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CapCAR
CURSO DE CAPACITAÇÃO PARA O CADASTRO AMBIENTAL RURAL
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Unidade I
Sumário
INTRODUÇÃO................................................................................................................ 6
1. O CADASTRO AMBIENTAL RURAL: DO SURGIMENTO AO CENÁRIO ATUAL....... 7
2. O CONCEITO DE CAR E SUA INTERPRETAÇÃO...................................................11
3. CAR: INSTRUMENTO DE REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL DOS
IMÓVEIS RURAIS.....................................................................................................12
4. BASE LEGAL PARA O CADASTRO AMBIENTAL RURAL....................................... 14
5. AVERBAÇÃO E REGISTRO DE IMÓVEIS X CADASTRO AMBIENTAL RURAL..... 15
6. VANTAGENS DO CAR.............................................................................................. 16
7. ATORES ENVOLVIDOS NO PROCESSO DE REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL...... 18
REFERÊNCIAS............................................................................................................. 20
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INTRODUÇÃO
Como informado este curso tem como objetivo capacitar facilitadores para
agir na realização do Cadastro Ambiental Rural, o CAR.
Assim, veremos o que motivou a criação do cadastro, sua base legal, evolução
e melhorias legislativas ao longo dos anos, até chegarmos ao âmbito nacional que
temos atualmente.
Vamos lá?
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1. O CADASTRO AMBIENTAL RURAL: DO SURGIMENTO AO CENÁRIO ATUAL
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Figura 1.1. Principais momentos da evolução do CAR (MMA, 2012).
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Podemos considerar que a gênese de todo esse processo rumo à regularização
ambiental nos imóveis rurais se deu em 1997 junto à atualização do Código Florestal
Brasileiro. Portanto, os trabalhos tiveram início na Câmara Técnica de Atualização
do Código Florestal do Conselho Nacional de Meio Ambiente.
Este Programa foi revogado pelo Decreto nº 7.830/2012, que dispõe sobre o
Sistema de Cadastro Ambiental Rural, estabelecendo normas de caráter geral aos
Programas de Regularização Ambiental, detalhado mais adiante.
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Assim, com a publicação do Código Florestal (Lei nº 12.651/2012), seguida
pelos Decretos nº 7.830/2012, nº 8.235/2014 e da Instrução Normativa MMA nº
02/2014, foi estabelecido o CAR em nível nacional, sendo um registro eletrônico
obrigatório para todos os imóveis rurais, com a finalidade de integrar as informações
ambientais das propriedades e posses rurais, compondo base de dados para controle,
monitoramento, planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento.
O Cadastro Ambiental Rural, segundo redação dada pelo, art. 2o, II, do Decreto
nº 7.830/2012, é definido como:
Art. 2º [...]
“Intrínseco”, pois qualquer imóvel rural está sujeito a estas obrigações a partir
de sua mera existência, independentemente de outras obrigações vinculadas ao uso
de recursos naturais ou ao exercício de atividades potencialmente degradadoras ou
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poluidoras. Assim, mesmo um imóvel rural que não venha a ter qualquer tipo de uso
necessita ter suas APP, AUR e a RL identificadas e protegidas.
Art. 2º [...]
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O Licenciamento Ambiental, de acordo com o art. 1º, I, da Resolução CONAMA
nº 237/1997, é o:
Art. 1º [...]
Assim, com o mapa de uso do solo feito a partir do CAR é possível afirmar se a
propriedade está ou não em conformidade com o Código Florestal. Esse mesmo mapa
tem sido utilizado pelos órgãos estaduais de meio ambiente como etapa preliminar
para emitir a licença para atividades e/ou funcionamento de empreendimentos dentro
do imóvel rural, pois essa ferramenta permite ao técnico ambiental avaliar a precisa
localização deles e verificar se a área apresenta riscos ambientais.
Sendo assim, o cadastro ambiental rural propõe uma “radiografia” das áreas
de interesse ambiental do imóvel, utilizando como ferramenta principal as imagens
de satélite atualizadas de alta resolução espacial, que permitem ver detalhes
como estradas, casas, vegetação, pequenos rios etc. Assim, é possível fazer um
acompanhamento confiável e atualizado da dinâmica de uso e ocupação do solo.
Cabe ressaltar ainda que o cadastro ambiental não constitui direito de posse,
propriedade ou algo equivalente, ainda que indiretamente possa se constituir numa
fonte de informação para identificar os ocupantes dos imóveis.
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Art. 18. A área de Reserva Legal deverá ser registrada no órgão
ambiental competente por meio de inscrição no CAR de que trata
o art. 29, sendo vedada a alteração de sua destinação, nos casos
de transmissão, a qualquer título, ou de desmembramento, com as
exceções previstas nesta Lei. (BRASIL, 2012).
Com a implantação do CAR, a averbação no Registro de Imóveis passou a
ser facultativa. Contudo, ainda existem casos em que a averbação é obrigatória,
como na emissão de Cota de Reserva Ambiental (CRA), assunto que será tratado
em outro momento do curso.
6. VANTAGENS DO CAR
VI. o apoio do Poder Público por meio de ações de Assistência Técnica e Extensão
Rural, Produção e Distribuição de Sementes e Mudas, e Educação Ambiental;
II. o planejamento do imóvel rural, haja visto que, possibilita a definição coerente
do local das áreas de produção, APP, AUR e RL, dando subsídio ao planejamento da
paisagem e à formação de corredores florestais no conjunto de imóveis rurais;
Atores governamentais:
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Atores do setor produtivo:
• produtores rurais;
• representantes do setor do agronegócio;
• representantes do setor madeireiro;
• empregados de comércio ligado ao setor madeireiro;
• trabalhadores rurais; entre outros.
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• sindicatos rurais;
• ONGs (Organizações não Governamentais);
• representantes de ATER (Assistência Técnica e Extensão Rural);
• comunidades tradicionais (indígenas, quilombolas...);
• assentados da reforma agrária;
• proprietários e possuidores rurais; entre outros.
1. http://www.mma.gov.br/
2. http://www.ibama.gov.br/
3. http://www.mma.gov.br/governanca-ambiental/portal-nacional-de-
licenciamento-ambiental/%C3%B3rg%C3%A3os-licenciadores
4. http://www.incra.gov.br/
5. http://portal.mda.gov.br/portal/saf/institucional/
assistenciatecnicaextensaorural
6. http://www.icmbio.gov.br/portal/
7. http://www.funai.gov.br/
8. http://www.florestal.gov.br/
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 10.267, de 28 de agosto de 2001. Altera dispositivos das Leis nos
4.947, de 6 de abril de 1966, 5.868, de 12 de dezembro de 1972, 6.015, de 31 de
dezembro de 1973, 6.739, de 5 de dezembro de 1979, 9.393, de 19 de dezembro de
1996, e dá outras providências. <Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
leis/leis_2001/l10267.htm>. Acesso em: 26 jun. 2014.
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