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PROJETO DE INSTALAÇÕES
BARRA DO BUGRES
2014
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PROJETO DE INSTALAÇÕES
BARRA DO BUGRES
2014
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 5
OBJETIVOS .................................................................................................................... 6
Objetivo Geral ................................................................................................................... 6
Objetivos Específicos ........................................................................................................ 6
JUSTIFICATIVA ............................................................................................................ 7
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ....................................................................................... 9
2.1 Histórico da matéria-prima ............................................................................................... 9
2.2 Caracterização da matéria-prima .................................................................................... 10
2.3 Caracterização dos produtos acabados ........................................................................... 10
2.3.1 Leite UHT ...................................................................................................................... 10
2.3.2 Manteiga ........................................................................................................................ 11
2.4 Produção e mercado da matéria-prima .......................................................................... 11
2.5 Produção e mercado dos produtos acabados ................................................................. 13
2.5.1 Leite Integral UHT ........................................................................................................ 13
2.5.2 Manteiga ........................................................................................................................ 13
2.6 Consumo da matéria prima ............................................................................................ 14
2.7 Consumo dos produtos acabados ................................................................................... 14
2.7.1 Leite UHT ...................................................................................................................... 14
2.7.2 Manteiga ........................................................................................................................ 15
3. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA ...................................................................... 16
3.1 Características Gerais ..................................................................................................... 16
3.2 Justificativa da Empresa/Marca/Logomarca ................................................................. 16
3.3 Localização .................................................................................................................... 16
3.4 Mix de produtos ............................................................................................................. 18
3.5 Mercado ......................................................................................................................... 18
3.6 Concorrentes .................................................................................................................. 18
3.7 Distribuição ................................................................................................................... 18
3.8 Carga horária e Turnos .................................................................................................. 19
3.9 Quantidade de Trabalhadores ........................................................................................ 19
3.10 Missão da Empresa ........................................................................................................ 20
4 DESCRIÇÃO DOS PROCESSOS ............................................................................. 21
4.1 Fluxograma Geral da Manteiga Temperada .................................................................. 21
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INTRODUÇÃO
O leite é um alimento essencial a grande parte dos seres vivos, tão importante que
acaba por ser uma forma de diferenciação entre as espécies, sendo estas classificadas como
“mamíferos”. O grande consumo de leite se deve principalmente por este possuir valor
nutritivo significante, e também por ser natural, sendo um alimento rico em vitaminas que
contribuem para uma vida saudável em qualquer idade. Seus derivados são tão importantes e
nutritivos quanto o próprio leite, portanto ambos garantem assim uma alimentação diária mais
saudável.
O consumo de leite teve um aumento significativo de 4,4% entre 2009 e 2010, o que
segundo a Leite Brasil ainda é baixo. O Brasil vem apresentando aumento gradativo na
produção leiteira, de 2002 a 2012 a produção cresceu quase 50%. Segundo dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil no ano de 2012, produziu 32,3 bilhões
de litros, sendo ordenhadas 22.803.519 vacas, volume 49,2% superior à produção de 2002
(21,6 bilhões de litros).
Desta forma este trabalho tem por objetivo apresentar o processo de instalação do
laticínio Betel em Araputanga no Estado de Mato Grosso, assim como avaliar o potencial da
cidade, trazendo informações técnicas para o planejamento de instalação do laticínio na
cidade. O mesmo terá como portfólio de produtos, o leite UHT integral e a manteiga
temperada, entretanto o foco principal do trabalho será direcionado apenas para a manteiga
temperada, sendo este uma agregação dos condimentos orégano e salsa à manteiga
tradicional.
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OBJETIVOS
Objetivo Geral
Objetivos Específicos
JUSTIFICATIVA
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
A história do leite está diretamente ligada à história do homem e retoma aos tempos
mais remotos da civilização humana.
O mais antigo registro já encontrado sobre confinamento de vaca para a produção de
leite, é uma série de pinturas rupestres datadas de 5000 a.C. Esses registros foram encontrados
em Dahara na Líbía (COSTA, 2011).
