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Curso de Extensão a Distância

CapCAR
CURSO DE CAPACITAÇÃO PARA O CADASTRO AMBIENTAL RURAL

Linha do tempo do CAR

José Roberto Soares Scolforo


Samuel Campos
Luís Antônio Coimbra Borges
Athila Leandro de Oliveira
Renata Carvalho do Nascimento
Luiz Otávio Moras Filho
Dalmo Arantes de Barros
Sarita Soraia de Alcântara Laudares
Cleide Mirian Pereira

Universidade Federal de Lavras


Lavras - 2014
Ficha Catalográfica Elaborada pela Coordenadoria de Produtos e
Serviços da Biblioteca Universitária da UFLA

Curso de capacitação para o Cadastro Ambiental Rural (CapCAR) :


linha do tempo CAR / Athila Leandro de Oliveira ... [et al.]. –
Lavras : UFLA, 2014.
22 p. : il. - (Textos temáticos).

Uma publicação do Departamento de Ciências Florestais em


parceria com o Centro de Educação a Distância da Universidade
Federal de Lavras.
Bibliografia.

1. Cadastro ambiental rural. 2. Regularização ambiental. 3. Imóvel


rural. I. Oliveira, Athila Leandro de. II. Universidade Federal de Lavras.
III. Série.
CDD – 333.76
Governo Federal
Presidente da República: Dilma Vana Rousseff
Ministra do Meio Ambiente: Izabella Teixeira
Ministro da Educação: José Henrique Paim Fernandes
Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável Gerência de Regularização Am-
biental: Gabriel Henrique Lui

Universidade Federal de Lavras


Reitor: José Roberto Soares Scolforo
Vice-Reitora: Édila Vilela Resende Von Pinho
Pró-Reitor de Extensão: José Roberto Pereira

Centro de Educação a Distância da UFLA


Coordenador Geral: Ronei Ximenes Martins
Coordenador Pedagógico: Warlley Ferreira Sahb
Coordenador de Tecnologia da Informação: André Pimenta Freire

Coordenador do Curso: Luís Antônio Coimbra Borges

Equipe de produção do curso:


Gerente do Projeto: Samuel Campos
Subgerente do Projeto: Ewerton Carvalho
Supervisora Pedagógica e de Designer Instrucional: Cleide Mirian Pereira
Supervisor de Tecnologia da Informação: Alexandre José de Carvalho Silva
Produção do Material: Athila Leandro de Oliveira
Dalmo Arantes de Barros
Luiz Otávio Moras Filho
Renata Carvalho do Nascimento
Sarita Soraia de Alcântara Laudares
Designer de Jogos: Pedro Nogueira Crown Guimarães
Designer Gráfico: Rodolfo de Brito Vilas Boas
Técnicos de Informática: Aleph Campos da Silveira
Rodrigo Ferreira Fernandes
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indica que há uma atividade de estudo para ser realizada.

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dado de forma a possibilitar a obtenção de novas informações ao
que já foi referenciado.

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com os colegas.

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de estudo se encerram com uma síntese das principais ideias abor-
dadas, conclusão ou considerações finais acerca do que foi tratado.

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carado como um sinal de alerta que o orienta para prestar atenção
à informação indicada.

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de caso, para uma situação ou conceito que está em estudo.

SUGESTÃO DE LEITURA. Indica bibliografia de referência e


também sugestões para leitura complementar.

CHECKLIST ou PROCEDIMENTO. Indica um conjunto de ações


(um passo a passo) a ser realizado.

4
Unidade I

1.3. Linha do Tempo do CAR

Sumário

INTRODUÇÃO................................................................................................................ 6
1. O CADASTRO AMBIENTAL RURAL: DO SURGIMENTO AO CENÁRIO ATUAL....... 7
2. O CONCEITO DE CAR E SUA INTERPRETAÇÃO...................................................11
3. CAR: INSTRUMENTO DE REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL DOS
IMÓVEIS RURAIS.....................................................................................................12
4. BASE LEGAL PARA O CADASTRO AMBIENTAL RURAL....................................... 14
5. AVERBAÇÃO E REGISTRO DE IMÓVEIS X CADASTRO AMBIENTAL RURAL..... 15
6. VANTAGENS DO CAR.............................................................................................. 16
7. ATORES ENVOLVIDOS NO PROCESSO DE REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL...... 18
REFERÊNCIAS............................................................................................................. 20

5
INTRODUÇÃO

Como informado este curso tem como objetivo capacitar facilitadores para
agir na realização do Cadastro Ambiental Rural, o CAR.

Neste texto apresentaremos, de forma mais aprofundada, determinados


conceitos relacionados à regularização ambiental do imóvel rural, tendo como foco
o CAR e seu histórico.

