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Ministério da Saúde publica diretrizes

para parto normal no Brasil


Diretrizes foram pactuadas por atores técnicos e sociais, incluindo os conselhos
profissionais de Enfermagem (Cofen) e de Medicina (CFM)
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A Secretaria de Atenção a Saúde do Ministério da Saúde publicou, nesta


segunda-feira, no Diário Oficial da União, a Portaria 353/2017, que aprova
diretrizes para o parto normal no Brasil. “A publicação de diretrizes
baseadas em evidência científica é um passo fundamental para
desmistificar a assistência ao parto normal e contribuir com a melhoria da
assistência obstétrica no Brasil”, ressalta a conselheira federal Fátima
Sampaio, integrante da Comissão de Saúde da Mulher do Cofen, que
participou a pactuação de diretrizes.

As diretrizes foram pactuadas por atores técnicos e sociais, construindo


consensos para uma política de assistência ao parto efetiva, não apenas no
SUS, mas em todo o Brasil. A metodologia baseou-se no levantamento e
validação científica de práticas adotadas internacionalmente, adaptando-as
à realidade local e levando-as à discussão com entidades profissionais e
sociedade.
A proposta foi formulada ao longo de 2015, na Organização Pan-
Americana de Saúde (OPAS), por grupo consultivo com participação da
área técnica de Saúde da Mulher do Ministério da Saúde, da Comissão
Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), das entidades
representativas da Enfermagem e Medicina, e de representantes da
sociedade civil organizada. O grupo chegou a consensos em temas
diversos, como os profissionais habilitados para a condução do parto
e métodos farmacológicos e não-farmacológicos para alívio da dor. O
documento passou, ainda, por consulta pública, encerrada em 29 de
fevereiro de 2016.

As amplas evidências do benefício do parto normal, em situações de risco


habitual, levaram o Conselho Federal de Medicina a normatizar os critérios
éticos para a realização cesariana eletivas, estabelecendo que sejam
realizadas a partir da 39ª semana de gestação, de modo a minimizar os
riscos para o feto.

Enfermagem e o Parto Humanizado – A atuação da Enfermagem


Obstétrica é um dos pilares do processo de humanização do parto. A
assistência dessas profissionais durante o trabalho de parto está associada
ao aumento dos índices de partos normais e redução das intervenções.
Referência em humanização do nascimento, o hospital mineiro Sophia
Feldman registrou uma drástica redução no número de episiotomias com
realização de partos por enfermeiras obstétricas. O procedimento, que
ocorria em 60% dos partos em 1992, é atualmente de 4%.

Fonte: Ascom – Cofen

Atores técnicos e sociais discutem


diretrizes para parto normal
Pactuação busca construir consensos que tornem as políticas de assistência
efetivas

Propostas de diretrizes de parto normal no Brasil estão sendo pactuadas pelas


áreas técnicas e os atores sociais. Com a participação da área técnica de Saúde da
Mulher do Ministério da Saúde, da Comissão Nacional de Incorporação de
Tecnologias no SUS (Conitec), das entidades representativas da Enfermagem e
Medicina, e de representantes da sociedade civil organizada, o grupo consultivo
do Ministério da Saúde discutiu, em sua sexta reunião, nesta terça-feira (29/9) na
OPAS/OMS, as diretrizes de assistência que serão submetidas a consulta pública.
Baseada no levantamento e validação científica de práticas adotadas
internacionalmente, a metodologia adotada propõe diretrizes para o parto no Brasil,
adaptando-as à realidade local e levando-as à discussão com entidades
profissionais e sociedade. “Esta pactuação com os atores técnicos e sociais da
assistência ao pré-natal, parto e puerpério busca construir consensos que tornem
as políticas efetivas, não apenas no SUS, mas em todo o Brasil“, explica Esther
Vilela, coordenadora-geral da saúde da mulher do Ministério da Saúde do
Ministério da Saúde.
“Trata-se um processo inédito na construção de políticas públicas”, ressalta a
conselheira federal Fátima Sampaio, representante do Cofen. Para Daphne Rattner,
da ReHuNA – Rede pela Humanização do Parto e Nascimento, “o que está em
discussão é uma mudança de cultura de assistência“. As evidências científicas
internacionais apontam para um risco acrescido das intervenções desnecessárias
no parto e reforça a necessidade de investimento em assistência ao parto para
redução da mortalidade materno-infantil.
As entidades do grupo consultivo já chegaram a acordos consensuados nos
principais tópicos em discussão, incluindo os profissionais habilitados e a
necessidade de informar as mulheres sobre os riscos e benefícios da assistência
hospitalar, em Casas de Parto e do parto domiciliar. A previsão é que as diretrizes
para o parto normal entrem em consulta pública até o final de 2015. As diretrizes
para parto cesariano, já aprovadas pela Conitec, estão em fase de revisão.