A Bíblia também faz menção ao leite, referindo-se à Canaã, Terra prometida, como “a
terra que mana leite e mel”. Essa expressão é uma liberdade poética indicando a fertilidade e
fartura que havia na região e o quão importante era o leite para o povo daquele período
(BÍBLIA SAGRADA, 1999).
Já no Brasil de acordo com Dias (apud NOGUEIRA,2007), a primeira referência ao
leite foi feita em 1552, em uma carta dirigida ao padre provincial de Portugal na qual o padre
Manuel da Nóbrega informa que tomou doze “vaquinhas” para criação afim de que os
meninos (índios) tivessem mantimentos.
Durante o período de colonização o gado era usado como força de trabalho nos
engenhos de cana de açúcar e em seguida para a pecuária de corte. Nesta época, o leite tinha
pouco consumo, somente as crianças de pouca idade e os idosos tomavam regularmente o
produto. O leite só veio a ganhar força por volta de 1870 quando a produção de café no Vale
da Paraíba sofreu redução na produtividade devido o esgotamento do solo. O cultivo do café
seguiu para o Oeste Paulista, abrindo espaço para a produção do leite no Vale da Paraíba
(ALVES, 2012).
Com o surto da industrialização do país em 1950, a pecuária leiteira entrou na sua fase
dita moderna, porém o progresso continuou muito lento. Somente em 1980 é que o setor
exibiu dinamismo e progresso (PEREIRA, 2013).
Ainda de acordo com Pereira (2013), ao longo dos anos a produção e industrialização
do leite vem apresentando resultados crescentes, entre 1999 e 2011 a produção cresceu 55%
no Brasil.
No âmbito Estadual, Mato Grosso encontra-se em oitavo lugar na produção de leite,
estando atrás das regiões de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Goiás,
Santa Catarina e Rondônia (IBGE, 2013).
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Conhecido como Longa Vida, o leite UHT (Ultra High Temperature) é obtido pelo
processo de Temperatura Ultra Alta de Pasteurização. O Leite é homogeneizado e submetido
a uma temperatura de 130 a 150ºC, em um período de 2 a 4 segundos, e imediatamente
resfriado a uma temperatura inferior a 32ºC (ALVES, [21--?]).
Ainda de acordo com Alves ([21--?]), o choque térmico pela qual o leite passa recebe
o nome de Pasteurização, onde permite eliminar as bactérias, com isso as propriedades do
leite são conservadas sem a necessidade de refrigeração, daí o nome “longa vida”.
O leite UHT integral é constituído, basicamente de lactose, gordura, sais minerais e
proteínas, sendo rico em vitamina A, B e D, além de representar uma maior segurança ao
11
2.3.2 Manteiga
2.5.2 Manteiga
entre o período 2011/2013 e 2023, de 11,6% para a manteiga, evoluindo de 81,0 mil toneladas
para 90,4 mil toneladas. Em relação às exportações de manteiga referentes aos mesmos
períodos, o país diminuirá de 2,1 mil t para - 1,92 mil t (CONAB 2014, p. 2).
A procura por produtos lácteos no Brasil cresce a uma taxa anual de 3%, segundo
estimativas cada brasileiro consome, em média 170 litros de leite por ano. O crescimento da
população urbana e as mudanças no ritmo de vida também colaborem para o consumo de leite
no Brasil. Porém, mesmo com o crescimento dos últimos anos, o consumo per capita de leite
ainda é baixo para atender as necessidades nutricionais da população. O Ministério da Saúde
recomenda o consumo de 210 litros (média) por pessoa ao ano. Existe, portanto, um déficit de
consumo de pelo menos 40 litros por habitante (Revista AgroAnalisis, 2013).