Assim, veremos o que motivou a criação do cadastro, sua base legal, evolução
e melhorias legislativas ao longo dos anos, até chegarmos ao âmbito nacional que
temos atualmente.

Além disso, neste material você encontrará definidos qual é o público-alvo do


CAR, as vantagens oferecidas, tanto para os produtores rurais como para o serviço
ambiental em geral e, ainda, sobre os agentes envolvidos nesse processo.

Vamos lá?

6
1. O CADASTRO AMBIENTAL RURAL: DO SURGIMENTO AO CENÁRIO ATUAL

O Cadastro Ambiental Rural (CAR) deriva de ferramentas desenvolvidas em


função dos avanços na utilização das metodologias de sensoriamento remoto para
identificar os desmatamentos na região da Amazônia Legal. Durante a década de
1990 tanto o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), que já vinha apurando
a taxa anual de desmatamento na Amazônia Legal desde 1988 quanto, alguns
estados amazônicos, passaram a intensificar os esforços de mapear o avanço do
desmatamento a partir de imagens de satélites. A possibilidade de identificar com
precisão a localização dos desmatamentos levou à procura por mecanismos que
também permitissem utilizar estas metodologias para promover a identificação e
integração de todas as informações ambientais das propriedades e posses rurais.

Em vista do desafio pelas dimensões espaciais da Amazônia e da fragilidade


institucional e operacional dos órgãos ambientais para a atuação em campo, o uso
da tecnologia possibilitou um aumento inédito da efetividade dos instrumentos de
controle ambiental.

Esse processo de evolução, que detalharemos em seguida, está resumido na


Figura 1.1.

7
Figura 1.1. Principais momentos da evolução do CAR (MMA, 2012).

8
Podemos considerar que a gênese de todo esse processo rumo à regularização
ambiental nos imóveis rurais se deu em 1997 junto à atualização do Código Florestal
Brasileiro. Portanto, os trabalhos tiveram início na Câmara Técnica de Atualização
do Código Florestal do Conselho Nacional de Meio Ambiente.

A primeira iniciativa que buscou identificar os desmatamentos nos imóveis


rurais foi o Sistema de Licenciamento em Propriedades Rurais (SLAPR) desenvolvido
a partir de 1999 pela Fundação Estadual de Meio Ambiente do Estado de Mato
Grosso. Mais do que um instrumento tecnológico, o SLAPR inicialmente consistia em
uma estratégia de coibição de novos desmatamentos a partir da atuação integrada
dos instrumentos de monitoramento, fiscalização e licenciamento (CORTINES &
VALARELLI, 2008).

A proposta apresentada pelo SLAPR, de um sistema associando o


cadastramento eletrônico e georreferenciado do imóvel rural e da situação das APP
e de RL, surge como passo inicial de um processo de regularização ambiental, o
qual foi disseminado, na sequência, com o apoio do Ministério do Meio Ambiente
(MMA), para os estados da Amazônia Legal (MMA, 2012).

Com base nesta ideia foi realizada uma série de experiências de


desenvolvimento de instrumentos e de aplicação de cadastramentos em campo,
seguidas de avaliações e estudos, gerando um acúmulo de aprendizado e
amadurecimento conceitual.

Também é interessante destacar que em 2002 foi editado o livro Mata


Atlântica, o qual já contemplava em um capitulo o tema regularização ambiental
dos imóveis rurais. Este livro foi financiado pelo Programa Nacional de Florestas
e editado pela APREMAVI - Associação de Preservação do Meio Ambiente e da
Vida. A partir de 2007, este processo passou a ser fortemente influenciado pela
concepção e aplicação das medidas de controle do desmatamento na Amazônia e
pelas discussões em torno da revisão do Código Florestal, por ser esta a normativa
federal em que estavam previstos a proteção das APP e os dispositivos referentes à
RL (MMA, 2012).

Ao mesmo tempo, o conceito inicial de cadastro integrado ao licenciamento


ambiental da propriedade rural deu origem à nova concepção do Cadastro Ambiental
Rural como passo inicial de qualquer procedimento de regularização ambiental do
imóvel rural.

A utilização do termo CAR, iniciada no Pará em 2007, consolidou-se após


a edição do Decreto Federal nº 6.321/2007. Este reúne uma série de medidas de
combate ao desmatamento, entre as quais a edição de uma lista de municípios
prioritários para prevenção e controle do desmatamento na Amazônia Legal,
anualmente atualizada desde então (MMA, 2012).

Na sequência, a Portaria MMA nº 103/2009 estabeleceu a realização do


CAR em 80% da área cadastrável do município como principal requisito de saída
9
desta lista. Com isto foi impulsionada uma nova série de projetos de cadastramento
nos municípios incluídos na lista, em que se destacam as iniciativas apoiadas pelo
Ministério do Meio Ambiente e por ONGs, particularmente, a The Nature Conservancy
(TNC) (MMA, 2012).

