exem p lo 2
N a propaganda a seguir, a afirmação de que Deus fez o mundo em seis dias e, no sétimo,
descansou em tal cidade, leva o leitor à mensagem implícita de que o referido lugar é uma
maravilha, pois, se é bom para Deus, certamente será para os mortais também.
Exem p lo 3
Outro exemplo que nos mostra como é importante ler os implícitos é o anúncio a seguir,
que tem como objetivo persuadir o leitor a levar seu veículo Volksw agen para a revisão na
rede autorizada. A mensagem implícita, feita a partir da leitura da frase “Eles são doutores
em Volksw agen”, é de que eles são os melhores para revisar, arrumar os carros dessa marca;
essa mensagem é reforçada pelo desenho de um médico e do carro como paciente.
Além disso, tem o uso do conectivo mas também que adiciona mais uma qualidade, neste
caso, a referida concessionária. Ainda usa a palavra pressão sobre a qual podemos inferir
que o valor da revisão será acessível ao bolso do proprietário.
Exem p lo 4
Veja agora um outro exemplo: uma tira humorística, porque este gênero textual, bem como
as propagandas, são textos em que se utilizam os implícitos para a construção de sentido, já
que as idéias defendidas muitas vezes são apenas sugeridas.
(JornalZero H ora)
N o primeiro quadrinho, H agar afirma ao seu filho que, além de os chifres serem símbolos
importantes para um viking, quanto maiores forem, mais importante é a pessoa que os
possuir. Logo, levando em conta esse quadrinho, entendemos que ele seria uma pessoa
importante, pois os seus são maiores que os do filho. Esta conclusão é derrubada no
segundo quadrinho quando a personagem H elga aparece com os chifres de seu chapéu
bem maiores que os de H agar. Logo, a mensagem implícita é que ela é a pessoa mais
importante entre eles.
Exem p lo 5
Examinemos agora outro exemplo de texto, o qual tem como objetivo persuadir o leitor
com relação ao fato de o Iraque não ter armas químicas, biológicas ou nucleares. O autor
usa como estratégia de convencimento (comprovação) o relatório oficial, produzido por um
profissional nomeado pelo próprio governo americano. Além disso, utiliza também uma
mensagem implícita, no fragmento “ao contrário do que apregoava o presidente
americano, G eorge W . Bush”, de que o presidente Bush estava errado, ou seja, não tinha
motivos para invadir o Iraque.
Atividades
C
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7
(Revista Veja, em 28/3/07)
Atividades – C ontinuação...
b) Acadêmico, leia as tirinhas abaixo e identifique as suas mensagens implícitas, que foram
as responsáveis pela construção do humor.
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Atividades – C ontinuação...
G ram ática
Ainda sobre coesão referencial, veremos agora o uso dos pronomes átonos para substituir
alguém já mencionado anteriormente no texto. Olhe o quadro a seguir para ver a
correspondência entre os pronomes e as pessoas gramaticais:
Então, de acordo com a pessoa gramatical, escolhemos o pronome para usar. A dúvida que
temos é com relação à terceira pessoa, haja vista ser a única que tem mais de uma opção.
Veremos agora o uso de cada um deles.
O se pode ser reflexivo, ou seja, referir-se ao próprio sujeito da ação, ou a uma terceira
pessoa. Veja o exemplo:
O(s), a(s) quando o verbo não pedir preposição, usamos o ou a, de acordo com o
gênero (m asculino ou fem inino) da p alavra que irá substituir. Observemos os
exemplos:
V ocê viu o João?
Substituiremos o João pelo pronome o, já que o verbo ver não precisa da preposição a
antes do termo João.
V ocê o viu?
Para que o texto seja bem escrito, principalmente os textos com maior formalidade,
devemos observar se estamos respeitando a uniformidade de tratamento, ou seja, se os
pronomes estão todos na mesma pessoa, se os verbos estão conjugados com a pessoa
gramatical utilizada. Para melhor orientação, a seguir há um quadro com os pronomes.
Atividades – C ontinuação...
N as primeiras pessoas (eu, nós) não há confusão, pois temos apenas uma opção; mas, na
segunda (tu) e terceira (ele, ela), há mais opções, ocorre uma mistura no uso entre a segunda
e terceira pessoas do singular. Ou seja: é comum usarmos a segunda pessoa com o verbo
conjugado na terceira e os pronomes átonos e possessivos da segunda ou terceira, por
exemplo, em nossa região é comum ouvirmos: “Tu foi ao cinema com o seu namorado?”, em
que a pessoa gramatical está na segunda, o verbo e o possessivo estão na terceira pessoa. O
que precisamos, em situações mais formais de comunicação, é uniformizar, usando o
pronome pessoal reto, o verbo, pronomes átonos e possessivos na mesma pessoa do
discurso, ficando assim a frase acima: “Tu foste ao cinema com o teu namorado.” ou “ Você
foi ao cinema com o seu namorado”.
se si,consigo
Plural 1a. pessoa nós nos nós, conosco nosso, nossa nossos, nossas
2a. pessoa vós vos vós, convosco vosso, vossa vossos, vossas
3a. pessoa eles, elas os, as, lhes, eles, elas seu, sua seus, suas
se si, consigo
Quadro 1: pronomes
N o anúncio a seguir, foi usado o você e o te com o propósito de deixar o texto mais próximo
dos leitores, haja vista que muitos usam as duas pessoas gramaticais no mesmo enunciado,
já que o uso do pronome da terceira pessoa o deixaria o texto mais formal.
Atividades – C ontinuação...
Ativid ad es – C ontinuação...
(Revista Veja,30/08/2006)
f) Leia a crônica a seguir,de Luiz Carlos Prates, e faça o que é solicitado depois.
V ivendo o hoje
A cabei de ouvir a A na M aria Braga falando dela e da vida.M uito interessante.Ela falou para
o Roberto D ávila, no program a Conexão, da TV Educativa. M as, antes de contar do que
falou a A na e do porquê a achei interessante,preciso dar algum as voltas,com o sem pre.A
leitora há de concordar que vivem os ou pensando no passado ou sonhando com o futuro.
Esse é o hábito. Só os sábios vivem o hoje, vivem no presente, que é, aliás, o único
m om ento que de fato tem os.
O sonhado futuro não passa de um m om ento que um dia será presente, ou a leitora já
viveu algum a vez no futuro? Se m e disseres que estás agora vivendo o futuro de ontem
dirás bem ,m as veja,o futuro é sem pre um hoje.Claro que é um a obviedade dizer isso,m as
o que seria das grandes verdades da vida não fossem as obviedades? Sabes por que dou
estas voltas antes de entrar no assunto da A na M aria?
Para deixar bem claro que som os, costum eiram ente, uns tontos. Só aprendem os, na
m aioria,levando cacetadas da vida.D izem que os sábios são sábios porque não procuram
soluções para os problem as,eles os evitam ,vivendo bem o hoje.
A A na M aria Braga contou ao Roberto D ávila da essência de sua vida,falou da infância,das
dificuldades com o pai,da vida de interna num colégio de freiras,da saída cedo de casa,
dos trabalhos,dos sucessos,das dificuldades e,claro,m ais do que tudo,da doença.A A na,
a leitora sabe,passou pelo câncer.Ela diz que ainda passa,o câncer deu um a trégua,m as
está lá,latente...parece que é assim m esm o,disse ela.
Ativid ad es – C ontinuação...
Claro que o Roberto D ávila perguntou a A na no que o câncer a fez m udar,a ver a vida de
m odo diferente. E ela falou dessa história do ontem , do hoje e do am anhã, nosso m odo
habitualde viver. D eu ênfase a esse equívoco existencialhum ano.
Foi nisso que a A na diz ter m udado. O futuro, para ela, é o hoje, só o hoje, viver plena e
conscientem ente o agora.Sair da cam a pela m anhã dando graças a D eus por m ais um hoje,
ir para a cam a à noite agradecendo por m ais um hoje vivido.Só o hoje,não m ais do que o
hoje.Parece tontice dizer isso,m as não é.
Só os que tiveram a corda no pescoço sabem disso.A A na disse m ais,disse que diante de um
problem a,de um a bobagem que a costum ava apoquentar no dia a dia,ela hoje pergunta no
que isso vai m udar a vida dela, será isso im portante daqui a um a sem ana, um m ês? A
resposta, disse ela, é não. Então por que desgastar o corpo e fustigar a m ente com um a
trivialidade? Sábio.
M as essa sabedoria,A na,só advém depois que a vida nos em purra contra a parede.Viver o
hoje e dar pouca atenção aos inconseqüentes problem as da vida é viver sabiam ente.Q uanto
ao futuro,ele não passa de um som atório de hojes...
(D iário Catarinense,em 18/5/2006)
A cadêm ico,a partir da leitura da crônica,responda:
Uma das características desse gênero – crônica – é não ir direto ao tema, ou seja, o
cronista dá voltas para levar o leitor à reflexão pretendida. Perguntamos, então, qualé a
tese (tema)desse texto?
Uma das estratégias utilizadas para construção da reflexão pretendida foi a mensagem
implícita. Q ualé essa mensagem?
Além do implícito, qualé a outra estratégia fundamentalpara o desenrolar dessa crônica?
Por quê?
Identifique e descreva as formas que o autor usou para resgatar Ana M aria Braga com o
objetivo de não deixar o texto cansativo. Se tiver dúvidas sobre este conteúdo, consulte o
saiba mais sobre coesão referencial.
Em nossa sala virtual, há um fórum aberto com o título de D úvidas de Interpretação para que
você, em caso de dúvidas com os conteúdos e exercícios vistos até aqui ou, ainda, se desejar
compartilhar alguma situação vivenciada, possa socializar conosco.
O Supremo Tribunal Federal (STF) poderá definir antes do dia 19 de dezembro, último dia
previsto pela Justiça Eleitoral para a diplomação dos candidatos eleitos, se o advogado
N élson M archezan Júnior (PSD B) terá direito a assumir uma cadeira na Câmara dos
D eputados.
H á dois meses o tucano briga na justiça para ter filiação partidária e o registro de sua
candidatura reconhecidos.
A tivid ad es – C ontinuação...
O caso tramita no TSE, que examina o recurso extraordinário movido pela defesa de
M archezan Júnior [...]. O deputado é filho do deputado federalN élson M archezan, morto em
fevereiro.
Apesar de realizar sua campanha sub judice, ele se elegeu a (à) Câmara com 61.068 votos.
Caso o Supremo acompanhe as decisões do TER e do TSE, e não reconheça o pedido de
registro da candidatura do advogado, os votos poderão ser transferidos à legenda [...].
Vejamos os referentes de Jimmy Carter no texto abaixo:
O prêmio N obel da Paz foi outorgado ontem a Jimmy Carter, 78 anos, que durante sua
presidência dos Estados Unidos, obteve grande êxito em favor da paz [...].
O político americano nasceu no dia 1o. de outubro de 1924 em Plains (G eórgia), em uma
família de plantadores de amendoins. Ele se graduou na Academia N aval de Annapolis
(M aryland)e casou-se com Rosalynn Smith.
O negociador da paz teve papel importante no acordo de Camp D avid em 1978, entre o
Egito e Israel, que devia ser um passo fundamentalno processo de paz no O riente M édio. O
ex-presidente também concluiu o Tratado Salt IIcom a União Soviética.
N esta notícia, publicada no jornalD iário Catarinense, em 12/10/02, o autor utilizou de quase-
sinônimos, ou seja, termos que, no referido texto, funcionam como sinônimos de Jimmy
Carter (o político am ericano,o negociadorda paz,o ex-presidente)em virtude das informações
dadas no primeiro parágrafo.
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Exemp lo
Acadêmico, convido-o a
vermos alguns exemplos
de uso dos conectivos
Exemp lo no texto.