O consumo de leite está diretamente relacionado com a renda da população. Nota-se o
aumento do consumo de lácteos quando aumenta a renda familiar. Dados do IBGE, da
Familiar de 2008, mostram o consumo de laticínios em geral em duas classes de renda da
população brasileira, para os que receberam até R$ 1.245,00/mês e acima de R$ 4.150,0 por
mês nas diferentes regiões brasileiras. A média nacional é de 30,6 kg per capita na classe de
menor renda e de 63,6 kg na maior. Na Região Sul está a população que mais consome
laticínios no País (EMBRAPA GADO DE LEITE, 2013, p 5)
Nos últimos anos, o Leite Longa Vida tem sido o vetor de crescimento do leite de
consumo no Brasil, este se encontra presente em 87% dos lares brasileiros, representa 76% do
leite fluido de consumo e mais de 47% do total de leite consumido no Brasil (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE LEITE LONGA VIDA, 2013).
Após o plano real, o consumo deste tipo de leite apresentou um aumento de 340%.
Este aumento da demanda de leite UHT também é explicado por fatores como os novos
hábitos de vida e as facilidades proporcionadas pelos supermercados (NASCIMENTO;
DÖRR, 2009).
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De acordo com a revista Laticínio (2013), com relação ao consumo per capita de leite
branco, também chamado de leite de consumo, houve um crescimento de 70% nos últimos 20
anos, saindo dos 31 litros para os atuais 53 litros por habitante/ano. E o leite longa vida teve
uma evolução espetacular nesse mesmo período. De um volume anual da ordem de 450
milhões de litros, saltou para os mais de 6 bilhões de litros em 2012.
2.7.2 Manteiga
3. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA
Betel é uma palavra com origem no Hebraico que significa “Casa de Deus”, e como a
figura de uma casa ou um lar, que traz consigo a sensação de confiança, segurança e proteção,
assim o laticínio Betel também procurará transmitir aos seus clientes através do seu nome e
marca. Sabe-se que os consumidores estão cada vez mais preocupados com os alimentos aos
quais levam para dentro de seus lares e que serão servidos para seus familiares, dessa forma o
laticínio Betel oferecerá não apenas produtos de qualidades, mas também de confiança,
produtos que serão fabricados sob a proteção e cuidado de uma grande casa, forte e bem
edificada.
3.3 Localização
matogrossense, está localizada a sudeste da capital do estado, sendo uma distância de 350
quilômetros de Cuiabá. Sua população foi contada em 2010 pelo IBGE em 15 342 habitantes,
e população estimada para 2014 de 15 926 habitantes. Está a 1.474,4 quilômetros de Brasília,
a capital federal. Sua área é de 1.602,32 km2. O município participa do Planalto Dissecado do
Parecis e da Depressão Paraguai, que apresenta-se um pouco dissecada, com pequeno
caimento topográfico de norte para o sul (PORTAL MATO GROSSO, 2010).
O Laticínio Betel terá sua planta instalada às margens da MT-475, sendo distante da
cidade, conforme vemos na figura 2.
O Laticínio Betel será localizado distante da cidade, devido a sua geração constante de
resíduos e por produzir alguns odores ruins.
Na figura 3, pode ser observadas áreas de pastagens próximas ao terreno escolhido, de
modo que facilitará o transporte da matéria-prima até a indústria.
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3.5 Mercado
3.6 Concorrentes
3.7 Distribuição
A distribuição dos nossos produtos do Laticínio Betel será feita via malha rodoviária,
por caminhões da empresa. Em primeiro instante os produtos serão distribuídos nos pontos
comerciais do município, e posteriormente serão transportados aos municípios circunvizinhos.
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O laticínio Betel irá funcionar com uma carga horária de 12 horas por dia com dois
turnos de 6 horas, sendo que este horário de trabalho é apenas para os funcionários do setor da
produção. O primeiro turno terá início ás 05h00min e terminará ás 11h00min, em seguida
começará o próximo turno, com uma nova equipe de funcionários que iniciarão o expediente
ás 11h00min e concluirá ás 17h00min. Já os funcionários do setor administrativo cumprirão
uma carga horária de 8 horas por dia, ou seja, dois turnos de 4 horas, começando o primeiro
turno as 08h00min e finalizando as 12h00min, com um intervalo de 2 horas para o almoço, e
em seguida retornando para o segundo turno que terá início ás 14h00min e finalizará ás
18h00min.