Paralelamente, alguns estados da Amazônia Legal também passaram a


estabelecer e aprimorar sistemas de cadastramento. Em 2008 foi lançado o Programa
Mato-Grossense de Legalização Ambiental Rural (“MT Legal”, Lei Complementar
Estadual nº 343/2008), levando à introdução da distinção entre uma etapa do CAR,
que compreende a adesão ao sistema e a declaração da situação ambiental do imóvel,
e uma etapa posterior de obtenção da Licença Ambiental Única (LAU) no âmbito do
Sistema Integrado de Monitoramento e Licenciamento Ambiental (SIMLAM), que
sucedeu o antigo SLAPR (MMA, 2012).

O segundo Estado a avançar significativamente no tema foi o Pará, que, da


mesma forma que o Mato Grosso, já contava com um histórico de adequação de
seus instrumentos normativos e operacionais; com destaque ao estabelecimento do
chamado “CAR Provisório” (cadastramento inicial do imóvel sem definição de limites
de APP e da RL) a partir de 2009. Houve também outras iniciativas nos estados do
Acre, Amazonas, Rondônia e Tocantins (MMA, 2012).

Aênfase dada à regularização ambiental, no âmbito do combate ao desmatamento


e as discussões concomitantes relacionadas à revisão do Código Florestal, além de
demandas apresentadas pelos movimentos sociais, geraram a necessidade de uma
atuação mais incisiva neste tema também a nível federal (MMA, 2012).

Em 2009 foi criado o Programa Mais Ambiente (Decreto nº 7.029/2009),


como primeira tentativa de implementar o CAR em nível federal. Apesar da não
obrigatoriedade de participação dos Estados, visava, simultaneamente, providenciar
um apoio diferenciado à adequação ambiental para a agricultura familiar e iniciar
a estruturação de uma política nacional de regularização ambiental com padrões
mínimos comuns, que permitissem a futura integração e articulação entre as diferentes
iniciativas (MMA, 2012).

Este Programa foi revogado pelo Decreto nº 7.830/2012, que dispõe sobre o
Sistema de Cadastro Ambiental Rural, estabelecendo normas de caráter geral aos
Programas de Regularização Ambiental, detalhado mais adiante.

O Programa Mais Ambiente Brasil, criado pelo Decreto nº 8.235/2014, resgata


princípios do extinto Programa Mais Ambiente. Este novo programa é composto de
ações de apoio à regularização ambiental de imóveis rurais dos passivos identificados
no CAR, seja no âmbito da educação ambiental, assistência técnica e extensão rural,
produção e distribuição de sementes e mudas e na capacitação de gestores públicos
envolvidos no processo de regularização ambiental dos imóveis rurais nos Estados e
no Distrito Federal.

10
Assim, com a publicação do Código Florestal (Lei nº 12.651/2012), seguida
pelos Decretos nº 7.830/2012, nº 8.235/2014 e da Instrução Normativa MMA nº
02/2014, foi estabelecido o CAR em nível nacional, sendo um registro eletrônico
obrigatório para todos os imóveis rurais, com a finalidade de integrar as informações
ambientais das propriedades e posses rurais, compondo base de dados para controle,
monitoramento, planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento.

2. O CONCEITO DE CAR E SUA INTERPRETAÇÃO

O Cadastro Ambiental Rural, segundo redação dada pelo, art. 2o, II, do Decreto
nº 7.830/2012, é definido como:

Art. 2º [...]

II - Cadastro Ambiental Rural - CAR - registro eletrônico de abrangência


nacional junto ao órgão ambiental competente, no âmbito do
Sistema Nacional de Informação sobre Meio Ambiente (SINIMA),
obrigatório para todos os imóveis rurais, com a finalidade de
integrar as informações ambientais das propriedades e posses
rurais, compondo base de dados para controle, monitoramento,
planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento.

Pode-se, ainda, afirmar que o CAR tem como fundamento o georreferenciamento


do imóvel rural, que consiste na utilização de coordenadas geográficas obtidas a
partir de imagens de satélite de alta resolução espacial e/ou captadas com GPS
(Global Positioning System - Sistema de Posicionamento Global) para a delimitação
do imóvel e ocupação do solo: Reserva Legal (RL), Área de Preservação Permanente
(APP), Áreas de Uso Restrito (AUR), remanescentes de vegetação nativa, áreas
consolidadas e antropizadas (áreas de plantio e de pastagens etc.). O produto final
do CAR é equivalente a uma “radiografia” que expõe as formas de ocupação do solo,
dos remanescentes de vegetação nativa e dos passivos ambientais pelo produtor
rural (MMA, 2012).