Segundo o texto Q uem roubou o m eu tem po? de Eloi Zanetti, publicado na revista Am anhã,
em novembro de 2002, em plena era da evolução tecnológica, as pessoas ainda tentam falar
com outras sem ter horário marcado, parecendo que há tempo disponível para elas. E,
quando a secretária funciona como uma barreira p ara selecionar assuntos e encaminhá-los
ao profissionalcerto, os intrusos reclamam.
Parece-me um desrespeito às pessoas, q uando não marcamos horário e insistimos em
sermos recebidos, ou ainda aquela situação em que a hora está agendada, mas o indivíduo
chega atrasado, comprometendo toda a programação daquele dia. Penso que as pessoas
precisam ser mais conscientes e lembrar que o mundo não gira em torno delas.
Ao telefone, também o desperdício de tempo é grande. A sugestão de Eloi Zanetti –
conferencista e consultor em marketing e comunicação – é que as pessoas tenham o hábito
de ir anotando tudo o que precisam falar antes de fazer a ligação.
Essa espécie de memória, que o autor sugere, também serve para encontros, reuniões, até
mesmo p ara sairmos a fim de fazermos compras, ou seja, podemos planejar todos os
nossos momentos em que desejamos ganhar tempo.
M as, mesmo com todo o cuidado p ara não jogar tempo fora, é preciso saber deixar a
mente livre para que os insights criativos ocorram, p orque, segundo Zanetti, o tédio
também é um momento de trabalho do executivo.
A lém disso, é preciso deixar um tempo livre para o lazer. Agindo assim, será possível
administrar a agenda e, automaticamente, a própria vida. Isso é fundamental, p orq ue não
devemos transformar até o momento de lazer em um planejamento, é preciso ter bom
senso, com o objetivo de sabermos que há hora para tudo:trabalhar, ter lazer e ficar com o
pensamento livre para que surjam as idéias ou, simplesmente, p ara descansar.
Resumo feito por Almerinda Tereza Bianca Bez Batti D ias do texto Q uem roubou o m eu tem po? de Eloi Zanetti,
publicado na revista Am anhã, em novembro de 2002.
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A tivid ad e
Agora é a sua vez. Leia o texto abaixo e complete as lacunas com os conetivos que,
semanticamente, confirmem as idéias apresentadas no ensaio de Roberto Pompeu de
Toledo, publicado na Veja, em 7 de fevereiro de 2007. Publique no Ambiente Virtual de
Aprendizagem.
Triunfo da M ãe Joana
A tivid ad e
U nidade 2
ao estudo e à memorização das informações. N esta unidade,
estudaremos sobre o que é e como se faz um resumo, do mais
simples ao científico. É fundamental, para nossa formação acadêmica
e humana, percebermos que o resumo não é um amontoado de
frases soltas que você tirou daqui e dali. “A produção de resumos na
universidade é uma das maneiras através das quais o estudante, além
de registrar sua leitura de textos acadêmicos, manifesta sua
compreensão de conceitos e do saber fazer em sua área do
conhecimento” (M ATEN CIO , 2002:109). Um bom resumo permite ao
leitor identificar, rápida e precisamente, o conteúdo de um
documento, determinar sua pertinência para seus interesses e, assim,
decidir se deve ler o trabalho em sua totalidade. Vamos (re) aprender
juntos mais esse conteúdo. Bom trabalho!
4 J
Ao concluir esta unidade, você deverá ser capaz de:
(Re)conhecer o conceito, exemplos e onde circula o gênero
resumo;
(Re)conhecer a situação de produção e as etapas do gênero
resumo;
(Re)conhecer e produzir um resumo científico.
Tema 1 – Resumo:o que é e por quê
O bjetivo
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conhecer alguns conceitos
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Saiba M ais
Exemp lo 1
Resumo de um livro
A Lista de A lice - H erbert de Souza (B etinho)
Era uma vez Bocaiúva e seus habitantes... Esta poderia ser a maneira de ler o livro de
H erbert de Souza, o Betinho, que retorna à cidade onde nasceu através de uma lista de
nomes preparados a seu pedido pela prima Alice. Só que teríamos de aumentar a frase:Era
uma vez Bocaiúva e seus habitantes... que morreram. O s nomes listados dão origem a
pequenos necrológios, só que diferentes das notícias de morte publicadas nos jornais que
tratam de gente ilustre. O s necrológios de A lista de Alice contam breves e saborosas
histórias de vidas de homens e mulheres que habitaram a infância de Betinho na pequena
cidade mineira. Uma galeria de figuras ímpares, que inclui o tio colecionador de tudo e
chefe do correio local, os casais perfeitos e os imperfeitos, o médico que errava
diagnósticos, o primo suicida, os mendigos e os padres, as mulheres avançadas para o seu
tempo. E outra galeria:a dos tipos mineiramente chamados de sistemáticos, os loucos
internados na casa da própria família, além da mulher opiniática, que toma decisões à
revelia do marido, e do apaixonado, o homem desiludido que adoece de frustração. Até o
político famoso - José M aria Alkimin - ganha seu necrológio, em que se destaca a
capacidade de fazer promessas e nunca cumpri-las. A genealogia familiar comparece em
peso: José M aria, o primeiro irmão hemofílico a morrer, a avó D ona M ariquinha - a mãe-
grande e controladora de todos os movimentos da família -, as tias, a irmã, os irmãos mortos
pela AID S, o pai H enrique e a mãe, D ona M aria, destinatária das famosas cartas para a mãe
escritas por H enfil para a imprensa e para a TV nos anos 70. D e cada personagem se narra
um pedacinho da vida, aquele que melhor define uma fragilidade ou uma grandeza. Afinal,
quase todos, antes de morrerem, viveram muito. Fazendo a crônica dos mortos de
Bocaiúva, Betinho vai reunindo lembranças:as namoradas encantadas da infância, o quarto
de menino tuberculoso nos fundos da casa, a iniciação na militância política ainda na
juventude e, ao final, desenha um esboço de auto-retrato. N arrando histórias de cidades do
interior, que se repetem em qualquer parte do mundo, Betinho cria uma família literária
para si mesmo:a família dos escritores G uimarães Rosa e G abriel G arcia M arques. M ais do
que isso, aprende com G enesco, o grande contador de histórias de Bocaiúva, que é possível
avisar às pessoas que se vai morrer, mas que a hora ainda pode demorar a chegar.
Enquanto isso há tempo de descobrir a razão de se estar vivo.
SO UZA, H erbert de (Betinho). A lista de Alice. São Paulo:Companhia das Letras, 1996. D isponível em:
<http://w w w .oportaldosestudantes.com.br/resumos.asp>. Acesso em:23/03/2007.
Exemp lo 2
Exem p lo 3
Resumo de um livro
Desesperados, de Paula Fox
(Tradução de José Rubens Siqueira; Companhia das Letras; 192
páginas; 35,50 reais) – Aos 83 anos, a americana Paula Fox foi
recentemente "redescoberta" em seu país. Livros seus publicados
na década de 70 voltaram às livrarias. É o caso de Desesperados,
uma arrasadora história de dissolução familiar e socialno meio da
elite de N ova York. N a introdução que escreveu para o livro,
Jonathan Franzen, autor de As Correções, diz que o romance é
superior às produções dos contemporâneos mais célebres da
autora – John U pdike, SaulBellow e Philip Roth. Exageros à parte,
Desesperados é de fato uma narrativa notável no modo como dá
significado moral a pequenos gestos: a débâcle* existencial da
protagonista, a rica Sophie Bentw ood, começa quando ela é
mordida por um gato de rua ao qualofereceu um pires de leite. (http://w w w .biglivros.com.br )
Exem p lo 4
Resum o de novela
Paraíso Trop ical
Segunda, 26 de março
Antenor cai tentando pular uma janela e obriga Sérgio a levá-lo
para o hospital. Iracema debocha por Virgínia não ter conseguido
o apartamento. Antenor diz à esposa que foi atropelado. H ugo
promete ser generoso com Taís, se o pai acreditar mesmo no
namoro dos dois. Fred e Camila se beijam. Jáder ameaça Bebelde
mandá-la embora. H eitor aceita a proposta de Fred. Taís finge ir ao
aeroporto com H ugo, que embarca com Felipe. (w w .globo.com)
Exem p lo 5
A Era do G elo II
A era glacialestá chegando ao fim e, com isso, surge em todo
lugar gêiseres e verdadeiros parques aquáticos. O mamute
M anfred (D iogo Vilela), o tigre D iego (M árcio G arcia) e o bicho-
preguiça Sid (Tadeu M elo) logo descobrem que toneladas de
gelo estão prestes a derreter, o que inundaria o vale em que
vivem. Com isso, o trio de amigos precisa correr para avisar a
todos do perigo e ainda encontrar um local em que não
corram riscos.
Fiq ue de olho
Você notou que um resumo não é um amontoado de frases soltas que você, autor, tirou
daqui e dali. Esse texto deve estar bem estruturado, apresentar as idéias, justificativas e
conclusão do texto original, ou seja, ser coerente, ter forma lógica, apresentar idéias
relacionadas entre si, isso quer dizer, ser coeso.
Dica
Segundo Kock e Travaglia (1998), a coerência teria a ver com a “boa formação” do texto,
mas em um sentido diferente de qualquer idéia assemelhada à noção de gramaticalidade
usada no nível da frase, sendo mais ligada, talvez, a uma boa formação em termos da
interlocução comunicativa. Portanto, a coerência é algo que se estabelece na interação, na
interlocução, em uma situação comunicativa entre dois usuários. Ela é o que faz com que o
texto faça sentido para os usuários, devendo ser vista, pois, como um princípio de
interpretabilidade do texto. Assim, ela está ligada à inteligibilidade do texto numa situação
de comunicação e à capacidade que o receptor do texto (que o interpreta para
compreendê-lo) tem para calcular o seu sentido. A coerência seria a possibilidade de
estabelecer, no texto, alguma forma de unidade ou relação. Essa unidade é sempre
apresentada como uma unidade de sentido no texto, o que caracteriza a coerência como
global, isto é, referente à totalidade do texto.
Dica
Em termos práticos, o texto precisa ter todas as partes constituintes em conformidade com
a tese defendida, é preciso, também, que não haja contradição entre as estratégias
utilizadas para ajudar na persuasão do leitor e os seus argumentos, sempre levando em
conta o contexto em que ele está inserido.
O bserve a propaganda abaixo. Em um primeiro momento, a imagem da mulher de barriga
de fora no inverno parece incoerente, mas participando de uma propaganda que visa
vender produto de beleza que auxilia na dieta de emagrecimento, deixa a pele mais bonita,
diminui a absorção de gorduras, equilibra a função intestinal, enfim, a pessoa ficará melhor,
faz sentido, mesmo no frio, mostrar a barriga. Então, o texto, aparentemente incoerente,
tem sentido ao levarmos a estratégia – mulher com a barriga à mostra e os enunciados –
bem como o contexto – propaganda - em conta na análise.
Para M arcuschi (1983), os fatores de coesão são aqueles que dão conta da seqüenciação
superficial do texto, isto é, os mecanismos formais da língua que permitem estabelecer,
entre os elementos lingüísticos do texto, relações de sentido.
Platão e Fiorin (1998) afirmam que a coesão textualé a ligação, a relação, a conexão entre as
palavras, expressões ou frases do texto. Segundo esses dois autores, há dois tipos de
coesão: - por retomada ou por antecipação de termos conforme já estudamos em coesão
referencial na U nidade Leitura (tema 6); por encadeamento de segmentos textuais ou
elementos conectivos.
Vamos agora abordar o primeiro tipo, tratando dos p ronom es relativos que dão coesão às
orações.