As atividades do laticínio serão realizadas de segunda à sexta-feira, e serão
interrompidas para que seja feita uma higienização mais eficiente, e manutenção das
máquinas e equipamentos, sendo estas feitas também à noite quando não há trabalhadores da
produção no local, garantindo assim, a qualidade do produto e a correta operação da
produção. Além disso, a empresa oferece treinamento e cursos de capacitação para seus
funcionários serem habilitados para operar as máquinas e equipamentos e conscientes da
utilização dos EPI’S (Equipamentos de Proteção Individual), sendo obrigatória e essencial a
utilização dos mesmos dentro do laticínio.
Leite 8
1 9
LEGENDA
6
14
7
15
22
Conforme Silva (2011), o preparo da manteiga envolve duas etapas básicas; a primeira
se refere ao preparo do creme (bruto), com a padronização, pasteurização e maturação. A
segunda etapa é o que denominamos de bateção do creme resultando na manteiga.
Kelly (2011), ainda diz que transportados de maneira adequada, o leite é pesado e
filtrado, depois encaminhado para tanques de recepção e mantido refrigerado até sua
utilização.
Silva (2011) diz que, o resfriamento é feito entre 8 a 13°C antes da maturação por no
mínimo 2 horas, como foi dito anteriormente, estes processos ocorrem no tanque maturador,
figura 11. A maturação (bateção) aprimora a qualidade sensorial da manteiga. Quanto maior o
tempo da maturação física, melhor o aspecto final da manteiga (mais amarelada, firme). Nesta
fase o creme é inoculado com cultura láctica (1,5%), acidificante e aromatizante,
proporcionando melhorias na consistência (textura) contribuindo no momento da bateção e
melhorias no aroma através da produção de substâncias voláteis.
De acordo com Rodrigues (2010), a vantagem deste processo é que a manteiga fica
mais saborosa e aromática assim como seu aspecto físico (principalmente a coloração). Pode
ser uma forma de diferenciação frente ao mercado.
paredes. Como consequência desses choques, a uma dada temperatura, os glóbulos de gordura
vão-se fundindo formando aglomerados cada vez maiores, rompendo o equilíbrio das forças
de tensão superficial existente entre os componentes do creme. Com isso, a fase descontínua,
constituída pelos glóbulos de gordura, no creme passa a ser a fase contínua na manteiga; o
soro, que é a fase contínua no creme, passa a ser a fase descontínua na manteiga. A
temperatura e o tempo da batedura dependem das condições do creme. De uma maneira geral,
o tempo varia de 20 a 40 minutos e a temperatura de 10°C a 14°C. Se o creme for batido em
temperaturas inferiores a 10°C, não haverá a formação da manteiga e, em temperaturas acima
de 15°C, formar-se-á uma pasta da qual é muito difícil separar o leitelho. Nesse ponto, deve
ser retirado o leitelho cerca de 5% do produto, com cuidado, por meio de um sistema existente
na própria batedeira. (VALSECHI, 2011). A figura 12 mostra uma batedeira.
Conforme Valsechi (2010), Uma vez separado o leitelho os grãos de manteiga devem
ser lavados para se retirar o soro residual. Esta operação é realizada introduzindo-se na
batedeira um volume de água, aproximadamente igual ao de leitelho retirado, e fazendo-se a
batedeira girar, algumas vezes, à mesma velocidade usada na batedura. Esta operação é
repetida mais duas ou três vezes, ou até que a água de lavagem saia límpida.
Inicia-se a lavagem com água a 8°C e, no final, utiliza-se água a 4°c, para facilitar o
dessoramento e evitar que a manteiga amoleça durante o amassamento. A lavagem deve ser
completa, eliminando-se ao máximo a matéria não gordurosa existente no leitelho e que é a
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fonte de nutrição dos germes fermentativos da manteiga. Esse processo pode ser realizado na
batedeira.