Em sua essência, o CAR pode ser entendido como um instrumento


administrativo de registro e controle das obrigações ambientais intrínsecas
relacionadas aos imóveis rurais (ORTEGA, 2011).

Analisando mais detalhadamente os elementos que compõem o CAR,


percebe-se que as obrigações intrínsecas dos imóveis rurais são as referentes à
manutenção e/ou recomposição da APP, AUR e RL.

“Intrínseco”, pois qualquer imóvel rural está sujeito a estas obrigações a partir
de sua mera existência, independentemente de outras obrigações vinculadas ao uso
de recursos naturais ou ao exercício de atividades potencialmente degradadoras ou
11
poluidoras. Assim, mesmo um imóvel rural que não venha a ter qualquer tipo de uso
necessita ter suas APP, AUR e a RL identificadas e protegidas.

O CAR é o instrumento que possibilita ao detentor do imóvel rural declarar sua


situação ambiental em relação a estas obrigações. Portanto, o CAR deve ser prévio
e independente do licenciamento ambiental das atividades produtivas e de outras
licenças e autorizações, tais como plano de manejo ou autorização de desmate.

Assim, a definição ultrapassa o mero registro documental das obrigações


mencionadas e foca no monitoramento e planejamento do uso do imóvel, tornando
o CAR um instrumento de gestão ambiental.

3. CAR: INSTRUMENTO DE REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL DOS IMÓVEIS


RURAIS

O art. 2º, XV, do Decreto nº 7.830/2012, definiu a regularização ambiental dos


imóveis rurais como:

Art. 2º [...]

XV - regularização ambiental - as atividades desenvolvidas e


implementadas no imóvel rural que visem a atender ao disposto
na legislação ambiental e, de forma prioritária, à manutenção e
recuperação de áreas de preservação permanente, de reserva legal
e de uso restrito, e à compensação da reserva legal, quando couber.

O processo de regularização ambiental dos imóveis rurais resulta em diversos


benefícios, tais como a manutenção da qualidade ambiental e dos processos
ecológicos e físicos da propriedade, isto é, redução e controle da erosão, estabilidade
dos solos, manutenção da qualidade das águas, controle de pragas e abrigo da
fauna, entre outros (MMA, 2012).

Apesar de bem definida na lei, é comum a confusão entre os termos


”regularização ambiental”, “licenciamento ambiental”, “regularização fundiária” e
CAR. Sendo assim, é importante compreender e entender essas diferenças para
evitar má interpretação destes termos.

12
O Licenciamento Ambiental, de acordo com o art. 1º, I, da Resolução CONAMA
nº 237/1997, é o:

Art. 1º [...]

I - Licenciamento Ambiental: procedimento administrativo pelo qual


o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação,
ampliação e a operação de empreendimentos e atividades
utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou
potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma,
possam causar degradação ambiental, considerando as disposições
legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso.

Embora o CAR tenha sido agregado ao processo de licenciamento ambiental


promovido por alguns Estados, é preciso diferenciar cadastramento de licenciamento.
De acordo com a supracitada Resolução CONAMA nº 237/1997, só se licencia a
atividade produtiva em ambientes urbanos e rurais, e não o imóvel como um todo.
O licenciamento permite ou não o funcionamento de um empreendimento que utilize
recursos naturais dentro do imóvel rural, como piscicultura, suinocultura, plantação
de cana de açúcar, entre outros.

O CAR, por sua vez, é uma ferramenta do processo de regularização


ambiental, que fornecerá uma espécie de “atestado de conformidade ambiental”,
demonstrando que o imóvel está regular ambientalmente ou está em processo de
regularização dos compromissos previstos no Código Florestal (Lei nº 12.651/2012),
relativos à APP, AUR e RL.

Assim, com o mapa de uso do solo feito a partir do CAR é possível afirmar se a
propriedade está ou não em conformidade com o Código Florestal. Esse mesmo mapa
tem sido utilizado pelos órgãos estaduais de meio ambiente como etapa preliminar
para emitir a licença para atividades e/ou funcionamento de empreendimentos dentro
do imóvel rural, pois essa ferramenta permite ao técnico ambiental avaliar a precisa
localização deles e verificar se a área apresenta riscos ambientais.

O CAR é apenas uma ferramenta de regularização ambiental que pode ser


utilizada para dar início ao processo de licenciamento do empreendimento e/ou de
atividades produtivas passíveis de licença.

Em relação à Regularização Fundiária, o Estatuto da Cidade (Lei 10.257/2001)


a define como: “conjunto de ações jurídicas, físicas e sociais desenvolvidas pelo
Poder Público com o intuito de promover o direito social à moradia e de preservar a
função social da propriedade”.