D ÍLSO N CATARIN O *
especialpara o FovestO nline
Dica – C ontinuação...
Comecemos com o p ronom e "cujo": ele só poderá ser usado quando houver indicação
de posse entre dois termos: algo de alguém = alguém cujo algo, ou seja, se houver
indicação de posse, coloca-se o pronome cujo entre o elemento possuído e o elemento
possuidor.
Exem p lo CU JO :
O pai do garoto = o garoto cujo pai; agora aumentemos o período: O garoto esteve aqui;
o pai do garoto viajou. U nindo tudo em um só período, teremos: O garoto cujo p ai
viajou esteve aqui. O pronome cujo sempre fará a concordância de número (plural –
singular) e gênero (feminino – masculino) com o segundo termo a que se refere.
Se o verbo posterior ao pronome exigir preposição, referente ao elemento possuído, ela
deverá ser colocada antes do pronome. Por exemplo: O garoto esteve aqui; eu me referi
ao pai do garoto. U nindo tudo, teremos: O garoto a cujo p aim e referiesteve aqui.
M ais um detalhe: não se coloca artigo dep ois do p ronom e cujo, pois ele já está incluso
no próprio pronome: O garoto cuja m ãe viajou esteve aqui; O garoto cujos irm ãos
viajaram esteve aqui;O garoto cujas irm ãs viajaram esteve aq ui.
O p ronom e "q uem " só deve ser usado para pessoas, sem a indicação de posse,
evidentemente. Esse pronome, quando houver elemento antecedente, não poderá ser
usado sem preposição.
Exem p lo Q U EM
Eu encontrei o garoto; você se referiu ao garoto. Perceba que não há indicação de posse,
garoto é pessoa e o verbo referir-se exige a preposição "a". U nindo as frases, teremos: Eu
encontreio garoto a quem você se referiu.
O p ronom e relativo "que" pode ser usado tanto para pessoas quanto para coisas, com
ou sem preposição, sem a indicação de posse.
Exem p lo Q U E
Eu encon treio garoto a que você se referiu.
O utro exemplo: Comprei o computador; você queria o computador. Perceba que não há
indicação de posse, computador não é pessoa e o verbo querer não exige preposição.
U nindo as frases, teremos: Com p reio com p utador q ue você q ueria.
M ais um exemplo: O carro é importado; fala-se tanto do carro. Perceba que não há
indicação de posse, carro não é pessoa e o verbo falar exige a preposição "de". U nindo
tudo, teremos: O carro de q ue tanto se fala é im p ortado.
U m último exemplo: As meninas ganharam a medalha; as meninas são brasileiras. Perceba
que não há indicação de posse, meninas são pessoas e o verbo não exige preposição,
portanto não poderemos usar o pronome "quem", e sim o pronome "que": A s m eninas
que ganharam a m edalha são b rasileiras.
O p ronom e "q ual" tem de ser usado com artigo anteriormente a ele (o qual, a qual, os
quais, as quais) e é pronome substitutivo de "quem" e "que", ou seja, on de se usar
"quem " ou "que", p ode se usar "q ual". O artigo anterior ao pronome concorda com o
elemento antecedente. Se houver preposição e ela possuir duas ou mais sílabas, use
"qual", preferencialmente.
Exem p lo Q U A L
Eu encon trei o garoto ao qual você se referiu. Com p rei o com p utador o q ual você
queria. O carro do q ual tanto se fala é im p ortado. A s m eninas as q uais ganharam a
m edalha são b rasileiras.
Dica - C ontinuação...
Agora veja este exemplo: Fui à praia; você falou sobre a praia. Perceba que não há
indicação de posse, praia não é pessoa e o verbo exige preposição de duas sílabas, então
deveremos usar "a qual", e não "que": Fui à praia sobre a qualvocê falou.
Donde, atualmente,
O p ronom e "onde" só indica lugar e é usado onde puder utilizar "em que". Se a é uma forma
menos usada que
indicação for "a que", usa-se "aonde"; se for "de que", usa-se "donde". foi substituída por
“de onde”, como
Exem p lo O N DE em: De onde você
A casa on de estou é aq uela aonde você veio e donde ela saiu. tirou essa idéia?
O p ronom e "quan to" só poderá ser usado após as palavras "tudo", "todos" ou "todas".
Exem p lo Q U A N TO
Traga tudo q uanto quiser trazer. Com a todos os sanduíches q uanto conseg uir
com er.
Voltemos agora à frase apresentada: N ão há in dicação de p osse, p ortanto n ão
usarem os "cujo"; funcionários são pessoas, então poderemos usar "quem", "que" ou
"qual": o verbo "conversar" exige a preposição "com". Teremos, portanto as possíveis
frases:
O s funcionários da em p resa com que converseiontem deflagrarão a greve.
O s funcionários da em p resa com quem converseiontem deflagrarão a greve.
O s funcionários da em p resa com os quais converseiontem deflagrarão a greve.
Para fazer os exercícios sobre pronomes relativos, visite o site:
http://w w w 1.folha.uol.com.br/folha/fovest/quiz07.shtml
Dica
N o mudo acadêmico, ao citar resumidamente as idéias dos autores que você estudou no
decorrer da U nidade I, você usou muito os conectivos de conformidade. Vale a pena revê-
los:
Servem para fazer uma referência e estabelecer uma relação de conformidade com esta
referência.
de acordo com
D e acordo com a Constituição Federal, o direito à moradia é um direito social que deve
ser implementado para erradicar a pobreza e a marginalidade, mediante o
desenvolvimento de políticas públicas.
conforme
Conforme M atencio (2002, pág. 109), a produção de resumos na universidade é uma das
maneiras através das quais o estudante, além de registrar sua leitura de textos
acadêmicos, manifesta sua compreensão de conceitos e do saber fazer em sua área do
conhecimento.
segundo
Segundo Platão, conhecer é recordar verdades que já existem em nós - teoria que pode
ser atestada sempre que nos deixamos guiar pela voz do inconsciente.
O b jetivo
Pela variedade de
RESU M O S aqui
exemplificados e postados Com certeza, Lygia.
por você no fórum 1, fica Agora, então,
claro que essa diferença se analisaremos a
dá porque temos que situação de produção.
levar em conta algumas
características específicas.
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L. (
D ependendo do autor, temos mais ou menos informações sobre o texto original. Fica
evidente a diferença entre o próprio autor do texto, ao fazer o resumo, como no caso
das monografias, teses e dissertações de mestrado, e um outro autor que não o
produtor do texto original. Além disso, a função social do autor também é muito
importante e resultará em resumos, sobre o mesmo tema, completamente diferentes.
Isso acontece, por exemplo, quando um jornalista especializado em cinema escreve
um resumo de um filme, que será bem diferente de um professor resumindo o mesmo
tema. Você sabe por quê?
2.Destinatário
3.O b jetivo
N ão se faz um resumo por fazer. Todos temos objetivos específicos, por isso,
escrevemos textos diferentes sobre o mesmo tema. Escrevemos de um jeito para
vender, impressionar, informar, registrar conhecimentos, facilitar a consulta do
originaletc. Ainda sobre o contexto de produção, o que você acha que está faltando?
Sabemos que escrever um texto sob pressão, num dia de prova, é muito diferente de
escrevermos sobre o mesmo assunto na hora que costumamos estudar, não é
mesmo? Além disso, há resumos que são escritos e vêm junto com o trabalho original,
como artigos científicos, monografias, e outros são produzidos imediatamente ou
muito depois da publicação (circulação do texto original), como livros, filmes etc.
N ossa última análise passa por isso: será que o lugar onde o texto será
publicado/divulgado mudará minha escrita?
5.Divulgação
Sim, para cada local possível onde o texto circulará, escreveremos de um jeito.
Escreve-se diferentemente para um jornal, assim como para um livro que será editado
para um público especializado na área. A nossa produção é afetada por sabermos
onde nosso texto será publicado.
A tividade
Escolha um resumo e analise os cinco pontos que vimos até agora. Publique seus
resultados, junto com o resumo analisado, no Ambiente Virtualde Aprendizagem.
Fiq ue de olho
E o resumo que os professores pedem na universidade? Veja o que diz Andréa Lourdes
Ribeiro no seu artigo Resum o acadêm ico:um a tentativa de definição*:
“...defino como resumo acadêmico um texto que explicita de forma clara uma compreensão
global do texto lido, produzido por um aluno-leitor que tem a função demonstrar ao
professor-avaliador que leu e compreendeu o texto pedido, apropriando-se globalmente
do saber institucionalmente valorizado nele contido e das normas as quais o gênero está
sujeito. N essa esfera de circulação, a função do resumo acadêmico é ser um texto
autônomo, que recupera de forma concisa o conteúdo do texto lido numa espécie de
equivalência informativa que conserva ou não a organização do texto original.
Q uanto à função, vemos que o resumo no contexto acadêmico serve tanto ao aluno, como
eficiente instrumento de estudo dos inúmeros textos teóricos e científicos que tem que ler,
quanto ao professor, como instrumento de avaliação que permite verificar a compreensão
globaldo texto lido. Além disso, o resumo acadêmico pode ser considerado um gênero que
proporciona ao aluno a inserção nas práticas acadêmicas.”
Agora veremos as
etapas de um
resumo.
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( ( ) C )
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( ) ,!
N esse momento, é importante saber o que você está lendo (um artigo de opinião,
uma notícia, um ensaio, uma reportagem, um romance, um texto técnico), pois cada
gênero tem um tipo de autor, um público-alvo, uma intenção ou objetivo. Além disso,
é momento também de ir tentando identificar tudo que parecer significativo à
primeira leitura. Você pode fazer isso sublinhando/ assinalando/ transcrevendo
palavras, trechos e até parágrafos do original.
Cada palavra tem um sentido no contexto que a envolve, portanto, é hora de você
procurar o significado das palavras que não conhece no vocabulário do texto, se
houver, ou em algum dicionário, ou mesmo em livros técnicos que apresentem o
significado de termos da área específica. Essa etapa é muito importante para a
compreensão, além de servir para ampliar seu vocabulário.
O esquema é muito pessoal. Você pode usar símbolos, palavras abreviadas, chaves,
desenhos, flechas, letras maiúsculas, pois esquematizar é também a reelaboração do
plano autor, é como se fosse o resumo ainda não redigido. N ele, aparece a idéia
principal, ou seja, a(s) idéia(s) mestra(s) - argumentos, justificativas ou estratégias e a
conclusão a que o autor chegou. O seu esquema pode conter as idéias secundárias
(estratégias de convencimento já estudadas) claramente expostas, para você
entender o texto original, mas elas não farão parte do resumo final.
4.Escrita do resum o
Esse é o seu momento, é o seu texto, você escreverá a(s) idéia(s) – argumentos -
contida(s) na obra que leu, fazendo a reelaboração do texto original. Lembre-se de
sempre ser fiel à(s) idéia(s) do autor, mostrando, então, a essência do texto, mas sem
precisar transcrever trechos completos do original. O objetivo aqui é mostrar a sua
sumarização, a sua “filtragem” das informações. Se for necessário utilizar trechos do
original (para reforçar algum ponto de vista, por exemplo), esses devem ser breves e
estar referenciados (indicar autor e página).
Fiq ue de olho
Dica
Você notou que usamos as vírgulas para separar termos acessórios ou explicativos. É isso
mesmo!Você pode revisar esse conteúdo agora!
A vírgula tem três funções principais :
1.A ntecip ar informações:
N o último sábado, fomos para a aula.
Se tudo estiver certo, poderemos publicar nosso trabalho.
O caso do “e”
U samos vírgula antes do E quando ele soma duas orações com sujeitos diferentes ou
quando equivale a M AS.
“O s soldados ganham as batalhas, e os generais recebem o crédito.”