4.2.11 Malaxagem
De acordo com Silva (2011), é por esta operação que se consegue unir os grumos de
gordura, dando homogeneidade e elasticidade à manteiga, bem como regulando seu conteúdo
de água. Proporciona o corpo final da manteiga, com regulagem do teor de água e distribuição
por igual dos temperos.
A temperatura de malaxagem deve ser da ordem de 12°C a 14°C durante
aproximadamente 10 minutos.
4.2.10 Armazenamento
Tanques de
1,5 1,5 3 5000L
armazenamento
5.2 Balanços
Legenda:
1. Padronização do Creme
2. Pasteurização
Processamento 3. Resfriamento e Maturação
Manteiga
4. Bateção
4500L de creme
9,27Kg de 5. Lavagem da Manteiga
bicarbonato 6. Adição de Temperos
de sódio
1 7. Malaxagem
8. Moldagem e Embalagem
9. Armazenamento
44,82Kg de sal;
22,41Kg de Salsa;
2 8,96Kg de orégano. Entra
1700L de
Sai
água
67,5L de
cultura
láctica 9
3 4 5 6 7 8
4552,88Kg de
Figura 14: Balanço de Massa da Manteiga Manteiga
Fonte: Elaborado pelo autor
32
Qtd: 1
Capacidade:
Qtd: 1 10000L/h Qtd: 1
Qtd: 4 Capacidade: Capacidade:
Capacidade: Qtd: 1
15000L Capacidade: 15000L/h 15000L/h
60Ton.
1 2 4 5
Qtd: 1 3
Capacidade: Qtd: 3 Qtd: 2 Qtd: 2
Capacidade: Capacidade: Qtd: 2 Capacidade:
5000L Qtd: 1 Capacidade:
Capacidade: 2000L/h 3400L/h 1 tonelada
2200L/h
5000L/h
6 7 8 9 10 11
6 6 8 8 8
6 6 6
Figura 15: Balanço de equipamentos
Fonte: Elaborado pelo autor
Legenda:
1. Caminhão tanque 7. Centrífuga Padronizadora
2. Balança 8. Tanque Maturador
3. Máquina de Recepção 9. Batedeira
4. Tanque de Resfriamento 10. Dosadora, envasadora e seladora
5. Centrífuga Padronizadora do Leite 11. Empilhadeira
6. Tanque de recepção do creme
33
6 DIMENSIONAMENTO DE PROCESSOS
Setores
Operação Processamento Embalagem Armazenamento
Padronização do Creme
Pasteurização
Resfriamento e Maturação
Bateção do Creme
Lavagem da Manteiga
Adição de Temperos
Malaxagem
Moldagem
Armazenamento
6.3 Mapofluxograma
Esta esquematização refere-se ao tempo que cada etapa necessita para realizar a sua
função.
Como podemos observar na figura 26 o processo de produção de manteiga não é
terminado no mesmo dia, pelo fato de haver um processo que demanda grande quantidade de
tempo, sendo este de cerca de 20 h, processo este de suma importância para a qualidade do
produto final.
Manteiga
Atividade Tempo 12 12 2h 22h 22h 23h 23h 23h 23h
min min 12 12 47 17 27 37 37
e 15 min min min min min min min
seg e 15 e 15 e 15 e 15 e 15 e 15 e 15
seg seg seg seg seg seg seg
Armazenamento
de Creme
Padronização do 12 min
Creme
Pasteurização 15 seg
Resfriamento 2 horas
Maturação 20 horas
Bateção do 35 min
Creme
Lavagem da 30 min
Manteiga
Adição de 10 min
Temperos
Malaxagem 10 min
Moldagem e 20 min
Embalagem
Armazenamento
Legenda:
A: Absolutamente Importante
M: Muito Importante
I: Importante
Recepção do Creme P: Pouco Importante
A D: Desprezível
Padronização do Creme M O: Indesejável
A M
Pasteurização do Creme A P
I P
A
M I P
Resfriamento e Maturação I P
M
A
Bateção do Creme A M I D
A A M D O
Lavagem da Manteiga A A D O
A A D O
Adição de Temperos A M O
A M O
Malaxagem M O
M O
Moldagem e Embalagem O
O
Armazenamento
O laticínio Betel é uma empresa que se preocupa com o destino dos seus resíduos,
pois, as indústrias de laticínios são consideradas, dentre as indústrias alimentícias, as mais
poluentes, devido ao seu elevado consumo de água e geração de efluentes líquidos, que por
sua vez, constituem a principal fonte de poluição dessa tipologia de indústria (VOURCH et
al., 2008 apud ANDRADE, 2011). Sendo assim, esses efluentes se caracterizam por
apresentar elevada carga orgânica e de nutrientes, e, quando descartados de maneira incorreta,
podem causar grandes problemas ambientais.