O Estatuto da Terra (Lei nº 4.504/1964) traz a questão da Reforma Agrária


diretamente ligada ao processo de Regularização Fundiária, sendo descrita como “o
conjunto de medidas que visem a promover melhor distribuição da terra, mediante
13
modificações no regime de sua posse e uso, a fim de atender aos princípios de
justiça social e ao aumento de produtividade”.

Nesse mesmo contexto, a Lei do Georreferenciamento (Lei nº 10.267/2001),


determina que “o georreferenciamento do imóvel rural deve ser averbado em sua
matrícula junto ao Cartório de Registro de Imóveis”. A finalidade desse procedimento
é utilizar o sistema geodésico brasileiro de forma a evitar a sobreposição de imóveis
rurais, concedendo assim maior segurança jurídica ao sistema fundiário brasileiro.

É importante diferenciar o cadastro ambiental rural do cadastramento fundiário


tradicional (regido pelas normas do INCRA e das instituições fundiárias estaduais).
O cadastro fundiário objetiva identificar de modo seguro o proprietário, juntamente
com a localização do imóvel certificando sua titularidade - o cadastro ambiental não
certifica a titularidade do imóvel, ele certifica os serviços de georreferenciamento, e
se o imóvel não se sobrepõe à nenhum outro constante das suas bases. A questão
da certificação da titularidade é verificada via cartório de registro de imóveis.

Sendo assim, o cadastro ambiental rural propõe uma “radiografia” das áreas
de interesse ambiental do imóvel, utilizando como ferramenta principal as imagens
de satélite atualizadas de alta resolução espacial, que permitem ver detalhes
como estradas, casas, vegetação, pequenos rios etc. Assim, é possível fazer um
acompanhamento confiável e atualizado da dinâmica de uso e ocupação do solo.

Se em determinado momento houver um desmatamento é possível saber,


cruzando as informações de titulação e de autorizações de desmatamento emitidas
pelos órgãos competentes, quem pode ser o responsável e se o desmatamento foi
autorizado ou não.

Em outras palavras, o cadastramento fundiário se interessa em identificar de


modo seguro o proprietário, juntamente com a localização do imóvel, certificando
sua titularidade. Enquanto que, ao CAR, interessa principalmente conhecer não só
a área do imóvel, como também todo o conteúdo desse imóvel, relativo às APP, RL,
AUR e remanescentes de vegetação nativa.

Cabe ressaltar ainda que o cadastro ambiental não constitui direito de posse,
propriedade ou algo equivalente, ainda que indiretamente possa se constituir numa
fonte de informação para identificar os ocupantes dos imóveis.

4. BASE LEGAL PARA O CADASTRO AMBIENTAL RURAL

A obrigatoriedade da averbação da Reserva Legal nasceu em 1989 com a Lei


nº 7.803/1989, que modificou o antigo Código Florestal (Lei nº 4.771/1965). Estava
de acordo com a Lei de Registros Públicos (Lei nº 6.015/1973). Esta obrigatoriedade
foi posteriormente alterada pela MP 2166-67 de 2001, que previa a averbação da
Reserva Legal na matrícula do imóvel.
14
O Código de 1965 foi adaptado por meio de regulamentações, porém, ainda
assim, muito de sua política não foi efetivamente implementada, ou seja, a ação
coercitiva por parte do Estado não se mostrou suficiente para garantir o cumprimento
da legislação ambiental, principalmente no que diz respeito às áreas de RL. Neste
contexto se observou que a maioria dos imóveis rurais estavam irregulares.

A situação dos agricultores inadimplentes se agravou a partir de 22 de julho


de 2008, dia em que entrou em vigor o Decreto Federal nº 6.514, que regulamentou
as infrações e crimes ambientais, e estabeleceu um prazo para a averbação da
RL, impondo multas àqueles que estivessem em desacordo, além de restringir o
financiamento bancário para proprietários que não tivessem seu passivo ambiental
regularizado.

Com a publicação do Novo Código Florestal, Lei nº 12.651/2012, rompeu-se


então com a obrigação de averbar a Reserva Legal, dando lugar a uma nova política
que exige o registro das APP e RL, por meio do CAR.

Subsequentes ao Código Florestal de 2012 foram estabelecidos:

• o Decreto nº 7.830/2012, que dispõe sobre o Sistema de Cadastro Ambiental


Rural (SICAR), sobre o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e estabelece normas
de caráter geral aos Programas de Regularização Ambiental (PRA);

• o Decreto nº 8.235/2014, que estabelece normas gerais complementares aos


PRA dos Estados e do Distrito Federal, de que trata o Decreto nº 7.830/2012,
e institui o Programa Mais Ambiente Brasil;

• a Instrução Normativa MMA nº 02/2014, que estabelece os procedimentos


a serem adotados para a inscrição, registro, análise e demonstração das
informações ambientais sobre os imóveis rurais no CAR, bem como para a
disponibilização e integração dos dados no SICAR.