Então, quando temos duas orações unidas pelo E com o mesmo sujeito, não usamos
vírgula antes dele.
Viajamos durante dois dias e encontramos o lugar tão esperado.
Saib a M ais
Dica
Para fazer um bom resumo, você deve sintetizar com suas palavras as idéias do autor, mas
você pode fazê-lo usando vários verbos que explicitam os atos do autor do texto, como
D EFIN E, RESSALTA, EN U M ERA, IN CITA, ARG U M EN TA, EN FATIZA, TRATA D E, CLASSIFICA,
IN ICIA, CO N CLU I, N EG A, ACRED ITA, AFIRM A, sem precisar, sempre, utilizar somente D IZ.
Além disso, você pode usar os conectivos que dão idéia de conformidade, ou seja, dão o
crédito a outra pessoa. São eles: conforme, de acordo, para, como, consoante, em
conformidade com.
A tividade
A redação eletrônica
por Thereza Cristina G uerra
Escrever na Internet não é diferente de redigir no papel.As m udanças ficam m ais por conta
da form a com o se usam esses m eios.O resto perm anece igual,ou seja,clareza e concisão
continuam contando pontos.
Escrever bem na era da internet é uma tarefa que exige, pelo menos, um pouco de
atenção e cuidado. Com os textos cada vez mais curtos e objetivos, os erros que
aparecem são enormes. A desculpa é a rapidez e a digitação. M uitos e-mails são
recebidos. H á que se responder a todos. Estamos todos correndo para bater o recorde de
quem recebe mais e-mails. E cheios de erros. O ra, também nas home-pages
encontramos artigos sem sentido ou aqueles tão longos que nem paramos para ler.
As técnicas de redação não mudaram só porque estamos na internet. Pelo contrário,
devemos reparar mais no que escrevemos, porque nossa imagem profissional também
passa pelo e-mail. Primeiramente, vamos salientar a importância de pensar. Para
escrevermos um texto que atinja o leitor, é imprescindível sabermos pensar. O que
significa analisar, raciocinar, testar e criar a redação? O texto deve ser lógico, com frases
harmoniosas e ligadas entre si.
Vejamos algumas características de uma redação clara e precisa na internet:
Estrutura do texto: delimitar o objetivo do texto e escolher o tema. Aqui, devem-se
evitar detalhes sem importância para o leitor, embora pareçam belos ou pitorescos para
o redator.
Fiq ue de olho
N ão se esqueça de indicar dados sobre o texto resumido, como o autor e título, onde foi
publicado e/ou data de publicação, além das ações do autor durante seu texto, por
exemplo, o autor aborda, define, esclarece etc.
O b jetivo
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Vamos conhecer
um resumo bem
mais acadêmico?
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Fiq ue de olho
O resumo científico serve para responder a duas perguntas básicas: o que o autor do
trabalho pretende mostrar e do que trata o texto.
Exem p lo 1
M étodos para avaliação das emissões de gases do efeito estufa no sistema solo-atmosfera.
A escolha do método para avaliar as emissões de gases do efeito estufa (G EE) é uma etapa
importante para o conhecimento e/ou desenvolvimento de práticas agrícolas com
potencial de mitigação do aquecimento global. A presente revisão tem por objetivo
apresentar vantagens e limitações de métodos utilizados para quantificação dos fluxos de
dióxido de carbono (CO 2), metano (CH 4) e óxido nitroso (N 2O ) no sistema solo-atmosfera.
O balanço dos estoques de C orgânico no solo em sistemas conservacionistas de manejo
permite avaliar o influxo líquido anual de C-CO 2 atmosférico no solo em comparação a
sistemas de manejo convencional. M aior sensibilidade na determinação direta das emissões
de CO 2 in situ pode ser obtida pelo uso de câmaras sobre o solo. N esse caso, podem ser
determinadas taxas diárias com o método da captura do CO 2 em solução alcalina e
quantificação por titulação, e taxas horárias com o uso de analisadores automáticos de
infravermelho ou cromatógrafos a gás. Pelo uso de cromatografia, é possível também a
avaliação das emissões de N 2O e CH 4 os quais apresentam, respectivamente, potencialde
aquecimento global296 e 23 vezes superior ao do CO 2. A análise dos três G EE é necessária
quando se objetiva avaliar o potencial de um dado sistema de manejo na mitigação do
aquecimento global, o qualpode ser expresso em C equivalente.
Palavras-chave : aquecimento global; seqüestro de C; absorção de CO 2 em soluções
alcalinas; analisadores de infravermelho; cromatografia gasosa.
CO STA, Falberni de Souza et al. M étodos para avaliação das emissões de gases do efeito estufa no sistema solo-
atmosfera. Cienc. Rural., Santa M aria, v. 36, n. 2, 2006. D isponívelem:
<http://w w w .scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext& pid=S0103-84782006000200056& lng=pt& nrm=iso>. Acesso
em: 24 M ar 2007. Pré-publicação. doi: 10.1590/S0103-84782006000200056
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Fiq ue de olho
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Exem p lo
Exem p lo – C ontinuação...
psicomotora já existente. (D)Todos foram unânimes em afirmar que, após o uso de álcool,
tornaram-se nervosos e impacientes, confirmando que o efeito desinibidor do álcoolseria o
principal responsável por seu papel de agente facilitador de delitos de baixo e médio
potencialofensivo.
Palavras-chave:D elito. D rogadição. Personalidade. Justiça.
D isponívelem:
http://w w w .unicap.br/pesquisa/pibic/dow nload/Resumos_Expandidos_Bolsistas_CN Pq_FACEPE.pdf. Acesso em:
30/03/2007. [adaptado]
A tividade
Resum o 1
CARN EIRO , G abriela Raeder da Silva; M ARTIN ELLI, Selma de Cássia; SISTO , Fermino Fernandes.
A utoconceito e dificuldades de ap rendizagem na escrita. Psicol.Reflex.Crit., 2003, vol.16, no.3, p.427-
434. ISSN 0102-7972.
Resum o 2
SAW AYA, Sandra M aria. A lfabetização e fracasso escolar: p rob lem atizando alguns pressup ostos da
concep ção construtivista. Educ.Pesqui., jan./jun. 2000, vol.26, no.1, p.67-81. ISSN 1517-9702.
O objetivo deste artigo é contribuir com elementos para o debate das questões relativas à
alfabetização e ao fracasso escolar das crianças de baixa renda. Parte-se de resultados de uma
pesquisa que examina algumas teses que, tendo como uma das suas bases conceituais a
teoria construtivista de Emília Ferreiro e Ana Teberosky, vêm norteando as políticas públicas
de alfabetização em nosso país desde a década de 1980. Levaram-se também em conta
dados de pesquisas anteriores que estudaram a presença dos materiais escritos na cultura
popular. O s pressupostos construtivistas acerca do desenvolvimento cognitivo das crianças
das camadas populares e suas relações com o texto escrito foram analisados a partir de uma
linha de pensamento da H istória Cultural, que vê a leitura e a escrita como práticas culturais,
A tividade – C ontinuação...
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Enfim, seguem
algumas
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resumo!
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Dica
Fiq ue de olho
*Esta não é uma regra, e sim uma sugestão, já que, dependendo do meio de circulação, são pedidas tantas
palavras quanto a Revista ou o Congresso achar pertinentes.
U nidade 3
resumos, está em condições de produzir os seus textos com mais
segurança e melhor desempenho. O que pretendemos aqui é
desenvolver a sua competência discursiva, isto é, a sua capacidade de
interagir com o outro por meio de seu texto, a partir da sua
compreensão sobre um gênero textualespecífico: a resenha.
O bjetivo
O objetivo desta unidade, em relação ao estudo e elaboração de
resenhas, é a compreensão da estrutura e das condições exigidas para
a sua produção.
Tem a 1 – Por que a resenha é um gênero textual
O b jetivo
“Como um gênero textual, uma resenha nada mais é do que um texto em forma de
síntese que expressa a opinião do autor sobre um determinado fato cultural, que pode
ser um livro, um filme, peças teatrais, exposições, show s etc.
O objetivo da resenha é guiar o leitor pelo emaranhado da produção cultural que
cresce a cada dia e que tende a confundir até os mais familiarizados com todo esse
conteúdo.
Como uma síntese, a resenha deve ir direto ao ponto, mesclando momentos de pura
descrição com momentos de crítica direta. O resenhista que conseguir equilibrar
perfeitamente esses dois pontos terá escrito a resenha ideal.”
D isponívelem: < http://w w w .lendo.org/como-fazer-uma-resenha/> . Acesso em: 02/02/2008
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Exem p lo 1
Leonardo Affonso de M iranda Pereira. Footb allm ania - U m a H istória Social do Futeb ol
no Rio de Janeiro, 1902-1938.Rio de Janeiro, N ova Fronteira, 2000.
por Elio G aspari
U ma beleza de livro, sobre um grande assunto, que a erudição do autor transformou num
retrato da sociedade do período. Em pouco mais de 30 anos, um jogo de ingleses e grã-
finos brancos transformou-se numa paixão popular, para desgosto de alguns dos seus
primeiros admiradores. D ois negros tornaram-se heróis nacionais, numa época em que a
Europa via a sacralização do mito ariano.
M iranda Pereira começa seu estudo em 1902, quando a bola já tinha chegado ao Brasil.
N esse ano jogou-se no Rio Cricket Club um "match de foot-ball" em homenagem à
coroação de Eduardo VIIda Inglaterra e, acima de tudo, fundou-se o Fluminense.
Anos depois, quando o esporte dos grã-finos começou a ganhar popularidade, começaram
as reclamações. Em 1906, em tese defendida na Bahia, um médico reclamava: o "foot-ball"
só devia ser praticado pela "mocidade mais preparada". Além disso, percebia-se, ainda em
1910, que aquele jogo de bola estava subvertendo a hierarquia social. Q ualquer um podia
jogá-lo, mas logo o Club Sportivo dos Liberais, informava que aceitaria um número
ilimitado de sócios de todas as nacionalidades, "exceto pessoas de cor". N a outra ponta, o
Exem p lo 1 – Continuação...
Bangu, formado em torno de uma fábrica, tinha operários e negros no seu time. Em 1906 o
negro Paulino jogava no Botafogo. Foi Carlos Alberto, do Fluminense, quem deu apelido ao
clube. Chamado de "mulato pernóstico" entrou em campo com o rosto empoado. Suou e a
pasta derreteu-se. D aí veio o "pó de arroz".
Fez-se de tudo para impedir que a choldra jogasse bola na rua, que os negros entrassem em
campo. D epois, para mantê-los longe das sedes sociais dos clubes.
Criteriosamente ilustrado, o livro do professor M iranda Pereira (U nicamp) é uma exibição de
competência. (Ele achou o escritor Coelho N eto, de chapéu, terno branco e bengala, no Fla-
Flu de 1917 e resgatou os ataques que Lima Barreto fazia à sua visão plutófila do jogo.)
Pesquisou atas de clubes, coleções de jornais e arquivos particulares. N um assunto em que
as novidades são quase sempre produto de bibliografias requentadas, ele foi buscar a
história da vitória do futebol sobre o preconceito. Tanto o preconceito do andar de cima,
que a certa altura quis conter a popularidade do futebol, quanto da esquerda anarquista,
que não via com bons olhos e felicidade dos operários que ficavam jogando bola em vez de
batalhar pela revolução.
Emociona ler a entrada em campo (da história do Brasil, muito mais que do futebol) de
Leônidas e D omingos da G uia, a quem o professor dedicou o livro.