No Laticínio em questão, é possível constatar que o volume de efluentes gerado está
relacionado não somente com o volume de leite processado, mas também entre a vazão de
efluentes líquidos gerados e a vazão de água consumida, (no caso da indústria, depende do
horário e do tipo de atividade executada), sendo que, é mais comum a ocorrência de maior
geração dos efluentes líquidos no momento de pico. Assim, a empresa procura ter
conhecimento e controlar o volume de água consumido, uma vez que este dado avalia a
quantidade correspondente à vazão de efluentes produzidos na indústria.
Conforme (MACHADO et al., 2002 apud ANDRADE, 2011), a maioria dos efluentes
são gerados a partir de operações que envolvem lavagem e limpeza, descarga e descartes e,
vazamentos e derramamentos. As operações de lavagem e limpeza consistem no enxágue e
desinfecção de latões de leite, tanques diversos, e tubulações, com fins de remoção de
resíduos de leite e outras impurezas, e na lavagem de pisos. É válido destacar que, os
efluentes gerados nas etapas de lavagem correspondem de 50 à 95% do volume total de
efluentes gerados. (DANFIN, 2001 et al ANDRADE, 2011).
Devolução ao produtor;
Utilização para produção de produtos como queijo parmesão, requeijão, mussarela,
etc. ou utilização como ração animal;
Descarte como efluente a ser tratado, o que representará simplesmente custo para a
indústria.
44
As carretas que chegam às indústrias são lavadas externamente para uma limpeza
grosseira. Em seguida é efetuado o descarregamento do leite, acompanhado de uma limpeza
interna de seu tanque na seguinte sequência:
OBS: Um mesmo caminhão/carreta deve ter seu tanque limpo, uma vez por semana,
adicionalmente à sequência anterior, com solução ácida (HNO 3) a 1% e a 75º C. Após essa
limpeza, deve-se fazer enxágue com água à temperatura ambiente, novamente.
Preliminar
Primário
Secundário
Terciário
Proteção dos dispositivos de transporte dos esgotos nas suas diferentes fases
líquida e sólida (lodo), tais como: bombas, tubulações e peças especiais;
Proteção dos dispositivos de tratamento dos esgotos, tais como: raspadores,
removedores, aeradores e meio filtrante;
Proteção dos corpos d’água receptores;
Remoção parcial da carga poluidora, contribuindo para melhorar o desempenho
das unidades subsequentes de tratamento e desinfecção.
Os principais dispositivos utilizados para remoção de sólidos grosseiros são:
Grades de barras: barras de ferro ou aço dispostas paralelamente, verticalmente ou
inclinadas, de modo a permitir o fluxo normal dos esgotos através do espaçamento
entre as barras, adequadamente projetadas para reter o material que se pretende
remover. O material removido geralmente é destinado à incineração ou ao aterro
sanitário.
Peneiras: se caracterizam por disporem de aberturas muito pequenas, sendo usadas
para remoção de sólidos muito finos ou fibrosos.
47
7.3.4 Terciário
7.4 Proposta
Tais lagoas são projetadas com profundidades da ordem de 4 a 5 metros, sendo este
fator importante para a existência de condições estritamente anaeróbias, reduzindo a
penetração do oxigênio produzido na superfície para camadas mais profundas da lagoa. Não
requerem qualquer equipamento especial sendo muitas vezes associadas a outras modalidades
de lagoas (aeróbias/facultativas), já que a eficiência na remoção de DBO, em torno de 50 a
60% não é suficiente para permitir o lançamento em um corpo receptor, necessitando assim de
pós-tratamento.