5. AVERBAÇÃO E REGISTRO DE IMÓVEIS X CADASTRO AMBIENTAL RURAL

O § 8º do art. 16, do Código Florestal revogado (Lei nº 4.771/1965), após


redação dada pela Medida Provisória nº 2.166-67/2001, determinava que a área de
RL deveria ser averbada à margem da inscrição de matrícula do imóvel, no registro de
imóveis competente. O objetivo era mostrar os limites da reserva em um instrumento
público, cujo acesso às informações fosse livre para quem tivesse interesse.
Tamanha era a importância da averbação da RL no registro de imóveis que o
Decreto Federal nº 6.686/2008 passou a tipificar como infração a não averbação da
RL. Contudo, o Novo Código Florestal (Lei nº 12.651/2012) desobrigou a averbação
à margem da matrícula do imóvel, o que pode ser observado em seu art. 18:

15
Art. 18. A área de Reserva Legal deverá ser registrada no órgão
ambiental competente por meio de inscrição no CAR de que trata
o art. 29, sendo vedada a alteração de sua destinação, nos casos
de transmissão, a qualquer título, ou de desmembramento, com as
exceções previstas nesta Lei. (BRASIL, 2012).
Com a implantação do CAR, a averbação no Registro de Imóveis passou a
ser facultativa. Contudo, ainda existem casos em que a averbação é obrigatória,
como na emissão de Cota de Reserva Ambiental (CRA), assunto que será tratado
em outro momento do curso.

Quanto à natureza do CAR, cumpre esclarecer que não se trata de um


licenciamento. É um ato declaratório (art. 6º, Decreto nº 7.830/2012) que todo
proprietário, possuidor rural, ou representante legalmente constituído deve fazer no
prazo de 1 (um) ano (art. 6º, §2º, Decreto nº 7.830/2012) contado a partir do dia
06/05/2014, quando foi implantado (art. 64 da IN nº 02/2014 do MMA).

Cabe ressaltar que a inscrição no CAR é a primeira etapa para regularização


ambiental. As informações prestadas serão analisadas pelo órgão ambiental local
responsável e poderão ser checadas em trabalho de campo. Caso seja constatada
falsidade ou omissão, poderá o declarante sofrer sanções em âmbito penal e
administrativo, conforme destacado no art. 7° do Decreto nº 7.830/2012:

Art. 7º Caso detectadas pendências ou inconsistências nas


informações declaradas e nos documentos apresentados no CAR,
o órgão responsável deverá notificar o requerente, de uma única
vez, para que preste informações complementares ou promova a
correção e adequação das informações prestadas (BRASIL, 2012).

6. VANTAGENS DO CAR

Por ser um importante instrumento para a regularização ambiental do imóvel


rural, o CAR apresenta uma série de vantagens tanto para o produtor rural quanto
para a gestão ambiental.

Em relação ao produtor rural, o CAR apresenta como vantagens:

I. a simplificação do processo de regularização ambiental do imóvel rural, por


ser um instrumento mais prático do que o sistema cartorial adotado até 2012;

II. a comprovação da regularidade ambiental, demonstrando o compromisso do


produtor com o cumprimento de suas obrigações ambientais;

III. a segurança jurídica do produtor, ao se estabelecerem prazos para recuperar


os passivos ambientais das áreas de APP, AUR e RL do imóvel;

IV. a suspensão de multas e outras sanções penais, em função do compromisso


assumido na recuperação das áreas protegidas por meio da adesão ao PRA e
16
assinatura do Termo de Compromisso. Enquanto o termo estiver sendo cumprido, o
proprietário ou possuidor não poderá ser autuado por infrações cometidas antes de
22 de julho de 2008, relativas à supressão irregular de vegetação em APP, AUR e
RL. (art. 12 e 13, Decreto nº 7.830/2012);

V. o acesso ao crédito agrícola, com a possibilidade de obtenção de financiamento


agrícola com taxas de juros menores para atender iniciativas de preservação
voluntária, bem como obtenção de limites e prazos maiores de pagamentos e
contratar seguro agrícola em melhores condições;

VI. o apoio do Poder Público por meio de ações de Assistência Técnica e Extensão
Rural, Produção e Distribuição de Sementes e Mudas, e Educação Ambiental;

VII. a possibilidade de conquista de certificações de produtos agrícolas ou florestais,


garantindo maior competitividade de mercado, por assegurar o uso econômico de
modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural;

VIII. a possibilidade de regularização das APP, AUR e RL em áreas de uso


antrópico consolidado até 22 de julho de 2008, sendo que, para a RL, é permitido
a recuperação progressiva e escalonada, a ser concluída em até 20 anos, em no
mínimo 1/10 da RL a cada 2 anos, a partir de 2014, mediante o PRA;

IX. a possibilidade de comercialização de Cotas de Reserva Ambiental (CRA)


pelo proprietário ou possuidor do imóvel rural que mantiver a RL conservada em
área superior aos percentuais exigidos no Código Florestal.