Fiq ue de olho
A tividade
O texto sobre Footballm ania – U m a H istória Socialdo Futebolno Rio de Janeiro, 1902-1938
é uma resenha; portanto, há um resumo e comentários. Identifique os comentários feitos
sobre:
O livro: ____________________________________________________________________
O autor: ___________________________________________________________________
Fiq ue de olho
N a mídia as resenhas também são chamadas de resumo crítico ou resenha crítica; muitas
vezes não há indicação do gênero. Para poder identificá-las é necessário conhecer sua
estrutura.
Em Portugal a resenha é chamada de recensão por isso quem faz uma resenha pode ser
designado recensor ou resenhista.
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Dica
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Fiq ue de olho
Dica
O gênero resenha pode informar/divulgar sobre: livro, filme, revista, poema, quadro,
escultura, artigo, objetos... Para você identificar uma resenha verifique se no texto há, no
mínimo, descrição e comentários críticos sobre o objeto resenhado.
Vamos a outro
exemplo!
Exem p lo 2
Exem p lo 2 – Continuação...
A falta de dinheiro, alegado* pela produção para a concepção do film e, resultou em algo
positivo. O film e tem um a bela direção de arte, figurinos críveis, atores interessantes,
poucas e eficientes locações e trilha sonora inquietante. É im pressionante com o a platéia
cria um a em patia com o personagem de Selton Mello, o que faz toda a diferença.Lourenço
é antes de tudo um ser solitário, que cria em sua m ente doentia um a im agem fragm entada
do paique não conheceu, do am or que não se constróipara ele da form a com o im agina e
da relação dúbia que há entre dinheiro e poder.
O Cheiro do Ralo é antes de tudo um a provocação sadia e bem feita.Ousado e bem acabado
com o o bom cinem a deve ser.Não é a toa que foiescolhido com o o m elhor film e da Mostra
Internacional de Cinem a de 2006 (público e crítica), e no Festival do Rio 2006, levou os
prêm ios de m elhor film e da crítica e de ator, além de ter representado o Brasilno Sundance
Film Festival.
Depois da chatérrim a adaptação do clássico de Dostoievski, Crim e e Castigo, que resultou
em Nina (2004), Dhalia m ostra que chegou para fazer diferença no cenário cinem atográfico
nacional.O Cheiro do Ralo é irresistível, confira.
Título Original:O Cheiro do Ralo
G ênero:Com édia
Duração:112 m in.
Ano:Brasil- 2007
Distribuidora:Film es do Estação
Direção:Heitor Dhalia
Roteiro:MarçalAquino e Heitor Dhalia, baseado em livro de Lourenço Mutarelli
Site Oficial:w w w .ocheirodoralo.com .br
Ó tim o:
Bom :
Regular:
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Ativid ad e
No exem plo 2, Rodolfo Lim a resum e e com enta sim ultaneam ente. Copie a resenha sobre
o film e O Cheiro do Ralo em um docum ento W ord e coloque em destaque as palavras ou
frases que expressam a avaliação do resenhista (usando o Realce am arelo disponível na
barra de ferram entas).
Exem p lo 3
Ativid ad e
No exem plo 3, sobre o livro U m a Sociedade Secreta - O enigm a das Figuras Vivas, o que
caracteriza o texto com o resenha?
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Livro da jornalista M arleine Cohen tem erros de inform ação, m as apresenta visão
honesta e im parcialda vida do inventor
Salvador Nogueira, do G 1, em São Paulo
Ob jetivo
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Apresentar inform ações suficientes para que o leitor da resenha possa identificar e
localizar o objeto resenhado. Para a resenha de livros, é necessária a referência
bibliográfica com pleta: autor(es), título e subtítulo, lugar da publicação, editora, data,
núm ero de páginas.
Acrescentar tam bém outras inform ações pertinentes ao objeto. No caso de livros, são
dados sobre o(s) autor(es) (cham ados de “credenciais”) indicando o que faz, titulação
acadêm ica, obras publicadas, ou outros elem entos im portantes à valorização objeto
resenhado.
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2.Resum o d a ob ra
Indicar com o a obra está dividida, o m étodo em pregado, o m odelo teórico adotado e
as conclusões do autor. O resum o deve abordar os pontos essenciais, exigindo a
capacidade de análise e síntese do resenhista.Cuidado! Não se trata de um a cópia dos
trechos principais, m as, certam ente, pode haver citações de alguns trechos
considerados im portantes.Caso faça citações, é preciso indicar a referência.
Fiq ue d e olho
Mas, atenção:
Se a resenha for para publicação em periódicos com fins de persuadir o leitor a assistir ou
com prar o objeto, o resum o não deve ser com pleto, isto é, deve apenas instigar o leitor.
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Dica
U se as técnicas de leitura que aprendeu na U nidade I para facilitar a com preensão do texto.
D e:Paco U nderhill.
São Paulo:Elssevier/Cam pos,2004.
Por:M arcos Kathalian,graduado em
Com unicação Social,m estre em
M ultim eios e professor da FAE
Business School – Centro U niversitário.
e-m ail:m arcosk@ sw i.com .br
Nos tem pos atuais, de alto consum o e ideologia hedonista, certam ente os shopping
centers ocupam lugar central num a hierarquia de com pras. Sim bolizando, para m uitos,
um tem plo m oderno de conforto e lazer a preencher com com pras e entretenim ento o
vazio existencial de gerações de jovens, para outros o shopping é visto com o um local
civilizatório, no sentido de m arcar um determ inado tipo de acesso aos bens m ateriais.
Inegável, contudo, é o poder de sedução exercido por um shopping center e atire a
prim eira pedra aquele que secretam ente nunca sentiu um certo prazer em ir às com pras.
A Magia dos Shoppings (São Paulo, Elsevier, 2004), do antropólogo urbano norte-
am ericano Paco U nderhill, trata desses e de outros assuntos com propriedade.Lançado
sim ultaneam ente aquie nos EU A (em inglês, Calloff the Mall, Sim on & Schuster), o livro
possuium subtítulo bastante explicativo:Com o os shoppings atraem e seduzem .
Paco U nderhill sabe do que está falando. Antropólogo urbano dedicado ao estudo do
com portam ento de com pra do consum idor m oderno há m ais de 20 anos com sua
em presa “Envirosell”, U nderhill tornou-se m undialm ente conhecido, especialm ente no
varejo, quando publicou em 1999 o livro “W hy W e Buy”, em que descrevia as principais
conclusões de seus anos de estudo naquilo que passou a cham ar um a “ciência do
consum o”. A contribuição inovadora de Paco U nderhill foi radicalizar o conceito de
observação da situação de com pra, utilizando m étodos etnográficos.Em vez de im aginar
o que o consum idor deseja, U nderhilldedicou-se a observá-lo, anotando tudo o que via:
quanto tem po um consum idor dem ora-se em um a loja, em um a prateleira, o que olha, o
que não olha, qual o seu percurso na loja, onde pára etc.Enfim , a m etodologia consiste
em registrar continuam ente o ato de com pras e, a partir daí, tecer hipóteses explicativas
de um determ inado com portam ento, sugerindo, experim entalm ente, m elhorias no
processo de consum o.Fam osas são suas m ilhares de horas de gravação em vídeo de lojas
e consum idores em interação com am bientes varejistas e atendentes.O que se aprende,
m uitas vezes, com um a im agem , vale, com o diz o ditado, por um tratado de m arketing.
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Ativid ad es
Para com preender o que lem os, m uitas vezes precisam os buscar m ais inform ações,
principalm ente se vam os explanar algo sobre o que foilido.
a) Pesquise:O que significa “Ideologia hedonista”?
b ) Q uais são os dados apresentados pelo resenhista que lhe dá crédito ao discutir o
assunto?
c) Identifique o(s) parágrafo(s) que apresenta(m ) os seguintes itens:
1.Referência bibliográfica 4.Metodologia da pesquisa
2.Contextualização da obra 5.Apreciação
3.Resum o do livro 6.Recom endação
d) Com ente o últim o parágrafo da resenha.
Saib a M ais
Ativid ad es
a) Faça um levantam ento de resenhas em sites na sua área de estudo e poste dois
endereços.Siga o m esm o m odelo apresentado anteriorm ente, isto é, apresente o endereço
e a(s)área(s)de interesse para que os colegas possam consultar o que você encontrou.
O bjetivo
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VILAS BO AS, S. (O rg.). Formação & informação ambiental: jornalism o para iniciados e leigos.
São Paulo: Sum m us, 2004. 201 p.
Em apresentação brilhante, o organizador de Formação & informação ambiental: jornalismo
para iniciados e leigos, Sérgio Vilas Boas, cham a a atenção para o fato de jornais e jornalistas
contribuírem com a degradação am biental, não apenas com a produção do lixo dom éstico,
m as m uito m ais com a não produção de m atérias aprofundadas sobre o m eio am biente. E, de
fato, ao longo dos capítulos, é evidente que o livro clam a por m utações no jornalism o.
U m jornalismo em mutação é a exigência m aior. U rge
um a postura m ais educacional, esclarecedora e
orientadora do jornalism o especializado em m eio
am biente e da im prensa em geral. É a contribuição dos
profissionais de com unicação para sensibilizar o grande
público da relevância de se com bater os danos
am bientais, sem alarde e sensacionalism o, distante da
postura dos ecoterroristas, para quem m anifestações
pacíficas ou o processo de conscientização são esforços
inúteis. Neste sentido, energia, água, alim entos,
ecossistem as, em presas e cidades são tópicos discutidos
pelos autores, a partir da prem issa básica de que o m eio
am biente está intim am ente relacionado com valores
sociais, culturais, econôm icos, políticos e com o estágio
de desenvolvim ento científico e tecnológico das nações.
Assim sendo, o jornalista que cobre m eio am biente M aria D as G raças Targino
http://w w w .um acoisaeoutra.com .br/cult
necessita conhecim ento além do dom ínio de m eras ura/graca2.htm
técnicas jornalísticas, qual seja, dem anda um a visão
am pla de m undo, que lhe perm ita com preender o todo,
sem isolar as partes.
Resenha – Continuação...
A responsabilidade direta pela produção dos seis textos é de seis diferentes estudiosos.
D entre eles, todos são, com o o organizador, jornalistas respeitados. A única exceção fica por
conta de O do Prim avesi, engenheiro agrônom o e pesquisador científico da Em presa Brasileira
de Pesquisa Agropecuária (EM BRAPA Sudeste), além de educador am biental.
A princípio, Roberto Villar Belm onte, com Cidades em mutações, traz à tona os efeitos da
violenta degradação am biental, que com bina possíveis benefícios da m odernização agrícola e
urbano-industrial com a prom iscuidade das concentrações populacionais das áreas urbanas,
causada por lixões a céu aberto, esgotos in natura em rios e lagos, e engarrafam entos quase
infindos. Tudo isto m esm o quando a biofilia afirm a que o ser hum ano, com o as dem ais
espécies, sofre graves danos psicológicos se subm etido a am biente m enos saudáveis. O autor
propõe, com base no conceito de Ignacy Sachs, a desruralização, com o tentativa de desinchar
as m egalópoles, m as incluindo gente. É o com bate ao êxodo ruralem condições precárias. É o
com bate pelo direito à cidade para todos, sem que se perca de vista a qualidade de vida. Sem
dúvida, trata-se de um a proposta discutívelem term os de operacionalização, m as as soluções
apresentadas não podem ser sim plesm ente ignoradas.
No m om ento seguinte, Regina Scharf inicia seu texto, V erde como dinheiro, desafiando
repórteres para que façam a distinção entre expressões com uns no nosso cotidiano, com o:
papel reciclado x papel reciclável; produto vegetariano x produto orgânico e assim
sucessivam ente. É um a form a bem hum orada de denunciar a falta de conhecim ento acerca
do desenvolvim ento econôm ico sustentável, num país com o o nosso, cuja im prensa,
paradoxalm ente, cobre, com desenvoltura as tem áticas econôm icas. Em sua visão, a tem ática
am biental é, quase sem pre, folclorizada, esvaziada, reduzida e distorcida, com o confirm ado
em estudos sobre a produção da im prensa à época da Conferência das Nações U nidas sobre
M eio Am biente (ECO -92), no Rio de Janeiro. Exem plificando, pesquisa efetivada nos cinco
jornais diários de Teresina (Piauí), à época, com provou que a m aioria das m atérias veiculadas
acerca da ECO -92 tende para o sim plism o, o circunstancial, sem a devida acuidade (TARG INO ;
BARRO S, 1996).