Na lagoa anaeróbia forma-se uma crosta e escuma na superfície, que apresenta como
vantagem, além de impedir a saída de gás sulfídrico (subproduto da digestão anaeróbia) para a
atmosfera, impede também a penetração da luz, o que inibe o desenvolvimento de algas,
evitando a penetração do oxigênio. Seu dimensionamento é feito através da determinação dos
seguintes parâmetros: tempo de detenção hidráulica, taxa de aplicação de carga orgânica e
profundidade.
um sistema de alta eficiência na remoção de DBO5 e com baixos requisitos de área, exigindo,
entretanto, alto índice de mecanização e consumo de energia elétrica, além da necessidade de
uma operação mais especializada.
Segundo JORDÃO e PESSOA (1995) apud SILVA (2013), o lodo ativado é o floco
produzido num esgoto bruto ou decantado pelo crescimento de bactérias zoogléias ou outros
organismos, na presença de oxigênio dissolvido, e acumulado em concentração suficiente
graças ao retorno de outros flocos previamente formados no tanque de decantação.
Nos tanques de aeração, o esgoto afluente e o lodo ativado são misturados, agitados e
aerados. Nos decantadores, o lodo ativado é separado do esgoto tratado, que é retirado em
vertedouros, sendo que parte do lodo retorna ao tanque de aeração como reciclo, e o excesso
de lodo é retirado do processo e tratado devidamente. O tempo de retenção de sólidos no
reator é denominado idade do lodo, que é um importante parâmetro operacional do processo.
O tempo de retenção do líquido no reator é bastante baixo, da ordem de horas, o que permite a
utilização de tanques de tamanho reduzido. O tempo de residência dos sólidos recirculados é
alta, o que permite obter maiores eficiências na remoção de DBO5, devido ao maior contato
da matéria orgânica com a biomassa dentro do reator.
Os atrativos para o reuso planejado dos efluentes são: controle da poluição, economia
de água, fertilizantes, reciclagem de nutrientes e aumento da produção agrícola. O reuso de
efluentes para irrigação envolve riscos à saúde, do ponto de vista sanitário.
No caso de efluente industrial que tenha características favoráveis à aplicação no solo,
como é o caso do efluente de laticínios, a segregação dos esgotos domésticos que vêm das
unidades administrativas eliminam este risco.
52
8. PLANTAS INDUSTRIAIS
8.1 Layout
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRADE, Laura Hamdan. Tratamento de efluente de indústria de laticínios por duas configurações de
biorreator com membranas e nanofiltração visando o reuso. 2011. Disponível em:<
http://www.smarh.eng.ufmg.br/defesas/987M.PDF>. Acesso em: 4 de Out. de 2014.
BÍBLIA. Português. Bíblia Sagrada. Tradução de João Ferreira de Almeida. São Paulo: Sociedade Bíblica do
Brasil, 1999. 896p. 2 ed.
CAPTAÇÃO LEITEIRA EM ALTA. Mato Grosso: Imea, n. 1, 01 fev. 2013. Disponível: em: <
http://www.imea.com.br/upload/publicacoes/arquivos/R408_Boletim_Leite_Janeiro.pdf>. Acesso em: 16 out.
2014.
COSTA, Leopoldo. A história do leite. Rio de Janeiro, 22 fev. 2011. Disponível em:
<http://stravaganzastravaganza.blogspot.com.br/2011/02/historia-do-leite.html>. Acesso em: 18 out. 2014.
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Paulo, jun. 2013. Sexta edição. Disponível: em:
<http://www.agroanalysis.com.br/materia_detalhe.php?idMateria=1525>. Acesso em: 16 out. 2014.
GOOGLE MAPS. Araputanga Mato Grosso. 2014. Disponível em:<https://maps.google.com.br/ >. Acesso
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