Enfermagem e o Parto Humanizado – A atuação da Enfermagem Obstétrica é


um dos pilares do processo de humanização do parto. A assistência dessas
profissionais durante o trabalho de parto está associada ao aumento dos índices de
partos normais e redução das intervenções. Referência em humanização do
nascimento, o hospital mineiro Sophia Feldman registrou uma drástica redução no
número de episiotomias com realização de partos por enfermeiras obstétricas. O
procedimento, que ocorria em 60% dos partos em 1992, é atualmente de 4%.
“A assistência obstétrica no Brasil vai melhorar quando as enfermeiras
participarem ativamente dela”, afirmou o representante do CFM, Roberto de
Moares. A oferta limitada de campos de boas práticas é o principal obstáculo à
expansão das residências e especializações em Enfermeiras Obstétricas no Brasil.

Conheça as normas do Cofen sobre atuação em Enfermagem Obstétrica:


Resolução Cofen nº 477/2015– Dispõe sobre a atuação de Enfermeiros na
assistência às gestantes, parturientes e puérperas.
Resolução Cofen Nº 478/2015– Normatiza a atuação e a responsabilidade civil do
Enfermeiro Obstetra e Obstetriz nos Centros de Parto Normal e/ou Casas de Parto
e dá outras providências.
Resolução Cofen Nº 479/2015– Estabelece critérios para registro de títulos de
Enfermeiro Obstetra e Obstetriz no âmbito do Sistema Cofen/Conselhos
Regionais de Enfermagem

Atores técnicos e sociais pactuam


diretrizes sobre alívio da dor no parto
Grupo definiu diretrizes para uso de analgesia e métodos não-farmacológicos

Analgesia e métodos não farmacológicos para alívio da dor foram discutidos


na sétima reunião do grupo consultivo do Ministério da Saúde, que reúne
atores técnicos e socais para pactuar diretrizes para o parto normal no Brasil.
O grupo comparou, nesta terça-feira (27/10), evidências sobre as doses
utilizadas, o momento da aplicação, e os efeitos de métodos não
farmacológicos.
Doses reduzidas de analgésicos estão associadas à eficiência similar, com a
vantagem de preservar a mobilidade da paciente e reduzir efeitos adversos.
Intervenções no parto, inclusive analgesia, estão associados a uma menor
taxa de sucesso de parto normal. Doses adicionais de anestésicos durante o
expulsivo podem ser utilizadas, respeitando solicitação da parturiente.

“As evidências reforçam que todas as parturientes devem ter apoio contínuo
e individualizado durante o trabalho de parto e parto”, explica Kleyde
Ventura, da Abenfo (Associação Brasileira de Enfermagem Obstétrica). O
texto pactuado encoraja métodos não farmacológicos de alívio da dor, como
massagem e relaxamento, se for desejo de mulher. O texto recomenda a
movimentação livre da mulher em trabalho de parto e a alimentação, se
tolerada.
Com participação da área técnica de Saúde da Mulher do Ministério da
Saúde, da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS
(Conitec), das entidades representativas da Enfermagem e Medicina, e de
representantes da sociedade civil organizada, o grupo consultivo busca
construir consensos que tornem as política efetivas em todo o
Brasil. Baseada no levantamento e validação científica de práticas adotadas
internacionalmente, a metodologia adotada propõe diretrizes para o parto
no Brasil, adaptando-as à realidade local e levando-as à discussão com
entidades profissionais e sociedade.

As diretrizes pactuadas serão submetidas a consulta pública, em um processo


amplamente democrático. A conselheira federal Fátima Sampaio,
representante do Cofen, destaca os avanços no processo de pactuação das
políticas. “Todos os atores do processo estão engajados”, ressaltou.

Enfermagem e o Parto Humanizado – As entidades do grupo consultivo


já chegaram a acordos consensuados nos principais tópicos em discussão,
incluindo os profissionais habilitados e a necessidade de informar as
mulheres sobre os riscos e benefícios da assistência hospitalar, em Casas de
Parto e do parto domiciliar. A atuação da Enfermagem Obstétrica é um dos
pilares do processo de humanização do parto. A assistência dessas
profissionais durante o trabalho de parto está associada ao aumento dos
índices de partos normais e redução das intervenções.
A previsão é que as diretrizes para o parto normal entrem em consulta
pública até o final de 2015. As diretrizes para parto cesariano, já aprovadas
pela Conitec, estão em fase de revisão.
Fonte: Ascom – Cofen

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