Assim , Regina disserta sobre os conflitos de interesses, nem sem pre explícitos, entre as
em presas capitalistas, a legislação am biental, as certificações internacionais e o custo-
benefício em butido no esforço do ecologicam ente correto e da produção m ais lim pa. É
evidente que investir em m eio am biente significa custos adicionais para o em presariado. M as,
não fazê-lo custa ainda m ais, com o retratado em film e hollyw oodiano bastante com entado,
baseado em fato real. Erin Brockovich, vivida nas telas por Julia Roberts, é secretária num
escritório de advocacia e decide investigar a fundo, e por conta própria, um caso de poluição
am bientalcausado por um a em presa estadualde eletricidade, sediada num a pequena cidade
norte-am ericana, resultando num a m ulta m ilionária im posta à em presa.
O terceiro capítulo é responsabilidade de Eduardo G eraque. Perceber a biodiversidade
fazendo jus ao subtítulo – jornalism o e ecossistem as parecem (m as não são) elos perdidos –,
discute a vinculação estreita entre diversidade biológica e o seu interior e exterior. Sob esta
perspectiva, um a das funções do jornalism o am bientalé
[...]entrar na espiral de relações que a natureza oferece.N a teia de significações.N a história humana.N o
povo ribeirinho. N os grandes empresários [...] O cerne da questão ambiental, e de como o jornalismo
enxerga o problema,passa pelo preenchimento que existe hoje desse hiato entre o mundo vivo e aquele
pedaço de mundo recortado para a página do jornal ou a tela da TV.(G ERAQ U E, 2004, p. 80).
Á gua de uma fonte só retrata a experiência concreta vivenciada pela população de U beraba,
M inas G erais. O descarrilam ento, na Ferrovia Centro Atlântica, no ano de 2003, de 18 vagões
de um a locom otiva fez com que 13 deles despejassem no córrego Congonhas cerca de 720
toneladas de produtos tóxicos – m etanol, cloreto de potássio e octanol. E tudo isto a poucos
m etros de distância da estação de captação, responsávelpelo abastecim ento dos quase 260
m ilhabitantes do m unicípio m ineiro, causando pânico im ediato.
Resenha – Continuação...
A partir deste fato, André Azevedo da Fonseca discorre sobre o problem a da água potável
com o um a questão real, que requer soluções im ediatas. No entanto, com o tudo que acontece
no m eio am biente, constituium a problem ática relacionada com diversas questões sociais, e,
por conseguinte, exige estratégias articuladas com outras áreas. No entanto, de form a lúcida,
o autor acredita que pode haver certa histeria am biental e a própria visão apocalíptica da
escassez da água pode ser contestada, segundo dados divulgados insistentem ente por um
estatístico, Bjorn Lom borg. Para esse dinam arquês, m uitos dos presságios acerca de um
futuro catastrófico para o m eio am biente resultam de “[...] um a interpretação equivocada de
estatísticas, além de im precisões conceituais, preconceitos m ovidos pela paixão ideológica e,
é claro, m uita retórica.” (FO NSECA, 2004, p. 121).
Com o texto O xigênio para a energia, Carlos Tautz alerta para a urgência de a im prensa
entender ela m esm a a idéia de um jornalism o para o desenvolvim ento: jornalism o que
expressa “[...] a variada produção de organizações sociais que em sua práxis buscam elaborar
um verdadeiro projeto de país e term inam por gerar m uito conhecim ento não-acadêm ico.”
(TAU TZ, 2004, p. 151). A partir desta idéia, discute um a nova form a de fazer jornalism o. Ao dar
voz a essas organizações, o jornalism o possibilita discutir novos paradigm as técnicos e éticos
no âm bito da agenda do desenvolvim ento internacional e, particularm ente, do
desenvolvim ento na Am érica Latina e no Brasil, em torno do m odo de produção de energia.
Alertando para o fato de que um projeto energético nacionalextrapola a questão m eram ente
técnica de geração de eletricidade, para incorporar o risco da dependência tecnológica, o
autor detalha a capacidade brasileira de diversificar a m atriz energética. Contrapondo-se à
alternativa term elétrica, que em sua opinião é injustificável em term os de realidade
am biental, econôm ica, financeira, energética e de segurança, cita outras opções, com o:
aproveitam ento de biom assa em terras agriculturáveis, captação de raios solares e
aproveitam ento do potencialeólico.
Finalm ente, O do Prim avesi apresenta D ilemas da agricultura. Trata-se de um ensaio de
extrem a lucidez, que expõe um a das contradições do Brasil. Ao m esm o tem po em que a
agricultura ocupa cerca de 70% do seu território, os agricultores, em geral, vivenciam um a
situação de extrem a pobreza e fom e, sem terem com o pagar pelos produtos que geraram , o
que o faz assim sum arizar: “a produção de alim entos colide com o am biente porque sofre de
avareza.” (PRIM AVESI, 2004, p. 177). Num a denúncia consistente, cham a a atenção para a
realidade das políticas agrícolas, grosso m odo, direcionadas para a geração de divisas para
produzir aquilo que tem bom preço no m ercado, e m ais ainda, que atende às exigências de
im portação, m esm o em detrim ento da população brasileira.
São paradoxos com o estes que a im prensa deve trazer para o grande público, dentro da linha
de pensam ento do organizador de Formação & informação..., Vilas Boas, para quem
“Jornalism o são reportagens especiais (especiais m esm o), perfis, livros-reportagem ,
docum entários audiovisuais, radiofônicos etc. [...] O jornalista deveria ser tam bém um
ensaísta, e não um sim ples transm issor passivo de inform ações” (FO RM AÇÃ O & inform ação
am biental, 2004). D e fato, acreditam os que reduzir a inform ação am bientalà m era descrição,
sem aprofundam ento e sem postura crítica, representa um risco. Risco para a coletividade,
para a ciência e para o processo desenvolvim entista de qualquer nação.
Assim sendo, seria interessante (e torcem os para que isto se concretize) que os próxim os
volum es da coleção Formação & Informação prim e pela consistência e atualidade dos tem as,
com o o faz este seu prim eiro volum e, cuja leitura é im prescindível para todos aqueles que
acreditam num JO RNALISM O que requer M U TAÇÃO perm anente, com o todo e qualquer
processo social. Afinal, num a época em que tanto falam os sobre qualidade de vida, é bom
lem brar que ela consiste, essencialm ente em “ [...] colocar o ser hum ano no centro do
Resenha – Continuação...
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A tivid ad e
Referência VILAS BO AS, S. (O rg.). Formação & informação ambiental: jornalism o para
B ibliográfica iniciados e leigos. São Paulo: Sum m us, 2004. 201 p.
________________ _____________________________________________________________________
A p resentação
Em apresentação brilhante, o organizador de Formação & informação ambiental:
d a obra – jornalismo para iniciados e leigos, Sérgio Vilas Boas, cham a a atenção para o fato de
contextualização jornais e jornalistas contribuírem com a degradação am biental, não apenas com a
e apresentação do produção do lixo dom éstico, m as m uito m ais com a não produção de m atérias
problem a que vaiser aprofundadas sobre o m eio am biente. E, de fato, ao longo dos capítulos, é
discutido na obra a evidente que o livro clam a por m utações no jornalism o.
partir da
Apresentação feita a)O que fica im plícito no subtítulo do livro?
pelo organizador do b) “Sérgio Vilas Boas, cham a a atenção para o fato de jornais e jornalistas
livro Sérgio Vilas Boas. contribuírem com a degradação am biental, não apenas com a produção do lixo
dom éstico, m as m uito m ais com a não produção de m atérias aprofundadas sobre
o m eio am biente.” O trecho sublinhado poderia ser substituído por a produção de
m atérias não aprofundadas sobre o m eio am biente sem que haja alteração de
significado?
____________________________________________________________________
U m jornalismo em mutação é a exigência m aior. U rge um a postura m ais
educacional, esclarecedora e orientadora do jornalism o especializado em m eio
am biente e da im prensa em geral. É a contribuição dos profissionais de
com unicação para sensibilizar o grande público da relevância de se com bater os
danos am bientais, sem alarde e sensacionalism o, distante da postura dos
ecoterroristas, para quem m anifestações pacíficas ou o processo de
conscientização são esforços inúteis. Neste sentido, energia, água, alim entos,
ecossistem as, em presas e cidades são tópicos discutidos pelos autores, a partir da
prem issa básica de que o m eio am biente está intim am ente relacionado com
valores sociais, culturais, econôm icos, políticos e com o estágio de
desenvolvim ento científico e tecnológico das nações. Assim sendo, o jornalista que
cobre m eio am biente necessita conhecim ento além do dom ínio de m eras técnicas
jornalísticas, qual seja, dem anda um a visão am pla de m undo, que lhe perm ita
com preender o todo, sem isolar as partes.
O parágrafo acim a resum e as idéias principais do livro sobre o jornalism o
especializado em m eio am biente.
a)O que está im plícito em a im prensa em geral?
b)Q uais são os tópicos que serão discutidos em cada capítulo?
c)Q uais são os conhecim entos necessários para esse tipo de jornalism o?
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A p resentação d os A responsabilidade direta pela produção dos seis textos é de seis diferentes
autores e como se estudiosos. D entre eles, todos são, com o o organizador, jornalistas respeitados. A
comp õe a obra única exceção fica por conta de O do Prim avesi, engenheiro agrônom o e
pesquisador científico da Em presa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EM BRAPA
Sudeste), além de educador am biental
a) Q uais são as inform ações apresentadas sobre os jornalistas que lhes dão crédito
para publicar essa obra?
b)O que credencia o engenheiro agrônom o a tratar do assunto nesse livro?
____________________________________________________________________
Resum o do 1º capítulo A princípio, Roberto Villar Belm onte, com Cidades em mutações, traz à tona os
efeitos da violenta degradação am biental, que com bina possíveis benefícios da
m odernização agrícola e urbano-industrial com a prom iscuidade das
concentrações populacionais das áreas urbanas, causada por lixões a céu aberto,
esgotos in natura em rios e lagos, e engarrafam entos quase infindos. Tudo isto
m esm o quando a biofilia afirm a que o ser hum ano, com o as dem ais espécies, sofre
graves danos psicológicos se subm etido a am bientes m enos saudáveis. O autor
propõe, com base no conceito de Ignacy Sachs, a desruralização, com o tentativa
de desinchar as m egalópoles, m as incluindo gente. É o com bate ao êxodo ruralem
condições precárias. É o com bate pelo direito à cidade para todos, sem que se
Assim , Regina disserta sobre os conflitos de interesses, nem sem pre explícitos,
entre as em presas capitalistas, a legislação am biental, as certificações
internacionais e o custo-benefício em butido no esforço do ecologicam ente correto
e da produção m ais lim pa. É evidente que investir em m eio am biente significa
custos adicionais para o em presariado. M as, não fazê-lo custa ainda m ais, com o
retratado em film e hollyw oodiano bastante com entado, baseado em fato real. Erin
Brockovich, vivida nas telas por Julia Roberts, é secretária num escritório de
advocacia e decide investigar a fundo, e por conta própria, um caso de poluição
am biental causado por um a em presa estadual de eletricidade, sediada num a
pequena cidade norte-am ericana, resultando num a m ulta m ilionária im posta à
em presa.
a) Regina Scharf com para os textos sobre econom ia e m eio am biente veiculados
pela im prensa. No que eles se distinguem ?
b)Em que Regina Scharffundam enta seu próprio texto?
c)Por que ela escolheu um film e hollyw oodiano com o exem plo?