Já para a gestão ambiental, seja em nível federal, estadual ou municipal, o CAR


traz como vantagem principal os serviços ambientais, que podem ser classificados
da seguinte forma:

• Serviços de Provisão (produtos obtidos dos ecossistemas): alimentos, água


doce, fibras, produtos químicos, madeira.

• Serviços de Regulação (benefícios obtidos da regulação de processos


ecossistêmicos): controle do clima, polinização, controle de doenças e pragas.

• Serviços Culturais (benefícios intangíveis obtidos dos ecossistemas):


religiosos, culturais, sociais, patrimoniais, paisagístico.

• Serviços de Suporte (serviços necessários para a produção de todos os


outros serviços ecossistêmicos): ciclagem de nutrientes, formação do solo,
produção primária.

Além disso, o CAR também trás outras vantagens, tais como:

I. a possibilidade de conhecer a situação atual dos recursos naturais presentes


em cada propriedade rural, propondo formas de recomposição, quando necessário,
17
promovendo, assim, a conservação e proteção da biodiversidade;

II. o planejamento do imóvel rural, haja visto que, possibilita a definição coerente
do local das áreas de produção, APP, AUR e RL, dando subsídio ao planejamento da
paisagem e à formação de corredores florestais no conjunto de imóveis rurais;

III. a facilidade em monitorar áreas protegidas por lei, identificando as mudanças


de uso e cobertura do solo, distinguindo atividades ilegais e legais, por meio da
análise de imagens de satélites de diferentes épocas;

IV. a identificação do proprietário ou ocupante da terra;

V. o controle e monitoramento do desmatamento com menor custo das operações


de campo e maior eficácia na responsabilização administrativa e criminal;

VI. o controle das atividades de baixo impacto ambiental em áreas protegidas


dentro do imóvel rural;

VII. o fornecimento de uma base de dados útil para a configuração de políticas


públicas ambientais, e até mesmo para os processos de licenciamento ambiental.

Vale ressaltar que o CAR é uma etapa inicial da regularização ambiental


do imóvel rural, o que confere segurança jurídica ao detentor do imóvel rural.
Contudo, após esse cadastro, todos os dados informados serão conferidos pelo
órgão ambiental competente e, havendo comprovação de passivos ambientais, o
proprietário poderá aderir ao PRA. A Regularização Ambiental e o preenchimento de
informações pertinentes à essa etapa no CAR está melhor detalhada no Texto/guia
disponível no Ambiente Virtual de Aprendizagem – AVA.

7. ATORES ENVOLVIDOS NO PROCESSO DE REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL

Atores governamentais:

• MMA (Ministério do Meio Ambiente);


• IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis);
• OEMA (Órgãos Estaduais do Meio Ambiente);
• INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e institutos de
terra estaduais;
• Órgãos municipais de meio ambiente;
• Instituições públicas de assistência técnica e extensão rural;
• ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade);
• FUNAI (Fundação Nacional do Índio);
• SFB (Serviço Florestal Brasileiro).

18
Atores do setor produtivo:

• produtores rurais;
• representantes do setor do agronegócio;
• representantes do setor madeireiro;
• empregados de comércio ligado ao setor madeireiro;
• trabalhadores rurais; entre outros.
.

Atores da sociedade civil:

• sindicatos rurais;
• ONGs (Organizações não Governamentais);
• representantes de ATER (Assistência Técnica e Extensão Rural);
• comunidades tradicionais (indígenas, quilombolas...);
• assentados da reforma agrária;
• proprietários e possuidores rurais; entre outros.

Para mais informações, acesse os links e descubra qual é a função exercida


por cada um dos atores mencionados acima.

1. http://www.mma.gov.br/
2. http://www.ibama.gov.br/
3. http://www.mma.gov.br/governanca-ambiental/portal-nacional-de-
licenciamento-ambiental/%C3%B3rg%C3%A3os-licenciadores
4. http://www.incra.gov.br/
5. http://portal.mda.gov.br/portal/saf/institucional/
assistenciatecnicaextensaorural
6. http://www.icmbio.gov.br/portal/
7. http://www.funai.gov.br/
8. http://www.florestal.gov.br/

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Decreto n° 6.514, de 22 de julho de 2008. Dispõe sobre as infrações...


Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/decreto/
D6514.htm>. Acesso em: 07 dez. 2013.

BRASIL. Decreto nº 6.040, de 07 de fevereiro de 2007. Institui a Política Nacional


de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais. Disponível
em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/decreto/d6040.htm>.
Acesso em: 17 dez. 2013.

BRASIL. Decreto nº 7.830, de 17 de outubro de 2012. Dispõe sobre o Sistema


de Cadastro Ambiental Rural, o Cadastro Ambiental Rural, estabelece normas de
caráter geral aos Programas de Regularização Ambiental, de que trata a Lei no
12.651, de 25 de maio de 2012, e dá outras providências. Disponível em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Decreto/D7830.htm>. Acesso
em: 21 dez. 2013.

BRASIL. Decreto nº 8.235, de 05 de maio de 2014. Estabelece normas gerais


complementares aos Programas de Regularização Ambiental dos Estados
e do Distrito Federal, de que trata o Decreto nº 7.830, de 17 de outubro de
2012, institui o Programa Mais Ambiente Brasil, e dá outras providências.
Disponível em: <http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/ visualiza/index.
jsp?data=05/05/2014&jornal=1000&pagina=1&totalArquivos= >. Acesso em: 05 de
maio de 2014.

BRASIL. Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001. Regulamenta os arts. 182 e 183


da Constituição Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras
providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil _03/leis/leis_2001/
l10257.htm >. Acesso em: 03 mai. 2014.

BRASIL. Lei nº 10.267, de 28 de agosto de 2001. Altera dispositivos das Leis nos
4.947, de 6 de abril de 1966, 5.868, de 12 de dezembro de 1972, 6.015, de 31 de
dezembro de 1973, 6.739, de 5 de dezembro de 1979, 9.393, de 19 de dezembro de
1996, e dá outras providências. <Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
leis/leis_2001/l10267.htm>. Acesso em: 26 jun. 2014.

BRASIL. Lei nº 11.284, de 02 de março de 2006. Dispõe sobre a gestão de


florestas públicas para a produção sustentável; institui, na estrutura do Ministério
do Meio Ambiente, o Serviço Florestal Brasileiro - SFB; cria o Fundo Nacional de
Desenvolvimento Florestal - FNDF; altera as Leis nos 10.683, de 28 de maio de 2003,
5.868, de 12 de dezembro de 1972, 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, 4.771, de 15
de setembro de 1965, 6.938, de 31 de agosto de 1981, e 6.015, de 31 de dezembro
de 1973; e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11284.htm>. Acesso em: 07 dez. 2013.

BRASIL. Lei nº 11.326, de 24 de julho de 2006. Estabelece as diretrizes para


a formulação da Política Nacional da Agricultura Familiar e Empreendimentos
Familiares Rurais. Disponível em: <http://www.planalto. gov.br/ccivil_03/_ato2004-
2006/2006/lei/l11326.htm>. Acesso em: 01 fev. 2014.

BRASIL. Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012. Dispõe sobre a proteção da


vegetação nativa. Disponível em: <http://www2.camara.gov.br/legin/fed/ lei/2012/lei-
12651-25-maio-2012-613076-publicacaooriginal-136199-pl.html.> Acesso em: 05
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brasileiro. Brasília, DF, 1965. Disponível em: <http://www.planalto. gov.br/ccivil_03/
Leis/L4771.htm>. Acesso em: 02 jan. 2013.

BRASIL. Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973. Dispõe sobre os registros


públicos, e dá outras providências. Brasília, 31 de dezembro de 1973. Disponível
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BRASIL. Lei nº 7.803, de 18 de julho de 1989. Altera a redação da Lei nº 4.771,


de 15 de setembro de 1965, e revoga as Leis nºs 6.535, de 15 de junho de 1978, e
7.511, de 7 de julho de 1986. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
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1o, 4o, 14, 16 e 44, e acresce dispositivos à Lei n. 4.771 de 1965: código florestal.
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2014. Dispõe sobre os procedimentos para a integração, execução e compatibilização
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ambiente.sp.gov.br/car/passo-a-passo/. Acesso em: 20 jan 2014.

THE NATURE CONSERVANCY – TNC. Manual Operativo: Projeto de Assistência


Técnica para o ”Cadastro Ambiental Rural”. Disponível em: http://portugues.tnc.
org/nossas-historias/publicacoes/assistencia-tecnica-cadastro-ambiental-rural.pdf.
Acesso em: 20 dez 2013.

THE NATURE CONSERVANCY (TNC), 2012. Relatório de Atividades 2012.


Disponível em: < http://www.nature.org/media/brasil/relatorio_anual_2012.pdf >
Acesso em: 20 dez 2013.

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