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Resum o do 3º capítulo O terceiro capítulo é responsabilidade de Eduardo G eraque. Perceber a
biodiversidade fazendo jus ao subtítulo – jornalism o e ecossistem as parecem
(m as não são) elos perdidos –, discute a vinculação estreita entre diversidade
biológica e o seu interior e exterior. Sob esta perspectiva, um a das funções do
jornalism o am bientalé
A partir deste fato, André Azevedo da Fonseca discorre sobre o problem a da água
potávelcom o um a questão real, que requer soluções im ediatas. No entanto, com o
tudo que acontece no m eio am biente, constitui um a problem ática relacionada
com diversas questões sociais, e, por conseguinte, exige estratégias articuladas
com outras áreas. No entanto, de form a lúcida, o autor acredita que pode haver
certa histeria am bientale a própria visão apocalíptica da escassez da água pode ser
contestada, segundo dados divulgados insistentem ente por um estatístico, Bjorn
Lom borg. Para esse dinam arquês, m uitos dos presságios acerca de um futuro
catastrófico para o m eio am biente resultam de “[...] um a interpretação equivocada
de estatísticas, além de im precisões conceituais, preconceitos m ovidos pela paixão
ideológica e, é claro, m uita retórica.” (FO NSECA, 2004, p. 121).
jornalista deveria ser tam bém um ensaísta, e não um sim ples transm issor passivo
de inform ações” (FO RM AÇÃ O & inform ação am biental, 2004). D e fato, acreditam os
que reduzir a inform ação am bientalà m era descrição, sem aprofundam ento e sem
postura crítica, representa um risco. Risco para a coletividade, para a ciência e para
o processo desenvolvim entista de qualquer nação.
Assim sendo, seria interessante (e torcem os para que isto se concretize) que os
próxim os volum es da coleção Formação & Informação prim e pela consistência e
atualidade dos tem as, com o o faz este seu prim eiro volum e, cuja leitura é
im prescindível para todos aqueles que acreditam num JO RNALISM O que requer
M U TAÇÃ O perm anente, com o todo e qualquer processo social. Afinal, num a época
em que tanto falam os sobre qualidade de vida, é bom lem brar que ela consiste,
essencialm ente em “ [...] colocar o ser hum ano no centro do processo de
desenvolvim ento, criando políticas e instrum entos que assegurem um a
distribuição m ais eqüitativa dos benefícios do crescim ento econôm ico.”
(PRO G RAM A D AS NAÇÕ ES U NID AS PARA O D ESENVO LVIM ENTO , 1999, p. III).
Saiba M ais
O bservação: sobre a polêm ica obra de Bjorn Lam borg, basta acessar:
http://w w w .com ciencia.br
Lá você encontrará a resenha sobre o seu livro The skeptical environmentalist, elaborada por
Roberto Belisário.
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2.D estinatário
Considere quem receberá as suas inform ações e respeite o seu público leitor. Leve em
consideração os seus possíveis leitores, cuidando do m odo com o vaitransm itir a sua
inform ação. Preocupe-se em saber com o receberão a sua inform ação e saiba que será
avaliado em relação ao m odo de expressão das idéias redigidas, porque os textos
escritos se constroem de acordo com a projeção que o autor faz dos seus possíveis
leitores.
3.O bjetivo
Não deixe para fazer no últim o dia, porque a produção de texto próprio exige tem po e
disposição para revê-lo e fazer alterações. Se você se sentir sob pressão, a qualidade
das inform ações pode ficar com prom etida.
5.D ivulgação
Prim eiro, seu texto vai ser divulgado para os colegas e para o professor, m as depois
poderá ser divulgado em sites e revistas.
Fiq ue d e olho
O seu texto não pode ser um a cópia dos trechos que você considera im portantes. Trata-se
de um novo texto, o seu texto!
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D ica
Releia seu texto e confira a estrutura, as inform ações, o seu m odo de escrever. Capriche!
Você é o escritor do seu texto!Tente!Será um a experiência nova, porque, com o suporte do
com putador você não precisará ficar “passando a lim po”.
A tivid ad e
Para você aplicar os conteúdos aprendidos até aqui, apresentam os quatro opções, das
quais será escolhida um a, para a elaboração da sua resenha.
O que ler
1ª opção: com bine com o seu professor a que film e você deve assistir para elaborar um a
resenha. Nesse caso, não esqueça de indicar o diretor do film e, a duração, o ano.
2ª opção: leitura do livro O broto. Trata-se de um livro de im agens (32 páginas), de autoria
de Rogério Borges, publicado pela editora M oderna.
3ª opção: a critério do professor, conform e a área de interesse do curso.
Como digitar
D igitar em docum ento W ord com as seguintes especificações:
M argens: superior - 3cm
inferior - 2cm
esquerda - 3 cm
direita - 2cm
Fonte: Times N ew Roman 12
U nidade 4
construção de um texto envolve m om entos diferentes. Segundo Fiad
e M ayrink-Sabinson, esses m om entos são o planejam ento, a própria
escrita, a leitura do texto pelo autor e as m odificações a partir dessa
leitura (1993). Assim , nesta unidade, você verá alguns princípios
básicos para apresentar inform ações escritas em form a de um Ensaio,
de acordo com as condições e critérios que o tem a assim exige.
O bjetivos
Ao concluir esta unidade, você deverá ser capaz de:
(Re)conhecer o conceito e exem plos do gênero Ensaio.
Identificar a estrutura do Ensaio.
Solucionar dúvidas sobre o padrão da língua escrita.
As relações sem ânticas (lógicas)estabelecidas por conectivos.
Treinar o em prego de conectivos que estabelecem relações
lógicas.
Redigir um Ensaio acadêm ico.
Tema 1 – Ensaio e gramática contextualizada
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Exemp lo
Ensaiando a vida!
D e M ariana Rezende Costa
Ensaio. Tentativa, experiência, treino. O “hom em da torre” sabia o que estava fazendo.
Legou ao m undo textos instigantes e incrivelm ente incisivos, encantadoram ente leves,
subjetivos, pessoais. E a sutileza. A fantástica sutileza com que M ontaigne “cutuca”,
incom oda, causa im pactos. “M as esses traços, por leves que sejam , bastam a um espírito
penetrante para que adivinhe o resto”, segundo Lucrécio. A sagacidade e a perspicácia de
M ontaigne perm itiram que ele alcançasse os objetivos que tinha ao escrever. “M ontaigne
encoraja-nos a não nos iludirm os, a buscarm os por toda parte a verdade, acatando-a ainda
que im portuna ou am arga, a serm os sinceros com nós m esm os”, M aurice W eiler, apud
M ontaigne.
Acredito ser essa a característica m ais im portante de um ensaio, a capacidade de nos
arrancar, por instantes, a venda, de transtornar nossa cegueira e alienação, perturbar a
m ediocridade de nossas vidas, nos em purrando, assim , em direção à verdade. Porque, um a
vez que enxergam os, m esm o que através de instantâneos insights, que existe m ais do que
podem os ver em nosso m ecânico cotidiano, a partir desse m om ento tem os a chance de,
por nós m esm os, com nossas próprias m ãos, retirar a venda e partir em busca do im plícito,
daquilo que não faz parte do que o sistem a nos im põe com o única m aneira possível, com o
verdade.
U m ensaio pode ser um estalar de dedos diante de nossos olhos, um tapa no rosto, água no
ouvido, um soco na boca do estôm ago. Ensaio de qualidade é o ensaio que incom oda. Q ue
perturba a ordem . U m ensaio pode ser esteticam ente belo, estruturalm ente bem
construído, e pobre de significado. M as m esm o que seja um texto de qualidade e faça sua
parte enquanto transtorno da ordem estabelecida, não creio que possa ser um “ensaio para
a vida”, com o já ouvi e li anteriorm ente. Não se ensaia a vida. Vive-se a vida. A prim eira
representação já é a definitiva, por isso de nada adianta ensaiar já que a vida é um a
tragicom édia de im proviso, totalm ente surpreendente. No m om ento em que você com eça
o seu ensaio, já m udaram os propósitos, as situações, o m undo, as pessoas.
Bons ensaios têm o incrívelpoder de nos abrir por um m om ento os olhos e dar-nos im pulso
para lutar contra a opressão. O pressão? O pressão. O u não se sente oprim ido? Não te
oprim em as guerras, a destruição, o sofrim ento? Não te oprim e a m áquina capitalista? O u
não sabe que, conform e D rum m ond, “Am as a noite pelo poder de aniquilam ento que
encerra/ e sabes que, dorm indo, os problem as te dispensam de m orrer./ M as o terrível
despertar prova a existência da G rande M áquina/ e te repõe, pequenino, em face de
indecifráveis palm eiras”? Claro que não. Está tudo bem , na realidade. “... a areia é quente, e
há um óleo suave” para passar nas costas. E esquecer.
Fonte: Ensaios em arte final. FALE/U FM G . (Faculdade de Letras). O ficina de Produção de Textos em Língua
Portuguesa: Ensaios. O rganização de Regina Lúcia Péret D ell’Isola. 2002.
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Exemp lo
"O novo em baixador da China telefonou..." Algum as sem anas atrás este autor... (este autor?;
não: desta vez esta página contém um depoim ento pessoal, então vaina prim eira pessoa).
Algum as sem anas atrás recebiesse recado. Faz tem po que não tinha tratativas com a China,
então que quereria com igo o em baixador? A rigor, tive tratativas com a China apenas um a
vez, já lá se vão 21 anos, quando fui incum bido por esta revista de fazer um a reportagem
sobre o país, então ensaiando os prim eiros passos na direção do capitalism o, ou socialism o
capitalista, ou "socialism o de m ercado", ou seja, lá que nom e essa coisa tenha. Passei três
sem anas na terra então com andada por D eng Xiaoping, e logo ao chegar fuirecebido por
duas pessoas com quem conviveria largam ente naquele período.
A prim eira foio em baixador brasileiro, o inesquecívelItalo Zappa, já m eu conhecido. Zappa era
o desbravador-m or do Itam araty. D esbravara as relações brasileiras com as antigas colônias
portuguesas. Agora estava ajudando a desbravar as relações com a China. "Tudo aqui com eça
com a política externa", ensinou-m e ele. O m astodonte chinês antes escolhe os passos com que
se m ovim entará no m eio do m undo, depois aplica as conseqüências disso no dia-a-dia da
população. Foiassim que o afastam ento da U nião Soviética, ainda na década de 50, prenunciou
a radicalização da Revolução Chinesa. O u que a retom ada das relações com os Estados U nidos,
em 1972, executada com tal alarde que incluiu um a visita do presidente Richard Nixon,
prenunciou o processo em curso até hoje.
O utra lição de Zappa foique na China não se deve deixar o cão escapar do portão de casa. Seu
cãozinho, um vira-lata cham ado "Tu", vivia a espreitar a oportunidade de sair, sem pre que o
portão era aberto para a entrada de alguém . À s vezes conseguia. E então Zappa saía em correria
pela rua, no afã de recapturá-lo antes que algum chinês da vizinhança o fizesse. Nesse caso, o
destino provável de Tu seria a panela. Chinês gosta de com er cachorro, com o se sabe. Aliás,
chinês gosta de com er tudo. U m dito da terra apregoa que chinês com e tudo o que tenha
quatro patas, exceto m esa.
A outra pessoa que m e recebeu em Pequim foi Chen D uqin, destacado pelo M inistério das
Relações Exteriores chinês para m e servir de intérprete. Eram espantosos o dom ínio que Chen
tinha do português, inclusive do português coloquialdo Brasil, e o nívelde inform ação que tinha
do país. Seu leve sotaque, m uito leve, lem brava o do índio Juruna, então em voga. Para m im , era
a prova que faltava, irrefutável e indesm entível, de que os índios am ericanos vieram da Ásia,
caminhando pelas geleiras que então cobriam o Estreito de Bering. Chen tinha servido na
embaixada chinesa em Brasília. U ma vez, durante nossa estreita convivência, eu o peguei
comentando com outro chinês que, no Brasil, se alguém queria ligar de uma cidade para outra,
bastava discar uns numerinhos prévios.N a China não havia D D D .O utra vez, ele comentou que
quando vivia no Brasilnão tinha tempo para nada.N a China lhe sobrava tempo.
Exem p lo – C ontinuação...
A China daquele ano de 1985, embalada pelas reformas de D eng Xiaoping, apregoava como
novidades a possibilidade de as pessoas estabelecerem um negócio próprio, desde que
modesto, e a de um camponês cultivar seu próprio pedaço de terra, desde que modesto.Q uanto
às empresas, todas estatais, elas tinham ganho a possibilidade, primeiro, de tomar suas próprias
decisões, dentro de um certo limite;segundo, de vender uma parte da produção no mercado, e
não para o Estado, dentro de outro limite;e, terceiro, de se associar em joint ventures (as duas
palavrinhas eram tão freqüentes nos lábios dos chineses quanto ni hao, a expressão com que se
saúdam) com investidores estrangeiros, respeitados outros tantos limites. Com cuidados de
mastodonte, a China ensaiava entrar no baile capitalista.
A o mesmo tempo, com calculados beliscões no próprio corpo, tentava despertar de seu milenar
sono rural. Talvez fosse a esse sono que Chen se referisse ao dizer que na China lhe sobrava
tempo. M as pode haver outra explicação para o tempo que lá se estica, se expande e se
avoluma.A o contemplar certa vez a multidão de chineses que, num parque, como em todas as
manhãs, começavam o dia com os movimentos lentos e ritualísticos do tai chi, veio-me a
revelação, como um raio: a China tem parte com a eternidade. Ela é a mais antiga civilização
ainda em atividade. Viu muitas outras nascer e morrer. Tem uma experiência sem igual no
planeta Terra.
A o responder ao telefonema do novo embaixador chinês, eu me dei conta de que...sim, era o
Chen.M eu antigo intérprete e amigo chegou ao topo da carreira.N ão sei que China é essa que
ele veio representar. O leitor, ao chegar a esta página, já sabe como é a China dos dias que
correm, mas eu não li a revista ainda.O que sei é que, comunista ou capitalista, rica ou pobre, a
China impõe-se ao mundo, soberana e imperturbávelcomo um deus.
TO LED O , Roberto Pompeu de. Revista Veja, Editora A bril, edição 1968, publicada em 9 de agosto de 2006.
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Eis aqui um livro de boa-fé, leitor. [...] Q uero que através dele me vejam na minha feição
simples, natural e vulgar, sem contenção ou artifício: porque é a mim que eu pinto. O s meus
defeitos aqui se hão-de ler ao vivo, e também a minha forma singela, na medida em que mo
permitiu a reverência pública. Tivesse eu estado entre aquelas nações que se diz viverem
ainda sob a doce liberdade das primeiras leis da natureza, e asseguro-te que de bom grado eu
me teria feito pintar de corpo inteiro, e inteiramente nu. D este modo, leitor, eu próprio sou a
matéria do meu livro.
Por, Luiz Fagundes D uarte, disponível em: http://ciberduvidas.sapo.pt/index.php. Acesso em 02. mai. 2007.
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1. Introd ução
O bservações:
D entro do parágrafo introdutório de um ensaio, o autor afirma a idéia central e
qualquer informação prévia que o leitor necessite saber. G eralmente, a idéia (tema) é
declarada na segunda ou última sentença do parágrafo introdutório.
2. C orpo d o Ensaio
Resumindo:
Analisar e desenvolver o tema escolhido;
Estruturar o ensaio de forma a que o leitor possa seguir a sua argumentação;
D ar exemplos do texto que irá estudar;
M encionar a bibliografia secundária para justificar suas idéias e conclusões;
D ividir o ensaio em pequenos capítulos para tornar os argumentos mais
compreensíveis;
Indicar sempre a origem das suas citações (siga as convenções definidas pela
N orma ABN T).
3. C onclusão
A conclusão do ensaio pode ser uma sentença simples, um parágrafo ou, ainda, vários
parágrafos. O parágrafo conterá declarações concluintes que reafirmem e apontem a
idéia central. As sentenças concluintes podem também resumir os pontos principais
do ensaio. O objetivo da sentença concluinte é fazer o fechamento do texto. Assim, as
declarações não devem introduzir nenhuma idéia nova.
Portanto, lembre-se:
Apresente os resultados da sua análise;
D eixe clara a conclusão do seu trabalho;
Poderá ser introduzido um comentário pessoal ao tema;
Poderá ser indicada outra área relacionada com o seu tema, que seria interessante
estudar e pesquisar.
4. B ib liografia
Indique, por ordem alfabética, os livros que usou no seu ensaio, de acordo com as
normas de citação bibliográfica.
Fiq ue d e olho
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Exem p lo
D a d ifícilarte da conceituação
Por Bruno G ripp
Q uando Platão separou as obras literárias em gêneros, diferenciou a epopéia da tragédia e expulsou
ambas da República. Aristóteles, seu discípulo, distinguiu uma da outra, procurou qualificá-las,
conceituá-las, tornando-se o primeiro teórico da história da literatura e também uma referência no
estudo literário. Sua Poética tornou-se um paradigma da rotulagem literária, desde então os gêneros
diferenciam-se pelo modo da imitação (mimese) e não pelo seu conteúdo ou sua origem, outros
métodos de classificação possíveis.
Com o posterior desenvolvimento da literatura, outros gêneros, além da epopéia e da tragédia,
surgiram, como o romance, o conto, a lírica e o ensaio, estando estas noções tão integradas ao senso
comum, a ponto de ser impossível nos dias de hoje estudar literatura sem estudar a teoria dos
gêneros. Costuma-se classificar o romance como um texto em prosa de longa-duração temporal; o
conto como um texto, também em prosa, de curta duração temporal; a lírica, em verso, com forte
presença de um eu central, e o ensaio como um “texto, geralmente em prosa, livre, que versa sobre
um determinado assunto sem esgotá-lo, reunindo pequenas dissertações menos definitivas que um
tratado”, segundo H ouaiss.
Q uanto ao ensaio, a definição mais usual, encontrada em dicionários e até em alguns teóricos, tende a
abarcar mais do que o próprio senso comum reconhece como ensaio. Por exemplo, toda a produção
epistolar de Cícero e Sêneca e até, se formos rigorosos, o poema didático D e rerum natura de Lucrécio,
se encaixa perfeitamente nestas definições, mas ninguém chamaria Lucrécio e Cícero de ensaístas.
O nde estaria o que faz reconhecer um ensaio de um “não-ensaio?” Embora descartando de início a
tautologia “ensaio é aquilo que nós chamamos de ensaio”, é importante partir do senso comum, “do
que nós chamamos de ensaio”, para chegar no que o ensaio é. Procuro a descrição, pois a prescrição
mostrou-se ser demasiado problemática.
O que faz a O disséia ou a D ivina Comédia serem “não ensaios” já é esclarecido por qualquer
classificação encontrada, também é explicada a razão de um conto não poder ser um ensaio – o
ensaio mantém um certo caráter dissertativo – e também porque um tratado não é um ensaio – este é
mais concludente.
Resta ainda a dúvida do que faz com que as epístolas de Cícero não sejam ensaios, pois são livres
dissertações curtas sobre determinado assunto, não concludentes, e até bastante individuais. A
conclusão só pode ser feita ao analisar a história do ensaio. Pois continua descartada a chance de
serem alguns latinos ensaístas.
O gênero apareceu pela primeira vez com esse nome no final do século XVI, nos Essais, de M ontaigne.
Em 1597, antes mesmo da tradução para o inglês, já apareciam os primeiros ensaios ingleses, na pena
de Francis Bacon, sem seguir fielmente o modelo do francês, e estes dois pioneiros foram seguidos
por muitos outros. Corria então o Renascimento, era de grande produção intelectual, de contato entre
o passado medieval e a mentalidade clássica.
A maior diferença encontrada entre os modernos e os clássicos é, evidentemente, o tempo. E
arriscaria a dizer que é justamente este fator que os diferencia. O ensaio está profundamente ligado
ao mundo moderno, algo não facilmente definível e ausente das definições mais sucintas. A
individualidade do ensaio é a individualidade do homem moderno. Portanto, Cícero jamais poderia
sonhar em ser ensaísta, por mais individual que ele seja, pois esta individualidade é diferente da
moderna, é a individualidade clássica, que desconhecia o relativismo que transborda os ensaios de
um M ontaigne. O ensaio é, então, um gênero literário inseparável do homem moderno.
Esta breve investigação acerca da natureza do gênero ensaístico, do porquê de chamarmos certos
textos de ensaios, mostra que a conceituação deve ser mais uma tarefa restritiva, de procurar ordenar
o já existente do que uma demiurgia. D eve-se também repudiar a crença em uma verdade absoluta,
uma entidade platônica, para procurar no senso comum sua própria verdade. A conceituação é,
então, um mergulho no senso comum para a descoberta de seus princípios.
Referência B ib liográfíca
D icionário H ouaiss da língua portuguesa, 2001, p. 1148.
Fonte: Ensaios em arte final. FALE/U FM G . (Faculdade de Letras). O ficina de Produção de Textos em Língua
Portuguesa: Ensaios. O rganização de Regina Lúcia PéretD ell’Isola. 2002.
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Fiq ue d e olho
Fazer a concordância dos nomes e dos verbos, ter clareza sobre a forma correta de grafar as
palavras ou como acentuá-las, principalmente nos textos acadêmicos, exige um mínimo de
domínio da norma padrão da gramática da Língua Portuguesa.
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D ica
Lembrar todas as regras da G ramática da Língua Portuguesa não é tarefa muito fácil, mas
você pode resolver muitas situações quando souber onde consultar sobre sua dúvida.
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Confira: São 161 casos diferentes e muito recorrentes. Clicando sobre as sentenças você
terá uma explicação sobre a maneira correta de como solucionar os problemas.
Em http://w w w .gramaticaonline.com.br/gramaticaonline.asp?menu=2 acesso
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Vejamos alguns exemplos sobre esses conteúdos que irão qualificar a sua produção
textual no link:
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acesso em: 15.mai.07
A tivid ad e
Acadêmico, para reforçar seu conhecimento, acesse os links abaixo e faça o exercício
sugerido. Atenção: Clique na categoria referente a nossa aula.
http://w w w .portrasdasletras.com.br/pdtl2/sub.php?op=exercicios/conc1000/index
Fiq ue d e olho
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Fiq ue d e olho
N os tópicos que estudamos sobre a estrutura do Ensaio, naquela aula, as letras a, b e c estão
relacionadas à introdução do texto (formulação do problema, objetivo e a importância).
Enquanto isso, as letras d, e, f, g, h relacionam-se ao desenvolvimento (a identificação das
teses, a apresentação da tese (tema e objetivo) que se deseja defender, bem como os
argumentos a favor dessa proposição e as objeções ao que se defende). E, a letra i diz
respeito à conclusão.
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1º D esenvolvim ento
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Fiq ue d e O lho
Com base nos estudos e tema sugerido, elaborar um Ensaio, observando o que se espera
que seja contemplado nessa produção.
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